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Pedro Reis na Antena 1. Guerra de tarifas e protecionismo de Trump? "Não é bom para ninguém"

por Antena 1

António Cotrim - Lusa

Embora receie os impactos da política económica do presidente eleito dos Estados Unidos, o ministro da Economia quer esperar ver o que realmente vai acontecer.

"Se se instalar uma política protecionista e uma guerra de tarifas, obviamente isto, a meu ver, não é bom para ninguém", antevê Pedro Reis à Antena 1.

Ainda assim, diz que "é importante acompanharmos este momento" para perceber o que vai acontecer nos primeiros meses da governação de Donald Trump a partir de janeiro do próximo ano.

"Estes pré-anúncios de tarifas acrescidas são mesmo para valer?", questiona Pedro Reis, dizendo que é preciso ver se vão ser concretizados ou não e como reagir.

Uma realidade mais próxima é a recessão na Alemanha, um registo que deverá manter-se pelo segundo ano consecutivo, e Pedro Reis não esconde preocupação com este desempenho.

Por ser um "motor fundamental da economia europeia", isso obriga a uma "atenção redobrada", mas as previsões de crescimento da economia portuguesa mantêm-se.

"Para já não vemos nenhuma razão para rever as nossas perpetivas , mas Pedro Reis garante que o Governo é "realista e prudente" e está a "trabalhar para compensar o que for preciso" perante "solavancos na economia mundial".
A penalizar a Alemanha tem estado o crise do setor automóvel, que é transversal à Europa. Nas últimas semanas, têm sido vários os anúncios de despedimentos e encerramentos de fábricas.

Entrevistado esta manhã pelo jornalista Frederico Moreno no programa Ponto Central, o Ministro da Economia não descarta ondas de choque nas unidades em Portugal.

Pedro Reis garante que "é uma prioridade absoluta" que as operações ligadas à indústria automóvel em Portugal se mantenham, ao mesmo tempo que procuram reforçá-las.

IRC. "Gostaria que tivesse ido mais longe? Gostaria"
O Ministro da Economia reage desta forma à descida do IRC, que deverá ser aprovada na discussão do Orçamento do Estado na especialidade.

O PS deverá viabilizar a redução num ponto percentual. Pedro Reis fala num passo positivo, mas insuficiente: "Gostaria que tivesse ido mais longe? Gostaria".

O governante diz que "temos de viver com o que temos".
"Se for como se está a pré-anunciar, acho que é muito positivo um sinal de começo de baixa do IRC, claramente demasiado elevado comparado com os nossos concorrentes", aponta.

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