Paulo Rangel mostra preocupação com aproximação de São Tomé e Príncipe à Rússia

por Antena 1

António Pedro Santos - Lusa

É com apreensão e estranheza que o Governo português reage às aproximações entre São Tomé e Príncipe e a Rússia.

O país africano de língua oficial portuguesa assinou um acordo de cooperação militar com Moscovo, enquanto decorre a guerra na Ucrânia. Para Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, esta não é uma boa notícia, apesar de reconhecer que São Tomé e Príncipe é um país soberano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, entrevistado na SIC Notícias, revelou também que falou com o chefe da diplomacia de São Tomé e Príncipe sobre o acordo militar assinado entre este país africano e a Rússia.A Iniciativa Liberal já anunciou que vai chamar Paulo Rangel ao Parlamento para prestar esclarecimentos.

Também o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já veio dizer que vai "querer conhecer" os acordos militares de São Tomé e Príncipe e da Guiné Bissau com Rússia.

O chefe de Estado da Guiné-Bissau esteve em Moscovo para assistir ao chamado Dia da Vitória, por convite de Vladimir Putin.

Umarô Sissoco Embaló diz que a Guiné-Bissau é um aliado permanente da Rússia.
"Não há drama", diz secretário executivo da CPLP
O secretário executivo da CPLP não vê qualquer problema no acordo militar entre São Tomé e Princípe e a Rússia.

Zacarias da Costa reuniu-se na quinta-feira com o presidente são-tomense e disse à agência Lusa que "não há drama".
Adianta ainda respeitar a soberania dos governos que compõem a Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

Zacarias da Costa iniciou uma visita oficial de dois dias a São Tomé e considerou que é preciso olhar mais para o futuro da comunidade e menos para o passado.

PUB