Portugal vai lançar a candidatura para ser membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Sobre as eleições norte-americanas, o ministro dos Negócios Estrangeiro, que está em Nova Iorque com a comitiva portuguesa, considerou que os Estados Unidos são um "parceiro estratégico fundamental" para o nosso país.
"Por isso, nós trabalhamos com qualquer Administração americana", clarificou o ministro quando questionado pela RTP sobre as consequências da reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Sempre que há uma mudança de governo e de partido na liderança norte-americana, continuou Rangel, "tem de haver ajustamentos, tem de haver adaptações".
Para o governante português, no que se refere à posição americana na guerra da Ucrânia, "é prematuro estarmos a dizer quais são os planos da próxima Administração" para os conflitos que estão a decorrer.
Contudo, lembra, há um ponto já conhecido: a questão do "investimento em matéria militar" e a pressão para que haja um "investimento equitativo" na NATO.
"Sabemos que essa pressão vai aumentar", embora, explicou Rangel, já tenha aumentado com a atual Administração Biden.
"Haverá, com certeza, mudanças de alcance geopolítico e geoeconómico. E nós vamos investir duplamente: vamos investir na relação bilateral e na relação que é feita em termos multilaterais - seja através da NATO, seja através da União Europeia".
A UE poderá ter "um incentivo" para se fortalecer.