Ao segundo e último dia da visita a Portugal, o presidente francês assina, no Porto, um conjunto de acordos com o Governo português. A cerimónia está marcada para o fim da manhã. Luís Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa estarão presentes.À tarde, Emmanuel Macron participa num encontro com empresas franco-portuguesas.
Na última noite, ao discursar nos primeiros instantes de um jantar no Palácio da Ajuda, em Lisboa, o chefe de Estado francês quis assinalar que a Europa "está ameaçada por todos os lados", o que implica que os europeus assegurem que a própria defesa seja "um dever, uma exigência e uma oportunidade".
"Sei que posso contar consigo, senhor presidente e senhor primeiro-ministro, para agirmos juntos para a Europa e fazermos tudo o que for possível. E, com António Costa na presidência do Conselho Europeu, temos um aliado, um amigo precioso para alcançar os nossos objetivos", afirmou Macron.
Por sua vez, Marcelo Rebelo de Sousa vincou, antes da intervenção do presidente francês, que Donald Trump "rompeu com a orientação do antecessor e com toda a política externa desde a II Guerra Mundial" e "questionou a soberania do Canadá, aliado na NATO e na Ucrânia"."Questionou ainda a administração da Dinamarca, outro aliado na NATO e na Ucrânia, na Gronelândia. Afirmou o objetivo de paz o mais rápido possível na Ucrânia, assente no entendimento preferencial com a Federação Russa e sem intervenção europeia", prosseguiu o presidente da República.
"Como podem ter ouvido, o presidente da República, com este talento, fez um discurso de política geral e internacional. Fê-lo com muito talento, portanto, eu não vou fazer o mesmo, mas subscrevo tudo o que disse. Porque o que disse, no fundo, é que pertencemos a povos antigos com uma história fruto de processos de civilização e de uma construção nacional", assinalaria Macron.
"Hoje, mais do que nunca, temos que ter uma Europa forte e orgulhosa dos seus valores", diria ainda o presidente francês. "Se as referências se afundam, é preciso conservar uma direção para as potências marítimas. Isso foi muito importante e nós somos potências marítimas. Temos de ser fortes na tempestade, acreditar na universalidade dos nossos valores e numa Europa forte".
c/ Lusa