O partido do ex-presidente sul-coreano informou esta sexta-feira que irá aceitar o veredicto do Tribunal Constitucional que confirmou a destituição de Yoon Suk-yeol e o afastou definitivamente do cargo.
"É lamentável, mas o Partido do Poder Popular aceita solenemente e respeita humildemente a decisão do Tribunal Constitucional. Pedimos sinceras desculpas ao povo", disse o deputado Kwon Young-se.
O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul confirmou hoje, por unanimidade, a destituição do presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol, devido à declaração da lei marcial em dezembro.
Yoon "não só declarou a lei marcial, como cometeu actos que violaram a Constituição e a lei, incluindo a mobilização de forças militares e policiais para impedir a Assembleia Nacional de exercer a sua autoridade", afirmou o tribunal.
A decisão, lida pelo presidente interino do tribunal, Moon Hyung-bae, entra em vigor de imediato e não pode ser alvo de recurso.
"A crise política não justifica as ações tomadas. A situação na Assembleia Nacional na altura não justificava o exercício de poderes de emergência nacional", disse Moon.
O parlamento destituiu Yoon a 14 de dezembro, 11 dias após a declaração de lei marcial, em resposta, segundo o presidente, a uma alegada ameaça interna ligada à oposição.
Yoon foi detido em janeiro no âmbito de uma investigação criminal separada, sob acusações de insurreição - o único crime pelo qual um presidente sul-coreano não tem imunidade.