Papa revela tentativas de assassínio anuladas quando visitou Iraque

por RTP
Francisco foi o primeiro Papa a visitar o Iraque Reuters

O papa revelou em livro que as autoridades britânicas e iraquianas frustraram duas tentativas de assassinato em 2021, aquando da visita de Francisco ao Iraque. Partes do livro, chamado Spera, foram publicadas pelo Corriere della Sera esta terça-feira, dia em que o papa completa 88 anos.

Em 2021, durante a pandemia, o papa visitou o Iraque, apesar dos avisos para não o fazer. Os riscos de segurança eram demasiado altos, especialmente na cidade de Mosul, onde o Estado Islâmico é ativo. Apesar de todas as considerações, o papa decidiu avançar com a primeira visita de um chefe da igreja católica ao Iraque.

Agora, no livro sobre as suas memórias, algumas revelações vieram a público através da comunicação social italiana. O papa revela que as autoridades iraquianas e os serviços secretos britânicos travaram dois atentados suicidas logo que chegou a Bagdad.

De acordo com a memória escrita do papa, uma mulher que ia para Mosul para se fazer explodir durante a visita papal foi travada, tal como um camião armadilhado que iria para a mesma cidade com a mesma intenção.

No livro que vai ser publicado em janeiro, o papa lembra que perguntou à segurança do Vaticano o que tinha acontecido com os bombistas e que as respostas foram lacónicas: “não estão mais cá”. As autoridades iraquianas intercetaram os bombistas e fizeram com que se explodissem.

Durante três dias, o papa visitou seis cidades iraquianas para apelar às comunidades cristãs para perdoarem as injustiças de que foram vítimas e para reconstruir a sua fé.

De acordo com o Guardian, o livro era para ser publicado apenas depois da morte de Francisco mas vai sair no princípio de 2025, um ano de celebrações para os católicos em todo o mundo. Para além do Iraque, o papa já visitou mais de 40 países desde 2013. O último local foi Córsega, que nunca tinha tido uma visita papal.
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