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Papa permanece sereno e estável mas passará "alguns dias" no hospital devido a infeção respiratória

por RTP
Papa Francisco durante da audiência geral semanal na Praça de São Pedro, no Vaticano, a 29 de março Guglielmo Mangiapane - Reuters

A equipa de enfermagem "está muito otimista" de que, salvo surpresas, o papa poderá receber alta a tempo das comemorações do Domingo de Ramos, a 2 de abril. Segundo a agência de notícias italiana ANSA, citando fontes hospitalares, os médicos "por enquanto" descartaram um quadro com problemas cardíacos e de pneumonia para Francisco. O Papa apresenta uma infeção respiratória e precisará de passar "alguns dias" no hospital para tratamento, informou o Vaticano, em comunicado.

Fonte do Vaticano admite que o Papa permanece sereno e estável. Está internado no décimo andar da policlínica Gemelli, no chamado apartamento dos Papas. Foi ali que ficou quando em 2021 foi internado para a cirurgia ao cólon

Este alojamento também recebeu João Paulo II nomeadamente quando foi internado a primeira vez depois do atentado levado a cabo por Ali Agca.

Os médicos continuam atentos à saturação de oxigénio no sangue de Francisco que é monitorizada em permanência através de um equipamento fixado no quarto.
A equipa médica também aponta para a possibilidade de fazer uma coronariografia por causa do risco de fibrilação arterial. A decisão será tomada durante esta manhã.

A Santa Sé continua a falar apenas de infeção respiratória, mas várias fontes garantem à RTP que o Papa Francisco teve um episódio cardíaco que pode ter provocado a causa imediata da insuficiência respiratória.

Os exames de ontem, quinta-feira, revelaram também uma infeção respiratória.

O Papa sentiu-se mal a seguir à audiência geral. Sofreu uma pressão no peito que lhe provocou dificuldade em respirar convenientemente.

Ontem o Papa foi submetido, na Policlínica A. Gemelli, a uma tomografia computadorizada, uma TAC, a uma análise de gases no sangue, ou seja, um teste de diagnóstico que permite a medição de alguns parâmetros importantes do sangue, incluindo níveis circulantes de oxigênio e dióxido de carbono e pH do sangue e outros indicadores de sangue.


A saúde de Francisco, agora com 86 anos, atraiu uma atenção crescente nos últimos dois anos, período durante o qual ele passou por uma cirurgia ao cólon e começou a usar uma cadeira de rodas ou uma bengala devido a dores crónicas no joelho.

Sofre de uma diverticulite. Problema que voltou e que o próprio, em entrevista no final do ano passado, revelou, sem entrar em grandes detalhes. Sobre os problemas articulares nos joelhos, o Papa recusa-se a ser operado para evitar as dificuldades do pós-operatório que sofreu quando foi operado ao cólon.

Em entrevista a um canal espanhol também no final do ano passado Francisco admitiu renunciar caso não se sinta capaz de continuar o pontificado na plenitude. Disse ainda que já escreveu uma carta de renúncia em caso de ficar incapacitado.

Questionado pela televisão ítalo-suíça RSI em entrevista transmitida em 12 de março sobre qual condição o levaria a desistir, Francisco respondeu: "Um cansaço que não deixa ver as coisas com clareza. Falta de clareza, de saber avaliar as situações".

Até ao momento a Santa Sé diz que não há conferência de imprensa prevista para falar do estado de saúde do Papa. Ao final da manhã poderá haver um comunicado.

c/agências
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