Papa Bento XVI apresentou Compêndio do Catecismo Católico

por Agência LUSA

O papa Bento XVI apresentou hoje no Vaticano o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, que apresenta de forma resumida os conteúdos fundamentais da fé e da moral católica.

A cerimónia da apresentação decorreu na sala Clementina do Palácio Apostólico e durante esta o Pontífice entregou onze exemplares do Compêndio a representantes das várias categorias do povo de Deus.

Os onze exemplares foram entregues a um cardeal, um bispo, um padre, um diácono, um monge, uma freira, uma família, dois jovens, duas crianças, três catequistas e um operador pastoral.

Durante a intervenção, Bento XVI referiu que a elaboração deste Compêndio tinha sido pedida por João Paulo II em Março de 2003, quando se celebrava o 10/o aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica.

Numa carta de João Paulo II a Joseph Ratzinger, o Papa refere que após dez anos era conveniente um breve texto que contivesse "todos os elementos fundamentais da fé e da moral católica formulados de forma simples e clara".

O cardeal Ratzinger encarregue naqueles anos de velar pela ortodoxia católica presidiu à comissão especial que elaborou o Compêndio.

O Compêndio tem 205 páginas, está dividido em quatro partes e foi redigido em forma de diálogo, ou seja, com perguntas seguidas de respostas sintéticas. Bento XVI considera que desta maneira a leitura é mais fácil e atractiva para o leitor.

O texto recupera fielmente todos os conteúdos do Catecismo da Igreja Católica, sublinhou o Papa.

"Não se trata um novo Catecismo, mas de um Compêndio que recupera fielmente o Catecismo, que mantém toda a sua importância e autoridade", afirmou Bento XVI durante a apresentação.

O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica reitera que o casamento realiza-se apenas entre um homem e uma mulher, condena o aborto e a eutanásia, exige a protecção do embrião e contempla a desobediência civil quando as leis se opõem à ordem moral.

Destinado aos católicos, o Compêndio considera imoral a fecundação artificial, recorda que os católicos divorciados e que se voltaram a casar não podem receber a comunhão, reconhece o direito à legítima defesa e sublinha que na sociedade actual a pena de morte não faz sentido, ainda que não a condene de forma contundente.

Mesmo assim, o Compêndio recusa o culto do corpo, a utilização de drogas e o abuso do álcool e tabaco e sublinha que a família é a célula originária da sociedade e que o Estado deve "respeitar, proteger e favorecer a verdadeira natureza do casamento".

O Catecismo da Igreja Católica, de 450 páginas, foi assinado por João Paulo II em Junho de 1992. Nos primeiros dez anos venderam-se oito milhões de cópias em todo o mundo e foi traduzido em sessenta línguas.


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