O Papa Francisco aprovou hoje o "primeiro passo" para a beatificação do argentino Enrico Ernesto Shaw e da espanhola Maria de Los Desamparados Portilla Crespo, anunciou o Vaticano.
Segundo a agência Efe, Francisco decidiu também beatificar o sacerdote Vicente Nicasio Renuncio e 11 companheiros da Congregação do Santíssimo Redentor de Madrid, que foram mortos durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
Enrico Ernesto Shaw, que nasceu a 26 de fevereiro de 1921, em Paris (França), e morreu em Buenos Aires (Argentina), a 27 de agosto de 1962, foi um homem de negócios que "promoveu e encorajou o crescimento humano dos seus trabalhadores e, sob o impulso do episcopado argentino, organizou, juntamente com outros homens de negócios, a ajuda à Europa no período pós-guerra".
Em 1952, fundou a Associação Cristã de Líderes Empresariais e promoveu a União Internacional das Associações de Empregadores Católicos e o Movimento Empresarial Cristão Mundial, tendo sido nomeado presidente da Men of Catholic Action, depois de lhe ter sido diagnosticado um tumor maligno.
Maria de Los Desamparados Portilla Crespo foi uma "leiga fiel e mãe de família", nascida a 26 de maio, em Valência (Espanha) e falecida em Madrid, a 10 de maio de 1996.
Quanto aos "reconhecidos mártires" da Guerra Civil Espanhola, adianta a Efe, pertenciam a duas comunidades redentoristas: a do Santuário da Ajuda Perpétua e a de São Miguel Arcanjo, anexa à igreja da Nunciatura Apostólica e foram assassinados em Madrid em 1936.
Vicente Nicasio Renuncio Toribio, o mais conhecido, nasceu a 11 de aetembro de 1876 em Villayuda e foi ordenado sacerdote a 23 de março de 1901, depois de ter realizado serviço pastoral em várias comunidades redentoristas espanholas.
Quando a perseguição começou, Toribio refugiou-se nas casas de famílias amigas, mas foi preso a 17 de setembro de 1936 e transferido para a esquadra distrital de Chamberí, de onde foi transferido para a Direção-Geral de Segurança e, finalmente, para a "Prisão Modelo" em Madrid, onde foi assassinado a 7 de novembro de 1936.
Aos 12 futuros beatos não foi exigido um milagre reconhecido por Roma para a beatificação, tendo sido feita apenas com o parecer favorável dos membros da Congregação para as Causas dos Santos.