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Panama papers, mega-escândalo internacional de fuga ao fisco

por Miguel Soares, Miguel Cordeiro

Foto: Reuters/Stoyan Nenov

Uma investigação jornalística internacional pôs a descoberto um mega-processo de fuga ao fisco e branqueamento de capitais que envolve figuras proeminentes da política, finança, desporto e artes em todo o mundo. Há pelo menos um português envolvido.

Idalécio Oliveira, empresário natural de Vouzela e também implicado no processo Lava-Jato no Brasil é, para já, o único nome português que se sabe constar da coleção de 11 milhões e meio de documentos postos a descoberto pelo trabalho levado a cabo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.

370 jornalistas de mais de 70 países participaram na pesquisa que expõe nomes como os dos Presidentes da Rússia, China e Ucrânia, o do rei saudita ou do primeiro-ministro islandês. O futebolista Lionel Messi e o ex-presidente da UEFA Michel Platini também aparecem nos documentos, tal como o realizador espanhol Pedro Almodovar e o actor Jackie Chan. Estes são apenas alguns exemplos de uma lista que nomeia milhares de pessoas das mais variadas nacionalidades.

Os Panama papers, como foram chamados, denunciam uma gigantesca operação, à escala planetária, de fuga ao fisco e branqueamento de capitais através de paraísos fiscais, que teria como eixo uma sociedade de advogados panamiana, a Mossack Fonseca, que, à agência de notícias EFE, nega "qualquer responsabilidade pelo comportamento dos clientes" e que assegura "absoluto respeito pelas leis internacionais"
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