Os países membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiram esta sexta-feira conceder direitos adicionais aos palestinianos, fazendo eco de uma decisão semelhante tomada no início do mês pela ONU.
A resolução pede que sejam concedidos aos palestinianos, que já têm estatuto de observadores na OMS, praticamente os mesmos direitos que teriam se fossem membros de pleno direito, avança a agência de notícias francesa France-Presse (AFP).
Os países membros reunidos para a Assembleia Mundial da Saúde - o mais alto órgão de decisão da OMS - votaram assim esmagadoramente a favor do projeto que pretendia "alinhar a participação da Palestina" na OMS com a sua participação na ONU.
Dos 177 países com direito a voto, 101 apoiaram o texto e cinco opuseram-se, um resultado muito aplaudido, revela AFP.
A votação em Genebra surge depois de os membros da ONU terem aprovado, no inicio do mês, mais direitos para os palestinianos no organismo mundial, depois de a sua campanha para se tornarem membros de pleno direito ter sido bloqueada pelos Estados Unidos.
O embaixador palestiniano em Genebra, Ibrahim Mohammad Khraishi, congratulou-se com a votação e prometeu colaborar mesmo com "aqueles que dizem que os palestinianos não têm direito de voto" na OMS.
Esta resolução surge no contexto da guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza, um conflito desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em território israelita, a 7 de outubro do ano passado.
Desde então, a guerra constante já provocou mais de 36 mil mortos na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.