Organização processa membros da Administração Trump que participaram em conversa no Signal

por RTP
Pete Hegseth é a figura maior do "Signal Gate" Reuters

A American Oversight anunciou esta quarta-feira que vai processar os membros do grupo de chat da aplicação Signal onde estavam vários membros da administração norte-americana e um jornalista da revista The Atlantic. A organização acredita que a partilha de planos de ataque contra os Houthis, no Iémen, partilhados constituem uma violação da Lei de Registos Federais.

A organização moveu o processo no distrito de Columbia e pretende que seja reconhecido que o Governo norte-americano não pode destruir registos federais, como a aplicação de envio de mensagens faz.

A American Oversight declarou que o que aconteceu no grupo de chat é uma violação clara da Lei de Registos Federais e a Lei de Procedimento Administrativo e pretende que as conversas sejam recuperadas.

O secretário da Defesa norte-americano partilhou mensagens de ataques dos Estados Unidos contra o Houthis no Iémen. O ataque descrito nas mensagens matou cerca de 50 pessoas e feriu mais de uma centena.

O jornalista da Atlantic, Jeffrey Goldberg, foi adicionado de forma acidental por Michael Waltz e acabou por publicar dois artigos exaustivos sobre as trocas de mensagens de altos funcionários da administração Trump.

O processo também inclui Marco Rubio, secretário de Estado, Tulsi Gabbard, diretora dos serviços secretos, John Ratcliffe, diretor da CIA, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Um juiz federal já foi destacado para o processo: James Boasberg, que tem sido alvo da administração Trump por ter bloqueado a Lei dos Inimigos Estrangeiros e exigido o regresso dos voos que transportavam migrantes venezuelanos, vai avaliar o processo da American Oversight.

Apesar de várias figuras do executivo admitirem um erro, o Pentágono declarou esta quarta-feira que nenhum plano de guerra foi partilhado por Pete Hegseth no grupo de chat, utilizando o mesmo para atualizar o grupo sobre os ataques no Iémen.

“O secretário estava apenas a utilizar o grupo sobre os planos que estavam em curso e que já tinham sido transmitidos através dos canais oficiais”, afirmou o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell.

(c/ Lusa)
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