Apresentada a proposta de Orçamento do Estado, o presidente da AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal - diz que é preciso aguardar pelas normas que não foram incluídas no documento - as medidas com menor relevância - as designadas "normas cavaleiras orçamentais". Ainda assim, o presidente da AHRESP avisa desde já que o país precisa de um orçamento.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal quer taxa intermédia de IVA reduzida para 10% para toda a alimentação e bebidas no OE2025.
Não só porque, diz Carlos Moura, estamos a divergir dos mercados concorrentes como o espanhol, o italiano e o grego, mas também porque existe uma certa discriminação negativa quanto ao álcool. "O vinho é vendido (nos hotéis) a 23% e nos supermercados é a 13!". Diz Carlos Moura que "não se compreende".
2024 está a ser melhor do que 2023 para o turismo
O presidente da AHRESP diz que no global o balanço até agora é positivo. Ainda assim, Carlos Moura mesmo não querendo dramatizar, diz que há uma quebra na área da restauração, devido à diminuição do poder de compra dos portugueses, e em regiões com menos turismo estrangeiro.
A AHRESP está contra a taxa turística aplicada por diversas cidades, mas reconhece que as taxas já são cobradas em inúmeras cidades no estrangeiro. Carlos Moura diz é preciso disciplinar a aplicação da taxa nos diferentes concelhos, porque não faz sentido existirem várias regras pelo país, nomeadamente quanto ao valor e ao número de noites abrangidas.
Para além disso, o presidente da AHRESP diz que é preciso também saber onde é que as receitas provenientes dessas taxas são aplicadas.
O congresso da AHRESP acontece hoje e amanhã no Parque de Exposições, em Aveiro. Na abertura, à porta, prevê-se que haja uma concentração promovida por Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal.
Carlos Moura diz respeitar a atividade sindical, diz que estão na mesa das negociações, mas reconhece que não tem sido fácil fazer acordos com a CGTP.
A AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal perante a falta de mão de obra no sector diz que é urgente implementar medidas de integração e da capacitação dos imigrantes, uma grande fatia da força de trabalho da atividade turística.