Oposição venezuelana aplaude derrota na eleição para Conselho de Direitos Humanos da ONU

por Lusa
A oposição venezuelana aplaudiu a derrota da Venezuela na eleição para o Conselho de Direitos Humanos da ONU D.R.

A oposição venezuelana aplaudiu a derrota da Venezuela na eleição para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, resultado que atribuiu aos esforços dos líderes opositores para dar visibilidade à situação do país.

"É uma boa notícia para os venezuelanos, para os que hoje defendem os Direitos Humanos, que (o presidente da Venezuela, Nicolás) Maduro tenha sido derrotado", disse, na terça-feira, o líder opositor Juan Guaidó, em conferência de imprensa em Caracas.

Também o representante de Juan Guaidó na ONU, Miguel Pizarro, afirmou, numa mensagem na rede social Twitter, que "os esforços diplomáticos, de denúncia e de visibilidade, dentro e fora do país, deram frutos e o regime abandonou a cadeira neste mecanismo".

"Um país que viola sistematicamente os Direitos Humanos dos seus cidadãos, não pode defender, e muito menos proteger, os de outro país, e isto ficou demonstrado na eleição do Conselho. Isto é uma demonstração de constância e força", frisou.

"O nosso reconhecimento vai para vítimas, ativistas, organizações não-governamentais e defensores dos Direitos Humanos, pelo trabalho constante para chegar a este resultado. Esse trabalho é e continuará a ser fundamental para a promoção e proteção dos Direitos Humanos no nosso país", acrescentou.

Segundo a imprensa venezuelana, o resultado da eleição para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, reflete a divisão entre os 120 países do Movimento dos Países Não-Alinhados, que "não cumpriu o apoio ao regime, aproveitando que a votação era secreta".

A Venezuela ficou, na terça-feira, fora da lista de 14 países eleitos para o Conselho de Direitos Humanos da ONU para o mandato 2023-2025.

A Venezuela, cuja participação foi fortemente contestada por organizações não-governamentais devido às denúncias e aos registos de repressão associados ao Governo liderado por Maduro, foi derrotada pelo Chile e pela Costa Rica, candidatos às duas vagas disponíveis no grupo da América Latina e Caraíbas, tendo alcançado apenas 88 votos dos 97 necessários para ser eleita.

O Chile conseguiu 144 votos favoráveis e a Costa Rica 134, dos 190 países presentes na eleição que decorreu na Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.

Os resultados da votação, que foi secreta, foram anunciados pelo presidente da Assembleia-Geral da ONU, o diplomata húngaro Csaba Korosi.

 

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