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Oposição declara-se em desobediência civil e anuncia nova fase de luta

por Lusa

oposição venezuelana declarou-se hoje em "desobediência civil" ao regime do Governo do Presidente Nicolás Maduro e anunciou que iniciará uma nova fase de luta contra a ditadura.

O anúncio foi feito durante uma conferência de imprensa em Caracas, em que condenou a decisão do Supremo Tribunal de Justiça de admitir um pedido para submeter a um julgamento a procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz.

"Queremos anunciar ao mundo inteiro que usaremos todos os mecanismos para mudar de Governo", disse Júlio Borges, presidente do parlamento venezuelano, onde a oposição detém a maioria.

Segundo o parlamentar "hoje a ditadura está mais débil" na Venezuela e por isso, depois de usar o STJ para atacar o parlamento e os seus deputados, agora ataca a procuradora.

"A procuradora está sendo assediada pela ditadura, enviamos-lhe uma mensagem de apoio total da Mesa de Unidade Democrática e do povo", disse.

Durante a conferência de imprensa a oposição disse que iniciará uma "fase de luta popular que deve integrar todos os setores" contra a convocatória a uma Assembleia Constituinte feita em maio último pelo Presidente Nicolás Maduro.

O artigo em questão estabelece que "o povo da Venezuela, fiel à sua tradução republicana, à sua luta pela independência, paz e liberdade, desconhecerá qualquer regime, legislação ou autoridade que contrarie os valores, princípios e garantias democráticas, ou menospreze os direitos humanos".

Na Venezuela, as manifestações a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde 01 de abril último, depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter divulgado duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assumia as funções do parlamento.

Entre queixas sobre o aumento da repressão, os opositores manifestaram-se ainda contra a convocatória a uma Assembleia Constituinte, feita a 01 de maio último pelo Presidente Nicolás Maduro. Dados divulgados recentemente pelo ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Ernesto Viegas, dão conta de que pelo menos 82 pessoas já morreram desde abril.

No entanto, segundo o Ministério Público, o número de mortos é de 74.

 

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