Em direto
Israel anuncia morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah. A evolução da guerra no Médio Oriente ao minuto

Operações humanitárias da ONU paralisadas em Gaza após ordem de evacuação de Israel

por RTP
Mahmoud Issa - Reuters

As operações de ajuda humanitária das Nações Unidas em Gaza vão ficar paradas a partir desta segunda-feira, depois de Israel ter emitido novas ordens de evacuação para Deir Al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, no final do domingo, avançou um alto funcionário da ONU.

"Não podemos fazer nada hoje com as condições em que nos encontramos", disse o responsável citado pela agência Reuters. O problema está em encontrar um local para operar quando o território disponível no enclave é cada vez mais exíguo.

"Não vamos sair [de Gaza] porque as pessoas precisam de nós lá", acrescentou a mesma fonte. "Estamos a tentar equilibrar a necessidade da população com a necessidade de segurança e proteção do pessoal da ONU".

O mesmo responsável afirmou que o pessoal das Nações Unidas mudou o seu centro de comando operacional e a maioria do seu pessoal para Deir Al-Balah depois de Israel ter ordenado a evacuação de Rafah, no sul do enclave.

"Para onde vamos agora", questionou, em declarações aos jornalistas, na sede da ONU em Nova Iorque, referindo também que a rapidez da mudança de Rafah obrigou a deixar pra trás vários equipamentos.

Desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, em outubro de 2023, que a ONU teve de, "por vezes, atrasar ou pausar" as suas operações, "mas nunca ao ponto de dizer concretamente que não podemos fazer mais nada", como é agora o caso, lamentou, garantindo a vontade de apesar de tudo retomar as operações o mais depressa possível e frisando que uma paralisação "não significa uma suspensão".

Israel ordenou no domingo a evacuação de parte do norte da "zona humanitária" de Gaza, perto da cidade de Deir Al-Balah, pelo que a área reservada para quase dois milhões de deslocados é agora inferior a 9,5 por cento de todo o território do enclave palestiniano.

"O desafio é encontrar um lugar onde possamos retomar [o trabalho] e operar efetivamente", referiu i responsável. "O espaço para operar está a ficar cada vez mais restrito".
PUB