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Operação israelita em Khan Younis leva à recuperação de corpos de seis reféns

por Carlos Santos Neves - RTP
Os reféns foram identificados como Alex Dancyg, Chaim Peri, Yagev Buchshtab, Yoram Metzger, Nadav Popplewell e Avraham Munder Hatem Khaled - Reuters

Os corpos de seis reféns do Hamas foram recuperados, na última noite, durante uma operação de forças israelitas em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Permanecem neste território 109 reféns capturados pelo movimento radical palestiniano na ofensiva de outubro passado.

"Esta noite, numa operação muito delicada que decorreu em Khan Younis, foram recuperados na Faixa de Gaza os corpos de seis reféns", adiantou fonte das forças de segurança do Estado hebraico aos enviados especiais da RTP, Paulo Jerónimo e Marques de Almeida.

"Foram raptados vivos a 7 de outubro pelo Hamas e acabaram por ser mortos durante o período em que estiveram em cativeiro. As famílias já foram informadas", acrescentou.
Os reféns encontrados sem vida foram identificados como Alex Dancyg, Chaim Peri, Yagev Buchshtab, Yoram Metzger, Nadav Popplewell e Avraham Munder - os primeiros cinco estavam já dados como mortos há alguns meses; a morte de Avraham Munder foi entretanto anunciada pelo kibutz de Nir Oz.Num testemunho citado pela agência France Presse, um ex-refém contou que os seis homens estiveram cativos num túnel.


Em comunicado conjunto, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) e a Autoridade de Segurança do país (ISA) indicam que "a operação de resgate foi conduzida sob o comando a 98ª Divisão e levada a cabo pela Brigada de Paraquedistas, a Unidade Yahalom e o 75.º Batalhão, com forças da ISA".

"A operação foi permitida por informações precisas da ISA, de unidades de informações das Forças de Defesa de Israel e do quartel-general do Diretório de Reféns", lê-se na mesma nota.

"As IDF e a ISA continuam a destacar todos os meios operacionais e de informações de modo a cumprir a missão nacional suprema de trazer de volta todos os reféns", rematam as duas estruturas.
Cisjordânia sob pressão a par da Faixa de Gaza

Da última noite saiu também a notícia da morte de um palestiniano de 18 anos na Cisjordânia ocupada, após ter sido atingido a tiro na cabeça pelo exército israelita em Dura, a sul de Hebron, segundo o Ministério da Saúde local.

Este ano, na Cisjordânia, pelo menos 293 palestinianos foram mortos por ação israelita, de acordo com a agência EFE. O ano de 2023 foi o mais mortífero em duas décadas neste território, com mais de 520 vítimas mortais.O exército israelita acentuou as incursões na Cisjordânia depois do ataque desencadeado a 7 de outubro pelo Hamas. No flanco israelita, morreram este ano 22 pessoas, das quais 11 militares e 11 civis.


A ofensiva do movimento radical palestiniano fez cerca de 1.200 mortos. Mais de 200 pessoas foram levadas como reféns. A contraofensiva israelita em larga escala na Faixa de Gaza já fez mais de 40 mil mortos, a maioria civis.

c/ agências
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