ONU exige transparência total das eleições na Venezuela

por Cristina Santos - RTP
Apoiante da oposição a Maduro depois de saber os resultados das eleições presidenciais, junto à embaixada na Cidade do México. Reuters

A exigência é partilhada por vários países com a publicação dos resultados eleitorais e os valores da cada assembleia de voto. Os Estados Unidos prometem juntar a comunidade internacional para pressionar o regime de Nicolas Maduro.

António Guterres, através do porta-voz Stephane Dujarric, afirmou esta segunda-feira que quer total transparência e apela à moderação de líderes políticos e dos apoiantes.

Em declarações aos jornalistas, esta segunda-feira, o porta-voz do secretário-geral da ONU sublinha que as contestações eleitorais devem ser resolvidas pacificamente e que as autoridades eleitorais devem trabalhar de forma independente e sem interferência. Também o Centro Carter, que enviou uma equipa de observadores, afirma em comunicado que "a informação contida nos formulários de resultados a nível das assembleias de voto, tal como transmitidos à (autoridade eleitoral CNE), é importante para a nossa avaliação e importante para todos os venezuelanos".

Entre as diversas reações internacionais aos resultados presidenciais, destaque para os Estados Unidos que consideram "grave que o resultado anunciado não reflita a vontade ou o voto do povo venezuelano".

Uma fonte na Casa Branca assume que os norte-americanos vão trabalhar com parceiros internacionais para aplicar potenciais consequências após eleições venezuelanas.

A França apela às autoridades venezuelanas que seja transparente e publique os resultados por cada mesa de voto, algo que a oposição a Maduro reclama. Quanto à diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, também exige uma "transparência total" e o acesso às atas das assembleias de voto. Exigência idêntica é feita por Espanha.

Entretanto, o Panamá suspendeu as relações diplomáticas com a Venezuela e decidiu retirar o pessoal diplomático do país até que seja realizada uma revisão completa dos resultados das eleições presidenciais de domingo.

O Panamá juntou-se a outros oito países latino-americanos que convocaram uma reunião de emergência do conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), preocupados com as eleições na Venezuela.



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