Ómicron. Investigador estima que um só infetado possa dar origem a 14 milhões de casos em 60 dias
A variante Ómicron do SARS-CoV-2 está a espantar os cientistas pela sua propagação: a mais rápida de sempre.
Deste modo, segundo estes cálculos, não há vírus, conhecido da ciência, que se multiplique tão depressa como este.
O especialista deixa mesmo uma imagem algo assustadora: um caso de sarampo dá origem a 15 casos, no espaço de 12 dias. Enquanto um caso de Ómicron, no mesmo espaço de tempo, dá origem a 216.
Pior. Num cenário explosivo, estima-se que, em 60 dias, um só infetado com a nova variante possa originar 14 milhões de pessoas contaminadas.
O especialista deixa mesmo uma imagem algo assustadora: um caso de sarampo dá origem a 15 casos, no espaço de 12 dias. Enquanto um caso de Ómicron, no mesmo espaço de tempo, dá origem a 216.
Pior. Num cenário explosivo, estima-se que, em 60 dias, um só infetado com a nova variante possa originar 14 milhões de pessoas contaminadas.
Segundo o médico Roby Bhattacharyya, a Ómicron é o vírus conhecido que regista a propagação mais rápida de toda a História, refere o especialista ao jornal espanhol El País.
Num mês, depois de identificada na África do Sul, a nova variante do SARS-CoV-2 passou a dominar em todo o mundo, destronando assim a variante Delta.
Roby Bhattacharyya sustenta a sua tese comparando com a infeção por sarampo, já por si altamente contagiosa. A Ómicron assume-se assim como um dos mais contagiosos de toda a história dos vírus.
Bhattacharyya fala mesmo num vírus "explosivo" que não poupa vacinados e não vacinados.
Bhattacharyya fala mesmo num vírus "explosivo" que não poupa vacinados e não vacinados.
"A nova variante enfrenta mesmo pessoas vacinadas ou que já foram infetadas por outras variantes do SARS-CoV-2, podendo um infetado com Ómicron infetar três pessoas do grupo de vacinados ou que já tenham passado pela doença", refere o mesmo médico.
"Com as condições atuais, e de acordo com um modelo que avalia este crescimento exponencial, pode dizer-se que 14 milhões de pessoas seriam infetadas em apenas 60 dias, a partir de um único caso, em comparação com as 760 mil que poderia infetar o vírus do Sarampo, numa população sem defesas específicas", conclui o investigador Roby Bhattacharyya.
A jornalista da Antena 1 Rita Fernandes resume o essencial destas investigações.