O alto funcionário russo Ivan Pechorin foi declarado morto no sábado após uma queda de barco. De acordo com as agências russas, Pechorin morreu, alegadamente, devido a uma intoxicação por álcool. Este é o mais recente oligarca russo a morrer em circunstâncias duvidosas desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.
De acordo com agências russas, Pechorin terá caído do barco devido a uma intoxicação alcoólica.
Segundo o Pravda.ru, um jornal pró-Kremlin, Pechorin e o seu grupo de amigos "já estavam bêbados" quando embarcaram no barco na noite de sábado.
Pechorin, de 39 anos, caiu do convés do barco cerca de 40 minutos após o início viagem, avança o mesmo jornal. O corpo foi encontrado na ilha Russky na segunda-feira.
“A morte de Ivan é uma perda irreparável para amigos e colegas, uma grande perda para a empresa”, disse a ERDC em comunicado.
O executivo russo tinha participado poucos dias antes no VII Fórum Económico Oriental, organizado pelo presidente russo, Vladimir Putin.
A mais recente de uma série de mortes duvidosas
Pechorin é o nome mais recente de vários executivos e oligarcas russos de alto nível a morrer em circunstâncias duvidosas desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. A maioria das vítimas são oligarcas ligados à indústria petrolífera e do gás, as mais afetadas pelas sanções impostas pelo Ocidente à Rússia.
A 1 de setembro foi anunciada a morte de Ravil Maganov, presidente da gigante petrolífera Lukoil. De acordo com a imprensa russa, o magnata de 67 anos morreu após uma queda de uma janela de um hospital onde estava a ser acompanhado.
Maganov era contra a invasão da Ucrânia. Nas semanas seguintes à invasão russa, o magnata apelou abertamente ao fim da guerra. O presidente da Lukoil defendeu que o conflito deveria terminar o mais rápido possível e expressou a sua solidariedade para com as vítimas daquela “tragédia”.
Em maio, um antigo gestor sénior da Lukoil, Alexander Subbotin, morreu na sequência de um tratamento para a ressaca com um xamã que envolveu veneno de sapo. A polícia russa abriu uma investigação criminal para investigar o caso.
No mês passado, Dan Rapoport, um investidor americano nascido na Letónia, conhecido por ser crítico de Putin, foi encontrado morto após ter saltado da janela do seu apartamento, em Washington. A sua morte está atualmente sob investigação.
Também a 25 de fevereiro, apenas um dia após o início da invasão da Ucrânia, o ex-executivo da empresa estatal russa de energia, Gazprom, Alexander Tyulyakov, foi encontrado enforcado na sua casa, perto de São Petersburgo.
Apenas três dias depois, Mikhail Watford, magnata do petróleo e gás nascido na Ucrânia, também foi encontrado morto na garagem da sua propriedade rural em Surrey, no sul da Inglaterra.
Em março, o bilionário Vasily Melnikov, executivo da empresa de equipamentos médicos gigante, MedStom, foi encontrado morto ao lado da esposa e dois filhos no seu apartamento na cidade russa de Ninzhni Novgorod.
c/agências