Pelo menos 618 pessoas morreram e 918 foram dadas como desaparecidas até ao momento este ano no Mediterrâneo central, um dos canais mais utilizados para a migração ilegal para Itália e Europa, foi hoje divulgado.
Estes dados, partilhados pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), referem-se à rota do Mediterrâneo central desde o início do ano até 07 de dezembro, referiu o gabinete desta organização na Líbia, na sua última atualização publicada na rede social X e citada pela agência italiana ANSA.
No mesmo período, especificou a agência da ONU, foram devolvidos à Líbia 20.894 migrantes intercetados no mar, dos quais 18.180 eram homens, 1.500 mulheres, 688 menores e 526 pessoas para as quais não existem dados de género disponíveis.
Equipas de salvamento dum navio de resgate de migrantes revelaram hoje que uma menina de 11 anos foi a única sobrevivente do naufrágio de um barco com 45 migrantes a bordo perto da ilha mediterrânica de Lampedusa.
A embarcação em que viajava transportava 45 passageiros que tinham partido de Sfax, na Tunísia, segundo as equipas de salvamento, e ter-se-á afundado durante uma tempestade, afirmou a menina, que se crê ser natural da Serra Leoa.
No total, 356 migrantes desembarcaram na ilha italiana durante a noite, antes da chegada da jovem resgatada pela tripulação do Trotamar.
Mais de 30 mil migrantes morreram na travessia do mar Mediterrâneo entre 2014 e 2023, de acordo com a Fondazione ISMU ETS, que admite que o número de menores que morreram ou desapareceram em naufrágios pode superar 6.000 neste período.
Desde o início do ano, pelo menos 1.452 migrantes perderam a vida no Mar Mediterrâneo ou estão desaparecidos, de acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM).