Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Graça Andrade Ramos, Ana Sofia Rodrigues, Carlos Santos Neves - RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h18 - Pentágono “desconhece” origem das explosões em base russa na Crimeia


O Pentágono assegurou esta sexta-feira que não tem informações sobre a causa das recentes explosões numa base militar russa na Crimeia, assinalando também que Washington não forneceu a Kiev nenhuma arma que permita realizar aquele tipo de ataque.

O aeroporto militar russo de Saki, na Crimeia, península ucraniana anexada em 2014 pela Rússia, sofreu fortes danos na terça-feira na sequência de uma série de explosões, anunciadas como acidentais por Moscovo, mas que os especialistas atribuíram a um ataque das forças ucranianas.

Kiev não reivindicou a responsabilidade pelo ataque e as múltiplas explosões, captadas por testemunhas que posteriormente divulgaram as imagens nas redes sociais, continuam sem explicação.

“Não temos nenhuma informação que indique que houve um lançamento de míssil ou não. Não posso dizer se houve sabotagem ou não”, referiu um alto funcionário militar norte-americano em declarações aos jornalistas.

“O que posso garantir é que não foi um ataque com ATACMS, porque não fornecemos [à Ucrânia] ATACMS”, acrescentou o oficial, que pediu anonimato, em referência aos mísseis balísticos táticos com alcance de 300 quilómetros, que Kiev tem instado Washington a ceder.

(Agência Lusa)

00h00 - Kiev aponta que diálogo com Moscovo está limitado a questões humanitárias

Os contactos entre Kiev e Moscovo estão atualmente limitados ao aspeto humanitário, em especial sobre a libertação e troca de prisioneiros, referiu esta sexta-feira o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podoliak.

"Temos alguns diálogos sobre a libertação de presos, a troca de corpos. Ou seja, há diálogos sobre essa componente humanitária", explicou o conselheiro do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

Com as relações neste ponto, Podoliak salientou que a Ucrânia está ciente que qualquer tipo de contacto com o lado russo é “muito difícil” no contexto da guerra.

Da mesma forma, o conselheiro presidencial apontou que não há nenhum tipo de conversa a nível político ou militar.

(Agência Lusa)

23h24 - Rússia retoma entrega de petróleo à República Checa via Ucrânia

As entregas de petróleo russo para a República Checa via Ucrânia foram retomadas após uma suspensão de oito dias, justificada pelas sanções do Ocidente contra Moscovo, divulgou esta sexta-feira a operadora checa.

A empresa russa Transneft, responsável pelo transporte de hidrocarbonetos, anunciou a interrupção das entregas de petróleo para a Hungria, República Checa e Eslováquia, a partir de 04 de agosto.

De acordo com esta empresa, as sanções impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia impediram-na de pagar taxas de trânsito a Kiev, o que interrompeu o transporte de petróleo.

(Agencia Lusa)

22h00 - Índia sem pressão para limitar compras energéticas à Rússia

A Índia afirmou que não tem sido pressionada por nenhum país, ocidental ou de outra parte qualquer, quanto às suas compras de energia russa.

“As nossas decisões sobre o que fazer quanto à compra de petróleo ou outros bens a ele relativos vão ser apenas guiadas pelas nossas necessidades de segurança energética, a nossa perspetiva será guiada pela nossa segurança energética”, garantiu Arindam Bagchi, porta-voz do Ministério indiano dos Negócios Estrangeiros, em conferência de imprensa.

A Índia é o terceiro maior importador mundial de crude e ultrapassou a China enquanto maior cliente do petróleo russo em julho, com base no volume de entregas marítimas. Até antes da guerra na Ucrânia iniciada em 24 de fevereiro, as suas compras de petróleo russo eram mínimas.

21h50 - Volodimyr Zelensky falou com o Papa Francisco

O presidente da Ucrânia revelou que falou com o sumo pontífice da Igreja Católica e "o informou da agressão russa e dos seus crimes hediondos".

"Agradecido ao Papa pelas suas orações pela Ucrânia. O nosso povo necessita do apoio dos líderes espirituais do mundo qie deveriam espalhar a verdade sobre os actos de horror cometidos pelo agressor na Ucrânia", escreveu Zelensky na rede Twitter.


21h40 - Quase um terço do território da Ucrânia necessita de operação de desminagem

Cerca de 27 por cento do território ucraniano terá de ser limpo de minas e de explosivos, estima o Ministério da Ecologia num balanço de quase seis meses de combates devido à invasão russa.

Até agora as autoridades ucranianas limparam mais de 620 quilómteros quadrados de terras que estavam cobertas de milhares de engenhos explosivos, incluindo duas mil bombas lançadas por via aérea.

Quase 300 mil quilómetros quadrados estão ainda “contaminados”, de acordo com dados publicados pelos Serviços de Emergência da Ucrânia. Tornar estas áreas seguras poderá levar uma década, referiu o Governo ucraniano.

21h30 - Federação Russa deve cumprir compromisso sobre cereais avisa Borrell

O alto representante da União Europeia para os Relações Externas, Josep Borrell, instou hoje a Federação Russa a respeitar os seus compromissos para permitir o trânsito pelo Mar Negro com cereal ucraniano "para que chegue a quem deles necessita".

"A Federação Russa tem usado os alimentos como arma e agravou a fome no mundo. Graças ao Acordo de Istambul, a Ucrânia pode voltar a fornecer cereais. A Federação Russa deve respeitar os seus compromissos para que as exportações da Ucrânia continuem a chegar a quem delas precisa, principalmente em África", escreveu Borrell na sua conta na rede social Twitter.

Em 22 de julho, a Ucrânia e a Federação Russa assinaram em Istambul em acordo para permitir a exportação de cereais ucranianos em plena guerra, provocada pela invasão russa, e facilitar a venda de fertilizantes russos.

(agência Lusa)

21h15 - Ucrânia controla rotas de abastecimentos russas a sul

O exército ucraniano anunciou que a sua artilharia atingiu um depósito de munições russo perto de uma ponte crucial no sul esta sexta-feira e acrescentou que pode agora atingir todas as linhas de abastecimento russas na região ocupada de Kherson.

O ataque vitimou 11 soldados russos no depósito da cidade de Vesele, a cerca de 130 quilómetros a sul da central nuclear de Zaporizhia, nas margens do rio Dniepre.

Natalia Humeniuk, porta-voz do comendo militar ucraniano do sul, afirmou que a Ucrânia tem quase todas as rotas de abastecimento russas a sul “sob controlo de fogo”, implicando que a artilharia ucraniana pode atingi-las a seu bel prazer.

“As nossas forças estão a controlar a situação no sul. O inimigo está a tentar introduzir reservas apesar de quase todas as artérias de transporte e logísticas terem sido atingidas ou estarem sob o nosso fogo”, afirmou Humeniuk na televisão nacional ucraniana.

É impossível verificar de forma independente as alegações na frente de combate.

21h00 - Bombardeamento russo matou dois civis em Kramatorsk

Além das duas vítimas mortais, o ataque fez 13 feridos, anunicou o Governador regional Pavlo Kyrylenko.

Kramatorsk é mais recente grande cidade ucraniana alvejada pelas forças russas.

"O bombardeamento danificou pelo menos 20 edifícios e provocou um incêndio", acrescentou Kyrylenko.

De acordo com as autoridades de Kramatorsk, a cidade foi atingida por 11 granadas de morteiro que atingiram áreas residenciais.

Outra cidade Kurakhove a norte de Donetsk foi igualmente atingida por artilharia.

20h45 - Última ponte de Kherson destruída

As Forças Armadas da Ucrânia destruíram a quarta e última ponte da região de Kherson, afirmou o delegado do Conselho Regional Serhii Khlan, citado pela RoIntel.

A destruição da ponte significa o isolamento das tropas russas estacionadas em Kherson a leste do rio Dniepre e impede-as de receber abastecimentos por via terrestre.


20h30 - Navio MV Brave Commander do PAM aportou em Pidvenny

A informação foi adiantada pelo ministro ucraniano das Infraestruturas. O navio fretado pelo Programa Alimentar Mundial é o primeiro do género a carregar cereais ucranianos desde o início da guerra.

Irá transportar até à Etiópia 23.000 toneladas de cereais comprados pelo PAM a Kiev.

20h00 - Banco Central russo confirma quebra de 4% da economia no segundo trimestre

Afetada pelo impacto "catastrófico" das sanções ocidentais, a economia russa deverá contrair entre quatro e seis por cento este ano e mais entre um e quatro por cento em 2023, antes de regressar ao crescimento positivo em 2024, de acordo com as expetativas reveladas esta sexta-feira pelo Banco Central do país.

Os números indicam uma quebra de 4.3 por cento do PIB russo, contra previsões de sete por cento face ao período homólogo entre abril e junho e depois de ter crescido 3.5 por cento no primeiro trimestre.

Apesar disso no início do mês de Agosto surgiram os primeiros indícios de que a economia russa está à beira da recessão, com a perspetiva de contração a acentuar-se no terceiro trimestre até sete por cento de acordo com projeções do Banco Central russo.

A economia deverá começar a recuperar em 2024, espera o regulador.

Contudo estudos recentes revelam que o impacto do isolamento ocidental da Rússia estará a ser tal que a recuperação económica em menos de 24 meses poderá ficar comprometida, até por dificuldades de regresso aos mercados anteriores.

O desemprego, por exemplo, deverá atingir pelo menos quatro milhões de pessoas até final de 2022 e há sinais de uma corrida aos depósitos bancários. Calcula-se ainda que 15.000 oligarcas conseguiram fugir do país, levando consigo imensas fortunas.

19h30 - EUA acusam Rússia de preparar "falsos referendos" nas próximas semanas

Os Estados Unidos acusaram hoje a Rússia de preparar "nas próximas semanas" referendos manipulados para anexar territórios no leste da Ucrânia e anunciaram novas sanções caso Moscovo concretize estes planos.

"Qualquer tentativa de anexação [por parte da Rússia] é ilegal, ilegítima e francamente ridícula", indicou um alto responsável da administração norte-americana, não identificado, no decurso de uma videoconferência com jornalistas e citado pela agência noticiosa AFP.

A administração imposta por Moscovo na região ucraniana de Zaporijia, controlada na maior parte pelo exército russo, anunciou na passada segunda-feira o início dos preparativos para a organização de um referendo sobre a adesão do território à Rússia.

Os serviços de informações norte-americanos consideram que a Rússia planeia convocar "falsos referendos" em várias províncias do leste ucraniano e que Moscovo já forneceu instruções a funcionários locais para que iniciem os preparativos.

O alto responsável do Governo de Joe Biden assegurou que o Governo russo está "preocupado" pela possível baixa participação nestas consultas devido ao "dano que a Rússia provocou na Ucrânia e a oposição generalizada à ocupação russa".

(Agência Lusa)

19h00 - Moscovo reforça ataques aéreos para desbloquear impasse no Donbass

O Exército russo aumentou o número de ataques aéreos contra posições ucranianas, na tentativa de ultrapassar o impasse que enfrenta no Donbass, no leste da Ucrânia, enquanto Kiev aponta que Moscovo não fez nenhum progresso no terreno.

Segundo as autoridades russas, um dos principais avanços das forças russas ocorreu na luta pelo controlo da cidade de Soledar, a cerca de 10 quilómetros a nordeste de Bakhmut, um dos principais redutos das forças ucranianas na região de Donetsk.

A conquista de Soledar é fundamental para obter o controlo de Bakhmut, um centro estratégico de comunicações, que permitiria às tropas russas concentrarem os seus esforços no avanço para Sloviansk e Kramatorsk, os grandes redutos ucranianos, especialmente este último, na região de Donetsk.

O Ministério da Defesa da Rússia referiu que as ações ofensivas das tropas russas e pró-russas em Soledar resultaram em mais de 2.000 mortos entre os militares ucranianos da 14.ª brigada mecanizada das Forças Armadas da Ucrânia.

Moscovo adiantou ainda que os restantes membros desta brigada retiraram-se da zona de combate para posições de retaguarda.

Do lado de Kiev, o Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Ucrânia apontou que os aviões de combate russos bombardearam os arredores de Bakhmut e Soledar, bem como várias cidades próximas.

O comando ucraniano garantiu, no entanto, que naquela região em disputa, atacada pelo ar e com fogo de artilharia, as tropas russas não fizeram nenhum progresso no terreno.

(Agência Lusa)


17h10 - Pavlo Kyrylenko, governador da região leste de Donetsk disse na rede Telegram que sete civis foram mortos e 14 feridos na região nas últimas 24h

16h35 - Navio do PAM aporta na Ucrânia para carregar cereais

O MV Brave Commander é o primeiro navio fretado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) para transporte de cereais a aportar na Ucrânia desde o início da guerra.

O PAM comprou para já 30.000 toneladas de trigo ucraniano e o MV Brave Commander vai transportar 23.000 toneladas esgotando a sua capacidade. “O resto será em breve carregado e expedido noutro navio”, explicou Phiri, sem revelar em que data o MV Brave Commander irá deixar a Ucrânia.

“O carregamento e deslocação de navios em contexto da guerra atual é uma operação complexa”, referiu.

Esta encomenda de cereais ucranianos destina-se a apoiar as operações de ajuda humanitária do PAM.

O cargueiro deverá aportar esta sexta-feira em Youine, a leste de Odessa, nas margens do Mar Negro, após ter zarpado quarta-feira de Istambul, na Turquia.

“Trata-se da primeira entrega de ajuda alimentar humanitária no quadro da Iniciativa cerealífera do Mar Negro”, declarou um porta-voz do PAM, Tomson Phiri, numa conferência de imprensa em Genebra.

O acordo do Mar Negro foi assinado a 22 de julho pela Rússia, Ucrânia, via mediação da Turquia e sob a égide das Nações Unidas, para possibilitar nos quatro meses seguintes a exportação de cereais ucranianos através do Mar Negro, bloqueados desde o início da guerra em 24 de fevereiro.

Istambul recebeu um Centro de Controlo dos Cereais para coordenar as operações conjuntas e controlar os carregamentos.

A primeira carga de cereais ucranianos exportados ao abrigo deste acordo aportou em Marsin, na Turquia, a 10 de agosto. Até agora nenhum frete das Nações Unidas tinha sido expedido pela Ucrânia.

O PAM espera que estas cargas se tornem regulares.
 
“O encaminhamento dos cereais ucranianos para operações humanitárias do PAM em locais como a Etiópia, a Somália e o Iémen beneficiam ao mesmo tempo a economia ucraniana e as populações ameaças pela fome nas regiões do mundo mais duramente atingidas pela crise alimentar mundial”, acrescentou Tomson Phiri.

A Rússia e a Ucrânia são dos maiores exportadores mundiais de cereais e a guerra provocou uma alta dos preços nos mercados.

O PAM afirma que um número recorde de 345 milhões de pessoas em 82 países são atualmente confrontadas com insegurança alimentar aguda, enquanto outros 30 milhões de pessoas em 45 países estão à beira de mergulhar na fome sem ajuda humanitária.

15h50 - Abastecimento de petróleo russo através de gasoduto de Druzhba retomado

O operador eslovaco de gasodutos, Transpetrol, confirmou que o petróleo russo vai voltar a fluir a partir das 18h00 GMT esta sexta-feira via gasoduto ucraniano de Druzhba, até à República Checa.

“Hoje às 20h00, o fornecimento para a República Checa será retomado”, referiu um porta-voz da Transpetrol. 

15h40 - Ucrânia quer organismos internacionais nos campos russos de prisioneiros de guerra

As agências de segurança da Ucrânia emitiram um comunicado conjunto a apelar aos envio de representantes das Nações Unidas e da Cruz Vermelha aos campos onde a Rússia mantém os soldados ucranianos capturados nos últimos meses.

O pedido segue-se a alegações de Kiev de que as tropas fiéis a Moscovo têm torturado e executado prisioneiros de guerra, tendo orquestrado a explosão de um campo destes detidos, em Olenivka, para ocultar os crimes.

Quase 60 soldados ucranianos foram mortos na explosão.

15h20 - Rublo-Yuan em paridade com rublo-euro

O governador do Banco Central revelou que o câmbio entre as moedas russa e chinesa está próximo do câmbio entre o rublo e a moeda europeia, euro.

Alexei Zobotkin afirmou aos repórteres que a Rússia está a promover as trocas comerciais com os países “amigos” e que admite vir a comprar moeda de países que não se associaram às sanções ocidentais, como a China, a Índia e a Turquia, para guardar do seu Fundo de Riqueza Nacional.

15h00 - Economia russa deve afundar em 2023

O Banco Central da Rússia previu que a Economia do país vai "bater no fundo" no próximo ano, de acordo com declarações do governador Alexei Zabotkin esta sexta-feira.

De acordo com com Zabotkin, o Banco Central russo espera que as sanções ocidentais se mantenham até 2025.

14h45 - Moscovo diz que Ucrânia confirmou pagamentos por uso do gasoduto Druzhba

A Transneft, o operador único de gasodutos russos, afirmou à agência russa oficial de notícias RIA, que Kiev confirmou a receção do pagamento pelo trânsito de petróleo russo com destino à Europa através do gasoduto de Druzhba.

Na terça-feira a TRansneft afirmou que os abastecimentos via Druzhba haviam sido suspensos para a República Checa, Hungria e Eslováquia desde o dia quatro de agosto porque as sanções ocidentais impediam o pagamentos das taxas de tráfego de Moscovo a Kiev.

14h05 - Cazaquistão tenta contornar ameaças

Espera-se que o Cazaquistão venda parte de seu petróleo bruto através do maior oleoduto do Azerbaijão a partir de setembro, enquanto o país busca alternativas para uma rota que a Rússia ameaçou fechar, disseram três fontes à Reuters.

13h45 - Rússia diz que sistema de radar fabricado nos EUA foi destruído e mísseis HIMARS derrubados

O Ministério da Defesa da Rússia disse que destruiu um sistema de radar AN/MPQ-64 fabricado nos EUA na região de Donetsk, na Ucrânia.

No briefing diário, o Ministério também disse que derrubou dois mísseis HIMARS.

13h05 - Schroeder processa o Parlamento alemão para recuperar privilégios

O ex-chanceler alemão vai processar o Bundestag para tentar restabelecer os privilégios que lhe foram retirados devido à sua relação próxima com Vladimir Putin e às suas opiniões sobre a invasão russa na Ucrânia.

Michael Nagel, advogado de Gerhard Schroeder, disse à agência de notícias alemã DPA que o antigo chanceler avançou com uma ação no Tribunal Administrativo de Berlim.

12h10 - Kiev acusa Rússia de quase 500 crimes contra património cultural

A Ucrânia acusou a Rússia de quase quinhentos crimes de guerra contra o património cultural ucraniano desde que começou a invasão russa do país, em 24 de fevereiro.

"Até 10 de agosto de 2022, o Ministério da Cultura e Política de informação registou 464 episódios considerados crimes de guerra russos contra o património cultural ucraniano", afirmou hoje o porta-voz daquele organismo, Oleksandr Tkachenko.

Acusou a Rússia de lutar contra a identidade cultural ucraniana e de "atacar deliberadamente objetos culturais", frisando que "infelizmente, isso acontece quase todos os dias".

Só na noite passada, os ataques russos danificaram um centro cultural e uma escola de arte em Marhanets, na região de Dnipropetrovsk, indicou.

Na contabilidade das autoridades de Kiev, desde o início da invasão foram destruídos ou danificados 23 monumentos de importância nacional, 109 de importância local, 108 objetos que estavam em edifícios históricos e sete objetos do património cultural recentemente descobertos.

Os ataques russos destruíram ou danificaram 361 objetos de arte e instituições culturais, acusa a Ucrânia.

(agência Lusa)

11h10 – O mapa da ocupação

O Ministério da Defesa britânico publicou uma atualização da situação militar no terreno. Um mapa que ajuda a compreender a situação no terreno. A zona a rosa corresponde à ocupação russa.


11h00 – Rússia não apoia proposta de zona desmilitarizada à volta da central nuclear de Zaporizhia

Vasyl Nebenzia, representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, disse que “a desmilitarização da estação pode torná-la vulnerável a quem quiser visitá-la”. “Ninguém sabe quais serão suas metas e objetivos. Não podemos descartar quaisquer provocações, ataques terroristas à estação, que devemos proteger”, afirmou, citado pela Interfax.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu a retirada de todos os militares e equipamentos militares da estação e evitar o envio de quaisquer outras forças militares ou equipamentos militares na área.

10h20 – Europa “sob a ameaça de uma catástrofe nuclear”

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, adverte que a Rússia está "colocando toda a Europa sob a ameaça de uma catástrofe nuclear", com a ocupação da central nuclear de Zaporizhia.



9h20 - Espanha diz que gasoduto entre Espanha e França pode estar pronto em 8-9 meses

A ministra da Energia, Teresa Ribera, disse que o uma nova ligação entre os dois países para enviar gás pode estar feita em menos de um ano. “Esta nova interligação, este novo gasoduto, pode estar operacional em 8-9 meses, na fronteira sul da França com Espanha”, disse, em entrevista à televisão estatal TVE.

9h10 - Relato de bombardeamento em Kramatorsk

Onze rockets atingiram durante a noite Kramatorsk, de acordo com o autarca, Oleksandr Honcharenko, que, no Facebook, revela que houve casas destruídas, mas não há registo de vítimas.

8h45 – Ministro da Defesa ucraniano revela que receberam MLRS

Oleksii Reznikov, ministro ucraniano da Defesa, revelou no Twitter que chegou à Ucrânia um carregamento de M270 MLRS, vindo do Reino Unido. “O vosso apoio é extraordinário e tão importante para a Ucrânia”, disse, acrescentando que mais “presentes” chegarão em breve.

8h00 - Acidente em Zaporizhia “poderia ser mais grave” que Fukushima, diz China
 
O representante chinês junto das Nações Unidas, Zhang Jun, alertou o Conselho de Segurança de que um acidente na central nuclear de Zaporizhia poderá ser mais grave do que o ocorrido em Fukushima em 2011.

Segundo um comunicado da missão chinesa junto das Nações Unidas, Zhang recordou na quinta-feira que Zaporizhia, no leste da Ucrânia, é a maior central nuclear da Europa e disse não querer que "o mesmo risco" se repita.

O acidente nuclear de Fukushima, no Japão, ocorreu a 11 de março de 2011, depois de um intenso terramoto de 9 graus na escala de Richter, que provocou ondas de cerca de 15 metros de altura e matou quase 18 mil pessoas.

7h50 – Nações Unidas pedem zona desmilitarizada na central nuclear

A Rússia e Ucrânia trocam acusações sobre bombardeios nesta quinta-feira.


7h09 - Ponto de situação

  • No último relatório sobre a situação da guerra na Ucrânia, o Ministério britânico da Defesa afirma que as explosões ocorridas no início desta semana na base aérea de Saky, no oeste da Crimeia, estrutura operada pelas forças russas, terão “certamente” resultado da detonação de até quatro zonas de armazenamento de munições. Pelo menos cinco caças-bombardeiros Su-24 terão ficado danificados.

  • A Estónia anunciou ontem que, a partir da próxima semana, começará a impedir a maior parte dos russos de entrarem no país, cortando assim uma rota muito utilizada de acesso ao espaço Schengen. Com algumas exceções, o Ministério estónio dos Negócios Estrangeiros adiantou que deixará de emitir vistos de trabalho, estudo e de negócios para cidadãos russos.

  • Mais dois navios carregados com cereais partiram nas últimas horas do sul da Ucrânia. Esta sexta-feira deverá ser feito novo carregamento com destino à Etiópia. Ao abrigo do acordo mediado pela Turquia e pelas Nações Unidas, partiram já 14 navios nestas condições.

  • A Agência Internacional de Energia Atómica apelou a uma missão de monitorização, no terreno, das operações na central nuclear ucraniana de Zaporizhia, com a maior brevidade possível. A estrutura renovou, diante do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o aviso para “consequências catastróficas” da continuação dos combates perto da central.

  • A Energoatom, empresa estatal da Ucrânia que opera a central de Zaporizhia, veio adiantar que o complexo foi atingido, na quinta-feira, por cinco vezes, incluindo nas proximidades de um local de armazenamento de materiais radioativos.

  • O presidente ucraniano disse a responsáveis do seu Governo para que parem de partilhar com repórteres as táticas militares do país contra a Rússia, sublinhando que tais declarações são “francamente irresponsáveis”. Estes reparos de Volodymyr Zelensky seguiram-se a informações dos media, a partir de fontes anónimas das autoridades de Kiev, segundo as quais as forças ucranianas foram responsáveis pelas exploões que destruíra uma base aérea russa na Crimeia, na quinta-feira.