Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
Um juiz dos EUA autorizou os procuradores dos EUA a apreenderem um avião Airbus, de 90 milhões de dólares, propriedade do oligarca russo sob sanções Andrei Skoch, anunciaram os procuradores federais em Manhattan.
Mosocovo anunciou um congelamento das inspeções norte-americanas aos seus arsenais nucleares previstas num tratado fundamental de controlo de armas, alegando que as sanções ocidentais têm dificultado visitas semelhantes às instalações norte-americanas por parte de monitores russos.
A medida reflete o aumento das tensões entre Moscovo e Washington sobre a ação militar da Rússia na Ucrânia e marca a primeira vez que o Kremlin suspende as inspeções dos EUA ao abrigo do tratado de controlo de armas nucleares New START.
Ao declarar o congelamento das inspeções dos EUA, o ministério dos Negócios Estrangeiros russo afirmou que as sanções impostas pelos EUA e aliados aos voos russos, as restrições de vistos e outros obstáculos tornaram efetivamente impossível a visita de peritos militares russos aos locais de armamento nuclear norte-americano, dando a Washington "vantagens unilaterais".
Moscovo afirmou que os inspetores dos EUA não enfrentaram tais dificuldades, embora a Rússia tenha fechado o seu espaço aéreo aos 27 Estados da União Europeia, ao Reino Unido e ao Canadá - embora não aos EUA - após o início do conflito na Ucrânia, no final de fevereiro. A Rússia disse na altura que seriam abertas exceções para as missões diplomáticas e entregas de ajuda humanitária.
O ministério dos Negócios Estrangeiros russo afirmou que o congelamento é temporário e permitido pelo pacto "em casos excecionais".
(agência Lusa)
As Nações Unidas, Turquia, Rússia e Ucrânia emitiram procedimentos há muito aguardados para os navios mercantes que exportam cereais e fertilizantes ucranianos através do Mar Negro, de acordo com um documento a que agência Reuters teve acesso.
"As Partes não realizarão nenhum ataque contra navios mercantes ou outras embarcações civis e instalações portuárias envolvidas nesta iniciativa", refere o documento.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, levantou hoje o espetro do desastre de Chernobyl e pediu novas sanções contra a Rússia, na sequência de novas ataques contra a central nuclear de Zaporizhia, ocupada pelos russos.
"O mundo não deve esquecer Chernobyl e o facto de que Zaporijia é a maior central da Europa. O desastre de Chernobyl [em 1986] foi a explosão de um reator e a central de Zaporijia tem seis reatores", disse hoje à noite Zelensky no seu discurso vídeo diário.
O local da fábrica de Zaporizhia no sul da Ucrânia está sob controlo russo desde 4 de março. Foi bombardeada duas vezes no final da semana passada, incluindo perto de um reator. Kiev e Moscovo culparam-se mutuamente pelos ataques.
"São necessárias novas sanções contra o Estado terrorista e toda a indústria nuclear russa, que está a criar a ameaça de uma catástrofe nuclear", disse Zelensky.
O reator número 4 na central de Chernobyl explodiu em 26 de abril de 1986, causando o maior acidente nuclear civil e libertando uma nuvem radioativa que se espalhou por toda a Europa.
(agência Lusa)
O embaixador da Ucrânia junto da Agência Internacional de Energia Atómica apelou a uma missão à central nuclear de Zaporizhia. A central voltou a sofrer o impacto próximo de explosões. O Governo ucraniano tem até aqui rejeitado uma visita de peritos à maior central nuclear da Europa, argumentando que isso constituiria o reconhecimento da ocupação russa, mas Kiev cedeu quando a Rússia afirmou que está pronta "a facilitar" a visita.
As Nações Unidas pediram esta segunda-feira mais 2.000 milhões de dólares de fundos para ajuda humanitária à Ucrânia, elevando o total solicitado aos doadores para os 4.300 milhões de dólares, por temerem um inverno muito difícil.
Segundo o organismo, o aumento corresponde ao agravamento da situação no país e à perspetiva de um inverno muito difícil, devido à destruição de habitações e à falta de acesso a gás e eletricidade em muitos locais, em consequência dos danos em infraestruturas.
No total, as Nações Unidas estimam que pelo menos 17,7 milhões de pessoas - mais de um quarto da população da Ucrânia – necessitarão de ajuda humanitária nos próximos meses.
(agência Lusa)
Um tribunal ucraniano condenou hoje a dez anos de prisão um membro da tripulação de um tanque russo acusado de ter disparado sobre um prédio residencial, anunciaram hoje os serviços de informações ucranianos (SBU).
O sargento Mikhail Kulikov, feito prisioneiro no início da invasão russa da Ucrânia, foi considerado por um tribunal de Chernigiv, norte da Ucrânia, culpado de "violação das leis e costumes da guerra".
Segundo o SBU, "ficou estabelecido que o tanquista russo atravessou em 24 de fevereiro a fronteira da Ucrânia desde a Bielorrússia" e de seguida, avançando em direção a Chernigiv, capital regional duramente atingida por combates, "bombardeou localidades".
"Em 26 de fevereiro, e cumprindo a ordem do seu comandante, disparou designadamente sobre um edifício residencial de 11 andares que abrigava civis. Diversos apartamentos foram destruídos", prosseguiu o SBU, ao indicar que o seu tanque foi intercetado pouco depois e o sargento Kulikov capturado.
Em maio, a justiça ucraniana tinha já condenado a prisão perpétua um soldado russo pela morte de um civil, uma pena reduzida em recurso para 15 anos de prisão. Foi o primeiro militar russo a ser julgado por crimes de guerra desde o início da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.
(agência Lusa)
A Rússia sofreu entre 70.000 e 80.000 baixas, entre mortos ou feridos, desde o início da invasão da Ucrânia, disse o secretário adjunto da Defesa dos EUA, Colin Kahl, esta segunda-feira.
Os Estados Unidos anunciaram esta segunda-feira uma nova parcela de ajuda militar à Ucrânia no valor de mil milhões de dólares (982 milhões de euros), a maior até hoje.
Este novo pacote incluiu munições para armas de longo alcance e veículos blindados de transporte médico, disse o porta-voz do Pentágono, Todd Breasseales.
Esta nova parcela de ajuda também prevê o envio de mísseis adicionais de curto e médio alcance para os sistemas de defesa antiaérea NASAMS, bem como mísseis antitanque Javelin.
Desde o início da invasão, a 24 de fevereiro, os EUA já enviaram à Ucrânia 8,8 mil milhões de dólares em ajuda.
O Banco Mundial anunciou esta segunda-feira uma ajuda adicional de 4,5 mil milhões de dólares à Ucrânia, com fundos fornecidos pelos Estados Unidos, para ajudar o governo a atender às "necessidades urgentes criadas pela guerra".
Essa ajuda adicional deve, em particular, permitir que o governo e as autoridades locais cubram as despesas sociais, disse o Banco Mundial em comunicado.
Esta nova tranche eleva o valor total da assistência financeira de emergência fornecida à Ucrânia pela instituição para quase 13 mil milhões de dólares.
Os serviços de segurança interna da Ucrânia anunciaram esta segunda-feira que capturaram dois suspeitos que trabalhavam para os serviços de inteligência russos que planeavam matar o ministro da Defesa e o chefe de inteligência militar da Ucrânia.
O SBU (Serviço de Segurança da Ucrânia) anunciou no Telegram que "prendeu assassinos do serviço secreto russo que estavam a planear os homicídios" do ministro da Defesa Oleksiy Reznikov e do chefe da inteligência militar Kyrylo Budanov.
Os suspeitos, um residente da região leste de Lugansk, mantido por separatistas apoiados pela Rússia, e outro residente da capital da Ucrânia, Kiev, iriam receber uma recompensa de 150.000 dólares pelo assassinato de cada um dos seus alvos, afirmou o SBU em comunicado.
O suspeito da região de Lugansk entrou na Ucrânia através da Bielorrússia e foi detido na cidade de Kovel, no noroeste da Ucrânia, juntamente com o residente de Kiev, segundo o comunicado.
Mais de 170 monumentos e sítios históricos, do património cultural ucraniano, foram atingidos pela guerra, desde a invasão russa de 24 de fevereiro, anunciou a Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura (UNESCO), no levantamento de agosto.
Ao todo, são 171 os locais atingidos, muitos deles destruídos, de museus a instalações universitárias, de bibliotecas a igrejas e catedrais, de escolas a edifícios históricos e de interesse cultural, como as igrejas da Natividade e da Santíssima Trindade, em Kyiv, o Memorial do Holocausto, em Kharkiv, o Museu de Belas Artes de Odessa, e os museus de Mariupol e Melitopol, ambos sujeitos a destruição e saque, como denunciaram as autoridades ucranianas e verificou em reportagem, em maio, o jornal The New York Times.
Os números mais recentes da UNESCO, relativos a património cultural atingido, danificado ou mesmo destruído pela guerra, identificam 74 sítios de natureza religiosa, 13 museus, 33 edifícios históricos e 26 edifícios destinados a atividades culturais, contando-se ainda 17 monumentos e oito bibliotecas.
(agência Lusa)
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) informou hoje que desde o conflito na Ucrânia, em fevereiro passado, já concedeu 49.405 proteções temporárias a ucranianos ou estrangeiros que residiam no país, entre elas 13.409 a menores.
Num balanço mais recente hoje divulgado, o SEF acrescenta que desde a invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro, do total de vistos temporários, 29.762 foram a mulheres e 19.643 a homens.
Os municípios com o maior número de proteções temporárias concedidas continuam a ser Lisboa (10.475), Cascais (2.965), Porto (2.344), Sintra (1.691) e Albufeira (1.247), especifica.
(agência Lusa)
Os Estados Unidos pediram esta segunda-feira à Rússia que cesse todas as atividades militares dentro e nas proximidades de centrais nucleares na Ucrânia, incluindo a de Zaporizhia.
“Continuamos a pedir à Rússia que cesse todas as operações militares dentro e ao redor das centrais nucleares ucranianas e devolva o controlo destas à Ucrânia”, disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean Pierre, durante uma conferência de imprensa.
“Lutar em torno de uma central nuclear é perigoso”, disse Pierre, ressalvando que, de acordo com os dados recolhidos, “felizmente, não temos indícios de um aumento anormal dos níveis de radioatividade”.
Rússia e Ucrânia têm trocado acusações desde sexta-feira sobre os bombardeamentos contra a central nuclear de Zaporizhia, localizada no sul da Ucrânia e que caiu nas mãos dos soldados russos no início de março.
A Rússia disse que o último ataque, durante a noite de sábado, danificou uma linha de alta tensão que fornece eletricidade para duas regiões ucranianas.
A Rússia acusou esta segunda-feira Kiev de estar a "fazer a Europa de refém" ao bombardear a central nuclear de Zaporizhia, no sul da Ucrânia.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse que queria que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) visitasse a central, a maior instalação nuclear da Europa, mas que Kiev estava a impedir uma possível visita.
"Eles estão a tentar tomar toda a Europa como refém” disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova.
A Rússia diz que fez todos os possíveis para facilitar a visita da AIEA à central nuclear, mas Kiev considerou "benéfico manter a AIEA afastada".
O ministro da Saúde da Roménia, Alexandru Rafila, pediu hoje à população com menos de 40 anos para se abastecer "o mais rapidamente possível" com comprimidos de iodo, dado o risco de um desastre nuclear na vizinha Ucrânia.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) alertou domingo para o risco de "desastre nuclear" na central ucraniana de Zaporizhia, ocupada pela Rússia desde março, depois de as instalações terem sido alvo de ataques de novo na sexta-feira, dos quais Kiev e Moscovo se acusam mutuamente.
Esta central, a maior da Europa, está localizada numa região a 700 km da fronteira com a Roménia.
O ministro pediu que os menores de 40 anos "se apresentem o mais rapidamente possível ao médico de família a quem devem pedir a receita", refere a agência de notícias Agerpres.
O Ministério da Saúde divulgou a lista de 2.500 farmácias onde as pessoas com menos de 40 anos – as mais expostas ao desenvolvimento de cancro e lesões da tiróide devido à radiação – podem obter os comprimidos gratuitamente.
Estes comprimidos servem para prevenir a absorção de iodo radioativo, ajudando a eliminar esta substância e reduzir o risco de contrair cancro da tiróide.
O Governo romeno armazenou 30 milhões de comprimidos de iodo para a sua população, temendo o risco de uma catástrofe nuclear na Ucrânia.
Segundo o ministro da Saúde romeno, já hoje a procura destes comprimidos poderá aumentar devido à situação na Ucrânia.
(Agência Lusa)
A Rússia está pronta para facilitar uma visita de técnicos da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) à central nuclear de Zaporizhia, controlada pelas forças de Moscovo, avança a agência RIA Novosti, que cita o representante russo junto a organização que tem sede em Viena.
O embaixador da Ucrânia na Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) acusou as forças russas de provocar apagões elétricos no sul da Ucrânia devido a bombardeamentos no complexo nuclear de Zaporizhia, e apelou à visita de uma missão internacional ao complexo ainda este mês.
“Utilizaremos todos os canais diplomáticos para que a AIEA e a ONU conduzam essa missão. Precisamos urgentemente, o mais cedo possível”, afirmou Yevhenii Tsymbaliuk.
O primeiro dos navios que saíram da Ucrânia com cereais a chegar ao destino atracou hoje num porto turco, no âmbito do acordo mediado pela Turquia e pela ONU, anunciaram as autoridades locais.
O “Polarnet”, com pavilhão turco, zarpou do porto ucraniano Chornomorsk em 05 de agosto, carregado com 12.000 toneladas de milho, e atracou hoje no porto de Derince, no Golfo de Izmit, no noroeste da Turquia.
The illegal and unprovoked invasion of Ukraine is continuing.
The map below is the latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 08 August 2022
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O porta-voz do Kremlin respondeu à oferta de Tayyip Erdogan, para intermediar as conversações de paz entre o presidente russo e o seu homólogo ucraniano. Dmitry Peskov afirmou que os dois presidentes só se podem encontrar depois dos negociadores “fazerem os trabalhos de casa”.
As negociações entre Moscovo e Kiev estão paradas há vários meses, com os dois lados a culparem-se pela falta de progressos.
“A delegação ucraniana saiu do radar. Não há progressos nas negociações”, acrescentou Dmitry Peskov.
Segundo o porta-voz do Kremlin, “um encontro entre os presidentes Putin e Zelensky, só é possível depois dos trabalhos de casa terem sido feitos pelas delegações. Não existem os pré-requisitos necessários para a reunião”.
A Finlândia registou um número recorde de requerentes de asilo após a invasão russa da Ucrânia, batendo o recorde da crise de emigrantes de 2015.
“Até 4 de agosto foram apresentados 35.047 pedidos de proteção temporária”, avança a agência AFP citando o serviço de imigração da Finlândia.
Mais de 37 mil pessoas estão atualmente registadas no sistema de acolhimento.
Segundo o serviço de Imigração, “um terço das pessoas que fogem da Ucrânia são crianças”.
Os últimos números do ACNUR revelam que mais de 6,3 milhões de refugiados da Ucrânia foram registados na Europa.
Moscovo afirmou que os países ocidentais com influência na Ucrânia devem pressionar Kiev a parar de bombardear a central nuclear de Zaporizhia e adverte para “consequências catastróficas”.
Já o responsável pela empresa ucraniana de energia nuclear apelou para que a central nuclear de Zaporizhia fosse transformada numa zona livre de militares e que no local deveria estar uma equipa de manutenção da paz.
A Rússia e a Ucrânia acusam-se mutuamente pelos ataques à maior central nuclear da Europa, que é controlada pelas forças de Moscovo.
As autoridades britânicas não revelam como chegaram a esssa conclusão, mas referem que as minas deverão ser colocadas em Donetsk e Kramatorsk. Tratam-se de minas PFM-1 e PFM-1S, também designadas "minas borboleta".
Estas são "armas profundamente controversas e indiscriminadas", acrescentou o MoD. As minas terrestres são geralmente implementadas com o objetivo de matar ou ferir quem estiver por perto.
Ponto de situaçãoLatest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 8 August 2022
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- As autoridades britânicas e ucranianas adiantam que a Rússia está a reforçar a ofensiva na frente sul da Ucrânia para preparar uma contra-ofensiva ucraniana. No entanto, estas forças também estarão no terreno prontas para atacar.
- Durante o fim de semana, Ucrânia e a Rússia trocaram acusações sobre o bombardeamento da central nuclear de Zaporizhia. No domingo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy apelou à imposição de novas sanções internacionais contra Moscovo, acusando o Kremlin de propagar o “terror nuclear”.
- O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, considerou que os inspetores internacionais deverão ter acesso à central nuclear de Zaporizhia. Depois de ter participado na cerimónia dos 77 anos desde o primeiro bombardeamento atómico da história, em Hiroshima, Guterres vincou que qualquer bombardeamento contra uma central nuclear será “uma ação suicida”.
- De acordo com as autoridades ucranianas, na noite de sábado registaram-se bombardeamentos em dezenas de cidades ao longo das frentes de combate a leste e sul do país. As forças russas tentaram ainda o ataque a seis diferentes áreas de Donetsk.
- No domingo, quatro navios com cereais partiram dos portos ucranianos do Mar Negro. O papa Francisco saudou o acordo que possibilitou estas exportações, considerando que esse poderá ser o modelo de diálogo que irá por fim à guerra na Ucrânia.