Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Graça Andrade Ramos, Carlos Santos Neves, Andreia Martins - RTP

Alexander Ermochenko - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

22h20 - Ataques russos ao oblast de Sumy

O governador Dmytro Zhyvytsky anunciou que a Rússia bombardeou este sábado várias localidades do Oblast de Sumy, Esman, Hlukhiv, Buryn, Shalyhyne, Bilopillia e Mykolaivka, sem fazer vítimas reportadas.

22H00 - Cinco novos navios partem da Ucrânia este domingo

Cinco cargueiros cheios de cereais vão largar de portos ucranianos de Chernomorsk e de Odessa este domingo, prosseguindo a exportação de cereais, anunciou o Centro de Coordenação Conjunta que supervisiona as operações.

Ao todo, estes navios irão transportar mais de 161.000 toneladas de milho e de produtos alimentares até à Turquia, a China e a Itália, afirmou o CCC, que irá acompanhar as cargas até Istambul, onde serão inspecionados antes de seguirem viagem pelo Bósforo.

21h25 - Zapaorizhia. Bombardeamentos causaram paragem de reator nuclear
19h40 - Primeiro navio estrangeiro chega à Ucrânia desde início da guerra

O Fulmar S com pavilhão de Barbados aportou ao porto ucraniano de Chornomorsk, o primeiro navio estrangeiro a fazê-lo desde o início da guerra, a 24 de fevereiro. Vai ser carregado de cereais, anunciou o ministro ucraniano das Infraestruturas, Oleksandr Kubrakov.

18h18 - Diretor da AIEA condena bombardeamento de central de Zaporizhia

Rafael Mariano Grossi mostrou-se muito preocupado e alertou para o risco de um acidente nuclear.

“Estou extremamente preocupado com o bombardeamento de ontem da maior central nuclear da Europa, que sublinha o risco muito real de um desastre nuclear que pode ameaçar a saúde púbica e o ambiente na Ucrânia e mais além”, afirmou o diretor da Agência Internacional de Energia Atómica.

Grossi apelou as duas partes em conflito na Ucrânia a fazerem prova da "maior retenção" em torno da central nuclear.

18h00 - Turquia pronta para cimeira Putin-Zelensky

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan revelou este sábado ter proposto ao homólogo russo Vladimir Putin a realização na Turquia de conversações com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, refere o Kyiv Independent.

17h35 - Detidos dois suspeitos de espionagem para a Rússia

O Serviço de Segurança do Estado da Ucrânia deteve dois homens sob suspeita de serem espiões da Rússia. Terão sido responsáveis pela identificação de alvos para ataques com mísseis das forças russas no porto de Mykolaiv, no sul do país.

Os dois suspeitos, escreve o serviço ucraniano no Telegram, "recolheram e transmitiram informações ao inimigo sobre importantes infraestruturas, depósitos de combustível, o destacamento e o movimento de pessoal e equipamento das Forças Armadas".

17h29 - Central de Zaporizhia atingida. A análise de Filipe Vasconcelos Romão


"A questão nuclear tornou-se uma arma de arremesso entre os ucranianos e os russos", afirmou na RTP3 o comentador de assuntos internacionais, questionado sobre a notícia de um bombardeamento atribuído às forças russas sobre a central nuclear ucraniana de Zaporizhia, a maior da Europa.
"Como a Agência Internacional de Energia Atómica sublinhou, há aqui riscos claros. Não têm sido cumpridos os mínimos de segurança em matéria de utilização da energia nuclear", acrescentou Filipe Vasconcelos Romão, que sustentou ainda que "seria importante" obter para este domínio um acordo em moldes semelhantes ao entendimento alcançado para reiniciar as exportações de cereais da Ucrânia.

17h08 - Laços entre Ancara e Moscovo inquietam Ocidente

Os governos ocidentais estarão a ficar crescentemente alarmados com o aparente aprofundamento das relações económicas entre a Turquia e a Rússia, alertando mesmo para a possibilidade de Ancara vir a ser alvo de medidas punitivas, caso ajude Moscovo a iludir sanções. A notícia é avançada pelo Financial Times.

Na sexta-feira, durante um encontro em Sochi, estância balnear russa do Mar Negro, os presidentes russo e turco, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, concordaram em apertar a cooperação bilateral nos sectores dos transportes, agricultura, finanças e da indústria da construção.

Ouvidos pelo Financial Times, seis responsáveis ocidentais exprimiram preocupação com estes desenvolvimentos.

16h50 - Zelensky conversou com presidente do Malawi

O presidente ucraniano adianta, na plataforma de mensagens Telegram, ter mantido "a primeira conversa da história das relações entre a Ucrânia e o Malawi" com o homólogo deste país africano, Lazarus Chakwera.

"Obrigado pelo apoio dentro de organizações internacionais", escreve Volodymyr Zelensky.

Zelensky escreve ainda que quer aumentar a interação com este parceiro: "Uma área-chave é garantir a segurança alimentar na região".

16h30 - A frente financeira da guerra

O presidente russo, Vladimir Putin, decidiu proibir investidores de países considerados hostis de venderem, até ao final deste ano, ações de projetos energéticos ou instituições bancárias.

16h00 - Ponto de situação

  • Moscovo declarou-se este sábado "profundamente preocupada" com a escalada do conflito entre o exércio israelita e a Jihad Islâmica palestiniana na Faixa de Gaza, apelando mesmo a ambas as partes para que "façam prova de uma contenção máxima".

  • O presidente turco confirmou, segundo a comunicação social do seu país, que os abastecimentos de gás russo à Turquia serão pagos em rublos. "Um aspeto positivo da nossa visita a Sochi é a nossa concordância com o senhor Putin sobre o rublo. Se Deus o permitir, as nossas troca em rublos vão assegurar benefícios para a Turquia e a Rússia", afirmou Recep Tayyip Erdogan aos jornalistas durante o voo de regresso ao seu país.

  • Forças pró-russas nas cidades ocupadas da região de Lugansk, no Donbass, estarão a usar ajuda humanitária para levar residentes a partilharem dados pessoais, tendo em vista um referendo sobre a soberania russa. Quem o diz é o chefe da administração militar de Lugansk, Sergei Gaidai, no Telegram.

  • O papa Francisco recebeu este sábado, em audiência, o embaixador ucraniano na Santa Sé, Andrii Yurash, numa altura em que o Vaticano pondera uma possível deslocação do sumo pontífice da Igreja Católica a Kiev. O Vaticano limitou-se a confirmar o encontro com o diplomata, numa curta declaração.

  • A União Europeia condenou este sábado o que considerou ser uma "violação irresponsável" das regras da segurança nuclear por parte da Rússia, face às ações militares no complexo da central ucraniana de Zaporizhia.

  • A central nuclear ucraniana de Zaporizhia, a maior da Europa, ficou severamente danificada, depois de ter sido atingida, na sexta-feira, por mísseis russos. É o que indica a Energoatom, operadora nuclear do país invadido, na plataforma de mensagens Telegram.

  • O próximo pacote de assistência militar dos Estados Unidos à Ucrânia deverá ascender a mil milhões de dólares em armamento. Entre outro material, trata-se, segundo fontes próximas do processo citadas pela Reuters, de munições para baterias de longo alance e veículos blindados de transporte médico.

  • A cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, está desde sexta-feira sob recolher obrigatório. Este estado deverá manter-se até à manhã de segunda-feira. As autoridades locais estão a tentar capturar civis que têm colaborado com as forças russas, de acordo com o governador regional.

  • A Meta apagou uma rede de contas de Instagram e Facebook alegadamente operadas por um complexo russo de trolls pró-guerra a partir de São Petersburgo, reporta o Kyiv Independent. As contas em causa teriam por objetivo semear a perceção de uma vaga de apoio online à invasão russa da Ucrânia, por meio de comentários em conteúdos publicados por influenciadores e órgãos de comunicação social. Entre os alvos estariam também políticos, jornalistas, atores, celebridades e marcas comerciais de todo o mundo que expressaram apoio à causa da defesa da Ucrânia.

  • O secretário-geral da ONU voltou a apelar à eliminação de todas as armas nucleares no mundo. No Japão, na cerimónia que assinalou o 77 anos bombardeamento atómico de Hiroshima, António Guterres lembrou as vítimas daquele que considera "o ataque mais bárbaro da história da humanidade".

  • A representante da Amnistia Internacional na Ucrânia anunciou este sábado a sua demissão, argumentando que um relatório da organização a acusar as Forças Armadas ucranianas de colocarem civis em perigo funciounou involuntariamente como "propaganda russa".

  • As autoridades impostas pela Rússia em Kherson adiantam que um dos seus funcionários nesta região do sul da Ucrânia ficou ferido num presumível atentado. Trata-se de Vitaly Gour, número dois da administração do distrito de Nova Kakhovka, que estará em estado grave. A localidade de Nova Kakhovka, atualmente controlada pelos russos, situa-se a cerca de 80 quilómetros e leste de Kherson.

15h43 - Kherson. Funcionário da administração russa ferido em ataque

As autoridades impostas pela Rússia em Kherson adiantam que um dos seus funcionários nesta região do sul da Ucrânia ficou ferido num presumível atentado. Trata-se de Vitaly Gour, número dois da administração do distrito de Nova Kakhovka, que estará em estado grave.

A localidade de Nova Kakhovka, atualmente controlada pelos russos, situa-se a cerca de 80 quilómetros e leste de Kherson.

15h07 - Assistência militar da Macedónia do Norte à Ucrânia

O gabinete da Presidência ucraniana confirma que a Macedónia do Norte está a fornecer tanques e aviões ao país invadido.

14h37 - Rússia apela à contenção no Médio Oriente

Moscovo declarou-se este sábado "profundamente preocupada" com a escalada do conflito entre o exércio israelita e a Jihad Islâmica palestiniana na Faixa de Gaza, apelando mesmo a ambas as partes para que "façam prova de uma contenção máxima".

"Observamos com uma profunda preocupação a evolução dos acontecimentos, que podem trazer um regresso da confrontação militar em grande escala e agravar ainda mais a situação humanitária já deplorável em Gaza", disse a porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova.

14h33 - Turquia vai pagar gás russo em rublos

O presidente turco confirmou, segundo a comunicação social do seu país, que os abastecimentos de gás russo à Turquia serão pagos em rublos.

"Um aspeto positivo da nossa visita a Sochi é a nossa concordância com o senhor Putin sobre o rublo. Se Deus o permitir, as nossas troca em rublos vão assegurar benefícios para a Turquia e a Rússia", afirmou Recep Tayyip Erdogan aos jornalistas durante o voo de regresso ao seu país, depois do encontro com o presidente russo na estância balnear do Mar Negro, na sexta-feira.

14h12 - Ajuda humanitária é isco para referendo, denunciam ucranianos

Forças pró-russas nas cidades ocupadas da região de Lugansk, no Donbass, estarão a usar ajuda humanitária para levar residentes a partilharem dados pessoais, tendo em vista um referendo sobre a soberania russa. Quem o diz é o chefe da administração militar de Lugansk, Sergei Gaidai, no Telegram.

13h54 - Em Hiroshima. Guterres condena ameaças de guerra nuclear

Retomamos as palavras do secretário-geral das Nações Unidas em Hiroshoma. António Guterres considerou inaceitável que os países com armas nucleares admitam a possibilidade de uma guerra com recurso a este tipo de armamento e avisou que a humanidade está a brincar com uma arma carregada.
António Guterres participou este sábado na cerimónia que assinala os 77 anos do bombardeamento atómico daquela cidade japonesa. Mais de 140 mil pessoas morreram na sequência do ataque norte-americano de 6 de agosto de 1945.

13h35 - Maior central nuclear da Europa voltou a ser atacada

A central ucraniana de Zaporizhia foi alvo, durante a noite, de dois bombardeamentos. Kiev diz que só não explodiu por milagre.


12h54 - Papa recebe embaixador ucraniano para discutir possível visita a Kiev

O papa Francisco recebeu este sábado, em audiência, o embaixador ucraniano na Santa Sé, Andrii Yurash, numa altura em que o Vaticano pondera uma possível deslocação do sumo pontífice da Igreja Católica a Kiev.

O Vaticano limitou-se a confirmar o encontro com o diplomata, numa curta declaração, sem adiantar pormenores sobre as matérias em discussão.

12h48 - UE denuncia "violação irresponsável" da segurança nuclear

A União Europeia condenou este sábado o que considerou ser uma "violação irresponsável" das regras da segurança nuclear por parte da Rússia, face às ações militares no complexo da central ucraniana de Zaporizhia.

"A UE condena as atividades miliares da Rússia em torno da central nuclear de Zaporizhia. Trata-se de uma violação grave e irresponsável das regras de segurança nuclear e de um novo exemplo do desprezo da Rússia por normas internacionais", reagiu no Twitter Josep Borrell, alto representante da União para os Assuntos Externos e a Política de Segurança.

12h39 - Cresce a preocupação com a segurança de Zaporizhia

A central nuclear ucraniana de Zaporizhia, a maior da Europa, ficou severamente danificada, depois de ter sido atingida, na sexta-feira, por mísseis russos. É o que indica a Energoatom, operadora nuclear do país invadido, na plataforma de mensagens Telegram.

Foram entretanto ativadas medidas excecionais de segurança, entre as quais o encerramento de um dos reatores do complexo.

11h46 - Chefe do Estado-Maior da Armada em visita à Lituânia

A força de fuzileiros portugueses destacada para a Lituânia, no quadro da NATO, recebe por esta altura o chefe do Estado-Maior da Armada. O almirante Gouveia e Melo "tem acompanhado, desde quinta-feira, esta Força Nacional Destacada composta por 146 militares da Marinha", lê-se numa nota deste ramo das Forças Armadas.

"Já esta manhã acompanhou a Força de Fuzileiros num exercício de fogo real com armamento ligeiro e pesado, no qual estão a ser experimentadas novas técnicas, táticas e procedimentos envolvendo a utilização de veículos aéreos não tripulados".

11h30 - Mais mil milhões de dólares em material militar dos EUA para a Ucrânia

O próximo pacote de assistência militar dos Estados Unidos à Ucrânia deverá ascender a mil milhões de dólares em armamento. Entre outro material, trata-se, segundo fontes próximas do processo citadas pela Reuters, de munições para baterias de longo alance e veículos blindados de transporte médico.

11h18 - Mykolaiv sob recolher obrigatório

A cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, está desde sexta-feira sob recolher obrigatório. Este estado deverá manter-se até à manhã de segunda-feira.

As autoridades locais estão a tentar capturar civis que têm colaborado com as forças russas, de acordo com o governador regional.

10h53 - Meta apaga contas de Instagram e Facebook associadas a rede russa

A Meta apagou uma rede de contas de Instagram e Facebook alegadamente operadas por um complexo russo de trolls pró-guerra a partir de São Petersburgo, reporta o Kyiv Independent.

As contas em causa teriam por objetivo semear a perceção de uma vaga de apoio online à invasão russa da Ucrânia, por meio de comentários em conteúdos publicados por influenciadores e órgãos de comunicação social. Entre os alvos estariam também políticos, jornalistas, atores, celebridades e marcas comerciais de todo o mundo que expressaram apoio à causa da defesa da Ucrânia.


Ao todo, foram removidas 45 contas de Facebook e outras 1.037 de Instagram.

10h37 - Em Hiroshima, Guterres apela à eliminação das armas nucleares


O secretário-geral da ONU voltou a apelar à eliminação de todas as armas nucleares no mundo. No Japão, na cerimónia que assinala o 77 anos bombardeamento atómico de Hiroshima, António Guterres lembrou as vítimas daquele que considera "o ataque mais bárbaro da história da humanidade".

No discurso, referiu que as crises com graves implicações nucleares estão a alastrar rapidamente. Referiu-se especificamente ao Médio Oriente, à Península da Coreia e à invasão russa da Ucrânia.
António Guterres renovou o apelo para que os líderes dos países com armamento nuclear abdiquem dessas armas.

10h16 - Responsável da Amnistia Internacional em Kiev demite-se

A representante da Amnistia Internacional na Ucrânia anunciou este sábado a demissão, alegando que um relatório da organização a acusar as Forças Armadas ucranianas de colocarem civis em perigo funciounou involuntariamente como "propaganda russa".

"Demito-me da Amnistia Internacional na Ucrânia", afirmou Oksana Pokaltchouk, num comunicado publicado hoje de madrugada na rede social Facebook.

O relatório, conhecido na quinta-feira, alertava que as forças ucranianas colocam em perigo a população civil quando estabelecem bases militares em zonas residenciais e lançam ataques a partir de áreas habitadas por civis.

A organização não-governamental de defesa dos Direitos Humanos ressalvou, contudo, que esta atuação não justifica os ataques indiscriminados da Rússia.

9h58 - Artilharia russa atinge Dnipropetrovsk


Bombardeamentos da artilharia russa levados a cabo durante noite no oblast de Dnipropetrovsk feriram pelo menos três pessoas e destruíram edifícios residenciais, entre os quais um jardim de infância e um centro artístico, segundo a publicação Kyiv Independent.

Milhares de pessoas daquela região estão sem energia elétrica e abastecimento de água.

9h36 - Rússia e Ucrânia trocam acusações sobre ataque à central nuclear de Zaporizhzhia

A maior central nuclear da Europa, a central ucraniana de Zaporizhzhia, foi alvo de dois bombardeamentos na última noite.

A Energoatom, empresa estatal que controla a infraestrutura, alerta para o "risco de fuga de hidrogénio e pulverização radioativa".

Moscovo acusa os "terroristas ucranianos" de deixarem toda a Europa à beira de uma catástrofe nuclear. Na resposta, o presidente Volodymyr Zelensky desmente e acusa os russos de serem responsáveis por "um crime descarado e um ato de terrorismo".

O chefe de Estado ucraniano alerta que o risco de uma tragédia supera o que aconteceu em Chernobyl, em 1986.

8h50 - Forças russas e ucranianas concentram atenções no sul, diz o Ministério britânico de Defesa

O Ministério britânico da Defesa (MoD) do Reino Unido indica este sábado que há um acumular significativo de tropas russas no sul da Ucrânia. Estas forças adicionais podem estar a preparar uma nova investida ou a antecipar uma contraofensiva ucraniana.

"Grandes comboios de militares russos, tanques, artilharia e outras armas continuam a afastar-se da região de Donbass, na Ucrânia, e dirigem-se para sudoeste", refere o MoD.

Por seu lado, as forças ucranianas estão "a concentrar os seus alvos em pontes, depósitos de munição e ligações ferroviárias", sobretudo nas regiões do sul da Ucrânia.

As autoridades do Reino Unido acreditam que a guerra está prestes a atingir "uma nova fase", com a linha da frente a deslocar-se 350 quiómetros para sudoeste, entre Zaporizhzhia e Kherson.

Para as autoridades britâncas, as forças ucranianas deverão agora focar-se nas ligações ferroviárias entre Kherson e a Crimeia, tentando comprometer as mesmas. O objetivo é interromper e incapacitar reabastecimentos por parte da Rússia.

Ponto de situação
  • A Rússia está a reunir tropas no sul da Ucrânia ainda sem que o objetivo para estas movimentações tenha sido oficialmente declarado. No briefing diário sobre o conflito, o Ministério britânico da Defesa adianta que as forças russas podem estar a preparar-se para um novo ataque ou apenas a antecipar uma contraofensiva da Ucrânia.

  • A Ucrânia acusa as forças russas de ataques junto a um reator nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia. A Energoatom, operadora estatal das centrais nucleares da Ucrânia, indica que foram registados “três ataques” num local próximo de um reator. Por sua vez, o Ministério russo da Defesa acusou as forças ucranianas de bombardear central, indicando que a fuga de radiação foi evitada apenas por "sorte".

  • Na sexta-feira, Vladimir Putin encontrou-se com Recep Tayyip Erdogan para discutir o conflito na Ucrânia. Nesta reunião entre o presidente russo e o homólogo turco, que decorreu em Sochi, Putin agradeceu a ajuda de Erdogan nos esforços para alcançar um acordo internacional que permitiu retomar a exportação de cereais a partir da Ucrânia. Ambos concordaram em aumentar a cooperação em várias áreas.