Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
As forças russas procuram conquistar Lugansk há quatro meses. Mykolaev voltou a ser bombardeada neste início de semana.
O exército ucraniano fez um uso alargado dos drones de reconhecimento e ataque e essa foi uma das armas que travou o exército russo. O enviado-especial da RTP a Kiev, António Mateus, visitou uma escola de operadores de drones.
Se isso não acontecer, a agência avisou que poderá haver racionamentos no próximo inverno, pois espera-se o corte total do fornecimento oriundo da Rússia.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros aprovaram uma proposta da Comissão Europeia para dar maior eficácia às sanções já aprovadas, como constatou o correspondente da RTP em Bruxelas, Duarte Valente.
As forças russas prosseguiram hoje a tentativa de controlar o nó ferroviário de Siversk, decisivo para prosseguir o avanço na província de Donetsk, enquanto fortaleciam a presença nos territórios que controlam no leste e sul da Ucrânia.
"Siversk está totalmente sob o nosso controlo operativo. Combate-se na cidade e arredores", declarou hoje o assessor do ministro da autoproclamada República Popular de Lugansk (LNR), Vitali Kiseliov, citado pela agência noticiosa russa Tass.
Kiseliov tinha-se já referido previamente ao "controlo" das milícias russófonas sobre a estratégica cidade, mas reconheceu que a artilharia ucraniana continua a flagelar as tropas envolvidas no assalto a Siversk.
O Instituto de Estudos da Guerra (ISW), sediado nos Estados Unidos, indicou que "as tropas russas priorizam os avanços em redor de Siversk e Bakhmut enquanto mantêm posições defensivas a norte da cidade de Kharkiv e ao longo do eixo sul", numa referência às regiões de Kherson e Zaporijia, controladas quase totalmente pelas forças russas e separatistas.
O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, aproveitou uma visita ao `Destacamento Leste` que combate na Ucrânia para ordenar o ataque prioritário contra os sistemas de mísseis e artilharia ucranianos fornecidos pelo ocidente.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia chegaram esta segunda-feira a acordo para dar mais 500 milhões de euros em fornecimento de armas para a Ucrânia, o que eleva a ajuda da União para mais de dois mil milhões de euros em ajudas em armas.
"Hoje os ministros dos Negócios Estrangeiros chegaram a um acordo político para a quinta tranche de assistência militar para a Ucrânia", anunciou a ministra sueca Ann Linde, em comunicado.
As regras da União proíbem normalmente usar parte do orçamenbto anual para custear operações militares mas cerca de cinco mil milhões de euros, pertencentes ao mecanismo da Paz Europeia, estão disponíveis para ajuda à Ucrânia.
A agência de notícias russa TASS anunciou esta segunda-feira que um pipeline de gás foi destruído após um ataque das forças ucranianas, na cidade de Kherson, ocupada por forças russas.
Um porta-voz do sistema de gás do estado ucraniano da Naftogaz disse que não existem provas de que os ataques em Kherson tenham cortado o trânsito regular de gás para a Europa.
O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan voltou a ameaçar hoje "congelar" a adesão da Suécia e Finlândia à NATO, na véspera de uma cimeira tripartida com a Rússia e o Irão em Teerão.
No decurso da cimeira da NATO no final de junho em Madrid, Erdogan exortou os dois países nórdicos a "cumprirem a sua parte" na luta contra o "terrorismo", numa referência às organizações curdas que atuam no sudeste turco e norte da Síria, e admitindo renunciar ao acordo sobre o alargamento da aliança militar ocidental.
"Adotámos uma atitude extremamente clara face ao prosseguimento do alargamento da NATO (...). Quero recordar de novo que congelaremos o processo caso esses países não adotem as medidas necessárias para preencher as nossas condições", declarou Erdogan após uma reunião do seu Governo e citado pelos `media` turcos.
"Em particular verificamos que a Suécia não está a emitir uma boa imagem sobre esta questão", considerou.
O Presidente russo, Vladimir Putin, apelou hoje à superação das graves dificuldades colocadas pelas sanções que privam a Rússia das altas tecnologias ocidentais, das quais é muito dependente.
"Tendo consciência das dificuldades colossais que se nos deparam, vamos procurar novas soluções intensamente e inteligentemente", declarou durante uma reunião transmitida pela televisão pública, ao referir que o seu país enfrenta um bloqueio "quase total" no acesso às tecnologias ocidentais.
"Hoje, não são apenas limitações, mas um bloqueio quase total que está a ser imposto ao nosso país em relação aos produtos estrangeiros de alta tecnologia", afirmou.
A Rússia está submetida a vastas sanções ocidentais e numerosas empresas estrangeiras saíram do país numa reação à invasão militar da Ucrânia.
Ao referir-se a um "enorme desafio", Putin apelou à utilização das tecnologias russas disponíveis e ao desenvolvimento de "novas empresas nacionais inovadoras".
"Não vamos baixar os braços", assegurou.
Após a ofensiva na Ucrânia, os gigantes da tecnologia (Microsoft, Apple, Google, Adobe, Cisco), retiraram-se da Rússia ou suspenderam ao mínimo uma parte das suas operações no país, deixando sem alternativas consumidores, empresas, serviços administrativos e utilizadores russos.
(agência Lusa)
Portugal atribuiu até esta segunda-feira mais de 47.000 proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia, 28% das quais concedidas a menores, anunciou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Segundo a última atualização feita pelo SEF, foram concedidas 47.535 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam naquele país, 28.877 foram atribuídas a mulheres e 18.658 a homens.
Os municípios com o maior número de proteções temporárias concedidas continuam a ser Lisboa (9.941), Cascais (2.856), Porto (2.194), Sintra (1.627) e Albufeira (1.222).
(agência Lusa)
Today, I addressed EU ministers at the Foreign Affairs Council on @JosepBorrellF’s kind invitation. My key message: weapons to Ukraine, sanctions on Russia, and accountability for Russia are the three ways to restore peace, enhance security, and protect stability in Europe 1/2
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) July 18, 2022
- Pelo menos seis pessoas morreram na cidade de Toretsk, na região de Donetsk, após um bombardeamento russo esta segunda-feira. A informação é avançada pelos serviços de emergência da Ucrânia. Foram ainda registados bombardeamentos noutras zonas do Donbass ao longo das últimas horas, nomeadamente nas cidades de Mikolaiv, Kharkiv e Dnipropetrovsk.
- No domingo, o presidente ucraniano anunciou a demissão do chefe do serviço de segurança, Ivan Bakanov, e da procuradora-geral do país, Iryna Venediktova. Um dos conselheiros de Volodymyr Zelensky indicou esta segunda-feira que os dois responsáveis foram suspensos e não demitidos, isto enquanto aguardam uma investigação mais aprofundada. De acordo com o chefe de Estado ucraniano, mais de 60 funcionários de ambos os serviços têm estado a “trabalhar contra” a Ucrânia em territórios ocupados pela Rússia.
- Decorre esta segunda-feira, em Bruxelas, uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE para discutir como os líderes europeus vão continuar a apoiar a Ucrânia. À entrada para o encontro, o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, disse esperar que as exportações ucranianas de cereais sejam desbloqueadas. “Não é um jogo diplomático, é uma questão de vida ou morte para muitos seres humanos”, afirmou o responsável, lembrando que há “dezenas de milhares” de pessoas a dependerem dessas exportações.
- De acordo como o Ministério britânico da Defesa, a Rússia está a recorrer ao grupo Wagner para reforçar posições e mitigar baixas registadas na Ucrânia. No briefing diário sobre a guerra, Londres indica que o recurso ao grupo Wagner é a resposta à falta de pessoal e baixas na frente de batalha. O grupo Wagner terá tido um papel fulcral em combates recentes, nomeadamente a captura de Popasna e Lysychansk, mas está a reduzir de forma significativa os padrões de recrutamento e o treino disponibilizado aos novos recrutas, o que poderá ter grande impacto no futuro.
10h22 - Toretsk. Pelo menos seis mortos em bombardeamento
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 18 July 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) July 18, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/FLMyNFy4J2
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/F4p4UkX1KT
A jornalista russa Marina Ovsiannikova, famosa por ter aparecido na televisão com um cartaz contra a ofensiva russa na Ucrânia, disse ter sido libertada após algumas horas de detenção na Rússia.
7h39 - Ponto de situação
- O presidente ucraniano demitiu o chefe do serviço de segurança e a procuradora-geral do país. Volodymyr Zelensky afirma que mais de 60 funcionários têm estado a “trabalhar contra” a Ucrânia em territórios ocupados pela Rússia, acrescentando que foram registados 651 procedimentos criminais relacionados como alegada alta traição.
- A Rússia está a preparar-se para desencadear a próxima fase da sua ofensiva contra a Ucrânia, segundo patentes do país invadido. Isto depois de Moscovo ter agitado a ameaça de ações militares reforçadas em “todas as áreas operacionais”.
- Na região de Kiev, após o recuo das forças russas, foram encontrados os corpos de 1.346 civis, segundo o chefe da polícia Andriy Nebytov. Há 300 pessoas dadas como desaparecidas. Setecentos dos mortos foram abatidos com armas de pequeno porte.
- Mísseis russos atingiram um complexo industrial em Mykolaiv, cidade próxima do Mar Negro, no sul da Ucrânia.
- Um ataque russo em Bakhmut, no leste da Ucrânia, feriu pelo menos seis pessoas, incluindo três crianças, segundo os media ucranianos. Os três menores têm ferimentos de estilhaços.
- Um cidadão britânico que estará cativo de forças russas na Ucrânia, identificado como John Harding, surgiu num vídeo a apelar ao primeiro-ministro cessante Boris Johnson para que ajude à sua libertação. O homem afirma estar em risco de ser condenado à morte.
- A polícia russa deteve a jornalista Marina Ovsyannikova, que em março interrompeu uma emissão televisiva para denunciar a ofensiva contra a Ucrânia, anunciou o seu advogado.
- A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, viaja esta segunda-feira para Baku, tendo em vista incrementar o fornecimento de gás natural por parte do Azerbaijão. A União Europeia discute também esta segunda-feira o reforço das sanções contra a Rússia.