Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Raquel Ramalho Lopes, Carlos Santos Neves - RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

22h35 - Ucrânia é um dos países mais perigosos para trabalhar como jornalista

22h30 - Ataque a Bakmut fere seis pessoas

Um ataque russo ao distrito de Bakhmut, na região de Donetsk, feriu seis pessoas, incluindo três crianças, segundo o Kyiv Independent.

No domingo, as forças russas bombardearam a cidade de Soledar e a vila de Yahidne. As três crianças feridas têm feridas de estilhaços.

20h45 - Zelensky demite chefe dos serviços secretos e procuradora-geral

O presidente da Ucrânia demitiu o chefe dos serviços secretos ucranianos, Ivan Bakanov, e a procuradora-geral, Iryna Venediktova.

O anúncio revela que o afastamento de Bakanov decorre da aplicação de um artigo do estatuto disciplinar das forças armadas que é acionado em caso de falhas na execução de serviços que resultem em vítimas mortais ou tenham outras consequências graves.

Iryna Venediktova é afastada no momento em que liderava a investigação de crimes de guerra no âmbito da invasão da Ucrânia.

Volodymyr Zelensky justificou as demissões com a alegação de que mais de 60 membros do gabinete da procuradora e dos serviços de informações "continuaram em território ocupado a trabalhar contra o Estado" ucraniano.

"Estes crimes contra as fundações da segurança nacional do Estado e as ligações entre as forças de segurança ucranianas e os serviços especiais russos levantam questões muito sérias sobre os seus líderes", acrescentou.

Em direto de Kiev, o jornalista António Mateus deu conta da intensificação dos ataques sobre zonas civis no Donbass e junto ao Mar Negro. Também a cidade de Kherson está sob maior tensão.

19h17 - Forças russas têm nova tática em Kherson, acusa Comando Operacional Sul

As forças russas em Kherson, no sul da Ucrânia, estão a mudar de tática e agora tentam “esconder-se atrás da população civil”. A acusação é do Comando Operacional Sul das Forças Armadas da Ucrânia, citado pelo jornal britânico The Guardian.

Segundo este comando, os soldados russos estão a mobilizar-se para “áreas densamente povoadas”, esperando que a Ucrânia não ataque estas regiões.

Ainda segundo a mesma fonte, os militares russos continuam os ataques periódicos à ilha de Zmiinyi, “tentando criar a ilusão de controle da ilha”.

“À noite, um par de bombardeiros Su-24 atingiu novamente os restos do equipamento inimigo na ilha. Não temos perdas”, referiram.

17h57 - Corpos de 1.346 civis recuperados em Kiev

Os corpos de civis mortos recuperados na região administrativa ucraniana de Kiev já ascendem a 1.346, a maior parte deles abatida a tiro pelos militares russos, informou hoje o chefe da polícia regional, Andriy Nebytov.

“Até hoje, o número já chega a 1.36 corpos civis mortos”, disse em declarações à televisão, recolhidas pela agência de notícias Ukrinform.

Nebytov ressaltou que “a maioria deles morreu com armas de fogo”.

“Posso dizer que este não é o número final, porque todos os dias trabalhamos e, infelizmente, encontramos cada vez mais corpos de pessoas enterradas, temporariamente sepultadas, nas posições onde o Exército da Federação Russa estava localizado”, observou.

O responsável policial acrescentou que atualmente existem cerca de 300 pessoas dadas como desaparecidas na região da capital da Ucrânia.

17h50 - Dezenas de milhares de mortes

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de cinco mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,7 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

Também segundo as Nações Unidas, 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

(agência Lusa)

17h39 - Rússia lança 22 ataques em Donetsk num dia e deixa vários civis mortos

As tropas russas lançaram 22 ataques com mísseis na região ucraniana de Donetsk no sábado, deixando vários civis mortos e feridos e 49 edifícios destruídos, informou o Ministério do Interior da Ucrânia.

“Os ocupantes [russos] atacaram com foguetes NURS, 9N723 Iskander-M, lançadores múltiplos de foguetes Uragan e Smerch e artilharia”, disse o ministério numa mensagem no Telegram, recolhida pela agência de notícias ucraniana Unian.

De acordo com aquele departamento governamental, 33 edifícios residenciais, incluindo cinco blocos de apartamentos, uma escola, uma creche, uma faculdade de medicina, um palácio, uma estação rodoviária e empresas foram destruídos.

Os militares russos bombardearam 15 centros populacionais na região, especificamente Pokrovsk, Avdiivka, Toretsk, Bajmut, Kostiantynivka, Pivdenne, Zalizne, Novooleksandrivka, Zhuravka, Illinka, Starodubivka, Udachne, Umanske, Druzhby e Pereizne.

No sábado, segundo o governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, três civis morreram e outros 12 ficaram feridos no bombardeamento russo.

(agência Lusa)

17h03 - Ministro estónio diz que compra de sistema HIMARS "põe nervosa" a Rússia

A compra pela Estónia de sistemas de 'rockets' de lançamento múltiplo de alta precisão, aprovada pelos Estados Unidos, dotará o país de uma capacidade de ataque defensivo que "põe nervosa" a vizinha Rússia, disse o ministro da Defesa estónio.

Em declarações aos 'media' locais, Kalle Laanet comentava a aprovação, na passada sexta-feira, por parte da Agência de Cooperação em Segurança do Departamento de Defesa (DSCA) dos Estados Unidos da venda à Estónia de seis sistemas designados "High Mobility Artillery Rocket Systems" (HIMARS) e uma gama de sofisticadas cargas de munição, com um custo total de 500 milhões de dólares (cerca de 495,6 milhões de euros).

Nas últimas semanas foram enviadas para a Ucrânia plataformas HIMARS, tendo sido atribuída a este sistema a destruição de vários depósitos de munições russos com ataques de alta precisão.

Segundo um comunicado do DSCA, as entregas previstas para a Estónia de sistemas HIMARS incluem 160 cargas com até seis mísseis, alguns com um alcance até 200 quilómetros e radares de precisão.

De acordo com a imprensa estónia, os responsáveis da Defesa do país esperam que a entrega e instalação total dos HIMARS estejam concluídas num período máximo de dois anos.

Os HIMARS são fabricados pela empresa de defesa norte-americana Lockheed Martin.

Segundo a DSCA, a empresa e o Governo norte-americanos vão enviar 15 especialistas cada um para supervisionar a entrega, a formação e a instalação deste sistema na Estónia.

(agência Lusa)

16h52 - Cerca de 2.000 polacos e ucranianos protestam contra "Terrorrússia" em Varsóvia

Cerca de dois mil manifestantes ucranianos e polacos reuniram-se, esta tarde, em frente à embaixada russa em Varsóvia para protestar contra a invasão da Ucrânia pelas forças armadas russas.

Os manifestantes, muitos dos quais empunhavam bandeiras ucranianas amarelas e azuis e faixas a denunciar o “Terrorrússia”, exigiram em polaco, ucraniano e inglês que o país agressor seja reconhecido como um “Estado terrorista”, um apelo que tem sido frequentemente feito pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Com gritos a dizer “chega de mortos”, as manifestantes também pediram sanções mais duras à Rússia e à presidência daquele país (Kremlin), acusando os seus líderes de quererem deixar muitos países em situação de fome ao bloquear as exportações de cereais ucranianos.

A embaixada da Rússia, um edifício imponente perto do Ministério da Defesa e do edifício onde trabalha o primeiro-ministro polaco, foi protegida por uma força policial colocada junto aos enormes portões, mas que não chegou a ter de intervir.

Na calçada em frente à missão diplomática é possível ver uma inscrição, desenhada há vários meses, onde se lê “Slava Ukraini” (Glória à Ucrânia) em carateres amarelos e azuis gigantes.

(agência Lusa)

15h53 - Ponto de situação

  • O presidente ucraniano emitiu um comunicado a assinalar os oitos anos desde a queda, a 17 de julho de 2014, do voo da Malaysia Airlines MH17, abatido por um míssil quando cruzava o leste da Ucrânia. Morreram os 298 ocupantes do aparelho. “Atualmente, a Rússia continua a semear pesar e morte em solo ucraniano. Mas nada vai ficar por punir! Todos os criminosos serão levados à justiça!”, escreveu Volodymyr Zelensky no Twitter.

  • Também a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, veio assinalar este domingo os oito anos do ataque que derrubou o voo MH17 sobre Donetsk. "A Rússia deve ser reconhecida como um Estado terrorista", escreveu a responsável igualmente no Twitter.

  • A recusa, por parte da Ucrânia e dos países da NATO, em reconhecer a autoridade da Rússia sobre a Crimeia constitui uma "ameaça sistémica", considera o antigo presidente russo Dmitry Medvedev, uma das figuras mais próximas de Vladimir Putin.

  • Os enviados especiais da RTP à Ucrânia, António Mateus e Cláudio Calhau, reportam este domingo que as forças russas continuam a desencadear sucessivas vagas de bombardeamentos sobre cidades ucranianas para lá do Donbass, nomeadamente em Kharkiv e Mykolaiv.

  • O Ministério russo da Defesa afirma que as forças destacadas para a Ucrânia abateram um helicóptero MI-17, perto de Sloviansk, no leste do país, e um avião SU-25 na região de Kharkiv, no nordeste. A cúpula militar de Moscovo alega ainda que foi destruído, com recurso a mísseis, um depósito em Odessa com mísseis Harpoon fornecidos por países-membros da NATO.

  • A Rússia terá perdido mais de 30 por cento da sua eficácia de combate terrestre, de acordo com o almirante Tony Radakin, chefe do Estado-Maior britânico, ouvido pela BBC. As Forças Armadas da Ucrânia calculam que, desde 24 de fevereiro, primeiro dia da invasão do país, a Rússia tenham perdido pelo menos 38.300 soldados, 1.684 tanques e 220 aviões.

  • A guerra na Ucrânia demonstra que a prevalência do Ocidente na ordem mundial está a chegar ao fim, num momento em que a China ascende ao estatuto de superpotência, em parceria com a Rússia. A leitura é do antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair.

15h40 - A "ameaça sistémica", segundo Medvedev

A recusa, por parte da Ucrânia e dos países da NATO, em reconhecer a autoridade da Rússia sobre a Crimeia constitui uma "ameaça sistémica", considera o antigo presidente russo Dmitry Medvedev, uma das figuras mais próximas de Vladimir Putin.

"Se qualquer Estado, seja a Ucrânia ou países da NATO, acredita que a Crimeia não é russa, então isto é uma ameaça sistémica para nós", afirmou Medvedev numa intervenção perante veteranos da II Guerra Mundial, citada pela agência Interfax.

"Isto é uma ameaça direta e explícita, especialmente tendo em conta o que aconteceu à Crimeia. A Crimeia voltou à Rússia", insistiu o atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.

15h08 - "A Rússia deve ser reconhecida como um Estado terrorista"

Também a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, veio assinalar este domingo os oito anos do ataque que derrubou o voo MH17 sobre Donetsk.

"A Rússia deve ser reconhecida como um Estado terrorista", escreveu a responsável no Twitter.


"Durante oito anos, tivemos provas terríveis disto. Os últimos cinco meses foram o pico do terror russo - 23 mil crimes de guerra cometidos contra civis, incluindo jornalistas internacionais a mostrar a verdade sobre crimes de guerra russos", reforçou.

14h30 - Zelensky assinala oito anos do ataque ao voo MH17

O presidente ucraniano emitiu um comunicado a assinalar os oitos anos desde a queda, a 17 de julho de 2014, do voo da Malaysia Airlines MH17, abatido por um míssil quando cruzava o leste da Ucrânia. Morreram os 298 ocupantes do aparelho.

A Rússia nega qualquer envolvimento neste caso, apesar uma investigação internacional ter recolhido vários testemunhos sobre a entrada de um lançador de mísseis russo em solo ucraniano, horas antes do disparo contra o avião.


"No oitavo aniversário da queda do #MH17, os nossos pensamentos estão com os familiares e amigos dos inocentes mortos pela Rússia. Atualmente, a Rússia continua a semear pesar e morte em solo ucraniano. Mas nada vai ficar por punir! Todos os criminosos serão levados à justiça!", escreve Volodymyr Zelensky na rede social Twitter.

14h06 - Como a televisão russa noticia Vinnytsia

A televisão estatal da Rússia tem estado a abordar o recente ataque com mísseis que atingiu Vynnitsia, na Ucrânia, causando pelo menos 23 mortos, entre os quais dois rapazes de sete e oito anos e uma rapariga de quatro. Mas afirma que quaisquer alegações de um bombardeamento sobre uma zona civil constituem "propaganda do regime ucraniano", como observa a edição online do diário britânico The Guardian.

13h49 - Avião de carga operado por ucranianos caiu na Grécia

Um avião de carga operado por uma companhia privada ucraniana despenhou-se na Grécia. Morreram oito pessoas.
Segundo as autoridades, o aparelho transportava minas e armas que pertenciam a uma empresa sérvia.

13h38 - RTP em Kiev. Novos bombardeamentos sobre Kharkiv e Mykolaiv

Os enviados especiais da RTP à Ucrânia, António Mateus e Cláudio Calhau, deram conta dos últimos desenvolvimentos da guerra.
As forças russas continuam a desencadear sucessivas vagas de bombardeamentos sobre cidades ucranianas para lá do Donbass.

13h05 - Meios aéreos ucranianos abatidos

O Ministério russo da Defesa afirma que as forças destacadas para a Ucrânia abateram nas últimas horas um helicóptero MI-17, perto de Sloviansk, no leste do país, e um avião SU-25 na região de Kharkiv, no nordeste.

Citado pela agência Reuters, o Ministério da Defesa da Rússia alega ainda que foi destruído, com recurso a mísseis, um depósito em Odessa com mísseis Harpoon fornecidos por países-membros da NATO.

12h34 - Quase 38 horas de combate a incêndio em Dnipro

Um contingente de 90 bombeiros conseguiu este domingo extinguir o incêndio que deflagrou num complexo industrial de Dnipro, depois de este ter sido atingido, na passada sexta-feira, por um míssil russo.

Morreram pelo menos três pessoas e outras 16 ficaram feridas neste bombardeamento. As autoridades locais continuam à procura de um homem dado como desaparecido na sequência do ataque.

11h45 - Mísseis russos atingem Mykolaiv

Tal como haviam reportado, já esta manhã, os enviados especiais da RTP à Ucrânia, uma vaga de mísseis russos atingiu Mykolaiv, no sul do país. Há notícia de danos num complexo industrial.

O presidente da câmara local, Oleksandr Senkevych, adianta que, por agora, não há informações sobre eventuais vítimas mortais.

11h26 - Reino Unido aponta para 50 mil soldados russos mortos ou feridos

A Rússia terá perdido mais de 30 por cento da sua eficácia de combate terrestre, de acordo com o almirante Tony Radakin, chefe do Estado-Maior britânico, ouvido pela BBC.

"Eles são absolutamente claros ao dizerem que planeiam restaurar a totalidade do seu território em termos da Ucrânia e veem uma Rússia que está em dificuldades, uma Rússia que avaliamos ter perdido mais de 30 por cento da sua eficácia de combate terrestre", disse.

"O que isto quer dizer é 50 mil soldados russos que ou morreram ou ficaram feridos neste conflito, perto de 1.700 tanques destruídos, perto de quatro mil veículos blindados de combate que pertencem à Rússia destruídos".

11h10 - "O fim do domínio político e económico do Ocidente"

A guerra na Ucrânia demonstra que a prevalência do Ocidente na ordem mundial está a chegar ao fim, num momento em que a China ascende ao estatuto de superpotência, em parceria com a Rússia. A leitura é do antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair.

O mundo - insiste o antigo líder trabalhista num discurso escrito para um fórum sobre a aliança entre Estados Unidos e Europa, em Dichley Park, a oeste de Londres - está a atingir um ponto de viragem comparável ao término da II Guerra Mundial, ou ao colapso da União Soviética.

"Estamos a chegar ao fim do domínio político e económico do Ocidente", sustenta Tony Blair, para vaticinar, em seguida, que "o mundo vai ser pelo menos bipolar e possivelmente multi-polar".

"A maior mudança geopolítica deste século virá da China, não da Rússia", estima.

10h50 - Moscovo aumenta quota de exportações de óleo de girassol

As autoridades russas aumentaram a quota das exportações de produtos extraídos do girassol, entre as quais o óleo. Moscovo afiança ter suficientes aprovisionamentos domésticos.

O país de Vladimir Putin interditou, no fim de março e até ao fim de agosto, as exportações de sementes de girassol e impôs um limite às exportações de óleo, tendo em vista prevenir escassez interna e aliviar a pressão sobre os preços internos.

O Governo russo veio este domingo anunciar a quata de exportação de óleo de girassol foi aumentada em 400 mil toneladas, face ao limite de 1,5 milhões de toneladas.

10h08 - Rússia estará a reforçar posições defensivas no sul da Ucrânia

Além da intensificação dos bombardeamentos contra diferentes cidades ucranianas, as forças russas estarão também a reforçar posições defensivas em território que ocuparam no sul do país, de acordo como Ministério britânico da Defesa.


Moscovo estará a movimentar forças terrestres e equipamento entre Mariupol, Zaporizhia e Kherson. Também em Melitopol há medidas de segurança robustecidas.

9h55 - Kiev avança com estimativa de baixas russas

As Forças Armadas da Ucrânia calculam que, desde 24 de fevereiro, primeiro dia da invasão do país, a Rússia tenham perdido pelo menos 38.300 soldados, 1.684 tanques e 220 aviões.


9h50 - RTP em Kharkiv. Voluntários reforçam capacidade de defesa

A Rússia está a intensificar o ritmo dos bombardeamentos na Ucrânia. Os voluntários civis respondem das mais diversas formas para reforçar a capacidade de defesa da Ucrânia.
A reportagem é dos enviados da RTP à Ucrânia, António Mateus e Cláudio Calhau.

9h36 - RTP em Kiev. Mykolaiv e Kharkiv atingidas por mísseis russos

A Rússia continua a intensificar os bombardeamentos sobre cidades ucranianas. Tratar-se-á de uma tentativa de "fazer dispersar as forças" do país invadido.
Os enviados especiais da RTP à Ucrânia António Mateus e Cláudio Calhau continuam a acompanhar as movimentações militares no terreno.

9h18 - Avião militar de carga da Ucrânia cai na Grécia

Um avião de carga ucraniano despenhou-se, na última noite, na Grécia. A bordo seguiam oito tripulantes. O acidente aconteceu perto da localidade de Paleochori, no noroeste do país. O momento da queda foi filmado por moradores da região.

A Autoridade de Aviação Civil da Grécia revela que o piloto do avião, um Antonov, comunicou uma falha num motor e pediu autorização para aterrar de emergência momentos antes do desastre. Um dos motores do aparelho ter-se-á incendiado.
O avião de carga ucraniano partiu da Sérvia em direção à Jordânia. Não se sabe que mercadoria transportava.

Os media gregos avançaram com a suspeita de que transportava materiais explosivos, dado que as explosões foram ouvidas durante duas horas.

9h01 - Ponto de situação


  • A Rússia prepara-se para intensificar as ações militares em “todas as áreas operacionais”, avisa um porta-voz dos serviços de informações do exército ucraniano, citado pela agência Reuters. “Não são apenas ataques de mísseis do ar e do mar”, afirma Vadym Skibitskyi.

  • O governador do oblast de Lugansk, Serhiy Haidai, adianta que as localidades de Bilohorivka e Verkhnokamianka, cercadas pelos russos, permanecem sob controlo ucraniano.

  • A União Europeia deverá discutir, já na segunda-feira, o acentuar das sanções contra a Rússia.

  • Moscovo continua a ser acusada de utilizar a central nuclear de Zaporizhia para armazenar armamento e até mesmo lançar mísseis contra regiões do sul da Ucrânia. O governador regional, Valentyn Reznichenko, denunciava ontem novas vagas de bombardeamentos com mísseis Grad sobre zonas residenciais.

  • Parte das nações representadas numa reunião de ministros das Finanças e governadores de bancos centrais do G20 condenaram a invasão russa da Ucrânia. Todavia, este encontro em Bali, na Indonésia, terminou sem um comunicado conjunto.

  • As Forças Armadas da Ucrânia estão a avançar “com confiança” na direção de Kherson, no sudeste do país, segundo a porta-voz militar Natalia Hemeniuk”. Talvez não estejamos a avançar como aqueles que apresentam notícias positivas gostariam, mas acreditem que estes passos são muito confiantes”, vincou.

  • “Nenhum míssil ou artilharia russos podem quebrar a nossa união”, clamou no sábado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por ocasião do aniversário da Declaração da Soberania do Estado da Ucrânia. “Deveria ser igualmente óbvio que não pode ser quebrada com mentiras ou intimidação, falsidades ou teorias da conspiração”, completou.

  • A guerra na Ucrânia “preocupa o Ocidente como um todo”, mas, ao mesmo tempo, não deve conduzir a que se “esqueça as necessidades” de segurança de África, alertou o ministro francês das Forças Armadas, Sebastien Lecornu, durante uma visita à Costa do Marfim.