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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Geraldo, Joana Raposo Santos - RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

23h40 - Russos que moravam no Donbass ucraniano obrigados a fugir para Moscovo

23h05 - Escoamento de cereais ucranianos por mar está "mais próximo"

Ainda não há condições para se dizer que vai haver escoamento por mar de cereais da Ucrânia, mas estamos mais próximos dessa possibilidade do que estávamos há alguns dias. Os nossos votos são para que todos os envolvidos continuem a fazer os esforços possíveis para chegar a um entendimento”, afirmou João Gomes Cravinho, em declarações à agência Lusa.

“São notícias que criam grande expectativa. As Nações Unidas e o próprio secretário-geral das Nações Unidas [António Guterres] têm estado envolvidos, têm feito um trabalho extraordinário – muito minucioso de diálogo diplomático com as duas partes e também com o apoio da Turquia”, adiantou.

O Ministério da Defesa russo anunciou hoje que estará pronto em breve um “documento final” para permitir a exportação de cereais da Ucrânia, na sequência de negociações realizadas esta semana entre Moscovo, Kiev, Ancara e a ONU.

“As propostas da Rússia foram apoiadas, no seu conjunto, pelos participantes nas negociações. E muito em breve o trabalho de redação do documento final 'A Iniciativa do Mar Negro' estará concluído”, afirmou o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov, num vídeo hoje divulgado.

As medidas propostas por Moscovo pretendem evitar que “as cadeias de abastecimento em causa sejam utilizadas para entregas de armas ao regime de Kiev”, adiantou sem avançar mais pormenores.

Na quarta-feira, após uma reunião de especialistas militares em Istambul foi anunciado um progresso significativo, mas não foram dados detalhes.

A Turquia está a organizar uma nova reunião para a próxima semana sobre a questão, enquanto os presidentes russo e turco, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, se irão reunir em Teerão na terça-feira.

O acordo negociado pela ONU visa permitir levar, através do Mar Negro, cerca de 20 milhões de toneladas de cereais bloqueados em silos ucranianos por causa da ofensiva liderada pela Rússia e facilitar as exportações russas de cereais e fertilizantes, afetadas pelas sanções ocidentais.

(Agência Lusa)

22h50 - Moscovo tenta avançar em Donetsk enquanto recruta voluntários na Rússia

As forças russas procuravam avançar na região oriental de Donetsk, em direção às cidades de Bakhmut, Kramatorsk e Sloviansk, enquanto na Rússia procuram recrutar “voluntários” para enviar novos batalhões para a Ucrânia e evitar uma mobilização geral.

Os ataques terrestres concentraram-se na cidade estratégica de Siversk, a cerca de 44 quilómetros a leste de Sloviansk e cerca de 58 quilómetros a nordeste de Kramatorsk, os dois principais redutos ucranianos na região de Donetsk.

Vitali Kisiliov, porta-voz do Ministério do Interior da autoproclamada República Popular de Lugansk (RPL), assegurou à agência oficial russa Tass que as unidades de combate estão “praticamente a expulsar de Siversk os militares ucranianos que ainda permanecem”.

Segundo a mesma fonte, as tropas ucranianas estão se retirando para Kramatorsk e Sloviansk. "Estou confiante de que nossa artilharia acabará com todos estes fugitivos", acrescentou Kisilov.

Por sua vez, o porta-voz militar ucraniano daquela região, Andrei Marochko, afirmou na sua conta na rede social Telegram que o comando tomou a decisão sobre a retirada gradual das suas unidades de Siversk em pequenos grupos.

As autoridades ucranianas denunciaram também esta sexta-feira um ataque com mísseis contra Mykolaiv, capital da região sul com o mesmo nome.

"Hoje, o terrorista russo atacou as duas maiores universidades de Mykolaiv. Com pelo menos dez mísseis. Estão a atacar agora a nossa educação", realçou o governador da região, Vitali Kim, através do Twitter, onde publicou um vídeo com imagens do impacto dos ‘rockets’ na cidade, ataque que segundo a autarquia provocou quatro feridos.

Em sentido contrário, o Serviço de Segurança da Ucrânia informou através do Telegram, que membros do seu centro de operações especiais, juntamente com membros das Forças Armadas, derrubaram um SU-25 e danificaram outro na região sul de Zaporizhia, com sistemas portáteis de defesa antiaérea.

(Agência Lusa)

22h42 - Bruxelas acorda com Kiev acesso imediato a financiamento europeu na saúde

A Comissão Europeia e o governo de Kiev assinaram hoje um acordo que associa a Ucrânia ao programa EU4Health, abrindo acesso imediato a financiamento da União Europeia no âmbito da saúde.

A Ucrânia poderá, assim, beneficiar “rapidamente” do financiamento da União Europeia relacionado com a saúde “para apoiar de imediato o seu setor de cuidados de saúde e a reconstrução a longo prazo”, destacou a comissária da Saúde, Stella Kyriakides, citada num comunicado divulgado, após ter assinado, em Kiev, o acordo com o ministro da Saúde ucraniano, Viktor Liashko.

Com a entrada em vigor do acordo que associa a Ucrânia ao EU4Health – com um orçamento de 5,3 mil milhões de euros para 2021-2027 – as autoridades de saúde ucranianas e a comunidade de saúde em geral poderão beneficiar das oportunidades de financiamento do programa, nas mesmas condições que os países a União Europeia, a Noruega e a Islândia.

O acordo será retroativo a 01 de janeiro de 2022, o que permitirá à Ucrânia começar a usufruir das oportunidades de financiamento de forma imediata.

O programa EU4Health apoiará na mitigação imediata dos danos relacionados com a guerra e financiará projetos públicos e privados ucranianos que ajudem na reconstrução do país.

(Agência Lusa)

22h30 - Autoridades ainda procuram desaparecidos no ataque russo contra Vinnytsya

As equipas de resgate, com recurso a cães, estavam a inspecionar os escombros na cidade de Vinnytsia, no centro da Ucrânia, ainda à procura de desaparecidos após o ataque russo com mísseis que causou 23 vítimas mortais.

Enquanto prosseguem os trabalhos de resgate, as forças russas continuaram a atacar outros locais, mantendo o esforço para dominar território na Ucrânia e mostrar serviço perante os líderes civis e militares, numa altura em que a guerra se aproxima dos cinco meses de duração.

Segundo Kiev, os mísseis que atingiram edifícios civis em Vinnytsya (um edifício de escritórios e também um residencial), que fica a 268 quilómetros da capital, foram disparados de um submarino russo no mar Negro.

As defesas aéreas ucranianas conseguiram, ainda assim, destruir dois dos quatro mísseis lançados, de acordo com o governador da região de Vinnytsya, Serhiy Borzov.

Mais de 73 pessoas, incluindo quatro crianças, permaneciam hospitalizadas e 18 pessoas estão desaparecidas após o ataque de quinta-feira, segundo o porta-voz do serviço de emergência na região de Vinnytsia, Oleksandr Kutovyi.

(Agência Lusa)

21h44 - Três pessoas mortas e 15 feridos em ataque em Dnipro

A informação é avançada pelo governador regional Valentyn Reznychenko que revelou que um ataque na cidade de Dnipro causou três vítimas mortais e 15 feridos.

"Os mísseis atingiram uma zona industrial com uma fábrica e uma rua com movimento perto dessa zona", explicou Reznychenko na rede social Facebook, e acrescentou que "o ataque russo matou três pessoas e outras 14 ficaram feridas. Estamos a determinar a extensão da destruição".

21h30 - Ataque russo faz mais de 20 mortos, três das vítimas são crianças

Um ataque russo com mísseis contra uma clínica na Ucrânia fez mais de 20 mortos, estando três crianças entre as vítimas. O caso de uma dessas crianças, uma menina de três anos com síndrome de Down, está a comover particularmente o país.


21h07 - Ataque russo contra Vinnytsia faz pelo menos 23 mortos

Os serviços de emergência ucranianos fazem buscas por 39 pessoas dadas como desaparecidas após a cidade de Vinnytsia ter sido atingida por três mísseis russos que provocaram pelo menos 23 mortos, entre os quais três crianças.


20h46 - Morte de combatente português pela Rússia "não tem credibilidade"

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, disse hoje que a informação da morte de um "mercenário" português, reivindicada pela Rússia esta semana, "não merece credibilidade nenhuma".

"Faz parte das armas da Rússia lançar estas ideias. Não temos bases nenhumas para qualquer tipo de confirmação sobre o assunto", indicou à agência Lusa o governante, à margem da sessão de encerramento do Ciclo de Conferências "A Diplomacia e a Independência de Portugal", no Palácio da Independência, em Lisboa.

Questionado sobre o número de combatentes portugueses na Ucrânia, João Gomes Cravinho lembrou que o Governo teve conhecimento de sete, julgando "que alguns já terão saído".

"Os números que nós temos são os mesmos números que demos quando, da última vez, a Rússia também veio com afirmações de portugueses participantes", atentou, acrescentado não ter "nenhum registo de morte de portugueses em ação na Ucrânia".

A Rússia reivindicou na terça-feira a morte de 391 combatentes estrangeiros na Ucrânia nas últimas três semanas, incluindo um que o Ministério da Defesa russo identificou como português.

(agência Lusa)

18h52 - NATO. Croácia ratifica adesão da Suécia e Finlândia

O Parlamento da Croácia ratificou hoje com ampla maioria os protocolos para a adesão da Suécia e Finlândia à NATO, solicitada pelos dois países escandinavos em maio passado.

Votaram a favor da ratificação 124 deputados, e apenas três se pronunciaram contra.

"Que a nossa amizade seja reforçada nos próximos dias, meses e anos", declarou após a votação o presidente do hemiciclo, Gordan Jandrokovic.

Na sequência da invasão da Ucrânia, a Suécia e a Finlândia decidiram prescindir da sua tradicional posição de países neutrais, apesar de há muito manterem uma estreita cooperação militar com a NATO, e em maio solicitaram oficialmente a adesão.

Na cimeira da NATO que decorreu em Madrid em finais de junho, os líderes dos atuais 30 Estados-membros concordaram em convidar os dois países nórdicos a juntar-se à Aliança e após a Turquia ter prescindido do seu veto inicial.

Dinamarca, Noruega, Islândia, Estónia, Letónia, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Bulgária e Eslovénia encontram-se entre os países que já concluíram o processo de ratificação do alargamento da organização.

(Agência Lusa)

18h27 - Conferência de Bucareste promete 600 milhões de euros para ajudar a Moldova

Uma conferência de doadores prometeu hoje centenas de milhões de euros adicionais de ajuda à Moldova, uma das nações mais pobres da Europa, que está a sofrer o impacto da guerra na vizinha Ucrânia.

A conferência de Bucareste - coorganizada pela Alemanha e pela França - recebeu compromissos de doação de cerca de 600 milhões de euros que serão aplicados em auxílio à Moldova, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros da Roménia, Bogdan Aurescu.

"A República da Moldova não deve estar, e não estará, sozinha nos seus esforços para realizar as reformas necessárias", disse o chefe da diplomacia romena.

O encontro de hoje acontece após uma primeira reunião, realizada em abril, onde mais de 30 países e grupos internacionais concordaram em doar 659,5 milhões de euros em apoio financeiro direto.

(Agência Lusa)

17h52 - Opositor russo Andrei Pivovarov condenado a quatro anos de prisão efetiva

O opositor russo Andrei Pivovarov foi hoje condenado a quatro anos de prisão efetiva, mais de um ano após a sua detenção, acusado de ter militado numa organização proibida, com base em publicações no Facebook, indicaram os seus apoiantes.

"Andrei Pivovarov foi condenado a quatro anos numa colónia penal com proibição de atividades sociopolíticas por um período de oito anos", escreveu a sua equipa no Twitter.

"Após um exame ao conteúdo do dossier e examinados os numerosos elementos de prova validados e apresentados pelas partes, o tribunal chegou à conclusão que foi provada a culpabilidade do acusado", indicou o serviço de imprensa do tribunal, citado pela agência noticiosa TASS.

Em 31 de maio, agentes dos serviços de segurança retiraram Pivovarov de um avião que se preparava para descolar de São Petersburgo em direção a Varsóvia.

Alguns dias antes, tinha anunciado a autodissolução da sua organização Otkritaia Rossia (Rússia aberta), ligada ao ex-oligarca e opositor exilado Mikhail Khodorkovsky, que também cumpriu diversos anos de prisão na Rússia.

Pivovarov justificou a dissolução do seu movimento por considerar que seria rotulado de "indesejável", expondo os seus militantes, membros e funcionários a inquéritos judiciais.

(Agência Lusa)

17h25 - União Europeia prepara novas sanções à Rússia

A União Europeia está a preparar novas sanções à Rússia, tendo em perspetiva uma guerra na Ucrânia que vai durar no tempo e o inverno que está para vir e que se espera rigoroso, com muitos países europeus a dependerem da energia russa.

Estes são assuntos que serão tratados pela União em reuni~poes que vão acontecer na próxima semana. A Comissão Europeia já revelou que vai proibir as compras de ouro na Rússia e Josep Borrell revelou que vão ser adicionadas novas personalidades russas à lista da União Europeia.

17h02 - Ucrânia anuncia ter recebido sistema de mísseis M270

O anúncio foi realizado esta sexta-feira pelo ministro ucraniano da Defesa.

"Vão ser uma boa companhia para os HIMARS no campo de batalha", declarou Oleksii Reznikov no Twitter.

15h28 – Rússia sanciona 384 parlamentares japoneses

A Rússia impôs esta sexta-feira sanções a 384 membros do Parlamento do Japão, avançou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

Moscovo disse ainda que as medidas foram tomadas contra aqueles que "tomaram uma posição hostil e anti-russa".

Tóquio atingiu a Rússia com duras sanções, juntando-se ao G7 para congelar os ativos do banco central devido à invasão da Ucrânia.

14h55 - Ponto de situação

  • A União Europeia vai incluir as exportações de ouro russo no próximo pacote de sanções, tal como foi decidido na última reunião do G7, anunciou hoje o comissário europeu Maros Sefcovic antes de uma reunião ministerial em Praga.

  • As propostas da Rússia sobre como retomar as exportações de cereais ucranianos foram "amplamente apoiadas" por negociadores que participam esta semana em conversações sobre o tema em Istambul, disse hoje o Ministério russo da Defesa, garantindo que um acordo está próximo de ser finalizado.

  • O vice-ministro ucraniano do Interior, Yevhen Yenin, acusou hoje Moscovo de atacar mais de 17.300 alvos civis contra apenas 300 alvos militares em quase cinco meses de invasão russa da Ucrânia.

  • O Ministério da Defesa da Rússia disse hoje que o ataque com mísseis na quinta-feira à cidade ucraniana de Vinnytsia foi direcionado a um prédio onde altos funcionários das Forças Armadas da Ucrânia estavam reunidos com fornecedores estrangeiros de armas.

  • O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que, se os outros países da Europa tivessem apostado na transição energética, como fez Portugal, "não continuariam a financiar o senhor Putin", com a compra de gás russo.

14h44 - Fuga em massa nas zonas próximas de Kharkiv

As populações de zonas rurais próximas de Kharkiv estão a fugir por causa dos bombardeamentos russos. Mas também há quem resista e esteja determinado a ficar até ao fim, como relatam os enviados da RTP.

14h13 - Se Europa apostasse na transição energética já não financiava Rússia, diz Costa

O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que, se os outros países da Europa tivessem apostado na transição energética, como fez Portugal, "não continuariam a financiar o senhor Putin", com a compra de gás russo.

"Tivéssemos os outros países da União Europeia feito a aposta que nós fizemos e, seguramente, não continuariam a financiar o senhor Putin, continuando a adquirir gás da Rússia para satisfazer as suas próprias necessidades", afirmou.

António Costa defendeu que "a trágica conjuntura tornou mais clara a vantagem" da aposta estratégica nas energias renováveis feita por Portugal.

(Agência Lusa)

14h01 - Kiev acusa Rússia de atacar 17.300 alvos civis e 300 alvos militares

O vice-ministro ucraniano do Interior, Yevhen Yenin, acusou hoje Moscovo de atacar mais de 17.300 alvos civis contra apenas 300 alvos militares em quase cinco meses de invasão russa da Ucrânia.

“Recentemente, temos assistido a ataques precisamente direcionados a alvos civis. Pedi especificamente um relatório sumário sobre quantos mísseis russos atingiram alvos militares e quantos civis. A título de comparação, desde o início da guerra em grande escala, houve 17.314 ataques a alvos civis e 300 a alvos militares”, avançou.

Em declarações às estações televisivas ucranianas, Yenin defendeu que esta estratégia de guerra é própria de quem quer “aniquilar os ucranianos” e que os soldados russos têm nas mãos o sangue de civis.

(Agência Lusa)

13h27 - Rússia alega ter atingido reunião com fornecedores de armas em Vinnytsia

O Exército russo alegou hoje ter atingido uma reunião entre Força Aérea da Ucrânia e fornecedores de armas, em Vinnytsia, cidade no centro do país e longe da linha da frente, cujo bombardeamento foi muito criticado pelos países que apoiam Kiev.

O ministro russo da Defesa declarou hoje em comunicado que os mísseis Kalibr disparados quinta-feira pela Marinha de Guerra no Mar Negro atingiram uma "messe de oficiais" na cidade onde decorria uma "reunião entre o comando da Força Aérea ucraniana e os representantes estrangeiros que fornecem armamento" à Ucrânia.

"De facto, nesse ataque, os participantes da reunião foram eliminados", acrescentou.

A Rússia nunca reconheceu nenhum erro ou crime cometido pelas Forças Armadas de Moscovo destacadas na Ucrânia e garante sistematicamente que atinge apenas alvos militares.

De acordo com o Exército da Ucrânia, os mísseis atingiram um parque de estacionamento e um imóvel comercial no centro da cidade provocando a morte a 23 civis.

(Agência Lusa)

12h49 - UE prepara sanções contra as exportações de ouro da Rússia

A União Europeia vai incluir as exportações de ouro russo no próximo pacote de sanções, tal como foi decidido na última reunião do G7, anunciou hoje o comissário europeu Maros Sefcovic antes de uma reunião ministerial em Praga.

O comissário disse à agência France Presse que a nova medida "vai colmatar as falhas" que se verificaram nos anteriores pacotes de sanções que foram aplicados contra a Rússia por causa da nova invasão da Ucrânia desencadeada no passado dia 24 de fevereiro.

Até ao momento, a União Europeia já adotou seis pacotes de sanções contra a Rússia incluindo o embargo a uma "quantidade significativa" de petróleo russo até ao final do ano.

A União Europeia está agora a a analisar sanções às exportações de ouro russo que o comissário considera "importante matéria-prima de exportação" da Rússia.

O comissário europeu eslovaco Maros Sefcovic, participa hoje na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco europeu na capital da República Checa, país que exerce a presidência rotativa da União Europeia.

"Assim que chegarmos a um acordo entre os Estados-membros, publicaremos" as sanções, o que vai permitir aplicar as novas medidas, afirmou ainda Sefcovic.

(Agência Lusa)

12h36 - Rússia diz estar quase pronto o documento sobre retoma das exportações de cereais ucranianos

As propostas da Rússia sobre como retomar as exportações de cereais ucranianos foram "amplamente apoiadas" por negociadores que participam esta semana em conversações sobre o tema em Istambul, disse hoje o Ministério russo da Defesa, garantindo que um acordo está próximo de ser finalizado.

Segundo o Ministério, os trabalhos naquela que chama de "Iniciativa do Mar Negro" serão finalizados em breve.

Rússia, Ucrânia, Turquia e as Nações Unidas devem assinar na próxima semana um acordo com o objetivo de retomar as exportações de cereais do Mar Negro desde a Ucrânia, que foram gravemente prejudicadas pelo conflito nesse país.

12h04 - PM húngaro diz que sanções da UE contra Rússia vão provocar recessão

O primeiro-ministro da Hungria, o ultranacionalista Viktor Orbán, voltou hoje a criticar a União Europeia (UE) pelas sanções impostas contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, medida que, na sua opinião, vai causar uma recessão.

“Na Europa há preços determinados pela guerra. A guerra não se formou apenas nas frentes, mas também na economia, através da luta por energia e por preços suportáveis”, disse Orbán, no seu discurso semanal na rádio pública húngara.

“Vai haver uma recessão”, afirmou o primeiro-ministro húngaro, lembrando que os preços da eletricidade multiplicaram por cinco e os preços do gás por seis.

Face a esta situação, “o mais importante é que em Bruxelas se apercebam que cometeram um erro. As sanções têm o efeito contrário”, defendeu.

(Agência Lusa)

11h21 – Rússia não está interessada em nacionalizar empresas estrangeiras, diz ministro

O ministro russo do Comércio e Indústria, Denis Manturov, assegurou hoje que a Rússia não está interessada em nacionalizar empresas estrangeiras.

Centenas de empresas ocidentais deixaram a Rússia ou suspenderam as operações no país desde que Moscovo enviou dezenas de milhares de tropas para a Ucrânia a 24 de fevereiro.

11h01 – Rússia diz que pode aumentar rede doméstica de gás com equipamentos próprios

O ministro do Comércio e Indústria da Rússia, Denis Manturov, disse esta sexta-feira que o país tem capacidade para construir por conta própria todos os equipamentos necessários para fornecer gás à nação.

10h33 – Rússia diz que prédio atingido em Vinnytsia era alvo militar

O Ministério da Defesa da Rússia disse hoje que o ataque com mísseis na quinta-feira à cidade ucraniana de Vinnytsia foi direcionado a um prédio onde altos funcionários das Forças Armadas da Ucrânia estavam reunidos com fornecedores estrangeiros de armas.

Segundo Kiev, esse ataque matou pelo menos 23 pessoas e atingiu um centro cultural usado por veteranos reformados.

10h22 – Morreu um britânico detido por separatistas pró-russos em Donetsk

Morreu um trabalhador humanitário britânico que foi detido por separatistas apoiados pela Rússia na Ucrânia, acusado de ser mercenário, informou a agência de notícias estatal russa TASS.

Paul Urey foi capturado no leste da Ucrânia e acusado de "atividades mercenárias" por separatistas na autoproclamada República Popular de Donetsk.

9h37 – Autarca de Mykolaiv denuncia ataques russos sobre civis

O presidente da Câmara de Mykolaiv, Oleksandr Syenkevych, forneceu mais detalhes sobre os ataques desta manhã na cidade.

“Mais uma vez, os ocupantes russos dispararam contra instituições educacionais em Mykolaiv! Equipas de resgate e de emergência já estão a trabalhar no terreno. Até agora há dois feridos. Desta vez, os russos atacaram Mykolaiv por volta das 7h50, sabendo muito bem que já havia muitas pessoas nas ruas naquele momento. Verdadeiros terroristas”, escreveu o autarca.

9h15 – Donetsk diz ter libertado 251 assentamentos

A autoproclamada República Popular de Donetsk afirma ter “libertado”, com o apoio das tropas russas e da também autoproclamada República Popular de Luhansk, 251 assentamentos.

As autoridades pró-russas dizem ainda que três pessoas foram mortas e 16 civis ficaram feridos em bombardeamentos das forças ucranianas em 11 assentamentos.

8h46 - Universidades em Mykolaiv atingidas por mísseis

Vitaliy Kim, governador de Mykolaiv, disse que as universidades da cidade foram atingidas pela Rússia esta manhã. “Hoje, terroristas russos atacaram as duas maiores universidades de Mykolayiv. Pelo menos dez mísseis. Agora atacam a nossa educação”, escreveu no Twitter.

“Peço às universidades de todos os países democráticos que classifiquem a Rússia como o que realmente é: terrorista”, acrescentou.

7h54 - Reino Unido diz que Bakhmut será provavelmente o próximo objetivo da Rússia na Ucrânia

As forças russas estão a avançar lentamente para o oeste da Ucrânia após bombardeamentos contra a cidade de Siversk, na região de Donetsk, alertou o Ministério da Defesa do Reino Unido esta sexta-feira.

"Bakhmut provavelmente será o próximo objetivo, assim que Siversk seja assegurada", refere o boletim regular britânico.

7h45 - Ponto de situação

  • A anfitriã Indonésia defendeu que os líderes financeiros do G20, reunidos em Bali, devem avançar no combate às ameaças económicas globais provocadas pela guerra da Rússia na Ucrânia, ou as consequências humanitárias serão catastróficas.

  • O presidente ucraniano acusou a Rússia de terrorismo e de ter tido a “audácia de matar” quando decorria em Haia uma conferência internacional sobre a responsabilidade dos crimes de guerra cometidos na guerra na Ucrânia.

  • O presidente da Federação Russa assinou uma lei que dá o estatuto de ‘veterano’ (ex-combatente) a civis que tenham participado na invasão da Ucrânia, incluindo jornalistas correspondentes de guerra.

  • O número de vítimas mortais resultante de um ataque russo com mísseis contra a cidade ucraniana de Vinnytsya aumentou para 23, incluindo três crianças, havendo ainda a contabilizar mais de 100 feridos, segundo as autoridades ucranianas.

  • A Turquia garante que vai ser assinado um acordo para retomar a exportação de cereais da Ucrânia na próxima semana. O líder da ONU, António Guterres, diz que foi dado um "importante passo em frente", mas ainda há muito a fazer.

  • Portugal vai enviar duas equipas de especialistas para a Ucrânia, integradas na investigação a crimes de guerra cometidos durante a invasão russa que está em curso.