Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
Moscovo acusou os Estados Unidos de serem responsáveis por vários ciberataques contra “infraestrutura crítica” na Rússia e de utilizarem o “Exército cibernético” da Ucrânia para executarem as ações.
“Sob o pretexto de defender a democracia, eles [os EUA] desencadearam uma agressão cibernética contra a Rússia e os seus aliados”, acusou Andrei Krutskij, diretor do Departamento de Segurança Informática do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
Segundo Krutskij, Washington está a usar o "Exército cibernético" da Ucrânia para estes ataques, noticia a agência Ria-Novosti.
"Os ataques através de tecnologias de informação contra infraestrutura crítica da Rússia estão a aumentar constantemente", apontou a mesma fonte, alertando os EUA que Moscovo dará a estas ações uma resposta "firme".
Ao mesmo tempo, sublinhou, o resultado de tal confronto entre os dois países pode ser "catastrófico".
O Ministério da Construção e Habitação da Rússia sofreu no domingo um ataque informático e ao aceder à sua página, aparecia no ecrã a inscrição "Glória à Ucrânia".
Desde que a Rússia iniciou a “operação militar” na Ucrânia, em 24 de fevereiro, várias agências estatais russas foram alvo de ciberataques.
O embaixador russo nas Nações Unidas (ONU) abandonou uma reunião do Conselho de Segurança por considerar demasiado "rudes" os comentários feitos pelo presidente do Conselho Europeu que acusou Moscovo de provocar a atual crise alimentar.
Perante o Conselho de Segurança da ONU, Charles Michel dirigiu-se diretamente ao embaixador russo, Vasily Nebenzya, acusando o Kremlin de travar as exportações de comida para os países em desenvolvimento.
The Kremlin is using food supplies as a stealth missile against developing countries.
— Charles Michel (@eucopresident) June 6, 2022
This is driving up food prices, pushing people into poverty, and destabilising entire regions.
Russia is solely responsible for this food crisis.
Despite its campaign of lies.@UN #UNSC pic.twitter.com/luL28xXUWB
Isso deveu-se "aos navios de guerra russos no Mar Negro" e aos ataques de Moscovo à infraestrutura de transporte e instalações de armazenamento de grãos, assim como aos seus tanques, bombas e minas que estão a impedir a Ucrânia de plantar e colher esses alimentos, disse o político belga.
“Tudo isto está a elevar os preços dos alimentos, empurrando as pessoas para a pobreza e desestabilizando regiões inteiras”, declarou o presidente do Conselho Europeu.
“A Rússia é a única responsável por esta situação, apesar da sua campanha de mentiras e desinformação. Só a Rússia”, frisou.
Michel também acusou as forças russas de roubar grãos de áreas ocupadas “enquanto transferem a culpa para outros”, classificando essas atitudes de “covardes” e de “propaganda, pura e simples”.
Durante o pronunciamento do líder europeu, Nebenzya acabou por abandonar a reunião, sendo substituído por outro diplomata russo.
Os Estados Unidos acusaram na segunda-feira a Rússia de "intimidar" correspondentes dos jornais norte-americana em Moscovo, convocados pela diplomacia russa que os ameaçou com represálias por causa das sanções de Washington.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que as forças ucranianas não estão deixar as suas posições em Severodonetsk, cidade onde estão a decorrer alguns dos maiores combates.
"Os nossos heróis não desistem das suas posições em Sievierodonetsk. Na cidade, a luta de rua feroz continua", disse Zelensky no seu discurso noturno em vídeo na segunda-feira.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse esta segunda-feira que há relatos de que a Rússia está "a roubar" as exportações de cereais da Ucrânia para vender para seu próprio lucro.
Blinken acusou ainda Moscovo de acumular as suas próprias exportações de alimentos, depois de impor um "bloqueio naval no Mar Negro que impede o transporte de colheitas ucranianas" ao redor do mundo.
Volodomir Zelensky foi visitar a zona da frente de combate no Donbass e reconheceu que os ucranianos estão em desvantagem numérica, mas disse acreditar haver meios suficientes no terreno para repelir as forças russas. O presidente da Ucrânia descreveu Severodonetsk e Lysychansk como cidades mortas. Os combates nas duas povoações do Donbass prosseguem e o nível de destruição agrava-se.
A visita de Volodymir Zelensky ao Donbass foi um gesto que pretendeu sinalizar a vontade de resistência e que vem associada à afirmação de que a Ucrânia, com os mísseis de médio alcance que devem chegar-lhe do ocidente, poderá operar uma viragem no rumo da guerra.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia cancelou a visita à Sérvia. Sergei Lavrov foi impedido de viajar para Belgrado depois de a Bulgária, Macedónia do Norte e Montenegro terem interditado o espaço aéreo. O Kremlin descreveu a situação como um ato hostil. E Lavrov disse que o impensável tinha acontecido.
A Rússia começou a entregar os corpos de combatentes ucranianos mortos na fábrica Azovstal, a siderúrgica que serviu de fortaleza na cidade destruída de Mariupol, símbolo de resistência contra a invasão russa.
De acordo com as Masksym Zhorin, comandante militar e ex-líder do regimento Azov, dezenas de corpos de combatentes recuperados das ruínas da fábrica Azovstal, agora ocupada pelos russos, foram transferidos para a capital ucraniana, onde estão em curso testes de ADN, para identificar os restos mortais. O regimento Azov estava entre as unidades ucranianas que defenderam a fábrica durante quase três meses, antes de se render.
Não se sabe quantos corpos ainda estarão na fábrica, que foi fortemente bombardeada pelas forças russas.
(Agência Lusa)
A diplomacia russa estendeu, esta segunda-feira a sua lista de cidadãos norte-americanos proibidos de entrar na Rússia, incluindo a secretária do Tesouro Janet Yellen, em retaliação a sanções semelhantes impostas por Washington. No final de maio, Moscovo divulgou uma lista de 963 personalidades banidas do solo russo, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e o ator Morgan Freeman.
A nova lista inclui 61 nomes, principalmente de autoridades governamentais e políticas, mas também vários chefes de grandes empresas, principalmente nos setores de defesa e energia. Além de Janet Yellen, a ministra da Energia Jennifer Granholm e o CEO da operadora de satélite OneWeb, Neil Masterson, foram sancionados. Os CEOs da Universal Pictures e da agência de classificação Fitch também são adicionados à lista.
"Incluem-se 61 cidadãos norte-americanos entre os dirigentes de grandes empresas do complexo industrial-militar, plataformas de media e agências de classificação, empresas de construção aeronáutica e naval", especifica o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia
Os Estados Unidos e a Europa pediram, esta segunda-feira, à Rússia que pare a suposta violência sexual cometida pelo seu exército e representantes na Ucrânia, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU organizada pela Albânia.
"A Rússia deve tomar medidas dentro de seu exército e de seus auxiliares para que respeitem" a resolução 1820 da ONU sobre violência sexual, adotada em 2008, que proíbe torná-la uma arma de guerra, disse a embaixadora dos EUA Linda Thomas-Greenfield.
"Cabe à Rússia parar as violações, a violência e atrocidades cometidas pelos seus soldados. Cabe à Rússia pôr fim a esta guerra atroz não provocada contra o povo ucraniano", insistiu.
Autoridades dos Estados Unidos acusaram o empresário russo Roman Abramovich de exportar dois aviões de origem norte-americana para a Rússia sem licença, o que foi exigido devido às sanções de Washington impostas a Moscovo.
O presidente Vladimir Putin assinou um decreto ordenando o pagamento de 5 milhões de rublos às famílias de cada membro da Guarda Nacional da Rússia que morreu na Ucrânia e na Síria, informou a agência de notícias estatal TASS esta segunda-feira.
O primeiro-ministro britânico conversou, esta segunda-feira, com o homólogo ucraniano para discutir a ajuda militar do Reino Unido a Kiev, bem como o bloqueio russo às exportações de cereais da Ucrânia. Num comunicado, o porta-voz de Johnson adiantou ainda que os dois líderes "tiveram uma conversa profunda" sobre a agressão russa nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste ucraniano.
O líder britânico "delineou o importante novo apoio fornecido pelo Governo, incluindo sistemas de ‘rockets' de lançamento múltiplo de longo alcance para atacar posições de artilharia russas usadas para bombardear cidades ucranianas”, indicou a mesma fonte.
O SEF atribuiu até hoje mais de 40.000 proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia e comunicou ao Ministério Público a situação de 716 crianças que chegaram a Portugal sem os pais.
Segundo a última atualização feita pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, Portugal concedeu 40.955 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam na Ucrânia, 26.220 dos quais a mulheres e 14.735 homens.
Uma delegação russa estará hoje e terça-feira na Turquia para discutir os mecanismos que permitam escoar cereais e alimentos da Ucrânia, que incluem a desminagem dos portos do Mar Negro, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.
"Vamos abordar todos os detalhes. Os especialistas partem hoje para a Turquia, e amanhã a minha (do Ministério dos Negócios Estrangeiros) delegação viaja e espero que possamos, se não colocar um ponto final - uma vez que isso deve ser feito pelos nossos líderes - pelo menos planear em pormenor as possibilidades", disse o chefe da diplomacia russa numa conferência de imprensa.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo não deu mais detalhes sobre os mecanismos a discutir, sublinhando a importância de "envolver a Ucrânia na desminagem dos seus portos" e a necessidade de “eliminar todos os obstáculos aos navios que transportarão cereais e outros produtos alimentares para os portos da Europa e, em seguida, para os portos dos países em desenvolvimento".
"Sim, estamos interessados, juntamente com a Turquia, na resolução destes problemas", sublinhou, referindo que a Rússia não se opõe à exportação de cereais e alimentos a partir dos portos do Mar Negro, minados pelas forças ucranianas para os defenderem, e dos portos do Mar de Azov, atualmente sob controlo do exército russo.
Segundo Lavrov, trata-se de pôr em prática os acordos alcançados pelos Presidentes da Rússia e da Turquia, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, respetivamente, para a desminagem dos portos ucranianos que permitirão a exportação de cereais do país.
(Agência Lusa)
A agência para o nuclear da ONU anunciou que está a preparar o envio de uma missão internacional à central nuclear ucraniana de Zaporijia, para garantir a segurança daquela estrutura no âmbito da guerra em curso na Ucrânia.
O anúncio foi feito pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, num discurso ao Conselho de Governadores da AIEA, reunido em Viena, Áustria. Segundo o responsável, é "essencial" que a Ucrânia possa continuar a cumprir as suas obrigações de salvaguardas (controlos nucleares) sem impedimentos.
"Estou a trabalhar ativamente para acordar, organizar e liderar uma missão internacional dirigida pela AIEA à maior central nuclear da Ucrânia, em Zaporijia, também a maior da Europa, para realizar trabalhos essenciais de segurança, proteção e salvaguardas nucleares", explicou o diretor-geral.
As forças ucranianas que defendem a cidade de Severodonetsk, no leste do país, estão "a manter a posição" apesar dos ataques de tropas russas, que são "mais numerosas e mais poderosas", disse o presidente Volodymyr Zelensky, esta segunda-feira.
"Estamos a aguentar, mas eles são mais numerosos e mais poderosos", disse Zelensky, acrescentando que o comando ucraniano "tomará decisões de acordo com a situação".
"O grupo de navios da frota russa no Mar Negro foi empurrado para trás (...) para cerca de mais de 100 quilómetros", indicou o Ministério ucraniano da Defesa através do Telegram.
No entanto, as forças russas implementaram sistemas de mísseis de defesa nas regiões da Crimeia e de Kherson. Para Kiev, permanece o perigo de ataque com mísseis disparados a partir do mar. E há cerca de 30 navios e submarinos russos que continuam a bloquear a navegação de embarcações civis.
"Desde o início da invasão, navios e submarinos inimigos lançaram mais de 300 mísseis de cruzeiro em território ucraniano. Atualmente, a intensidade dos ataques com mísseis de cruzeiro Caliber diminuiu, quando o inimigo começou a atingir alvos terrestres com mísseis anti navio. Provavelmente, isso indica que a Rússia usou uma quantidade significativa de armas modernas e agora é forçada a usar mísseis desatualizados", indica o Ministério da Defesa.
PS e PSD apresentaram hoje um requerimento conjunto com a composição da delegação de deputados da Assembleia da República que vai visitar o parlamento da Ucrânia, deslocação ainda sem data conhecida publicamente.
De acordo com este requerimento, a que a agência Lusa teve acesso, os dois maiores grupos parlamentares propõem que as maiores bancadas, PS e PSD, indiquem dois deputados, cabendo um deputado a cada um dos restantes grupos parlamentares.
Ainda segundo este mesmo requerimento, podem também integrar esta comitiva deputados únicos que tenham assento na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
Os deputados únicos do parlamento são Rui Tavares, do Livre, e Inês de Sousa Real, do PAN, mas não integram a lista de membros efetivos da Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros.
No requerimento conjunto do PS e PSD sugere-se ainda que a organização da deslocação ao parlamento da Ucrânia "fique a cargo dos respetivos serviços competentes da Assembleia da República, em articulação com o gabinete do presidente", Augusto Santos Silva, e com o presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros, o deputado socialista Sérgio Sousa Pinto.
No passado dia 31, a Assembleia da República aprovou a deslocação de uma comitiva de deputados portugueses ao parlamento da Ucrânia, ainda sem data prevista, com a oposição do PCP.
Os deputados da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas aprovaram então dois requerimentos apresentados por PS e PSD para a realização da visita de uma delegação da Assembleia da República ao parlamento de Kiev.
Esses dois requerimentos foram aprovados com os votos a favor de todas os partidos, exceto o Grupo Parlamentar do PCP, que votou contra.
Ainda não há data prevista para esta deslocação. O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, aceitou o convite do seu homólogo ucraniano para se deslocar a Kiev, numa visita que disse estar a ser preparada com a devida discrição.
O convite chegou durante uma reunião por videoconferência entre o presidente do parlamento português, Augusto Santos Silva, e o homólogo ucraniano, Ruslan Stefanchuk, em 18 de maio.
(agência Lusa)
- Os combates intensificam-se na cidade de Severodonetsk, na região de Lugansk. O governador regional de Lugansk, Serhiy Gaidai, admitiu esta segunda-feira que a posição da Ucrânia nos combates de Severodonetsk "piorou um pouco" nas últimas horas. No entanto, o major general Kyrylo Budanov indica que as tropas russas estão a ser gradualmente expulsas da cidade.
- O Donbass, no leste da Ucrânia, continua a concentrar todas as atenções. Durante o fim de semana, o presidente Volodymyr Zelensky visitou várias cidades na frente de combate de Donetsk e Lugansk, bem como a região de Zaporizhia. Não obstante esta convergência territorial, as forças russas atingiram a região de Kiev no domingo pela primeira vez em várias semanas
- O Reino Unido juntou-se aos Estados Unidos e anunciou hoje o envio de sistemas de lançamento múltiplo mísseis para a Ucrânia. Esta segunda-feira, Volodymyr Zelensly e Boris Johnson falaram sobre este reforço do apoio por parte de Londres.
- Sergei Lavrov foi obrigado a cancelar uma visita à Sérvia após três países vizinhos – Bulgária, Macedónia do Norte e Montenegro – terem fechado os respetivos espaços aéreos ao avião do ministro russo. Em Moscovo, a decisão foi considerada um “ato hostil” e mesmo “inconcebível e “escandalosa”.
- John J. Sullivan, embaixador norte-americano na Rússia, considerou hoje que as duas grandes potências nucleares devem manter o contacto entre si e não podem cortar relações diplomáticas na sequência da guerra na Ucrânia. “Temos de preservar a capacidade de falarmos uns com os outros”, disse o diplomata. Em resposta, o Kremlin indica que está interessado em falar com Washington sobre armas nucleares, mas será "pouco provável" que ocorram nesta altura.
Putin says he will not use trade routes to attack Odesa. This is the same Putin who told German Chancellor Scholz and French President Macron he would not attack Ukraine — days before launching a full-scale invasion of our country. We can not trust Putin, his words are empty.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) June 6, 2022
Talked with @BorisJohnson. Told about the situation on the front. Received confirmation of a new enhanced defense support package for 🇺🇦. Raised the issue of intensifying work on security guarantees. Jointly with 🇬🇧 we’re looking for ways to avoid the food crisis & unblock ports.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 6, 2022
Se os efeitos da guerra se fazem sentir a Ocidente, também na Rússia há impactos visíveis no bolso dos cidadãos e na própria economia. Esses efeitos sentem-se sobretudo em Moscovo, onde a população vive de acordo com os padrões ocidentais.
No entanto, destaca o correspondente, a propaganda russa "está em plena marcha e a todo o gás". Com a invasão russa da Ucrânia, registou-se uma escalada de autoritarismo no país o presidente russo, Vladimir Putin "acabou de vez com todo o tipo de oposição".
"Não há nenhuma oposição, não há alternativas à política que o Kremlin está a desenvolver", afirma Evgueni Mouravich.
“O Reino Unido vai oferecer às Forças Armadas Ucranianas sistemas de lançamento de mísseis para que possam repelir os ataques russos contínuo”, disse Boris Johnson, que enfrenta esta segunda-feira uma moção de desconfiança com origem no Partido Conservador.
We cannot stand by while Russian long-range artillery flattens cities and kills innocent civilians.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) June 6, 2022
The UK will gift the Ukrainian Armed Forces multiple-launch rocket systems so they can effectively repel the continuing Russian onslaught. https://t.co/kuwrwUUPWo
Em declarações à agência TASS, John J. Sullivan, embaixador norte-americano na Rússia, considera que as duas grandes potências nucleares devem manter o contacto entre si e não podem cortar relações diplomáticas na sequência da guerra na Ucrânia.
“Temos de preservar a capacidade de falarmos uns com os outros”, disse o diplomata nas declarações à agência russa, citadas pela Reuters.
Entre 1917 e 1933, a representação diplomática dos EUA na Rússia esteve encerrada na sequência da Revolução de Outubro. As relações foram reestabelecidas em 1933 e desde então nunca foram interrompidas ou completamente cortadas, nem nos momentos mais turbulentos da Guerra Fria.
“A única razão em que consigo pensar pela qual os Estados Unidos possam ser forçados a fechar a embaixada seria se deixasse de ser seguro continuar o seu trabalho”, vincou.
O mais recente relatório sobre os dados recolhidos pelos serviços de informações militares, o Ministério britânico da Defesa avalia o bombardeamento russo sobre a região de Kiev como uma tentativa de interromper o abastecimento de armas à Ucrânia por parte do Ocidente.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 6 June 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) June 6, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/7sDt8fXMK3
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/BwzT24DRlM
Londres assinala ainda a continuação de “pesados combates” em Severodonetsk, no leste da Ucrânia. As forças russas “continuam a avançar para Sloviansk como parte da sua tentativa de cerco às forças ucranianas”, acrescenta-se no relatório.
7h49 - Zelensky deslocou-se ao leste da Ucrânia
O presidente da Ucrânia visitou duas cidades perto da frente de batalha no Donbass, no leste do país. A visita aconteceu depois de Zelensky ter estado reunido com militares na região de Zaporizhya. Na mensagem em video após a visita, o presidente ucraniano relatou ainda o encontro que teve com alguns sobreviventes de Mariupol.
7h32 - Ponto de situação
- O presidente russo avisa que Moscovo vai eleger novos alvos na invasão da Ucrânia, caso o Ocidente venha a fornecer mísseis de longo alcance a Kiev. Em entrevista à estação televisiva Rossiya-1, Vladimir Putin não especificou os alvos a atingir, dizendo apenas que se trata de objetivos que as forças russas ainda não visaram.
- O Reino Unido vai fazer chegar à Ucrânia sistemas de lançamento múltiplo de rockets M270. Trata-se de projéteis capazes de atingir alvos até 80 quilómetros de distância. O ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, justificou esta decisão com a evolução da “tática da Rússia” no terreno.
- As forças russas atingiram a região de Kiev com mísseis no domingo, o que aconteceu pela primeira vez em mais de um mês. Os projéteis russos visaram um depósito dos caminhos-de-ferro no subúrbio oriental de Dniprovsky. Pelo menos cinco mísseis de cruzeiro foram disparados a partir do Mar Cáspio. Um destes mísseis foi intercetado. A generalidade dos analistas encara este ataque como uma alteração na abordagem militar da Rússia.
- Também no domingo, um míssil de cruzeiro passou a uma altitude “criticamente baixa”, segundo as autoridades ucranianas, sobre a central nuclear de Pivdennoukrainsk, no sul do país. O projétil teria por alvo a região de Kiev.
- Forças ucranianas contra-atacaram e terão reconquistado o controlo de metade da cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia. “Estava a ser uma situação difícil, os russos controlavam 70 por cento da cidade, mas nos últimos dois dias foram empurrados”, adiantou o governador da região de Lugansk, Serhiy Gaidai.
- O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou tropas nas linhas da frente de combate de Donetsk e Lugansk, além da região de Zaporizhia, no sudeste do país.
- A NATO deu início a duas semanas de exercícios navais no Mar Báltico. Estas manobras contam com mais de sete mil marinheiros, pilotos e fuzileiros de 16 países, incluindo a Finlândia e a Suécia, candidatos à adesão à Aliança Atlântica.
- O major-general russo Roman Kutuzov terá sido abatido no leste da Ucrânia, segundo um jornalista dos meios de comunicação estatais de Moscovo.
- Foi cancelada a visita do ministro russo dos Negócios Estrangeiros à Sérvia, depois de os países vizinhos terem fechado os respetivos espaços aéreos ao avião de Sergei Lavrov.
- A Espanha tenciona fornecer à Ucrânia mísseis terra-ar e tanques, de acordo com fontes do Governo de Pedro Sánchez citadas pelo jornal El País.