Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
O Presidente ucraniano classificou como “brutais” os combates na região do Donbass e acusou as forças russas de mobilizarem pessoas em áreas que controlam, enviando-as para a linha da frente antes das suas tropas.
“Quanto mais a guerra dura, mais coisas vis, vergonhosas e cínicas a Rússia está a inscrever na sua história”, subinhou Volodymyr Zelensky no seu discurso noturno diário.
Segundo Zelensky, as forças russas estão a mobilizar pessoas na região do Donbass, em áreas que já se encontram sob controlo de Moscovo, para as enviar para a batalha na linha da frente, com as tropas russas a seguirem atrás.
O epicentro dos combates entre russos e ucranianos está concentrado em Severodonetsk, a maior cidade ainda na posse de Kiev na região de Lugansk, onde Moscovo tem apertado a sua ofensiva, embora se registe “algum progresso”, segundo Zelensky.
“É a fase mais difícil ali. Como nas cidades e comunidades próximas de Lysychansk, Bakhmut e outras”, destacou.
“Há muitas cidades onde o ataque russo é brutal”, realçou ainda o Presidente ucraniano.
O governador de Lugansk já tinha divulgado na quinta-feira que os intensos combates em Severodonetsk forçaram a interrupção da retirada da população.
(Agência Lusa)
Cerca de 800 pessoas estão abrigadas numa fábrica de produtos químicos que se encontra sob ataque russo em Severodonetsk, cidade estratégica na região de Lugansk, anunciou o governador regional.
Sergui Gaidai realçou, em declarações à estação CNN, que há crianças entre as pessoas que se abrigaram na fábrica de Azot, a maior empresa de produtos químicos em Severodonetsk.
As forças russas mantiveram os ataques contra a fábrica esta quinta-feira, danificando um edifício administrativo e um armazém que armazenava metanol.
Apenas uma pequena quantidade de produtos químicos permanece naquele complexo, segundo Sergui Gaidai.
Embora as forças russas tenham tomado o controlo de grande parte da cidade, a zona industrial continua em mãos ucranianas, acrescentou.
Apesar da situação, o governador regional descartou fazer comparações com a siderúrgica de Azov, na cidade portuária de Mariupol, onde civis e combatentes ucranianos ficaram sitiados durante semanas, sob ataque russo.
O governador de Lugansk já tinha divulgado hoje que os intensos combates em Severodonetsk forçaram a interrupção da retirada da população.
Cerca de 15.000 pessoas permanecem na cidade de Severodonetsk e arredores, segundo o governador, que pediu às pessoas que não saiam dos seus abrigos.
A prioridade da ofensiva russa é Severodonetsk, que foi "ocupada em 80%, incluindo os bairros orientais da cidade", confirmou Gaidai, embora tenha dito que as tropas ucranianas estavam a contra-atacar.
(Agência Lusa)
A ex-chanceler alemã falou pela primeira vez sobre a guerra na Ucrânia. Manifestou solidariedade para com os ucranianos, mas diz que não se deve deixar de falar com o presidente russo.
O chefe humanitário das Nações Unidas (ONU) deve reunir-se hoje com autoridades russas como parte dos esforços da organização para permitir exportações agrícolas ucranianas e russas através do Mar Negro em plena crise global de alimentos.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse a jornalistas que o subsecretário-geral Martin Griffiths encontrou-se com autoridades russas na quarta-feira e continuará hoje as suas reuniões.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que até quarta-feira não havia nenhuma resolução, mas que a organização está envolvida num firme diálogo com todas as partes relevantes “para encontrar um pacote de acordo”.
Dujarric observou que a visita de Griffiths a Moscovo seguiu-se a uma visita na segunda-feira à capital russa de Rebeca Grynspan, secretária-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, que está a tentar levar grãos russos aos mercados globais. Mais tarde, a secretária-geral seguiu para Washington.
“Vimos muitas declarações positivas vindas de várias capitais”, disse Dujarric. “Também apreciamos muito o papel que a Turquia está a desempenhar em todo o processo. Se tivermos algo concreto para anunciar, o faremos”, acrescentou.
A Ucrânia era, antes da guerra, um dos maiores exportadores mundiais de cereais e fertilizantes agrícolas e os seus bens eram cruciais para a segurança alimentar de áreas como o Médio Oriente e o norte de África.
(agência Lusa)
As cerimónias fúnebres em memória do ex-major-general da Força Aérea russa, aclamado como herói depois do seu avião ter sido abatido durante uma missão de combate na Ucrânia, decorreram hoje, divulgou a agência de notícias estatal Tass. Kanamat Botashev, de 63 anos, tinha-se oferecido para voltar ao serviço e acabou abatido em maio, enquanto sobrevoava a região leste do Donbass, confirmou a agência de notícias estatal russa.
As forças ucranianas tiveram algum sucesso no combate em Severodonetsk, mas a situação militar geral na região de Donbass não mudou nas últimas 24 horas, disse o presidente Volodymyr Zelenskiy nesta quinta-feira. Num discurso em vídeo esta noite, Zelensky agradeceu ao presidente dos EUA, Joe Biden, por prometer enviar mísseis e disse esperar boas notícias sobre suprimentos de armas de outros parceiros.
Os Estados Unidos adicionaram esta quinta-feira 71 novas entidades russas e bielorrussas à sua lista negra, incluindo fábricas de aeronaves e institutos de investigação e construção naval, como parte do mais recente esforço para privar os militares russos de tecnologia dos EUA.
O Governo sueco anunciou hoje a sua intenção de realizar um terceiro envio de armamento para a Ucrânia, que inclui sistemas de mísseis antinavio, lançadores de foguetes e munições.
A Suécia já tinha enviado armamento, equipamento militar, mantimentos e munições nas primeiras semanas de guerra, que começou com a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro.
"É uma questão de solidariedade com a Ucrânia e com o povo ucraniano", disse em conferência de de imprensa o ministro da Defesa sueco, Peter Hultqvist.
(Agência Lusa)
A admissão de que 20 por cento do território ucraniano se encontram ocupados por forças russas equivale para o presidente ucraniano Zelensky a admitir pesadas derrotas, numa altura em que admite também a perda de 60 a 100 soldados por dia.
Os países ocidentais devem preparar-se para uma “guerra de desgaste” a “longo prazo” na Ucrânia, alertou hoje o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, após um encontro em Washington com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
“Temos que estar preparados para o longo prazo. Porque o que vemos é que esta guerra se tornou agora uma guerra de desgaste”, disse aos jornalistas Jens Stoltenberg.
O secretário-geral da NATO foi recebido na Casa Branca pelo residente norte-americano. O encontro entre Biden e Stoltenberg serviu para preparar a próxima cimeira da Aliança Atlântica que vai acontecer em Madrid no final deste mês. Vai ser uma cimeira onde pode ser confirmada a adesão da Suécia e da Finlândia ao Tratado do Atlântico Norte, caso seja ultrapassado o veto da Turquia.
Jens Stoltenberg manteve vários encontros com os mais altos governantes dos Estados Unidos. Reuniu-se também com o secretário de Estado Antony Blinken para sublinhar a importância do envio para a Ucrânia dos novos mísseis de maior alcance e precisão os sistemas HIMARS.
O secretário-geral da NATO vai reunir-se ainda com o secretário da Defesa no Pentágono para continuar a discutir o apoio dos aliados à Ucrânia.
O presidente da Ucrânia diz que as forças russas já ocupam 20 por cento do território ucraniano, numa altura em que aumentam os bombardeamentos no Donbass. Zelensky acusou ainda a Rússia de já ter deportado à força mais de 200 mil crianças ucranianas.
A administração pró-russa instalada por Moscovo nos territórios que ocupa na região de Zaporijia, no sudeste da Ucrânia, anunciou hoje que assumiu o controlo das propriedades estatais ucranianas na região.
"A região libertada de Zaporijia nacionaliza as propriedades do Estado ucraniano. O decreto em questão foi assinado pelo chefe da administração militar e civil da região", disse um dos seus membros, Vladimir Rogov, no Telegram.
Segundo este responsável, esta medida diz respeito "a terras, recursos naturais, infraestruturas de setores estratégicos da economia".
(Agência Lusa)
Diz também que vai discutir em detalhe com o primeiro-ministro o apoio português a uma adesão rápida da Ucrânia à União Europeia.
Igor Zovkva está em Portugal, oficialmente, para receber assistência técnica sobre o processo de adesão ao bloco europeu, mas assume que esta visita é também para convencer o governo português a apoiar a entrada rápida da Ucrânia e, claro, para pedir armamento.
Ainda ontem, os Estados Unidos anunciaram o envio de sistemas avançados de mísseis de médio alcance para a Ucrânia. Em entrevista à jornalista da Antena 1 Raquel Morão Lopes, o representante do governo ucraniano saúda o anúncio feito por Washington, mas diz também que é preciso mais.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse esta quinta-feira que a aliança está em contacto com a Turquia para encontrar um "caminho unido" para abordar as preocupações de Ancara sobre a tentativa da Suécia e da Finlândia de aderir ao pacto.
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, previu hoje um possível défice de petróleo e derivados na Europa devido ao embargo parcial ao crude russo imposto pela União Europeia (UE). Trata-se de uma medida "motivada politicamente, não economicamente" e que afetará os consumidores europeus em primeiro lugar, afirmou o governante russo em declarações após uma reunião da aliança OPEP+, composta pelos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e 10 aliados externos.
"Vemos um aumento dos preços, não só do petróleo, mas também de derivados. Não excluo que haja uma grande escassez de produtos petrolíferos na UE", sublinhou.
O vice-primeiro-ministro da Rússia considerou que esta “é uma solução muito ineficiente do ponto de vista da segurança energética global, do ponto de vista dos interesses dos consumidores". Já a Rússia, será “forçada a reconfigurar a indústria de petróleo e gás na situação atual", disse o ministro, repetindo a mensagem já antes transmitida por Moscovo de que as empresas e as autoridades russas já estão a lidar com estes problemas e se adaptarão ao embargo da UE, que entra em vigor no final do ano.
A Europa, por sua vez, para garantir a entrega de petróleo para transformação, terá de alterar os laços "estáveis" que manteve durante décadas com a Rússia e conseguir que os produtores redirecionem o crude de outros mercados para a UE. O Kremlin também quis hoje minimizar o impacto do embargo da UE.
(Agência Lusa)
Os Países Baixos pediram hoje "regras claras" para avaliar os bens sujeitos a sanções contra a Rússia e a "implementação harmonizada", com maior coordenação pela Comissão Europeia, para salvaguardar as condições de igualdade das empresas na União Europeia (UE).
Num relatório publicado hoje, Stef Blok, coordenador nacional para a aplicação e cumprimento das sanções nos Países Baixos, considerou necessário "um ponto central de contacto a nível europeu para o cumprimento, supervisão e execução das sanções" acordadas em Bruxelas contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia.
"A aplicação das sanções continua a ser uma responsabilidade nacional, mas o papel de coordenação da Comissão Europeia é essencial para assegurar a aplicação uniforme das regras da UE e promover condições equitativas. O ponto de contacto para as sanções à Rússia na Comissão é um primeiro passo concreto", defendeu.
Blok, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, também solicitou que sejam disponibilizados "imediatamente" os nomes das partes associadas, juntamente com os nomes na lista de sanções, para facilitar a investigação e aplicação das mesmas.
(agência Lusa)
O Ministério da Defesa da Rússia disse esta quinta-feira que os navios que transportam cereais podem deixar os portos da Ucrânia no Mar Negro através de "corredores humanitários" e que a Rússia está pronta para garantir a sua segurança, avança a agência de notícias Interfax.
O Ministério da Defesa também sublinhou que a Rússia não usaria a situação humanitária para os propósitos do que Moscovo apelida de "operação militar especial" na Ucrânia, acrescenta a Interfax.
O principal assessor do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou esta quinta-feira que o Reino Unido concordou em enviar à Ucrânia os veículos blindados de lançamento de rockets M270.
"Os sistemas de rockets de longo alcance M270 que a Ucrânia receberá da Grã-Bretanha, juntamente com os HIMARS norte-americanos, fortalecerão significativamente as nossas forças armadas. Estamos gratos aos nossos aliados", disse o chefe do gabinete presidencial Andriy Yermak.
"Temos explicado persistentemente aos nossos aliados por que o envio de armas para a Ucrânia pode não apenas nos ajudar a libertar todos os nossos territórios, mas também a evitar muitas ameaças ao Ocidente. E funciona", escreveu Yermak no Telegram.
Ainda não está claro quantos sistemas M270 irá o Reino Unido enviar a Kiev.
O Parlamento Europeu vai proibir imediatamente a entrada de empresários russos em todas as suas instalações, como em Bruxelas e em Estrasburgo, anunciou hoje a presidente da assembleia europeia, garantindo união "contra os autocratas", pela invasão da Ucrânia.
"Com efeito imediato, os representantes de empresas russas já não estão autorizados a entrar nas instalações do Parlamento Europeu", anunciou a presidente da instituição, Roberta Metsola, numa publicação na rede social Twitter.
Questionada pela Lusa, fonte oficial da instituição precisou que estão em causa "todos os edifícios" do Parlamento Europeu, como em Bruxelas e em Estrasburgo, sedes da assembleia europeia.
"Não devemos permitir-lhes [aos empresários russos] qualquer espaço para divulgar a sua propaganda e narrativas falsas e tóxicas sobre a invasão da Ucrânia", adiantou Roberta Metsola na publicação no Twitter.
E vincou: "Continuaremos unidos e fortes contra os autocratas".
(agência Lusa)
Os intensos combates em Severodonetsk, na região de Lugansk, forçaram a interrupção da retirada da população, segundo o governador da região, Sergui Gaidai, que também informou que 80% da cidade foi ocupada pelos russos.
Cerca de 15.000 pessoas permanecem na cidade de Severodonetsk e arredores, segundo o governador, que pediu às pessoas que não saiam dos seus abrigos.
"A retirada de Severodonetsk foi interrompida. Quanto a Lysychansk, poderá ser retomada, mas agora estamos a observar a situação de segurança", declarou Gaidai na rede social Telegram, embora tenha alertado que "em geral, a retirada de pessoas da região de Lugansk é atualmente perigosa.
A prioridade da ofensiva russa é Severodonetsk, que foi "ocupada em 80%, incluindo os bairros orientais da cidade", confirmou Gaidai, embora tenha dito que as tropas ucranianas estavam a contra-atacar.
As tropas russas mantêm a sua ofensiva nesta cidade ucraniana, onde nas últimas horas têm vindo a realizar várias operações de assalto, segundo o Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas.
(agência Lusa)
Os EUA anunciaram esta quinta-feira uma nova ronda de sanções contra a Rússia visando 17 indivíduos, incluindo Sergei Roldugin, um empresário russo e amigo próximo do presidente Vladimir Putin.
Segundo anunciou o Departamento do Tesouro dos EUA, as mais recentes sanções têm como alvo uma série de oligarcas ou membros da "elite" de Moscovo, incluindo a representante oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, Maria Zakharova, Alexey Mordashov, um dos bilionários mais ricos da Rússia, e familiares e entidades ligadas aos oligarcas e elites.
As últimas sanções também afetam 16 entidades, sete navios e três aeronaves.
“As elites da Rússia, incluindo o presidente Putin, contam com complexas redes de apoio para esconder, mover e manter as suas riquezas e bens de luxo”, disse Brian Nelson, subsecretário de Tesouro.
“As medidas anunciadas hoje demonstram que o Tesouro pode e vai atrás dos responsáveis pela proteção e manutenção desses interesses ilícitos. Continuaremos a aplicar sanções e a expor os sistemas corruptos pelos quais o presidente Putin e suas elites enriquecem”, sublinhou.
O vice-primeiro-ministro russo da Energia, Alexander Novak, afirmou esta quinta-feira que os europeus serão os primeiros a "sofrer" com o embargo do petróleo acordado entre os 17 Estados-membros como parte do sexto pacote de sanções contra a Rússia.
"Os consumidores europeus serão os primeiros a sofrer com esta decisão. Não só os preços do petróleo vão aumentar, mas também os dos produtos petrolíferos”, alertou. “Não descarto que haverá um grande défice de produtos petrolíferos na UE", disse Novak numa entrevista transmitida na televisão russa.
Os embaixadores da União Europeia em Bruxelas deram luz verde, esta quinta-feira, ao sexto pacote de sanções contra a Rússia, segundo um diplomata citado pela Reuters.
Estas sanções incluem o embargo de até 90 por cento importações de petróleo russo e o fecho da plataforma de pagamentos internacional SWIFT ao Sberbank, o maior banco da Rússia.
O acordo ficou selado depois de 26 países-membros terem aceitado remover o nome de Kirill, patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, da lista de indivíduos a sancionar - uma exigência de última hora da Hungria.
O acordo entra em vigor às 7h00 de sexta-feira, a não ser que seja suscitada alguma objeção adicional.
14h50 - Drone turco entregue à Lituânia para atacar russos
O produtor turco de drones Baykar fez chegar à Lituânia um modelo TB2, que deverá ser doado à Ucrânia para o esforço de defesa contra a invasão russa.
A empresa da Turquia ofereceu o drone sob a condição de os fundos que a Lituânia gastaria na sua compra serem aplicados em "ajuda humanitária" destinada aos ucranianos.
The people of Lithuania have honorably raised funds to buy a Bayraktar TB2 for Ukraine.
— BAYKAR (@BaykarTech) June 2, 2022
Upon learning this, Baykar will gift a Bayraktar TB2 to Lithuania free of charge and asks those funds go to Ukraine for humanitarian aid.
🇹🇷🇺🇦🇱🇹@a_anusauskas@VSemeska@Lithuanian_MoD pic.twitter.com/3PjIyZiME5
O TB2 tem sido bem-sucedido em ataques ucranianos contra sistemas de artilharia e veículos blindados da Rússia.
14h45 - Funeral de major-general russo abatido na Ucrânia
Realiza-se esta quinta-feira, na Rússia, o funeral do major-general Kanamat Botashev, recentemente abatido quando pilotava um caça sobre o leste da Ucrânia.
O avião foi derrubado na semana passada na região de Lugansk. O corpo de Botashev terá sido depois transportado de helicóptero para Karachay-Cherkessia, no Cáucaso do Norte.O Ministério da Defesa da Ucrânia alega que, até ao momento, morreram pelo menos 12 generais russos na invasão do país. Moscovo confirma apenas duas baixas entre as altas patentes.
Kanamat Botashev foi o piloto mais graduado a ser abatido na Ucrânia desde o início da invasão, a 24 de fevereiro. O seu caça SU-25 foi atingido por um míssil Stinger, segundo a BBC Russian.
A comunicação social russa noticiou que Vladimir Putin atribuiu postumamente a Botashev o título de "herói da Rússia".
14h30 - Ataques russos a leste
As tropas russas estão agora a tentar o assalto à localidade de Berestove, que se situa na principal estrada que liga a cidade de Lysychansk, no leste da Ucrânia, ao resto do país, adiantou o general ucraniano Oleksiy Gromov, citado pela Reuters.
Nesta fase, reconheceu o mesmo general, a Rússia está perto de capturar toda a região de Lugansk, que forma com Donetsk o Donbass.
Gromov indicou ainda que o exército russo está igualmente a montar um ataque a Sviatohirsk, na região de Donetsk.
14h21 - Ministro russo da Economia admite risco de "redução do emprego"
O ministro russo da Economia, Maxim Reshetnikov, admite que o país corre o risco de assistir a uma subida do desemprego e ao declínio do investimento, face ao escopo das sanções ocidentais.
Reshetnikov sublinhou que a taxa de desemprego é atualmente de quatro por cento, para contrapor que "esta situação não deve enganar" os observadores.
Uma "crise prolongada da procura" poderia "levar a uma redução do emprego", disse o governante russo. "Vemos que há aqui riscos", acrescentou.
14h07 - Ucrânia não exclui desativação da central de Zaporizhia
Em declarações citadas pela agência Interfax, um assessor do primeiro-ministro ucraniano admite que as autoridades de Kiev têm planos para encerrar a central nuclear de Zaporizhia, caso percam o controlo das operações nesta estrutura.
A central de Zaporizhia, no sudeste da Ucrânia, é a maior da Europa.
"Desde que os comandos de controlo sejam executados e o local mantenha o regime, não paramos. Mas estamos também a olhar para um cenário em que a estação poderia ficar completamente fora de controlo", reconheceu a mesma fonte.
14h02 - Taxa de juro de referência sobe na Ucrânia
O Banco Nacional da Ucrânia aumentou a taxa diretora para um máximo de sete anos. É a primeira atualização desde o início da invasão russa.
A taxa de juro aumentou assim de dez para 25 por cento.
O governador do Banco Nacional ucraniano, Kyrylo Shevchenko, apelou a conversações com o Fundo Monetário Internacional, visando um novo programa de ajuda, segundo a agência Reuters.
13h57 - Proposta de inquérito sobre refugiados. PS vota contra
A bancada socialista vai votar contra a criação de uma comissão de inquérito parlamentar sobre o caso dos refugiados ucranianos em Setúbal, considerando que "não é um instrumento adequado neste momento".
"O PS, não será surpresa, mas votará contra", anunciou o deputado Eurico Brilhante Dias, após uma reunião do grupo parlamentar socialista, na Assembleia da República.
O líder da bancada do PS argumenta que a proposta do Chega "não é um instrumento adequado neste momento" e considera que o debate da passada quarta-feira em plenário "foi muito elucidativo".
13h51 - Aposta no hidrogénio, um dos caminhos no futuro energético
O futuro energético está hoje e amanhã em destaque na cimeira da energia e do ambiente de Sines. Os especialistas vão tentar debater quais são os caminhos que Portugal pode seguir para uma transição energética mais justa. Antena 1
A aposta no hidrogénio é um dos caminhos. O presidente do fórum de energia e clima sublinha que neste momento ainda não há hidrogénio a ser produzido em grande escala em Portugal, mas Ricardo Campos espera que o panorama mude.
Para conseguir ser pioneiro na exploração do hidrogénio, Portugal tem que investir nos projetos sobre hidrogénio.
Antena 1
O futuro energético é um tema crucial devido às alterações climáticas e à guerra na Ucrânia.
13h45 - Ucranianos terão começado a retirar-se de Severodonetsk
Está a ser difícil às tropas ucranianas travar a ofensiva russa no Donbass. Tal como testemunha a enviada da RTP à Ucrânia, Rita Marrafa de Carvalho, as últimas informações dão conta de que as tropas ucranianas terão começado a retirar-se de Severodonetsk. Nesta altura, aquela cidade no leste da Ucrânia está praticamente controlada pelas forças russas. No total, estima-se que a Rússia controle atualmente 20 por cento do território da Ucrânia.
13h40 - “Espaço para maior envolvimento” português na NATO
Ainda assim, o chefe do Estado-Maior da Armada avisa que isso dependerá sempre de decisões políticas. Gouveia e Melo participou esta quinta-feira na I Jornada de Radiologia, no Hospital das Forças Armadas do Porto, onde disse que a Rússia está à procura de ganhos com base na racionalidade.
13h30 - Sberbank descarta injeção de capital
O sancionado Sberbank, maior instituição bancária da Rússia, não necessita de capital adicional, garantiu esta quinta-feira o presidente executivo Hermann Gräf.
Fonte do banco central russo, citada pela Reuters, dissera em maio que alguns bancos do país precisariam de reforços de capital e que as 20 maiores instituições de crédito veriam avaliada a robustez financeira.
13h20 - Rússia não planeia “fechar a janela para a Europa”
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afiança que, apesar do ponto historicamente baixo das relações entre Rússia e União Europeia, o país de Vladimir Putin não quer fechar por completo os canais de diálogo.
“Não estamos a planear fechar nada”, afirma Peskov.
A expressão “janela para a Europa”, assinala a BBC, data da época de Pedro, o Grande, primeiro imperador da Rússia, que reinou durante mais de 40 anos, até 1725. Dmitry Peskov sublinha que Putin valoriza o papel desta figura histórica.
O porta-voz do Kremlin abordou também as últimas notícias sobre o reforço da assistência militar ocidental às autoridades ucranianas, afirmando que “bombear armas para a Ucrânia não altera de todo os parâmetros da operação especial”.
“Os seus objetivos vão ser alcançados, mas isto vai trazer mais sofrimento à Ucrânia”, frisou.
13h10 - Rússia ocupa 20% do território da Ucrânia
Volodymyr Zelensky admite que as forças russas ocupam, nesta fase da guerra, 20 por cento do território da Ucrânia. A estimativa foi referida numa intervenção do presidente ucraniano, por videoconferência, perante o Parlamento do Luxemburgo.
As frentes de batalha, disse ainda o presidente da Ucrânia, estendem-se por mais de mil quilómetros.
“Temos de nos defender contra quase todo o exército russo. Todas formações militares em prontidão de combate das Forças Armadas russas estão envolvidas nesta agressão”, acentuou Zelensky.
12h54 - Orbán não quer Kirill na lista de sanções
O sexto pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia continua suscitar dissensões no seio do bloco. Desta feita, a Hungria de Viktor Orbán opõe-se à inclusão de Kirill, patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, na lista de personalidades pró-Putin a sancionar.
Kirill tem emprestado a voz ao campo dos defensores da “operação especial” na Ucrânia, chegando mesmo a dizer que a Rússia “nunca atacou ninguém”.
Os diretórios europeus, escreve a edição online da BBC, estão a tentar ultrapassar este obstáculo.
12h33 - Suécia enviará mais ajuda militar à Ucrânia, incluindo mísseis anti-navio
Os ministros da Defesa e das Finanças da Suécia anunciaram esta quinta-feira que fornecerão mais ajuda económica e militar à Ucrânia.
O ministro das Finanças, Mikael Damberg, e o ministro da Defesa, Peter Hultqvist, afirmaram em conferência de imprensa que o equipamento militar a enviar a Kiev inclui mísseis anti-navio, espingardas e mais armas antitanque.
A Suécia anunciou em fevereiro que enviaria material militar, incluindo 5000 armas antitanque, capacetes e coletes à Ucrânia, e em março anunciou que iria enviar mais 5000 armas antitanque.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu esta quinta-feira ao Ocidente que reforce os seus envios de armas para a Ucrânia de forma a conseguirem conduzir a guerra de Kiev com a Rússia a um "ponto de inflexão" que permitiria a vitória.
Dirigindo-se ao Fórum GLOBSEC 2022 Bratislava, na capital eslovaca, por videoconferência, o líder ucraniano disse que as divisões na Europa criaram oportunidades para a Rússia explorar, mas sublinhou que o seu país estava grato pela ajuda prestada pelo Ocidente até agora.
O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros volta à carga com a ideia de que o embargo progressivo de até 90 por cento das importações do petróleo produzido pelo país, decidido esta semana no seio do Conselho Europeu, constitui um passo “autodestrutivo”.
A medida, sustenta Moscovo, pode “provocar mais aumentos de preços, desestabilizar os mercados de energia e interromper cadeias de abastecimento”.
11h39 - Ponto de situação
- O major-general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério russo da Defesa, alega que o número de “mercenários estrangeiros” a combater na Ucrânia caiu para metade desde o início da guerra, por causa de ataques de alta precisão das forças russas e de treino deficiente.
- O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia diz estar a trabalhar com parceiros internacionais para criar uma missão apoiada pelas Nações Unidas com o objetivo de restaurar as rotas marítimas de exportação de alimentos.
- Na sua primeira intervenção pública desde a saída do cargo de chanceler alemã, Angela Merkel descreveu a invasão russa da Ucrânia como uma “guerra bárbara de agressão”.
- As forças russas controlam agora a maior parte da cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, segundo o Ministério britânico da Defesa.
- A Eslováquia promete fazer chegar à Ucrânia oito baterias de artilharia Zuzana 2.
- O ministro ucraniano da Defesa, Oleksii Reznikov, agradeceu publicamente ao presidente norte-americano, Joe Biden, o reforço da assistência militar ao país, concretamente o envio do sistema de artilharia de médio alcance HIMARS. “Fiquei satisfeito por ver, no 11.º pacote de assistência militar à Ucrânia, as seis letras pelas quais todo o país aguardava: HIMARS”, escreveu Reznikov no Twitter.
- O ministro russo dos Negócios Estrangeiros afirmou que o fornecimento de novos sistemas norte-americanos de artilharia de médio alcance à Ucrânia faz aumentar o risco de um “terceiro país” ser arrastado para o conflito. Sergei Lavrov fala mesmo de uma “provocação direta” que ultrapassa “todos os limites da decência”. Antes, já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, havia acusado os Estados Unidos de estarem a “atirar achas para a fogueira”.
- O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, diz que a Ucrânia ofereceu “garantias” de que não vai empregar os novos sistemas de artilharia de médio alcance em ataques contra território da Federação Russa.
- O presidente ucraniano estima em 243 o número de crianças mortas no decurso da invasão russa. Duzentas mil terão sido levadas à força para a Rússia, incluindo crianças de orfanatos e menores levados com os pais ou separados das respetivas famílias.
11h26 - Genro de Yeltsin deixa de ser conselheiro de Putin
Valentin Yumashev, genro do antigo presidente russo Boris Yeltsin, demitiu-se do cargo de conselheiro de Vladimir Putin, confirma o Kremlin.
Yumashev, observa a edição online do diário britânico The Guardian, não constava da folha de salários da Presidência russa e tinha “influência limitada” no processo de decisão de Putin. Todavia, “representava uma das últimas ligações dentro da administração de Putin à governação de Yeltsin, um período de reformas liberais e de abertura da Rússia ao Ocidente”.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou o afastamento “voluntário”.
11h20 - Evacuação de Severodonetsk seria “extremamente perigosa”
O governador regional de Lugansk, Serhiy Haidai, adianta que o exército russo está esta quinta-feira a procurar quebrar as linhas de defesa ucranianas naquela região do leste a partir "de todas as direções".
Haidai acrescenta que a cidade de Severodonetsk é palco de intensos combates, que impedem nesta altura quaisquer esforços de retirada de civis.
“Toda a região de Lugansk está a ser constantemente bombardeada”, descreve o governador ucraniano.
11h05 - Moscovo reivindica abate de caça ucraniano
O Ministério russo da Defesa afirma que as suas forças abateram um caça ucraniano Sukhoi SU-25 na região de Mykolaiv.
Foto: Ministério da Defesa da Ucrânia - Wikimedia Commons
As estruturas militares russas alegam também ter utilizado “mísseis terra-ar de precisão” para atingir 21 alvos militares em território ucraniano.
Moscovo afirma ainda que foram abatidos 240 soldados ucranianos e destruídos 39 equipamentos militares.
10h50 - Zelensky acusa russos de "desprezo total por indivíduos"
O presidente ucraniano diz que a Rússia levou esta realidade para a Ucrânia e quer levá-la para outros países europeus. Antena 1
10h46 - Rússia diz que estrangeiros na Ucrânia "são os primeiros a serem sacrificados"
O Ministério russo da Defesa alega que “centenas de mercenários estrangeiros na Ucrânia foram destruídos por armas russas de curto alcance e alta precisão, pouco depois da sua chegada aos locais onde receberam treino adicional e coordenação de unidades táticas”.
“Mas a maior parte dos mercenários foi destruída na zona de combate devido ao baixo nível de treino e à falta de uma verdadeira experiência de combate”, disse o major-general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, em declarações citadas pela agência RIA Novosti. “Mercenários capturados contam, durante os interrogatórios, que são os primeiros a serem sacrificados. Devido ao silêncio do regime de Kiev sobre perdas e a ausência de corpos, os familiares de mercenários nos seus países de residência simplesmente não sabem das suas mortes”, afirmou Konashenkov.
“Gostaria de chamar a vossa atenção para o facto de os comandantes das unidade das Forças Armadas da Ucrânia e da Guarda Nacional, que incluem mercenários, num esforço para reduzir a perda do seu pessoal militar, não pouparem estrangeiros”, continuou.
O porta-voz russo deixou um aviso: “Confrontado com uma situação de combate real e pesadas perdas, um número significativo de mercenários prefere abandonar o território da Ucrânia o mais depressa possível, mas o regime de Kiev impede, de todas as formas, que partam. Deixem-me lembrar-vos que, de acordo com a lei internacional humanitária, os mercenários não são combatentes e o melhor que podem esperar é a responsabilidade criminal”.
10h31 - "Homenagem à heroica coragem"
O embaixador francês em Kiev, Etienne de Poncins, deslocou-se a Hostomel, na região da capital, palco de intensos combates nos primeiros dias da guerra.
Déplacement avec le Cdt de la garde nationale 🇺🇦 Y. Lebid à #hostomel lieu de féroces combats ayant permis de mettre en échec la prise de #Kyiv par l'agresseur 🇷🇺. Hommage au courage héroïque des 🇺🇦 qui luttent pour la liberté et leur patrie. #WeStandWithUkraine #diplo2metier pic.twitter.com/3RtmRzhnV9
— Etienne de Poncins (@EdePoncins) June 2, 2022
“Deslocação com o comandante da guarda nacional Y. Lebid a Hostomel, local de combates ferozes que permitiram rechaçar a tomada de Kiev pelo agressor. Homenagem à heroica coragem dos ucranianos que lutam pela liberdade e pela sua pátria”, escreve o diplomata no Twitter.
10h19 - Novos bombardeamentos sobre Kharkiv
As forças russas bombardearam, ao longo da última noite, a cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia. Há notícia de uma mulher morta e um homem ferido. A administração regional indica que foi atingida uma escola.
Na região vizinha de Sumy, ataques aéreos russos fizeram pelo menos três feridos. Várias casas ficaram destruídas.
10h02 - Líderes europeus aplaudem resultado do referendo dinamarquês
Entre as vozes que se fizeram ouvir nas últimas horas está a do presidente francês, Emmanuel Macron. Sucedem-se as congratulações pelo resultado do referendo dinamarquês à adesão do país à política de defesa da União Europeia: o sim venceu com perto de 67 por cento dos sufrágios.
Macron falou de uma excelente notícia para a Europa, à semelhança do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
The people of Denmark have made a historic choice.
— Charles Michel (@eucopresident) June 1, 2022
The world has changed since Russia invaded #Ukraine
This decision will benefit Europe and make both the EU and the Danish people safer and stronger.
I welcome the determined leadership shown by @Statsmin Mette Frederiksen. pic.twitter.com/Q9Ja0F5ce0
Por sua vez, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou “a forte mensagem de empenho” da Dinamarca para com a “segurança comum” da Europa. “Estou convencida de que tanto a Dinamarca como a UE vão beneficiar desta decisão”, estimou.
9h50 - A história de Vova. Quando são as crianças as vítimas da guerra
Pelo menos 243 crianças já morreram na guerra na Ucrânia. Muitas outras ficaram feridas e com vidas estilhaçadas. É o caso de Vova. Tem 12 anos e ficou gravemente ferido num tiroteio em Kiev, onde viu o pai morrer.
9h45 - Produção russa de petróleo em quebra
A OPEP+ está a trabalhar em formas de compensar a quebra na produção de petróleo da Rússia, adiantam duas fontes do cartel, citadas pela agência Reuters.
A produção russa caiu, nos últimos meses, em cerca de um milhão de barris por dia, num aparente reflexo das sanções impostas pelo Ocidente.
9h34 - Russos acusados de tortura em Mariupol
A autoridade ucraniana de Mariupol, no sul da Ucrânia, acusa, na plataforma Telegram, os ocupantes russos de crimes de guerra alegadamente perpetrados após a tomada da cidade, na sequência da rendição dos soldados ucranianos que se encontravam entrincheirados no complexo siderúrgico Azovstal.
“No distrito de Mariupol, os ocupantes aprisionaram e mataram voluntários ucranianos e oficiais. Todos se recusaram a cooperar com colaboradores e as autoridades de ocupação”, lê-se.
9h12 - A guerra na Ucrânia e a CPLP
O ministro português dos Negócios Estrangeiros vê na XXVII Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que terá lugar em Angola, uma ocasião para partilhar, "num clima de confiança", diferentes perspetivas sobre a invasão russa da Ucrânia.
"Vai ser muito útil porque eu vou poder explicar a visão portuguesa e vou ter oportunidade de ouvir, da parte dos meus colegas, num clima de confiança, aquilo que são as suas maneiras de ver esta situação", declarou João Gomes Cravinho, ouvido pela agência Lusa.
Cravinho recorda que não será adotada "nem foi alguma vez proposto" que se adote "uma resolução". Todavia, confirmou que vai falar com os homólogos da CPLP sobre a guerra, destacando "as suas consequências em termos de segurança alimentar", pois "obviamente que é algo que preocupa a todos".
9h06 - Conselho da Europa reclama medidas concretas para refugiados
A presidente da Comissão do Conselho da Europa contra Racismo e Intolerância (CCERI) defendeu esta quinta-feira a implementação de medidas concretas para auxiliar e proteger os refugiados ucranianos.
"A solidariedade que se tem visto nestes primeiros meses pode não continuar a verificar-se. São mesmo necessárias medidas concretas", clamou Maria Daniella Marouda durante a conferência de imprensa de apresentação do relatório anual da organização.
9h03 - Presidente da União Africana reúne-se amanhã com Putin
O chefe do Estado do Senegal e presidente em exercício da União Africana desloca-se esta quinta-feira à Rússia. Macky Sall avista-se amanhã com o presidente russo, Vladimir Putin, em Sochi.
A visita "faz parte dos esforços da atual presidência da União para contribuir para a pausa na guerra na Ucrânia e para a libertação de stocks de cereais e fertilizantes, cujo bloqueio afeta particularmente os países africanos", segundo uma nota do gabinete de Sall.
9h00 - Zuzana 2 a caminho da Ucrânia
A Eslováquia prepara-se para fazer chegar à Ucrânia oito baterias Howitzer Zuzana 2, ao abrigo de um contrato comercial assinado por um produtor parcialmente controlado pelo Estado, anuncia o Ministério eslovaco da Defesa.
A agência Reuters explica que o sistema Zuzana 2, versão atualizada de um modelo anterior, dispara munições de 155 milímetros e tem um alcance que pode ultrapassar os 50 quilómetros.
8h51 - Merkel quebra silêncio para condenar “guerra bárbara”
A ex-chanceler alemã Angela Merkel fez a primeira intervenção pública desde que deixou o cargo, no final de 2021, condenando a invasão russa da Ucrânia. Num evento em Berlim, saiu em apoio dos esforços do Governo de Olaf Scholz, da União Europeia, dos Estados Unidos e da NATO com vista “ao fim desta guerra bárbara”.
“A minha solidariedade vai para a Ucrânia, atacada e invadida pela Rússia, e para o apoio ao seu direito à autodefesa”, enfatizou Merkel.
A ex-chanceler tem sido alvo de críticas por ter mantido relações bilaterais aprofundadas com o presidente russo, ao longo dos 16 anos em que permaneceu no poder em Berlim. Desde logo por ter dado luz verde ao projeto do gasoduto Nord Stream 2, suspenso por ordem do sucessor, Olaf Scholz, em vésperas do início da invasão da Ucrânia.
8h37 - Primeira-dama ucraniana deixa aviso sobre ambição russa
Ceder território ucraniano à Rússia seria “ceder a liberdade” e não poria termo à invasão ordenada por Vladimir Putin, adverte a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, em entrevista à estação televisiva norte-americana ABC News.
“Os ucranianos não podem receber normalmente todas aquelas declarações que estamos por vezes a ouvir de líderes de países – em alguns casos os líderes de países grandes e influentes. Não se pode apenas ceder partes do território, é como ceder a liberdade”, afirma.
Olena Zelenska retoma a posição que tem sido repetida por Volodymyr Zelensky relativamente ao leste do país, onde a Rússia tem agora concentrada a sua máquina de guerra: o Donbass voltará a ser ucraniano.
“Mesmo que cedêssemos os nossos territórios, o agressor não ficaria por aí, continuaria a pressionar, continuaria a lançar mais e mais ataques contra o nosso território”, vincou.
8h28 - ISW avalia como limitada a progressão russa em Lysychansk
O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) - think tank norte-americano – escreve que “as forças russas estão a tentar avançar para Lysychansk a partir do sul e do oeste, de forma a evitar combater para lá do Rio Siverskyi Donets de Severodonetsk”.
Eastern #Ukraine Update:#Russian forces are attempting to advance towards #Lysychansk from the south and west in order to avoid having to fight across the Siverskyi Donets River from #Severodonetsk but are having limited successes so far.https://t.co/7CkH3SkZPb pic.twitter.com/Xp5P2KaT5U
— ISW (@TheStudyofWar) June 1, 2022
“Os russos estão até agora a obter sucessos limitados”, contrapõe o centro de reflexão.
8h16 - Londres confirma: russos controlam maior parte de Severodonetsk
As forças russas tomaram já a maior parte da cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, confirma o último relatório dos serviços de informações militares do Reino Unido.
“A principal estrada para a bolsa de Severodonetsk permanece provavelmente sob controlo ucraniano, mas a Rússia continua a conseguir firmes ganhos locais, permitidos por uma pesada concentração de artilharia”, lê-se na conta do Ministério britânico dos Negócios Estrangeiros no Twitter.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 2 June 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) June 2, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/Cgie1d3GJa
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/oC4NSGhSQT
Contudo, as tropas de Moscovo têm sofrido perdas nesta progressão, assinala Londres.
“Atravessar o Rio Siverskyi Donets – que é uma barreira natural para os seus eixos de avanço – é vital para as forças russas à medida que consolidam as regiões de Lugansk e se preparam para virar o foco para Donetsk”.
“É provável que a Rússia precise de pelo menos uma curta pausa tática para reagrupar”, estima-se no mesmo relatório.
7h50 - Kiev agradece envio do sistema HIMARS
O ministro ucraniano da Defesa, Oleksii Reznikov, agradeceu publicamente ao presidente norte-americano, Joe Biden, o reforço da assistência militar ao país, concretamente o envio do sistema de artilharia de médio alcance HIMARS.
“Fiquei satisfeito por ver, no 11.º pacote de assistência militar à Ucrânia, as seis letras pelas quais todo o país aguardava: HIMARS”, escreveu esta quinta-feira Reznikov no Twitter.
I was pleased to see in the 11th package of 🇺🇲 military aid to Ukraine the six letters for which the whole country has been waiting:
— Oleksii Reznikov (@oleksiireznikov) June 1, 2022
HIMARS
Our cooperation is stronger than ever!
Thank you@POTUS@SecDef Lloyd Austin III @SecBlinken@thejointstaff General Mark Milley #lendlease
“A nossa cooperação está mais forte do que nunca! Obrigado”, acrescenta o governante ucraniano.
O Sistema M142 de Rockets de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS, na siga em inglês) tem um alcance de até 70 quilómetros, distância até agora inatingível para a artilharia ucraniana.
7h33 - Ponto de situação
- O ministro russo dos Negócios Estrangeiros afirmou que o fornecimento de novos sistemas norte-americanos de artilharia de médio alcance à Ucrânia faz aumentar o risco de um “terceiro país” ser arrastado para o conflito. Sergei Lavrov fala mesmo de uma “provocação direta” que ultrapassa “todos os limites da decência”. Antes, já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, havia acusado os Estados Unidos de estarem a “atirar achas para a fogueira”.
- A Administração norte-americana decidiu enviar à Ucrânia quatro sistemas sofisticados de rockets de médio alcance e munições, tendo em vista assistir as tropas ucranianas na defesa do Donbass, foco do esforço de guerra russo. Estes sistemas integram um pacote de assistência militar no valor de 700 milhões de dólares, que inclui ainda helicópteros, lançadores anti-tanque Javelin, radares e veículos táticos, entre outros meios.
- O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, diz que a Ucrânia ofereceu “garantias” de que não vai empregar os novos sistemas de artilharia de médio alcance em ataques contra território da Federação Russa.
- Na sua mensagem noturna, o presidente ucraniano sublinhou que a guerra no país já provocou as mortes de pelo menos 243 crianças. Outras 446 ficaram feridas e 139 estão dadas como desparecidas. Duzentas mil terão sido levadas para a Rússia, incluindo menores que se encontravam em orfanatos, outros que que foram deslocados juntamente com os pais e ainda crianças separadas das famílias, segundo Volodymyr Zelensky. Números partilhados no cair do pano sobre o Dia Internacional da Criança, que se assinalou na quarta-feira.
- “A Ucrânia não pode ser conquistada, o nosso povo não se vai render e as nossas crianças não se tornarão propriedade dos ocupantes”, vincou o presidente da Ucrânia.
- As forças russas controlam nesta altura mais de dois terços de Severodonetsk, cidade-chave no leste da Ucrânia. Quem o afirma é o governador de Lugansk, Serhiy Gaidai. O responsável adianta que há civis abrigados sob um complexo fabril de químicos.
- Um míssil russo atingiu o túnel dos caminhos-de-ferro de Beskidy, na região de Lviv, no oeste da Ucrânia, no que aparenta ser um ataque contra a principal via de abastecimento de armas do Ocidente para o país invadido. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, de acordo com o governador regional, Maksym Kozytskiy.
- Os eleitores da Dinamarca votaram de forma esmagadora, em referendo, a favor da adesão do país à política comum de defesa da União Europeia. O sim obteve 66,9 por cento dos sufrágios, contra 33,1 por cento pelo não.
- O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou a marcação de uma reunião, nos próximos dias, com responsáveis de Suécia, Finlândia e Turquia. O objetivo é discutir as objeções de Ancara ao alargamento da Aliança Atlântica a suecos e finlandeses.