Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
Ursula von der Leyen acaba de avançar no Twitter o plano para o corte gradual de dependência da energia russa.
“Concordámos em Versalhes em fasear a redução de dependência do gás, petróleo e carvão russos tão rápido quanto possível. Mas isto requer um plano”, escreveu a presidente da Comissão Europeia no Twitter, passando a anunciar os “quatro pilares” desse plano:
- Poupar energia
- Diversificar, afastando-nos dos combustíveis fósseis
- Um investimento massivo nas energias renováveis
- Financiamento
We agreed in Versailles to phase out our dependency on Russian gas, oil & coal as soon as possible.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) May 30, 2022
But this requires a plan: This is #REPowerEU.
It has 4 pillars:
• Saving energy
• Diversifying away from 🇷🇺 fossil fuels
• Massive investment in renewable energy
• Financing pic.twitter.com/mCKJkByFKu
Num outro tweet, Charles Michel garantiu que “o Conselho Europeu continuará a ajudar a Ucrânia com as suas necessidades imediatas de liquidez, juntamente com o G7”.
“O Conselho Europeu está pronto para garantir à Ucrânia nove mil milhões de euros. Um apoio forte e concreto para a reconstrução da Ucrânia”, referiu o responsável.
#EUCO will continue helping #Ukraine with its immediate liquidity needs, together with @G7
— Charles Michel (@CharlesMichel) May 30, 2022
EUCO is ready to grant #Ukraine EUR 9 billion.
Strong and concrete support to #Ukraine’s reconstruction.
22h55 – UE concorda em reduzir em mais de dois terços as importações de petróleo russo
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou no Twitter que a União Europeia concordou hoje em reduzir em “mais de dois terços” as importações de petróleo russo.
“Acordo para suspender as exportações russas de petróleo para a União Europeia. Isto cobre imediatamente mais de dois terços das importações de petróleo da Rússia, cortando uma enorme fonte de financiamento da sua máquina de guerra. Pressão máxima para a Rússia acabar a guerra”, escreveu o líder.
#Unity
— Charles Michel (@eucopresident) May 30, 2022
Agreement to ban export of Russian oil to the EU.
This immediately covers more than 2/3 of oil imports from Russia, cutting a huge source of financing for its war machine.
Maximum pressure on Russia to end the war.
#EUCO
Os 27 concordaram ainda em sancionar o maior banco russo, o Sberbank, assim como vários indivíduos alegadamente responsáveis por crimes de guerra na Ucrânia.
O primeiro caso de violação alegadamente cometida por um soldado russo durante a invasão na Ucrânia deu já entrada em tribunal, avançou hoje a procuradora-geral ucraniana.
“O primeiro caso de violação durante a guerra foi enviado para tribunal”, escreveu a responsável no Twitter, acrescentando que o soldado russo Mikhail Romanov “será julgado pelo alegado homicídio de um homem e por violência sexual em grupo contra a mulher do mesmo”.
The first case of rape during the war was sent to court. Mikhail Romanov, a serviceman of the 239th Regiment of the 90th Guards Tank Vitebsk-Novgorod Division of the Russian Armed Forces, will be tried for the alleged murder of husband and gang sexual violence against his wife. pic.twitter.com/u9qCEBPfn6
— Iryna Venediktova (@VenediktovaIV) May 30, 2022
Um tribunal russo determinou hoje ‘in absentia’ a detenção de dois comandantes das Forças Armadas ucranianas, acusados de “genocídio” e maus-tratos a militares russos capturados na Ucrânia, segundo noticiaram agências de notícias da Rússia.
Ambos os oficiais ucranianos devem ser detidos por pelo menos dois meses a partir do momento da sua extradição ou detenção em território russo.
Os investigadores russos acusaram os dois comandantes de estarem envolvidos no "genocídio dos cidadãos do Donbass", argumento inicialmente usado pelo presidente russo, Vladimir Putin, para lançar a campanha militar na Ucrânia.
Esta é a primeira vez que a Rússia acusa de “genocídio” comandantes militares das Forças Armadas da Ucrânia, uma acusação que pode levar à prisão perpétua, segundo noticiou a agência TASS.
(agência Lusa)
A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, condenou hoje o "assassínio" de Frédéric Leclerc-Imhoff, jornalista francês da cadeia televisiva BFMTV morto perto de Sverodonetsk, no leste da Ucrânia.
"Condeno o assassínio de Frédéric Leclerc-Imhoff e peço a abertura de um inquérito para que autores deste crime possam ser identificados e perseguidos pela justiça", indicou em comunicado a diretora da Organização da ONU para a educação, a ciência e a cultura (Unesco).
"Os jornalistas que trabalham diariamente na Ucrânia para nos informar da realidade da guerra devem ser protegidos de qualquer ataque", prosseguiu, apelando às partes a respeitarem a resolução do Conselho de Segurança sobre a proteção dos profissionais dos `media` em zonas de conflito.
Os enviados especiais da RTP fizeram a viagem da fronteira da Polónia até Kiev de comboio. Pelo caminho, encontraram mulheres e crianças que querem agora voltar a casa, três meses depois da invasão pelas tropas russas.
O presidente da República português espera um consenso no Conselho Europeu. Marcelo Rebelo de Sousa lembra que é a falta de unidade que enfraquece a Europa.
A Hungria continua a bloquear o consenso, mesmo depois de a Comissão Europeia ter permitido algumas exceções ao embargo. Sem este acordo, o novo pacote de sanções à Rússia pode ficar em suspenso mais um mês.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, insiste que "neste momento ainda não há um compromisso" por parte da União Europeia relativamente ao embargo ao petróleo russo. Em causa, a dependência mais forte dos países mais a leste da UE das fontes energéticas compradas à Rússia.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que simplifica o processo de aquisição de cidadania para crianças que sejam órfãs ou sem cuidados parentais, em especial naos territórios separatistas do Donbass.
As autoridades ucranianas denunciam que Moscovo já deportou cerca de dois mil menores órfãos para os territórios sob controlo russo.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, exortou hoje os Estados-membros da União Europeia a ultrapassarem "querelas internas" e a adotarem o sexto pacote de sanções contra a Rússia, ao dirigir-se, por videoconferência, ao Conselho Europeu, reunido em Bruxelas.
"As querelas internas devem parar [...] A Europa deve mostrar a sua força, porque a força é o único argumento que a Rússia compreende", declarou Zelensky na sua intervenção perante os chefes de Estado e de Governo da UE, citado pela agência AFP.
Sublinhando a importância de os 27 não se dividirem nesta altura e de mostrarem unidade, o presidente ucraniano insistiu que "só com uma grande unidade" será possível encontrar "respostas eficazes" a tudo o que a Rússia tem feito quer à Ucrânia, quer ao bloco europeu, até porque "o maior desejo" de Moscovo é ver os Estados-membros divididos.
Zelensky deixou então o apelo no sentido de que o bloco europeu adote enfim o sexto pacote de sanções - proposto pela Comissão Europeia há quase um mês -, "incluindo o petróleo, para que a Rússia pague o preço pelo que está a fazer contra a Ucrânia, contra a Europa", e para que a União Europeia se liberte enfim das "armas energéticas russas, pelo menos o petróleo".
"É evidente que deve haver progressos nas sanções contra a agressão" da Rússia, disse.
O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse a Volodymyr Zelensky numa chamada telefónica que valoriza o projeto para criar uma rota marítima segura para a exportação de produtos agrícolas ucranianos.
Continued dialogue with 🇹🇷 President @RTErdogan. Discussed threats to food security posed by the aggressor & ways to unblock 🇺🇦 ports. Held discussions on cooperation in the security sphere. Unanimously agree on the need to restore peace. We appreciate 🇹🇷's help in this process.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 30, 2022
A NATO já não se considera obrigada a um acordo de 1987 com a Rússia que limitava o estacionamento permanente de tropas da aliança no centro e leste da Europa, disse o vice-secretário-geral da NATO, Mircea Geoana.
Geoana, que participou num encontro da Assembleia parlamentar da NATO em Vilnius, indicou que nessa reunião foi considerado que "é a Rússia, dirigida por Putin, que saiu de todas as normas e acordos, incluindo o firmado entre a aliança e esse país".
Numa alusão aos pedidos dos países bálticos para que seja assegurada uma maior presença militar permanente da NATO nos seus territórios, acrescentou ter referido aos participantes "que todos os países do flanco leste da NATO estão a pedir a posição mais forte possível da NATO".
"É isso que faremos porque, como disse, basicamente a Rússia suspendeu as restrições que nos impusemos", adiantou.
"Na realidade, a Rússia acabou com o conteúdo deste acordo. Tomou decisões, estabeleceu compromissos de não agredir os seus vizinhos, o que está a fazer, e promover uma consulta regular com a NATO, que já não faz", disse Geoana à agência noticiosa báltica BNS.
(agência Lusa)
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje à França para não ceder à "chantagem" russa sobre o fornecimento de alimentos, numa reunião com a ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna.
O gabinete de Zelensky, num comunicado em que resume as conversações, acusa a Rússia de estar a usar questões de segurança alimentar numa tentativa de aliviar as sanções internacionais, de saquear cereais e equipamentos agrícolas de regiões que as suas tropas controlam e de obstruir as exportações de cereais da Ucrânia.
Zelensky e Colonna discutiram as sanções à Rússia, o envio de armamento para apoiar o exército ucraniano e as aspirações da Ucrânia para aderir à União Europeia.
Valentin Yumashev, genro do ex-presidente russo Boris Yeltsin, deixou o cargo não remunerado de conselheiro de Vladimir Putin no mês passado, informou há momentos a agência Reuters.
“Foi iniciativa dele”, disse a vice-diretora executiva do Centro Presidencial Boris Yeltsin, quando questionada sobre a razão pela qual Yumashev deixou o cargo.
Yumashev, que é casado com a filha de Yeltsin, Tatyana, representava um dos poucos vínculos restantes do Governo de Putin com o Governo de Yeltsin - um período de reformas liberais e de abertura da Rússia para com o Ocidente.
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou hoje a morte de um jornalista francês na Ucrânia e culpou diretamente o presidente russo, Vladimir Putin, pelos ataques deliberados das suas tropas contra os jornalistas.
Frédéric Leclerc-Imhoff, um operador de câmara de 32 anos, trabalhava para o canal BFMTV e acompanhava civis a bordo de um autocarro humanitário quando foi morto na Ucrânia, anunciou hoje o presidente, Emmanuel Macron.
No autocarro, em que seguiam civis ucranianos retirados da região de Lugansk, "era muito visível o sinal de `caravana humanitária`", tendo sido ainda assim alvejado por artilharia e "um fragmento de um projétil de obus causou a morte" do jornalista, revelou o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire.
(agência Lusa)
A diplomacia francesa assegurou hoje que "continuará e fortalecerá" as entregas de armas à Ucrânia, apesar das críticas a Paris por parte de Moscovo.
A nova ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colona, que se encontra de visita a Kiev, informou hoje que o presidente Emmanuel Macron "comunicou ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a decisão de continuar e até fortalecer o apoio militar" à Ucrânia.
No final de abril, Macron já tinha anunciado o envio de equipamentos militares para Kiev, em particular os sistemas de artilharia Caesar, apesar dos protestos de Moscovo sobre a atitude "militarista" de Paris.
"Estas armas provaram ser fiáveis e eficazes. Mas não são as únicas armas que chegam da França e por cada arma estamos gratos", respondeu o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, numa conferência de imprensa conjunta com Colona.
(agência Lusa)
Os combatentes ucranianos do regimento Azov que se renderam após terem combatido em Mariupol, sudeste da Ucrânia, serão julgados e arriscam a pena de morte, afirmou hoje um responsável do território separatista russófono de Donetsk (DNR).
"Todos os prisioneiros de guerra encontram-se em território da DNR", declarou à televisão russa Iuri Sirovatko, ministro da Justiça desta autoproclamada república situada no leste do país.
"Concretamente, temos 2.300 prisioneiros de guerra da [siderurgia] Azovstal", precisou, antes de acrescentar que o "regimento Azov é considerado como uma organização terrorista" e que "todos serão objeto de inquéritos criminais" na perspetiva de um processo.
"Semelhantes crimes são passíveis no nosso território da pena capital, a pena de morte", concluiu o ministro.
(agência Lusa)
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse ter ficado claro no início dos trabalhos de hoje em Bruxelas que “esta guerra não acabará rapidamente e que precisamos de agir com resolução na nossa resposta”.
“Na semana passada falámos sobre o resgate de fundos existentes, da criação de novos fundos e de desviar fundos de outras causas. Essa questão está em cima da mesa”, avançou a responsável.
“Mas temos de equilibrar tudo isto para não endividarmos futuras gerações. É um equilíbrio muito melindroso e o Parlamento Europeu tem vindo a trabalhar intensamente para este pacote novo”.
Metsola considerou ainda que “as próximas semanas serão muitíssimo importantes”. “Não podemos ficar à mercê de qualquer tipo de divisão fraturante que Putin quererá explorar. As próximas horas e dias serão fundamentais”, defendeu.
O regulador russo de comunicações, Roskomnadzor, bloqueou hoje o acesso à página de internet da organização não-governamental Memorial, a principal organização de direitos humanos do país, que fechou em dezembro por decisão judicial.
De acordo com o regulador russo, a página de internet da Memorial foi bloqueada na sequência de um pedido da procuradoria-geral da Rússia, apresentado em 28 de maio.
O Supremo Tribunal ordenou a dissolução da Memorial Internacional em 28 de dezembro, alegando que a organização tinha violado sistematicamente a lei dos agentes estrangeiros, tendo um tribunal comum feito o mesmo, no dia seguinte, com a filial russa de direitos humanos dessa organização, considerada a guardiã da memória das vítimas dos campos de trabalhos forçados soviéticos.
Roman Abramovich concluiu a venda do Chelsea e das empresas relacionadas com o clube a um grupo de investimentos liderado por Todd Boehly e pela Clearlake Capital, anunciou hoje o clube da Premier League.
O consórcio, que venceu a licitação para adquirir a equipa londrina no início deste mês, recebeu a aprovação da Premier League e do Governo britânico na semana passada para que a venda avançasse.
A Rússia vai suspender o fornecimento de gás aos Países Baixos a partir desta terça-feira, depois de a empresa holandesa GasTerra ter recusado pagar à russa Gazprom em rublos.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse ao presidente turco Tayyip Erdogan num telefonema esta segunda-feira que a Rússia está pronta para facilitar o comércio marítimo, incluindo o de cereais vindos de portos ucranianos.
Segundo um comunicado do Kremlin, Putin também reiterou que a Rússia pode exportar volumes significativos de fertilizantes e alimentos caso as sanções contra Moscovo sejam levantadas.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse hoje estar confiante num acordo entre os líderes da União Europeia para embargo ao petróleo russo, que inclui exceções, reconhecendo as "discussões difíceis" pela dependência energética da Rússia.
"O sexto pacote de sanções está em cima da mesa há muitas semanas e é importante decidir e o tempo de o fazer é agora. Estou confiante de que seremos capazes de tomar uma decisão todos juntos e de expressar, novamente, uma posição unida sobre esse importante tópico, [mas] não é fácil porque existem diferentes sensibilidades", disse Charles Michel.
Falando na entrada para o Conselho Europeu extraordinário, que decorre hoje e terça-feira em Bruxelas, o responsável realçou os "progressos feitos das últimas horas sobre o tema", reforçando esperar que os chefes de Governo e de Estado da UE "sejam capazes de tomar a decisão sobre uma questão importante".
"Queremos apoiar a Ucrânia, queremos mobilizar verbas para a Ucrânia, fornecer liquidez, começar a reconstrução do país e apoiá-los, esse é um primeiro elemento importante, e gostaríamos também de avançar nas sanções", adiantou Charles Michel.
(agência Lusa)
O presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou esta segunda-feira a morte de um jornalista francês na Ucrânia.
Segundo Macron, Frédéric Leclerc-Imhoff trabalhava para o canal televisivo francês BFM TV e foi morto enquanto acompanha civis a bordo de um autocarro humanitário.
"O jornalista Frédéric Leclerc-Imhoff esteve na Ucrânia para mostrar a realidade da guerra. A bordo de um autocarro humanitário, ao lado de civis obrigados a fugir para escapar das bombas russas, ele foi fatalmente ferido", escreveu Macron no Twitter.
“Compartilho a dor da família, parentes e colegas de Frédéric Leclerc-Imhoff, a quem envio as minhas condolências. Aos que cumprem a difícil missão de informar, reitero o apoio incondicional da França”, escreveu ainda o chefe de Estado francês.
Journaliste, Frédéric Leclerc-Imhoff était en Ukraine pour montrer la réalité de la guerre. À bord d’un bus humanitaire, aux côtés de civils contraints de fuir pour échapper aux bombes russes, il a été mortellement touché.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) May 30, 2022
O Ministério francês dos Negócios Estrangeiros anunciou que irá exigir “uma investigação rápida e transparente" sobre a morte de Leclerc-Imhoff.
A notícia foi avançada, inicialmente, pelo governador de Lugansk, Serhiy Gaidai, que anunciou que um jornalista francês tinha morrido esta segunda-feira quando seguia num veículo que retirava população de Severodonetsk.
"Hoje o nosso veículo blindado para fazer evacuações ia buscar dez pessoas e ficou sob fogo inimigo. Estilhaços de granadas perfuraram a blindagem de um carro e feriram de forma fatal um jornalista francês credenciado que estava a recolher material sobre a retirada", indicou o governador de Lugansk através do Telegram, acrescentando que a operação de evacuação seria suspensa.
O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse hoje ao homólogo russo, Vladimir Putin, que Ancara está pronta para assumir um papel num "mecanismo de observação" entre Moscovo, Kiev e as Nações Unidas, caso seja alcançado um acordo nesse sentido.
Num telefonema, Erdogan disse a Putin que a paz precisa de ser estabelecida o mais rápido possível e que devem ser tomadas medidas de construção de confiança.
O ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko, rival do atual chefe de Estado Volodymyr Zelensky, anunciou hoje que foi autorizado a sair do país após ter sido "deliberadamente" bloqueado na fronteira por duas ocasiões durante o fim de semana.
"Após a pressão de deputados do Parlamento Europeu e de membros dos governos de países da UE, Petro Poroshenko conseguiu deslocar-se ao estrangeiro para participar na cimeira e no congresso do Partido Popular Europeu em Roterdão", indicou o seu serviço de imprensa, num momento em que prossegue a invasão russa do país.
De acordo com esta fonte, citada pela agência noticiosa AFP, Poroshenko mostrou durante o controlo da fronteira "os mesmos documentos com os quais foi impedido de atravessar a fronteira nas duas vezes anteriores".
O seu partido, Solidariedade Europeia, disse estar "convencido que as autoridades impediram deliberadamente Poroshenko de se deslocar a uma reunião da Assembleia Parlamentar da NATO em Vilnius".
A justiça do país acusa Poroshenko de alta traição e em janeiro proibiu-o de abandonar o país, no âmbito de um caso de compra de carvão aos separatistas russófonos do Donbass, leste da Ucrânia. Foi ainda alvo de investigações por "corrupção", que os seus aliados consideram de natureza política.
(agência Lusa)
A presidente da Comissão Europeia admite ter “baixas expetativas” para que haja acordo nas próximas 48 horas sobre o sexto pacote de sanções à Rússia.
“As minhas expectativas são baixas de que ficará resolvido nas próximas 48 horas, mas estou confiante que a partir daí haverá uma possibilidade”, disse Von der Leyen à entrada da reunião do Conselho Europeu.
"É muito importante haver justiça para todos, ainda não encontramos uma solução para isso”, explicou a presidente da Comissão Europeia.
Para Ursula Von der Leyen, o caminho está em manter a união no apoio à Ucrânia. “Temos uma chave para o sucesso, que é a solidariedade com a Ucrânia e a unidade da União Europeia”, afirmou.
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, considerou hoje “racional” a decisão de Washington de não fornecer à Ucrânia armas que possam atingir a Rússia.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse esta segunda-feira que “neste momento ainda não há um compromisso” por parte da União Europeia relativamente ao embargo ao petróleo russo.
Orbán diz que a Hungria está numa posição difícil por causa “do comportamento irresponsável da Comissão Europeia”.
Os líderes da União Europeia estão reunidos esta segunda-feira em Bruxelas para discutir o embargo ao petróleo russo. Para ser aprovada, a medida deve receber a luz verde de todos os Estados-membros, mas a Hungria tem reiterado a sua oposição.
“Estamos prontos para apoiar o sexto pacote de sanções se houver soluções para a questão do fornecimento de energia da Hungria”, acrescentou.
O primeiro-ministro da Hungria defende que a solução de um embargo à importação de petróleo por via marítima, permitindo um regime de exceção para as importações por oleoduto, “não é má de todo”, mas sublinha que a Hungria precisa de garantias.
“É uma boa abordagem, mas mesmo assim precisamos de uma garantia que em caso de acidente no oleoduto que passa pela Ucrânia, teremos o direito de obter fornecimento por mar”, explicou Orbán.
Os líderes da União Europeia estão reunidos esta segunda-feira em Bruxelas para discutir o embargo ao petróleo russo, perante a resistência do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
Algumas horas após o início da reunião, começam a surgir algumas opiniões.
Segundo a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, os Estados-membros da UE não conseguirão chegar a um acordo total sobre o embargo ao petróleo russo. "Não acho que chegaremos a um acordo hoje", disse Kallas, acrescentando que é mais provável que um acordo seja alcançado numa próxima cimeira em junho.
Já o primeiro-ministro da Bulgária, Kiril Petkov, disse que os 27 serão capazes de chegar a um acordo “geral” sobre a proibição de importação de petróleo russo sob certas condições.
"Acho que vai passar com certas derrogações", disse Petkov. "No geral, deve ser aprovado, dependendo de algumas características e critérios individuais que os Estados-membros possam ter”, acrescentou.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse esta segunda-feira que o apoio da NATO à Ucrânia é inquebrável e airmou que o presidente russo, Vladimir Putin, não irá conseguir alcançar os seus objetivos no país vizinho.
"Apoiar a Ucrânia com determinação é a única maneira de garantir que a Europa e o mundo que construímos tenham um futuro seguro", disse o primeiro-ministro durante um evento que marca o 40º aniversário da adesão da Espanha à aliança transatlântica.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse no mesmo evento que a "explosão do conflito" ofuscaria a cimeira histórica que decorre em Madrid.
Stoltenberg disse que a NATO estava "pronta para defender cada centímetro do território aliado de qualquer ameaça de qualquer direção" e a mostrar apoio à Ucrânia para manter o seu "direito à autodefesa, consagrado na carta da ONU".
"Na cimeira de Madrid, traçaremos o caminho a seguir para a próxima década, redefiniremos a nossa dissuasão e defesa para um mundo mais perigoso", sublinhou Stoltenberg.
"Esta decisão visa proteger os direitos e interesses dos investidores e minimizar os seus riscos", afirmou.
Atualmente, um pequeno número de ações estrangeiras bloqueadas é negociado na Bolsa de Valores de São Petersburgo.
Apesar das medidas tomadas, a propriedade de títulos estrangeiros é mantida, sublinhou o BCR.
As relações financeiras da Rússia com os mercados estrangeiros foram prejudicados pelas sanções abrangentes impostas pelo Ocidente depois de Moscovo ter invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro.
(agência Lusa)
- Ataque a Severodonetsk. As tropas pró-russas estão a aproximar-se do centro de Severodonetsk, uma cidade crucial para a conquista do Donbass. De acordo com o governador da região de Lugansk, Serhiy Gaidai, a situação é neste momento “muito difícil”. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou no domingo que cerca de 90 por cento dos edifícios da cidade estão danificados ou destruídos.
- Embargo ao petróleo russo? Os líderes da União Europeia estão reunidos esta segunda-feira em Bruxelas para discutir o embargo ao petróleo russo, perante a resistência do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. De acordo com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, deverá ser possível chegar a um acordo esta tarde. Para esta segunda-feira está prevista a intervenção do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por videoconferência.
- Explosão em Melitopol. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas na sequência da explosão de um carro-bomba em Melitopol, esta segunda-feira. De acordo com a administração pró-russa desta cidade, Kiev é responsável pelo “ataque terrorista”. A nova prefeita da cidade, Galina Daniltchenko, acusa a Ucrânia de tentar visar civis. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas.
- Balanço de Moscovo. A Rússia indica que abateu “até 320 soldados ucranianos” na última noite, tendo destruído várias instalações e equipamentos militares ucranianos, incluindo 15 veículos aéreos não tripulados. O Kremlin indica ainda que atingiu o estaleiro naval de Okean Shipyard, na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia.
- MNE francesa em Kiev. A nova ministra francesa dos Negócios Estrangeiros visita a Ucrânia esta segunda-feira. Catherine Colonna vai reunir-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com o homólogo, Dmytro Kuleba. Antes das reuniões de trabalho, Colonna visitou a cidade de Bucha, símbolo dos crimes de guerra que são apontados à Rússia.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 30 May 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) May 30, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/ZlY83BdoL1
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/A9VVmuIBU4
A Organização Mundial da Saúde estima que pelo menos 20 por cento dos ucranianos fiquem com traumas psicológicos devido à guerra. Os Médicos Sem Fronteiras estão no terreno com várias equipas. A RTP falou com um psicólogo ucraniano formado por uma equipa portuguesa, que conta como é trabalhar no próprio país em conflito.
7h33 - Ponto de situação
- Os líderes da União Europeia reúnem-se em Bruxelas. Sobre a mesa estará o embargo ao petróleo russo, via para a qual não foi ainda obtido um consenso. O último pacote de sanções está a ser bloqueado pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. Está prevista a uma intervenção do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por videoconferência.
- Recorde-se que Zelensky lamentou, na semana passada, o que considerou ser a “falta de unidade” entre os 27. Na carta-convite enviada aos líderes, o presidente do Conselho, Charles Michel, sublinhou a necessidade de a UE continuar unida na resposta à invasão russa da Ucrânia: “Desde o primeiro dia, temos sido inabaláveis no nosso apoio humanitário, financeiro, militar e político ao povo ucraniano e à sua liderança. Vamos continuar a exercer pressão sobre a Rússia. A nossa unidade tem sido sempre o nosso ativo mais forte e continua a ser o nosso princípio orientador”.
- O ministro alemão da Economia, Robert Habeck, exprimiu a sua preocupação face às dissensões no seio da União Europeia. A unidade em torno de novas sanções parece “começar a ruir”, nas suas palavras.
- O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, veio negar que Vladimir Putin esteja doente: “Penso que nenhuma pessoa sã pode ver nesta pessoa sinais de alguma doença”.
- Sergei Lavrov disse também que a “libertação” do Donbass, no leste da Ucrânia, é uma “prioridade incondicional” para Moscovo.
- Responsáveis ucranianos no leste da Ucrânia afirmam que os bombardeamentos sobre Severodonetsk têm sido de tal forma intensos que não é possível estimar o número de vítimas ou os danos materiais. “Toda a infraestrutura crítica” da cidade foi destruída, segundo Volodymyr Zelensky.
- O presidente ucraniano visitou tropas do seu país em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. “Kharkiv sofreu terríveis golpes dos ocupantes. Um terço da região de Kharkiv ainda está sob ocupação”, enfatizou Zelensky.
- Cerca de 31 por cento da região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, está nesta altura sob ocupação russa. Volodymyr Zelensky demitiu o chefe da segurança estatal em Kharkiv, alegando que este “não trabalhou para a defesa da cidade desde os primeiros dias da guerra em larga escala”.
- A Rússia vai continuar a fornecer gás à Sérvia, garantia dada na sequência de uma conversa telefónica entre os presidentes russo e sérvio. Aleksandar Vučić diz ter acertado com Vladimir Putin um contrato de fornecimento de gás com a duração de três anos. Os detalhes serão afinados junto da russa Gazprom.
- De resto, a Gazprom confirma que a Rússia continua a fornecer gás à Europa através da Ucrânia.