Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Joana Raposo Santos, Mariana Ribeiro Soares, Andreia Martins, Carlos Santos Neves - RTP

Kenzo Tribouillard - Pool via Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h30 - Líderes europeus aprovam embargo a petróleo russo que chegue por via marítima 

O Conselho Europeu aprovou o embargo parcial do petróleo russo que chega por via marítima à Europa, o que representa isto dois terços do petróleo que entra na União Europeia.
Deste modo, acentua-se a pressão sobre a Rússia para acabar com a guerra na Ucrânia.

O embargo ao petróleo russo acordado em Bruxelas irá reduzir em cerca de 90 por cento as importações de petróleo da Rússia pelo bloco comunitário até ao final do ano, sublinhou a presidente da Comissão Europeia.

23h19 – Os 4 pilares do plano europeu para a redução da dependência da energia russa

Ursula von der Leyen acaba de avançar no Twitter o plano para o corte gradual de dependência da energia russa.

“Concordámos em Versalhes em fasear a redução de dependência do gás, petróleo e carvão russos tão rápido quanto possível. Mas isto requer um plano”, escreveu a presidente da Comissão Europeia no Twitter, passando a anunciar os “quatro pilares” desse plano:

  • Poupar energia
  • Diversificar, afastando-nos dos combustíveis fósseis
  • Um investimento massivo nas energias renováveis
  • Financiamento

23h11 – Conselho Europeu vai atribuir à Ucrânia nove mil milhões de euros

Num outro tweet, Charles Michel garantiu que “o Conselho Europeu continuará a ajudar a Ucrânia com as suas necessidades imediatas de liquidez, juntamente com o G7”.

“O Conselho Europeu está pronto para garantir à Ucrânia nove mil milhões de euros. Um apoio forte e concreto para a reconstrução da Ucrânia”, referiu o responsável.

22h55 – UE concorda em reduzir em mais de dois terços as importações de petróleo russo

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou no Twitter que a União Europeia concordou hoje em reduzir em “mais de dois terços” as importações de petróleo russo.

“Acordo para suspender as exportações russas de petróleo para a União Europeia. Isto cobre imediatamente mais de dois terços das importações de petróleo da Rússia, cortando uma enorme fonte de financiamento da sua máquina de guerra. Pressão máxima para a Rússia acabar a guerra”, escreveu o líder.

Os 27 concordaram ainda em sancionar o maior banco russo, o Sberbank, assim como vários indivíduos alegadamente responsáveis por crimes de guerra na Ucrânia.

Serão também sancionadas três emissoras estatais russas.

Um diplomata europeu disse à agência Reuters que o acordo prevê eliminar 90 por cento das importações até ao final de 2022.

22h45 – Entrou em tribunal o primeiro caso de alegada violação contra mulher ucraniana por soldado russo durante a guerra

O primeiro caso de violação alegadamente cometida por um soldado russo durante a invasão na Ucrânia deu já entrada em tribunal, avançou hoje a procuradora-geral ucraniana.

“O primeiro caso de violação durante a guerra foi enviado para tribunal”, escreveu a responsável no Twitter, acrescentando que o soldado russo Mikhail Romanov “será julgado pelo alegado homicídio de um homem e por violência sexual em grupo contra a mulher do mesmo”.

22h22 – Tribunal russo ordena detenção de dois comandantes ucranianos

Um tribunal russo determinou hoje ‘in absentia’ a detenção de dois comandantes das Forças Armadas ucranianas, acusados de “genocídio” e maus-tratos a militares russos capturados na Ucrânia, segundo noticiaram agências de notícias da Rússia.

Ambos os oficiais ucranianos devem ser detidos por pelo menos dois meses a partir do momento da sua extradição ou detenção em território russo.

Os investigadores russos acusaram os dois comandantes de estarem envolvidos no "genocídio dos cidadãos do Donbass", argumento inicialmente usado pelo presidente russo, Vladimir Putin, para lançar a campanha militar na Ucrânia.

Esta é a primeira vez que a Rússia acusa de “genocídio” comandantes militares das Forças Armadas da Ucrânia, uma acusação que pode levar à prisão perpétua, segundo noticiou a agência TASS.

(agência Lusa)


21h24 – Unesco condena "assassínio" de jornalista francês

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, condenou hoje o "assassínio" de Frédéric Leclerc-Imhoff, jornalista francês da cadeia televisiva BFMTV morto perto de Sverodonetsk, no leste da Ucrânia.

"Condeno o assassínio de Frédéric Leclerc-Imhoff e peço a abertura de um inquérito para que autores deste crime possam ser identificados e perseguidos pela justiça", indicou em comunicado a diretora da Organização da ONU para a educação, a ciência e a cultura (Unesco).

"Os jornalistas que trabalham diariamente na Ucrânia para nos informar da realidade da guerra devem ser protegidos de qualquer ataque", prosseguiu, apelando às partes a respeitarem a resolução do Conselho de Segurança sobre a proteção dos profissionais dos `media` em zonas de conflito.

20h58 – Milhares de ucranianos regressam todos os dias a Kiev

Os enviados especiais da RTP fizeram a viagem da fronteira da Polónia até Kiev de comboio. Pelo caminho, encontraram mulheres e crianças que querem agora voltar a casa, três meses depois da invasão pelas tropas russas.

20h44 – Marcelo teme que falta de consenso enfraqueça união da Europa

O presidente da República português espera um consenso no Conselho Europeu. Marcelo Rebelo de Sousa lembra que é a falta de unidade que enfraquece a Europa.

20h36 – Conselho Europeu continua sem acordo para embargo ao petróleo russo

A Hungria continua a bloquear o consenso, mesmo depois de a Comissão Europeia ter permitido algumas exceções ao embargo. Sem este acordo, o novo pacote de sanções à Rússia pode ficar em suspenso mais um mês.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, insiste que "neste momento ainda não há um compromisso" por parte da União Europeia relativamente ao embargo ao petróleo russo. Em causa, a dependência mais forte dos países mais a leste da UE das fontes energéticas compradas à Rússia.

20h22 – Putin assina decreto para facilitar cidadania russa a órfãos ucranianos no Donbass

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que simplifica o processo de aquisição de cidadania para crianças que sejam órfãs ou sem cuidados parentais, em especial naos territórios separatistas do Donbass.

As autoridades ucranianas denunciam que Moscovo já deportou cerca de dois mil menores órfãos para os territórios sob controlo russo.

20h00 – Zelensky exorta 27 a ultrapassarem "querelas internas"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, exortou hoje os Estados-membros da União Europeia a ultrapassarem "querelas internas" e a adotarem o sexto pacote de sanções contra a Rússia, ao dirigir-se, por videoconferência, ao Conselho Europeu, reunido em Bruxelas.

"As querelas internas devem parar [...] A Europa deve mostrar a sua força, porque a força é o único argumento que a Rússia compreende", declarou Zelensky na sua intervenção perante os chefes de Estado e de Governo da UE, citado pela agência AFP.

Sublinhando a importância de os 27 não se dividirem nesta altura e de mostrarem unidade, o presidente ucraniano insistiu que "só com uma grande unidade" será possível encontrar "respostas eficazes" a tudo o que a Rússia tem feito quer à Ucrânia, quer ao bloco europeu, até porque "o maior desejo" de Moscovo é ver os Estados-membros divididos.

Zelensky deixou então o apelo no sentido de que o bloco europeu adote enfim o sexto pacote de sanções - proposto pela Comissão Europeia há quase um mês -, "incluindo o petróleo, para que a Rússia pague o preço pelo que está a fazer contra a Ucrânia, contra a Europa", e para que a União Europeia se liberte enfim das "armas energéticas russas, pelo menos o petróleo".

"É evidente que deve haver progressos nas sanções contra a agressão" da Rússia, disse.

19h52 – Erdogan diz a Zelensky que valoriza projeto de criação de rota marítima para exportação agrícola

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse a Volodymyr Zelensky numa chamada telefónica que valoriza o projeto para criar uma rota marítima segura para a exportação de produtos agrícolas ucranianos.

Num tweet, o líder ucraniano disse ter concordado com o homólogo turco quanto à "restauração da paz".

19h48 – NATO prescinde das restrições à movimentação de tropas junto da fronteira com a Rússia

A NATO já não se considera obrigada a um acordo de 1987 com a Rússia que limitava o estacionamento permanente de tropas da aliança no centro e leste da Europa, disse o vice-secretário-geral da NATO, Mircea Geoana.

Geoana, que participou num encontro da Assembleia parlamentar da NATO em Vilnius, indicou que nessa reunião foi considerado que "é a Rússia, dirigida por Putin, que saiu de todas as normas e acordos, incluindo o firmado entre a aliança e esse país".

Numa alusão aos pedidos dos países bálticos para que seja assegurada uma maior presença militar permanente da NATO nos seus territórios, acrescentou ter referido aos participantes "que todos os países do flanco leste da NATO estão a pedir a posição mais forte possível da NATO".

"É isso que faremos porque, como disse, basicamente a Rússia suspendeu as restrições que nos impusemos", adiantou.

"Na realidade, a Rússia acabou com o conteúdo deste acordo. Tomou decisões, estabeleceu compromissos de não agredir os seus vizinhos, o que está a fazer, e promover uma consulta regular com a NATO, que já não faz", disse Geoana à agência noticiosa báltica BNS.

(agência Lusa)

19h15 – Zelensky alerta para "chantagem" russa sobre fornecimento de alimentos

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje à França para não ceder à "chantagem" russa sobre o fornecimento de alimentos, numa reunião com a ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna.

O gabinete de Zelensky, num comunicado em que resume as conversações, acusa a Rússia de estar a usar questões de segurança alimentar numa tentativa de aliviar as sanções internacionais, de saquear cereais e equipamentos agrícolas de regiões que as suas tropas controlam e de obstruir as exportações de cereais da Ucrânia.

Zelensky e Colonna discutiram as sanções à Rússia, o envio de armamento para apoiar o exército ucraniano e as aspirações da Ucrânia para aderir à União Europeia.

19h03 – Genro de Boris Yeltsin deixa cargo não remunerado de conselheiro de Putin

Valentin Yumashev, genro do ex-presidente russo Boris Yeltsin, deixou o cargo não remunerado de conselheiro de Vladimir Putin no mês passado, informou há momentos a agência Reuters.

“Foi iniciativa dele”, disse a vice-diretora executiva do Centro Presidencial Boris Yeltsin, quando questionada sobre a razão pela qual Yumashev deixou o cargo.

Yumashev, que é casado com a filha de Yeltsin, Tatyana, representava um dos poucos vínculos restantes do Governo de Putin com o Governo de Yeltsin - um período de reformas liberais e de abertura da Rússia para com o Ocidente.

18h14 - RSF culpa Vladimir Putin pela morte de mais um jornalista

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou hoje a morte de um jornalista francês na Ucrânia e culpou diretamente o presidente russo, Vladimir Putin, pelos ataques deliberados das suas tropas contra os jornalistas.

Frédéric Leclerc-Imhoff, um operador de câmara de 32 anos, trabalhava para o canal BFMTV e acompanhava civis a bordo de um autocarro humanitário quando foi morto na Ucrânia, anunciou hoje o presidente, Emmanuel Macron.

No autocarro, em que seguiam civis ucranianos retirados da região de Lugansk, "era muito visível o sinal de `caravana humanitária`", tendo sido ainda assim alvejado por artilharia e "um fragmento de um projétil de obus causou a morte" do jornalista, revelou o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire.

(agência Lusa)

17h51 - França promete "continuar e fortalecer" entrega de armas a Kiev

A diplomacia francesa assegurou hoje que "continuará e fortalecerá" as entregas de armas à Ucrânia, apesar das críticas a Paris por parte de Moscovo.

A nova ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colona, que se encontra de visita a Kiev, informou hoje que o presidente Emmanuel Macron "comunicou ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a decisão de continuar e até fortalecer o apoio militar" à Ucrânia.

No final de abril, Macron já tinha anunciado o envio de equipamentos militares para Kiev, em particular os sistemas de artilharia Caesar, apesar dos protestos de Moscovo sobre a atitude "militarista" de Paris.

"Estas armas provaram ser fiáveis e eficazes. Mas não são as únicas armas que chegam da França e por cada arma estamos gratos", respondeu o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, numa conferência de imprensa conjunta com Colona.

(agência Lusa)

17h31 - Líder separatista pró-russo diz que soldados do regimento Azov arriscam pena de morte

Os combatentes ucranianos do regimento Azov que se renderam após terem combatido em Mariupol, sudeste da Ucrânia, serão julgados e arriscam a pena de morte, afirmou hoje um responsável do território separatista russófono de Donetsk (DNR).

"Todos os prisioneiros de guerra encontram-se em território da DNR", declarou à televisão russa Iuri Sirovatko, ministro da Justiça desta autoproclamada república situada no leste do país.

"Concretamente, temos 2.300 prisioneiros de guerra da [siderurgia] Azovstal", precisou, antes de acrescentar que o "regimento Azov é considerado como uma organização terrorista" e que "todos serão objeto de inquéritos criminais" na perspetiva de um processo.

"Semelhantes crimes são passíveis no nosso território da pena capital, a pena de morte", concluiu o ministro.

(agência Lusa)

17h07 - “Não podemos ficar à mercê de qualquer divisão fraturante”, frisa Metsola

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse ter ficado claro no início dos trabalhos de hoje em Bruxelas que “esta guerra não acabará rapidamente e que precisamos de agir com resolução na nossa resposta”.

“Na semana passada falámos sobre o resgate de fundos existentes, da criação de novos fundos e de desviar fundos de outras causas. Essa questão está em cima da mesa”, avançou a responsável.

“Mas temos de equilibrar tudo isto para não endividarmos futuras gerações. É um equilíbrio muito melindroso e o Parlamento Europeu tem vindo a trabalhar intensamente para este pacote novo”.

Metsola considerou ainda que “as próximas semanas serão muitíssimo importantes”. “Não podemos ficar à mercê de qualquer tipo de divisão fraturante que Putin quererá explorar. As próximas horas e dias serão fundamentais”, defendeu.

16h59 - Rússia bloqueia acesso via internet à organização de direitos humanos Memorial

O regulador russo de comunicações, Roskomnadzor, bloqueou hoje o acesso à página de internet da organização não-governamental Memorial, a principal organização de direitos humanos do país, que fechou em dezembro por decisão judicial.

De acordo com o regulador russo, a página de internet da Memorial foi bloqueada na sequência de um pedido da procuradoria-geral da Rússia, apresentado em 28 de maio.

O Supremo Tribunal ordenou a dissolução da Memorial Internacional em 28 de dezembro, alegando que a organização tinha violado sistematicamente a lei dos agentes estrangeiros, tendo um tribunal comum feito o mesmo, no dia seguinte, com a filial russa de direitos humanos dessa organização, considerada a guardiã da memória das vítimas dos campos de trabalhos forçados soviéticos.

(agência Lusa)

16h45 – Abramovich conclui venda do Chelsea ao consórcio liderado por Boehly

Roman Abramovich concluiu a venda do Chelsea e das empresas relacionadas com o clube a um grupo de investimentos liderado por Todd Boehly e pela Clearlake Capital, anunciou hoje o clube da Premier League.

O consórcio, que venceu a licitação para adquirir a equipa londrina no início deste mês, recebeu a aprovação da Premier League e do Governo britânico na semana passada para que a venda avançasse.

16h29 – Rússia interrompe fornecimento de gás aos Países Baixos

A Rússia vai suspender o fornecimento de gás aos Países Baixos a partir desta terça-feira, depois de a empresa holandesa GasTerra ter recusado pagar à russa Gazprom em rublos.

16h23 - Rússia pronta para facilitar fornecimento de cereais da Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, disse ao presidente turco Tayyip Erdogan num telefonema esta segunda-feira que a Rússia está pronta para facilitar o comércio marítimo, incluindo o de cereais vindos de portos ucranianos.

Segundo um comunicado do Kremlin, Putin também reiterou que a Rússia pode exportar volumes significativos de fertilizantes e alimentos caso as sanções contra Moscovo sejam levantadas.

16h08 – Michel confia em embargo ao petróleo russo apesar de "discussões difíceis"

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse hoje estar confiante num acordo entre os líderes da União Europeia para embargo ao petróleo russo, que inclui exceções, reconhecendo as "discussões difíceis" pela dependência energética da Rússia.

"O sexto pacote de sanções está em cima da mesa há muitas semanas e é importante decidir e o tempo de o fazer é agora. Estou confiante de que seremos capazes de tomar uma decisão todos juntos e de expressar, novamente, uma posição unida sobre esse importante tópico, [mas] não é fácil porque existem diferentes sensibilidades", disse Charles Michel.

Falando na entrada para o Conselho Europeu extraordinário, que decorre hoje e terça-feira em Bruxelas, o responsável realçou os "progressos feitos das últimas horas sobre o tema", reforçando esperar que os chefes de Governo e de Estado da UE "sejam capazes de tomar a decisão sobre uma questão importante".

"Queremos apoiar a Ucrânia, queremos mobilizar verbas para a Ucrânia, fornecer liquidez, começar a reconstrução do país e apoiá-los, esse é um primeiro elemento importante, e gostaríamos também de avançar nas sanções", adiantou Charles Michel.

(agência Lusa)

15h59 – Macron confirma morte de jornalista francês na Ucrânia

O presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou esta segunda-feira a morte de um jornalista francês na Ucrânia.

Segundo Macron, Frédéric Leclerc-Imhoff trabalhava para o canal televisivo francês BFM TV e foi morto enquanto acompanha civis a bordo de um autocarro humanitário.

"O jornalista Frédéric Leclerc-Imhoff esteve na Ucrânia para mostrar a realidade da guerra. A bordo de um autocarro humanitário, ao lado de civis obrigados a fugir para escapar das bombas russas, ele foi fatalmente ferido", escreveu Macron no Twitter.

“Compartilho a dor da família, parentes e colegas de Frédéric Leclerc-Imhoff, a quem envio as minhas condolências. Aos que cumprem a difícil missão de informar, reitero o apoio incondicional da França”, escreveu ainda o chefe de Estado francês.

O Ministério francês dos Negócios Estrangeiros anunciou que irá exigir “uma investigação rápida e transparente" sobre a morte de Leclerc-Imhoff.

A notícia foi avançada, inicialmente, pelo governador de Lugansk, Serhiy Gaidai, que anunciou que um jornalista francês tinha morrido esta segunda-feira quando seguia num veículo que retirava população de Severodonetsk.

"Hoje o nosso veículo blindado para fazer evacuações ia buscar dez pessoas e ficou sob fogo inimigo. Estilhaços de granadas perfuraram a blindagem de um carro e feriram de forma fatal um jornalista francês credenciado que estava a recolher material sobre a retirada", indicou o governador de Lugansk através do Telegram, acrescentando que a operação de evacuação seria suspensa.

15h48 – Turquia pode ajudar no “mecanismo de observação” Rússia-Ucrânia, diz Erdogan a Putin

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse hoje ao homólogo russo, Vladimir Putin, que Ancara está pronta para assumir um papel num "mecanismo de observação" entre Moscovo, Kiev e as Nações Unidas, caso seja alcançado um acordo nesse sentido.

Num telefonema, Erdogan disse a Putin que a paz precisa de ser estabelecida o mais rápido possível e que devem ser tomadas medidas de construção de confiança.

15h40 - Ex-presidente Poroshenko autorizado a sair do país

O ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko, rival do atual chefe de Estado Volodymyr Zelensky, anunciou hoje que foi autorizado a sair do país após ter sido "deliberadamente" bloqueado na fronteira por duas ocasiões durante o fim de semana.

"Após a pressão de deputados do Parlamento Europeu e de membros dos governos de países da UE, Petro Poroshenko conseguiu deslocar-se ao estrangeiro para participar na cimeira e no congresso do Partido Popular Europeu em Roterdão", indicou o seu serviço de imprensa, num momento em que prossegue a invasão russa do país.

De acordo com esta fonte, citada pela agência noticiosa AFP, Poroshenko mostrou durante o controlo da fronteira "os mesmos documentos com os quais foi impedido de atravessar a fronteira nas duas vezes anteriores".

O seu partido, Solidariedade Europeia, disse estar "convencido que as autoridades impediram deliberadamente Poroshenko de se deslocar a uma reunião da Assembleia Parlamentar da NATO em Vilnius".

A justiça do país acusa Poroshenko de alta traição e em janeiro proibiu-o de abandonar o país, no âmbito de um caso de compra de carvão aos separatistas russófonos do Donbass, leste da Ucrânia. Foi ainda alvo de investigações por "corrupção", que os seus aliados consideram de natureza política.

(agência Lusa)

15h22 - Von der Leyen admite ter “baixas expectativas” para acordo sobre sexto pacote de sanções à Rússia

A presidente da Comissão Europeia admite ter “baixas expetativas” para que haja acordo nas próximas 48 horas sobre o sexto pacote de sanções à Rússia.

“As minhas expectativas são baixas de que ficará resolvido nas próximas 48 horas, mas estou confiante que a partir daí haverá uma possibilidade”, disse Von der Leyen à entrada da reunião do Conselho Europeu.

"É muito importante haver justiça para todos, ainda não encontramos uma solução para isso”, explicou a presidente da Comissão Europeia.

Para Ursula Von der Leyen, o caminho está em manter a união no apoio à Ucrânia. “Temos uma chave para o sucesso, que é a solidariedade com a Ucrânia e a unidade da União Europeia”, afirmou.

15h12 - Rússia considera “racional” decisão de Joe Biden

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, considerou hoje “racional” a decisão de Washington de não fornecer à Ucrânia armas que possam atingir a Rússia.

14h51 - Biden diz que EUA não vão enviar armas para a Ucrânia capazes de atingir território russo

O presidente norte-americano disse esta segunda-feira que os Estados Unidos não vão enviar para a Ucrânia armamento com capacidade para atingir território russo.

As declarações, citadas pela agência Reuters, surgem numa altura em que várias notícias davam conta do envio para Kiev de armamento norte-americano de longo alcance.

14h38 - Portugal tem reservas de cereais "para cerca de um mês"

A ministra da Agricultura e da Alimentação disse esta segunda-feira que Portugal tem neste momento reservas de cereais "para cerca de um mês".

Maria do Céu Antunes diz que o abastecimento alimentar no país "não está comprometido" e que os importadores "garantem-nos que não há qualquer problema no abastecimento".

A ministra esclarece que o abastecimento de trigo "é feito a partir de França", enquanto no caso do milho, em que "cerca de 40%" era importado da Ucrânia, foram encontrados "mercados alternativos".

No entanto, um dos efeitos que não é possível evitar é o da subida de preços, admite a ministra.

14h20 -  Orbán diz que “ainda não há compromisso” sobre embargo ao petróleo russo

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse esta segunda-feira que “neste momento ainda não há um compromisso” por parte da União Europeia relativamente ao embargo ao petróleo russo.

Orbán diz que a Hungria está numa posição difícil por causa “do comportamento irresponsável da Comissão Europeia”.

Os líderes da União Europeia estão reunidos esta segunda-feira em Bruxelas para discutir o embargo ao petróleo russo. Para ser aprovada, a medida deve receber a luz verde de todos os Estados-membros, mas a Hungria tem reiterado a sua oposição.

“A posição da Hungria é muito simples: a energia é uma questão essencial e séria e significa que em primeiro lugar precisamos de soluções e a seguir, então, de sanções”, defendeu Orbán em declarações aos jornalistas, em Bruxelas.

“Estamos prontos para apoiar o sexto pacote de sanções se houver soluções para a questão do fornecimento de energia da Hungria”, acrescentou.

O primeiro-ministro da Hungria defende que a solução de um embargo à importação de petróleo por via marítima, permitindo um regime de exceção para as importações por oleoduto, “não é má de todo”, mas sublinha que a Hungria precisa de garantias.

“É uma boa abordagem, mas mesmo assim precisamos de uma garantia que em caso de acidente no oleoduto que passa pela Ucrânia, teremos o direito de obter fornecimento por mar”, explicou Orbán.

14h06 - Costa espera acordo sobre sexto pacote de sanções

A partir de Hannover, na Alemanha, o primeiro-ministro português indicou que espera a aprovação do sexto pacote de sanções à Rússia.

António Costa parte hoje para Bruxelas, onde irá participar na reunião extraordinária do Conselho Europeu para debater a imposição de novas sanções, incluindo um embargo às importações de petróleo russo.

Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro não quis dar importância a uma possível oposição por parte da Hungria.

"Nós temos que perceber que os 27 Estados-membros não estão na mesma situação e, portanto, não vale a pena pormo-nos a apontar o dedo uns aos outros. Para nós é fácil, porque dependemos muito pouco do petróleo russo e, portanto, facilmente nós podemos votar qualquer embargo", sublinhou.

No entanto, o chefe do executivo referiu que é preciso "ter em conta que há outros países que não estão na mesma situação", apelando à preservação da "unidade da União Europeia".

Considera mesmo que "o pior que podia acontecer à Ucrânia" era que essa unidade europeia fosse quebrada.

13h27 - Jornalista francês morre durante operação de resgate em Severodonetsk, diz o governador de Lugansk

De acordo com Serhiy Gaidai, governador de Lugansk, um jornalista francês morreu esta segunda-feira quando seguia num veículo que retirava população de Severodonetsk.

"Hoje o nosso veículo blindado para fazer evacuações ia buscar dez pessoas e ficou sob fogo inimigo. Estilhaços de granadas perfuraram a blindagem de um carro e feriram de forma fatal um jornalista francês credenciado que estava a recolher material sobre a retirada", indicou o governador de Lugansk através do Telegram.

13h07 - Portugal atribuiu mais de 39 mil proteções temporárias

Até hoje, Portugal já atribuiu 39.346 proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia. De acordo com o SEF, 25.481 são mulheres e 13.865 homens.

Dos pedidos de proteção temporária, 12.481 são menores, o que representa 37,1 por cento do total das chegadas. Destes, 716 menores ucranianos chegaram a Portugal sem pais ou representantes legais, segundo revelou o SEF. Nenhum destes casos está em "perigo atual ou iminente", indicam as autoridades.

De acordo com o SEF, os municípios com o maior número de proteções temporárias concedidas continuam a ser Lisboa (6.288), Cascais (2.520), Sintra (1.450), Porto (1.432) e Albufeira (1.133).

O SEF indica também que emitiu 35.586 certificados de concessão de autorização de residência ao abrigo do regime de proteção temporária.

12h44 - Embargo ao petróleo russo: com ou sem acordo?

Os líderes da União Europeia estão reunidos esta segunda-feira em Bruxelas para discutir o embargo ao petróleo russo, perante a resistência do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Algumas horas após o início da reunião, começam a surgir algumas opiniões.

Segundo a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, os Estados-membros da UE não conseguirão chegar a um acordo total sobre o embargo ao petróleo russo. "Não acho que chegaremos a um acordo hoje", disse Kallas, acrescentando que é mais provável que um acordo seja alcançado numa próxima cimeira em junho.

Já o primeiro-ministro da Bulgária, Kiril Petkov, disse que os 27 serão capazes de chegar a um acordo “geral” sobre a proibição de importação de petróleo russo sob certas condições.

"Acho que vai passar com certas derrogações", disse Petkov. "No geral, deve ser aprovado, dependendo de algumas características e critérios individuais que os Estados-membros possam ter”, acrescentou.

12h25 - Apoio da NATO à Ucrânia é inquebrável, diz primeiro-ministro espanhol

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse esta segunda-feira que o apoio da NATO à Ucrânia é inquebrável e airmou que o presidente russo, Vladimir Putin, não irá conseguir alcançar os seus objetivos no país vizinho.

"Apoiar a Ucrânia com determinação é a única maneira de garantir que a Europa e o mundo que construímos tenham um futuro seguro", disse o primeiro-ministro durante um evento que marca o 40º aniversário da adesão da Espanha à aliança transatlântica.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse no mesmo evento que a "explosão do conflito" ofuscaria a cimeira histórica que decorre em Madrid.

Stoltenberg disse que a NATO estava "pronta para defender cada centímetro do território aliado de qualquer ameaça de qualquer direção" e a mostrar apoio à Ucrânia para manter o seu "direito à autodefesa, consagrado na carta da ONU".

"Na cimeira de Madrid, traçaremos o caminho a seguir para a próxima década, redefiniremos a nossa dissuasão e defesa para um mundo mais perigoso", sublinhou Stoltenberg.

11h55 - Banco Central da Rússia restringe negociação de algumas ações estrangeiras

O Banco Central da Rússia (BCR) anunciou esta segunda-feira que vai restringir a negociação de algumas ações estrangeiras na Bolsa de Valores de São Petersburgo, a segunda maior da Rússia.

"O Banco da Rússia decidiu restringir a circulação de títulos estrangeiros bloqueados pelas câmaras de compensação internacionais, com exceção das ações de emitentes estrangeiros que realizam atividades produtivas e económicas principalmente na Rússia", disse a entidade monetária.

"Esta decisão visa proteger os direitos e interesses dos investidores e minimizar os seus riscos", afirmou.

Atualmente, um pequeno número de ações estrangeiras bloqueadas é negociado na Bolsa de Valores de São Petersburgo.

Apesar das medidas tomadas, a propriedade de títulos estrangeiros é mantida, sublinhou o BCR.

As relações financeiras da Rússia com os mercados estrangeiros foram prejudicados pelas sanções abrangentes impostas pelo Ocidente depois de Moscovo ter invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro.

(agência Lusa)

11h50 - O essencial da informação a esta hora

  • Ataque a Severodonetsk. As tropas pró-russas estão a aproximar-se do centro de Severodonetsk, uma cidade crucial para a conquista do Donbass. De acordo com o governador da região de Lugansk, Serhiy Gaidai, a situação é neste momento “muito difícil”. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou no domingo que cerca de 90 por cento dos edifícios da cidade estão danificados ou destruídos.

  • Embargo ao petróleo russo? Os líderes da União Europeia estão reunidos esta segunda-feira em Bruxelas para discutir o embargo ao petróleo russo, perante a resistência do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. De acordo com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, deverá ser possível chegar a um acordo esta tarde. Para esta segunda-feira está prevista a intervenção do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por videoconferência.

  • Explosão em Melitopol. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas na sequência da explosão de um carro-bomba em Melitopol, esta segunda-feira. De acordo com a administração pró-russa desta cidade, Kiev é responsável pelo “ataque terrorista”. A nova prefeita da cidade, Galina Daniltchenko, acusa a Ucrânia de tentar visar civis. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas.

  • Balanço de Moscovo. A Rússia indica que abateu “até 320 soldados ucranianos” na última noite, tendo destruído várias instalações e equipamentos militares ucranianos, incluindo 15 veículos aéreos não tripulados. O Kremlin indica ainda que atingiu o estaleiro naval de Okean Shipyard, na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia.

  • MNE francesa em Kiev. A nova ministra francesa dos Negócios Estrangeiros visita a Ucrânia esta segunda-feira. Catherine Colonna vai reunir-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com o homólogo, Dmytro Kuleba. Antes das reuniões de trabalho, Colonna visitou a cidade de Bucha, símbolo dos crimes de guerra que são apontados à Rússia.

11h44 - "Milhares de mulheres e crianças" regressam diariamente a Kiev

Kiev está a receber diariamente milhares de pessoas que decidiram regressar, num momento em que os combates se concentram no Donbass, região do leste da Ucrânia.

A situação em solo ucraniano está a ser acompanhada pelos enviados especiais da RTP, Rita Marrafa de Carvalho e João Oliveira.

11h20 - Mais de 300 militares ucranianos morreram em ataques aéreos russos, diz Moscovo

De acordo com um briefing diário do Ministério russo da Defesa, citado pelo jornal The Guardian, vários ataques aéreos provocaram "até 320 mortos" entre os militares ucranianos.

Foram destruídas quatro instalações para o lançamento de rockets, bem como 46 armas e vários equipamentos militares ucranianos.

Moscovo indica ainda que abateu 15 veículos aéreos ucranianos não tripulados.

10h28 - Kherson. Autoridades pró-russas anunciam exportação de cereais para a Rússia

Na região de Kherson, controlada pelos russos, iniciou-se a exportação dos cereais para a Rússia. Citado pela agência TASS, Kirill Stremousov, chefe adjunto da administração civil e militar local, indica que a Rússia "tem espaço" para armazenar as colheitas ucranianas.

A Ucrânia tem acusado a Rússia de roubar cereais armazenados em celeiros nas cidades controladas pelas tropas de Moscovo.

10h03 - Carro bomba explode em Melitopol, autoridades pró-russas apontam o dedo a Kiev

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas na sequência da explosão de um carro bomba em Melitopol, esta segunda-feira. De acordo com a administração pró-russa desta cidade, Kiev é responsável por este ataque.

"Por volta das 8h00 (hora local) um carro-bomba explodiu no centro da cidade", indicou a administração local pró-russa. Os dois feridos são "dois voluntários" com idades entre os 25 e os 28 anos.

Galina Daniltchenko, a nova prefeita da cidade desde que as forças russas dominam o território, considera que se tratou de "um ato terrorista do regime de Kiev".

"É um ato destinado a assustar os habitantes da nossa cidade, um ato com os civis como alvo", acrescentou, citada pela agência Ria Novosti.

A responsável indicou ainda que "o regime de Kiev não compreende que o povo de Melitopol não quer ter mais nada a ver com o poder em Kiev".

"Queremos viver uma vida nova, uma nova vida, uma vida pacífica", adiantou.

De recordar que Melitopol foi conquistada pelas forças russas nos primeiros dias da ofensiva de Moscovo na Ucrânia, no início da março. Na altura, o antigo prefeito da cidade, Ivan Fedorov, foi sequestrado pelas forças russas e foi libertado alguns dias depois.

9h17 - Rússia "está a sofrer perdas devastadoras" entre oficiais de patentes inferiores

O comunicado diário do Ministério britânico da Defesa revela hoje que a Rússia está a sofrer "perdas devastadoras" entre oficiais de patente inferior.

"A perda de uma grande parte da geração mais jovem de oficiais profissionais irá provavelmente exacerbar os problemas contínuos na modernização da abordagem de comando e controlo", diz o MNE britânico.

O briefing acrescenta também que a falta de comandantes experientes "resultará provavelmente numa quebra ainda maior no moral e na falta de disciplina".


9h11 - Forças russas atingem estaleiro naval em Mykolaiv

O Ministério russo da Defesa anunciou esta segunda-feira que as suas forças atacaram um estaleiro naval na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia.

As forças russas indicam que atingiram um hangar no estaleiro de Okean Shipyard, tendo destruído veículos e equipamentos.

8h54 - Troféu da Eurovisão vendido para comprar drones. Leia aqui

A banda vencedora do Festival Eurovisão, Kalush Orchestra, vendeu o troféu por 900 mil dólares (838 mil euros) para angariar fundos para a guerra na Ucrânia, de onde os músicos são originários. O microfone de cristal foi leiloado no Facebook, numa ação conduzida pelo apresentador de televisão Serhiy Prytula.

8h29 - Severodonetsk. Forças russas avançam para o centro da cidade

O governador da região de Lugansk adiantou esta segunda-feira que as forças russas estão a avançar para o centro de Severodonetsk. A cidade está sob bombardeamentos há vários dias e é agora palco de combates de rua.

"Os russos estão a avançar para o meio de Severodonetsk. A luta continua, a situação é muito difícil", indicou Sergei Gaidai através do Telegram.

Na cidade, a infraestrutura crítica está destruída e "60 por cento do parque habitacional não pode ser restaurado", adiantou o responsável.

A situação complica-se também nas principais estradas de ligação à cidade, sobretudo entre Severodonetsk, Lyssychansk e Bakhmut. Esta via é "demasiado perigosa" para permitir a retirada de civis e o transporte de ajuda humanitária.

8h12 - Chefe da diplomacia francesa visita Kiev

A nova ministra francesa dos Negócios Estrangeiros visita a Ucrânia esta segunda-feira. Catherine Colonna vai reunir-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com o homólogo, Dmytro Kuleba, "para discutir em particular o bloqueio das exportações de cereais", revela o ministério em comunicado.

A governante irá também a Bucha, local onde ocorreram massacres de civis atribuídos às tropas russas.  

7h52 - Médicos Sem fronteiras com psicólogos em 15 cidades da Ucrânia

A Organização Mundial da Saúde estima que pelo menos 20 por cento dos ucranianos fiquem com traumas psicológicos devido à guerra.
Os Médicos Sem Fronteiras estão no terreno com várias equipas. A RTP falou com um psicólogo ucraniano formado por uma equipa portuguesa, que conta como é trabalhar no próprio país em conflito.

7h33 - Ponto de situação


  • Os líderes da União Europeia reúnem-se em Bruxelas. Sobre a mesa estará o embargo ao petróleo russo, via para a qual não foi ainda obtido um consenso. O último pacote de sanções está a ser bloqueado pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. Está prevista a uma intervenção do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por videoconferência.

  • Recorde-se que Zelensky lamentou, na semana passada, o que considerou ser a “falta de unidade” entre os 27. Na carta-convite enviada aos líderes, o presidente do Conselho, Charles Michel, sublinhou a necessidade de a UE continuar unida na resposta à invasão russa da Ucrânia: “Desde o primeiro dia, temos sido inabaláveis no nosso apoio humanitário, financeiro, militar e político ao povo ucraniano e à sua liderança. Vamos continuar a exercer pressão sobre a Rússia. A nossa unidade tem sido sempre o nosso ativo mais forte e continua a ser o nosso princípio orientador”.

  • O ministro alemão da Economia, Robert Habeck, exprimiu a sua preocupação face às dissensões no seio da União Europeia. A unidade em torno de novas sanções parece “começar a ruir”, nas suas palavras.

  • O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, veio negar que Vladimir Putin esteja doente: “Penso que nenhuma pessoa sã pode ver nesta pessoa sinais de alguma doença”.

  • Sergei Lavrov disse também que a “libertação” do Donbass, no leste da Ucrânia, é uma “prioridade incondicional” para Moscovo.

  • Responsáveis ucranianos no leste da Ucrânia afirmam que os bombardeamentos sobre Severodonetsk têm sido de tal forma intensos que não é possível estimar o número de vítimas ou os danos materiais. “Toda a infraestrutura crítica” da cidade foi destruída, segundo Volodymyr Zelensky.

  • O presidente ucraniano visitou tropas do seu país em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. “Kharkiv sofreu terríveis golpes dos ocupantes. Um terço da região de Kharkiv ainda está sob ocupação”, enfatizou Zelensky.

  • Cerca de 31 por cento da região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, está nesta altura sob ocupação russa. Volodymyr Zelensky demitiu o chefe da segurança estatal em Kharkiv, alegando que este “não trabalhou para a defesa da cidade desde os primeiros dias da guerra em larga escala”.

  • A Rússia vai continuar a fornecer gás à Sérvia, garantia dada na sequência de uma conversa telefónica entre os presidentes russo e sérvio. Aleksandar Vučić diz ter acertado com Vladimir Putin um contrato de fornecimento de gás com a duração de três anos. Os detalhes serão afinados junto da russa Gazprom.

  • De resto, a Gazprom confirma que a Rússia continua a fornecer gás à Europa através da Ucrânia.