Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
As tarifas, de 25% sobre as importações de aço ucraniano, haviam sido colocadas em prática em 2018 pelo então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (2017-2021), com o objetivo de proteger a indústria norte-americana.
"Para que as siderúrgicas continuem a ser uma tábua de salvação para o povo da Ucrânia, elas devem poder continuar a exportar aço", disse a secretária do Comércio, Gina Raimondo, em comunicado.
Gina Raimondo enfatizou que o anúncio da isenção tarifária de um ano é "um sinal para o povo da Ucrânia" do "compromisso" dos Estados Unidos de "ajudá-los a prosperar no meio da agressão de [Vladimir] Putin".
A secretária do Comércio também destacou que as siderúrgicas da Ucrânia estão entre os principais alvos dos bombardeamentos das forças russas.
De acordo com dados daquele Departamento, a indústria siderúrgica e setores relacionados respondem por cerca de 12% do produto interno bruto (PIB) da Ucrânia.
O presidente Ucraniano classificou a assinatura do documento "um passo histórico".
Zelensky escreveu ainda "estou convencido de que juntos iremos vencer. E que vamos defender a democracia na Ucrânia. E na Europa. Como há 77 anos".
Grateful to @POTUS and 🇺🇸 people for supporting 🇺🇦 in the fight for our freedom and future. Today's signing of the law on Lend-Lease is a historic step. I am convinced that we will win together again. And we will defend democracy in Ukraine. And in Europe. Like 77 years ago.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 9, 2022
Marjorie Miller, a vencedora do Prêmio Pulitzer, elogiou a "coragem, resistência e compromisso dos jornalistas na Ucrânia para relatar a verdade durante a invasão implacável de Vladimir Putin do seu país e a propaganda de guerra na Rússia".
"Apesar de bombardeamentos, sequestros, ocupação e até mortes nas suas fileiras, (os jornalistas ucranianos) perseveraram em fornecer um retrato preciso de uma realidade terrível, trazendo honra para a Ucrânia e para os jornalistas de todo o mundo", disse Marjorie Miççer na cerimónia de entrega dos prémios.
De acordo com o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), sete jornalistas - incluindo três ucranianos - foram mortos na Ucrânia durante a cobertura da guerra desde 24 de fevereiro. A associação está ainda a investigar a morte de cinco outros jornalistas ucranianos, para determinar se as suas mortes estão relacionadas com o exercício da profissão.
O presidente francês e o chanceler alemão demostraram o "total apoio" à Ucrânia ao passarem juntos sob o Portão de Brandemburgo em Berlim, símbolo da Guerra Fria e iluminado para a ocasião com as cores do país que desde fevereiro é invadido pela Rússia.
“Apoio total à Ucrânia”, disse Emmanuel Macron ao aproximar-se de cerca de 200 pessoas, entre as quais cidadãos ucranianos, e após ter sido questionado sobre a mensagem os dois líderes queriam enviar.
Localizado no coração de Berlim, o Portão de Brandemburgo foi, até 1989, parte integrante do muro que durante décadas separou as partes comunista e ocidental da cidade, tornando-se um símbolo da Cortina de Ferro.
Alguns dos membros do público estavam vestidos com as cores da Ucrânia e gritaram "Mariupol", a cidade sitiada e destruída pelo exército russo.
Entre a assistência encontravam-se críticos da postura adotada por Berlim, que chega a ser acusada de complacência ou proximidade com a Rússia.
"Gostaria de ver mais coragem", disse à Tania, uma médica a viver na Alemanha há 25 anos.
"Entendo que eles [os líderes franceses e alemães] temam por seus próprios cidadãos, mas a Rússia não deve ser subestimada", acrescentou, alertando que depois da Ucrânia, Moscovo poderia invadir a Polônia e os países bálticos.
De acordo com as informações que foram publicadas, os dados fornecidos pelos americanos foram crucais para a Ucrânia atacar um navio russo e generais russos na frente de batalha.
"O presidente ficou insatisfeito com as fugas. A sua opinião é que o nosso papel estava a ser exagerado, era um relato impreciso e também uma menorização do papel dos ucranianos e da sua liderança, que não achou que fossem construtivos", explicou.
Em declarações aos jornalistas, a porta-voz da Casa Branca considerou "obviamente absurda" a justificação dada pelo presidente russo, de que a guerra a Ucrânia é "defensiva".
A Casa Branca apelidou ainda o discurso de Vladimir Putin sobre o "Dia da Vitória" de "revisionismo histórico que assumiu a forma de desinformação".
O ato de empréstimo e arrendamento, simplificando o fluxo de equipamentos militares, “tem por base um programa da era da Segunda Guerra Mundial para ajudar a Europa a resistir a Hitler”, disse a Casa Branca.
O presidente observou que estava a assinar o ato um dia depois de os Estados Unidos e a Europa Ocidental assinalarem o Dia da Vitória na Europa e a derrota em 1945 da Alemanha de Adolf Hitler.
"Há neste momento 23 municípios com protocolo para dar resposta a cerca de 800 famílias, mas não temos nenhum limite orçamental para continuarmos a financiar e a alargar a reposta com mais municípios a mais refugiados", afirmou Pedro Nuno Santos, no parlamento, numa audição no âmbito do debate do Orçamento do Estado de 2022 (OE2022).
O ministro considerou que o Porta de Entrada é "um programa muito eficaz para dar resposta de alojamento temporário" em situação emergência e insistiu em que "tem disponibilidade orçamental".
"E portanto não há razão para não conseguirmos dar resposta aos refugiados que estão a procurar Portugal", acrescentou.
Portugal atribuiu até hoje 35.778 pedidos proteção temporária a pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro, segundo a última atualização feita pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
O ministro respondia ao deputado do Livre, Rui Tavares, que também o questionou sobre as condições de alojamento de trabalhadores imigrantes em Odemira, com as quais os portugueses ficaram "chocados" há um ano, quando foi decretada uma cerca sanitária na região, por causa de um surto de covid-19 nesta comunidade.
Pedro Nuno Santos lembrou que há "um plano a dez anos com Odemira" para responder à "escassez de habitação gritante".
"O Presidente da República decidiu condecorar Andrei Putilovskiy, funcionário da Embaixada de Portugal em Kiev, pelos muito relevantes serviços prestados a Portugal e à Embaixada ao longo de 25 anos, e, em particular, durante o conturbado período de evacuação da Embaixada, tal como proposto pelo Embaixador de Portugal na Ucrânia", lê-se numa nota publicada no portal da Presidência na Internet.
São necessários mais debates para que a Hungria mudar de opinião, referiu o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros. Deste modo, o novo pacote de sanções da União Europeia à Rússia continua bloqueado até que as "preocupações" da Hungria sejam "atendidas".
Os Estados Unidos têm indicações de que alguns ucranianos estão a ser levados para a Rússia contra a sua vontade, afirmou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, classoficando a medida de "inconcebível".
"A discussão desta noite com o primeiro-ministro Viktor Orban foi útil para esclarecer questões relacionadas a sanções e segurança energética", escreveu na rede social Twitter Ursula von der Leyen .
"Fizemos progressos, mas é preciso mais trabalho", acrescentou.
Von der Leyen anunciou que vai convocar uma videoconferência com outros países da região para fortalecer a cooperação regional no que respeita às infraestruturas petrolíferas.This evening’s discussion with PM Viktor Orban was helpful to clarify issues related to sanctions and energy security.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) May 9, 2022
We made progress, but further work is needed. I will convene a VC with regional players to strengthen regional cooperation on oil infrastructure.
Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, André Ventura disse recear "que o Governo de Vladimir Putin, através de associações financiadas algumas delas com o dinheiro público, possa estar a atuar de forma impune, de forma livre em Portugal", e lançou um repto ao PS.
"Que o PS permita que os grupos parlamentares ouçam os dirigentes dos serviços secretos em Portugal, mesmo que seja à porta fechada, para sabermos como está a ser feito o acompanhamento e a monitorização destas situações, quando é que este acompanhamento começou e quais são as suspeitas reais e os factos reais que há de participação de espionagem russa em Portugal, e se o Governo foi conivente ou não com essa espionagem russa", desafiou.
Para André Ventura "alguém deve ir ao parlamento dar explicações. É impensável que numa democracia como a nossa os líderes dos maiores partidos portugueses estejam completamente à deriva sobre o que se passa em Portugal nesta matéria de monitorização dos serviços secretos".
Questionado sobre a ideia de se constituir uma comissão de inquérito parlamentar sobre o envolvimento de russos no acolhimento de refugiados ucranianos em Setúbal, o presidente do Chega não deu uma resposta direta, manifestando-se a favor de "todas as iniciativas para investigar o que se passou em Setúbal, mas também noutros pontos do país".
"A partir do momento que há um candidato do PSD que faz uma proposta concreta, eu acho que pura e simplesmente não a devo comentar. Mal fora se eu, como presidente do PSD, fosse comentar agora propostas que os candidatos ao meu lugar têm livremente vindo a fazer. Portanto, não vou comentar, por essa razão", declarou Rui Rio, em resposta aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa.
Quanto ao polémico envolvimento de russos no processo de acolhimento de refugiados ucranianos em Setúbal, Rui Rio referiu que na reunião de terça-feira da Comissão Política Nacional do PSD serão ouvidas as pessoas do partido "mais diretamente envolvidas" e os "protagonistas mais diretos" nesta autarquia, para se adotar "uma posição conjunta" sobre esta matéria.
No Palácio de Belém, em Lisboa, João Cotrim Figueiredo referiu ter indicação de que o requerimento apresentado pela IL para ouvir o primeiro-ministro, António Costa, na Comissão de Assuntos Constitucionais vai ser rejeitado pelo PS.
Após uma audiência do Presidente da República, Cotrim Figueiredo sustentou que está a haver "um crescer notável da opacidade da coisa pública, quer ao nível do aparelho de Estado, quer ao nível do próprio funcionamento do Governo".
"É um bocado exagerado o recurso a esse instrumento, mas façam-no! Oxalá a verdade seja apurada", disse Jerónimo de Sousa, no final de uma audiência com Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa, após questionado sobre o desafio do candidato a líder do PSD Luís Montenegro para que o parlamento crie uma comissão de inquérito ao acolhimento de refugiados ucranianos em Setúbal por cidadãos russos com alegadas ligações ao Kremlin.
Ainda sobre este desafio de Luís Montenegro, Jerónimo de Sousa respondeu "que se façam os inquéritos que se quiserem", observando contudo que "a Assembleia da República, o Governo, não fiscalizam as autarquias".
Na sexta-feira passada, o PS justificou o chumbo da audição parlamentar do presidente da Câmara de Setúbal sobre o acolhimento de refugiados ucranianos com a "separação de competências" entre Assembleia da República e autarquias, mas não convenceu os partidos da oposição.
O PCP votou a favor da audição do presidente da câmara de Setúbal, eleito pela CDU (PCP/PEV).
Na Comissão de Assuntos Constitucionais, a maioria dos partidos da oposição contestou o argumento invocado pelo PS para rejeitar a audição de André Martins, recordando que o caso da audição de Fernando Medina, quando era presidente da Câmara de Lisboa, sobre o caso da partilha de dados pessoais de ativistas russos contestatários do regime de Moscovo com a embaixada da Rússia em Portugal.
"Ainda agora marcámos algumas audições parlamentares. Depois dessas audições parlamentares é que faz sentido saber se estamos suficientemente esclarecidos ou se queremos um inquérito parlamentar", disse Rui Tavares, no final de uma audiência com o Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa.
No domingo, o candidato à liderança do PSD Luís Montenegro exortou a oposição no parlamento a constituir uma comissão de inquérito ao processo de acolhimento de refugiados ucranianos em Setúbal por cidadãos russos com alegadas ligações ao Kremlin.
"Queria instar a oposição parlamentar a poder avaliar a possibilidade de constituir uma comissão parlamentar de inquérito sobre este caso, para que seja apurada a verdade com rapidez, com competência e independência, e para se poder ultrapassar o bloqueio que o PS está a fazer", disse Luís Montenegro à agência Lusa.
Sobre o pedido, Rui Tavares defendeu que os partidos com representação na Assembleia da República não podem "andar a reboque da luta pela liderança no PSD.
"A Moldova é um país pequeno com um grande coração, mas os seus recursos são limitados. (...) Estamos a fazer tudo o que podemos para ampliar os nossos programas e, em particular, o mais eficaz desses programas, a assistência em dinheiro -- porque devemos confiar que as pessoas sabem quais são as suas necessidades. Pretendemos apoiar mais de 90.000 refugiados e 55.000 anfitriões moldavos, em coordenação com o Governo e outros parceiros", disse Guterres.
Contudo, o secretário-geral da ONU, que se encontra em visita à cidade de Chisinau, capital da Moldova, sublinhou que as Nações Unidas e organizações parceiras só podem apoiar os afetados por esta guerra se os dois apelos humanitários que fez, de 2,25 mil milhões de dólares (2,12 mil milhões de euros) dentro da Ucrânia e 1,85 mil milhões de dólares (1,74 mil milhões de euros) para a resposta aos refugiados, forem totalmente financiados.
"Exorto todos os países a doarem generosamente. Em termos globais, são somas minúsculas", declarou Guterres.
O ex-primeiro-ministro português sublinhou que a Moldova "não é apenas mais um país que recebe refugiados", mas sim o "mais frágil dos vizinhos da Ucrânia" e "de longe" o país que mais refugiados recebeu em proporção à sua própria população - um aumento populacional de quase 4%, segundo Guterres.
"Todos sabemos que independentemente do parecer que a Comissão venha a dar e que o Conselho venha a apreciar em junho, o processo de adesão será sempre muito longo, muito difícil e muito exigente", notou por seu lado António Costa, em declarações aos jornalistas portugueses à margem do evento de encerramento da Conferência sobre o Futuro da Europa, na sede do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.
"Não quero ser tão pessimista como o Presidente (francês) Macron, que falou em décadas", referiu o chefe de Governo, embora lembrando que o processo de adesão de Portugal "levou nove anos".
Para António Costa, "a adesão à UE não pode ser a única resposta para a organização da Europa nem pode ser a única resposta em situações de emergência como aquela que se vê hoje na Ucrânia".
"Macron teve aqui uma proposta ousada, de criarmos um outro tipo de organização no quadro europeu, onde possam estar não os Estados da UE, mas também Estados que saíram da UE e queiram regressar, como são os que são candidatos e que há anos se arrastam em processos de adesão. Se a Conferência (sobre o Futuro da Europa) for para isto, isso faz outro sentido, do que andar a discutir pequenas questões institucionais", adiantou o primeiro-ministro.
António Costa disse ainda que "já está decidido" quando visitará Kiev, após convite das autoridades ucranianas, embora não anuncie a data.
Numa mensagem de vídeo publicada na rede social Twitter, horas depois do desfile em Moscovo, que assinala a vitória sobre a Alemanha nazi, Charles Michel fez questão de reafirmar aos ucranianos que não estão sozinhos e que a União Europeia está do seu lado e não os vai desapontar.My statement on the occasion of #EuropeDay, in #Odesa #Ukraine.@ZelenskyyUa @Denys_Shmyhal#StandWithUkraine pic.twitter.com/4GnoWGLKqN
— Charles Michel (@eucopresident) May 9, 2022
"Estaremos convosco o tempo que for preciso", prosseguiu no vídeo o político belga, assegurando que o bloco comunitário vai "ajudar a construir um país moderno e democrático, com o olhar no futuro".
Charles Michel explicou que foi a Odessa para celebrar o dia da Europa "num caldeirão de cultura e história europeia", numa "altura em que a guerra está de novo a rugir" no continente. A visita não tinha sido anunciada.
No início do dia, o presidente do Conselho Europeu foi obrigado a refugiar-se devido a ataques com mísseis, segundo um funcionário da UE.
Segundo a mesma fonte, durante um encontro entre Michel e Shmygal, "os participantes tiveram que interromper a reunião para se abrigarem porque os mísseis voltaram a atingir a região de Odessa".
Contudo, Vladimir Putin também não deu nenhum indício de que planeasse acabar com a guerra, notou Linda Thomas-Greenfield.
Em declarações à CNN, Thomas-Greenfield observa que os esforços de Putin na Ucrânia "não tiveram sucesso". “Ele não conseguiu entrar na Ucrânia e colocá-los de joelhos em poucos dias e fazer com que eles se rendessem”, sublinhou.
“A maioria dos países estabeleceu medidas específicas para ajudar os ucranianos nas suas necessidades mais imediatas, considerando assim que a durança da estadia é de fato temporária”, escreve a OCDE, apesar da “evolução incerta da guerra”.
"Os países estão divididos entre duas coisas: devemos oferecer imediatamente um pacote completo de ofertas que visa a integração ao longo do tempo? Ou devemos partir do princípio de que os ucranianos retornarão ao seu país?", explica Jean-Christophe Dumont, chefe da divisão de migração da organização internacional à AFP.
No final de abril, mais de um milhão de ucranianos regressaram ao país, entre os mais de cinco milhões que fugiram da Ucrânia desde a invasão russa no final de fevereiro.
A proteção temporária para refugiados ucranianos dura pelo menos um ano, renovável na maioria países membros da UE. Apenas a Hungria refere que o período de proteção temporário é "enquanto a situação o tornar necessário".
Outro ponto em comum entre os membros da UE é que os ucranianos têm acesso a sistemas de saúde, escolas, cursos de línguas e opções de acomodação no país anfitrião.
President @vonderleyen is travelling this afternoon to Hungary to meet PM Viktor Orbán.
— Eric Mamer (@MamerEric) May 9, 2022
They will discuss issues related to European security of energy supply.
A Hungria está a bloquear a proposta de embargo do bloco ao petróleo russo. Sem litoral e dependente da importação de petróleo da Rússia, a Hungria pede aos restantes Estados-membros da União Europeia garantias para os seus aprovisionamentos antes de dar o aval ao sexto pacote de sanções contra a Rússia.
"No último pacote de sanções, começámos com o carvão, agora estamos a abordar a nossa dependência do petróleo russo. Sejamos claros, não vai ser fácil (pois) alguns Estados-membros são fortemente dependentes do petróleo russo, mas temos simplesmente de trabalhar nesse sentido e propomos agora uma proibição do petróleo russo", declarou na altura Ursula von der Leyen.
Está em causa "uma proibição total de importação de todo o petróleo russo, marítimo e oleoduto, bruto e refinado", elencou Ursula von der Leyen, que pretende que a eliminação gradual aconteça "de forma ordenada, de modo a permitir (...) assegurar rotas de abastecimento alternativas e minimizar o impacto nos mercados globais".
O sexto pacote de sanções prevê, contudo, uma derrogação de um ano suplementar para Hungria e Eslováquia.
No entanto, a Hungria disse no mesmo dia que rejeitava a proposta nos termos propostos pela Comissão Europeia, alegando que põe em causa a segurança energética do país. "A Hungria não vai concordar com a proposta da Comissão de sanções contra a Rússia porque ela representa um problema e não oferece uma solução", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.
A proposta da Comissão teria o efeito de "uma bomba atómica para a economia da Hungria e destruir o nosso abastecimento energético estável", referiu ainda.
A adoção das sanções exige unanimidade de todos os países membros da UE.
Há "necessidade de garantir fontes alternativas de abastecimento aos países sem litoral dependentes do petróleo russo por oleoduto. E não é fácil", explicou um diplomata europeu à AFP, este domingo.
"São novas infra-estruturas e mudanças tecnológicas, que exigem não só financiamento europeu, mas também acordos entre vários Estados-Membros. Estamos a fazer progressos, mas isso mecanicamente demora um pouco", acrescentou.
A guerra na Ucrânia expôs a excessiva dependência energética da UE face à Rússia, que é responsável por cerca de 45% das importações de gás europeias. A Rússia também fornece 25% do petróleo e 45% do carvão importado pela UE.
15h33 - ONU confirma morte de 3.381 civis e 3.680 feridos desde o início da guerra
Entrevistada na edição desta segunda-feira do Jornal da Tarde, a comissária europeia para a Coesão e Reformas começou por afirmar que "a Europa, muitas vezes, estava a ser percebida de uma forma deformada".
O Ministério ucraniano da Defesa disse esta segunda-feira que as forças russas, apoiadas por tanques e artilharia, estão a realizar“operações de assalto” na fábrica de Azovstal, em Mariupol, onde permanecem os derradeiros defensores da cidade.
13h37 - Charles Michel de regresso à Ucrânia. Presidente do Conselho Europeu visitou Odessa durante ataque com mísseisMaria e Viktor Melezhek sobreviveram à 2 Guerra Mundial no Donbass onde nasceram. Em miúdos correram para os abrigos durante os bombardeamentos. A casa de Viktor em Lugansk foi ocupada por dois oficiais alemães. Não contavam com uma guerra, outra vez. @info_ara #Kyiv #Ukraine pic.twitter.com/xViU5pJuPM
— Cândida Pinto (@CandidaPinto__) May 9, 2022
I came to celebrate #EuropeDay in #Odesa, the city where Pushkin said that "you can feel Europe."
— Charles Michel (@eucopresident) May 9, 2022
And where today the Ukrainian people shield their monuments from bullets and rockets and their freedom from Russian aggression.
You are not alone.
The EU stands with you. pic.twitter.com/kneuEOvepb
In the port of #Odesa with @Denys_Shmyhal, I saw silos full of grain, wheat and corn ready for export.
— Charles Michel (@eucopresident) May 9, 2022
This badly needed food is stranded because of the Russian war and blockade of Black sea ports. Causing dramatic consequences for vulnerable countries. We need a global response. pic.twitter.com/k8dz03d2Cj
During a meeting in #Odesa, which was recently hit by missiles, discussed with @eucopresident the need to adopt 6th package of sanctions & increase pressure on russia. Thanked for readiness to restore 🇺🇦. Stressed the importance of #EU integration for #Ukraine! pic.twitter.com/HLW7ZmmZIO
— Denys Shmyhal (@Denys_Shmyhal) May 9, 2022
Num discurso em Estrasburgo, perante o Parlamento Europeu, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen sublinhou que “o futuro da Europa é também o futuro da Ucrânia. O futuro da nossa democracia é também o futuro da vossa democracia”.
Von der Leyen afirmou que “a União Europeia é um sonho que brilha não só aqui neste hemiciclo mas também nos corações e nas mentes dos ucranianos”. “É um sonho que brilha mais perante as atrocidades de Bucha e de todas as cidades afetadas por esta guerra. E brilha nos olhos de todos os jovens ucranianos que encontraram refúgio na Europa”, declarou.
“Estes concidadãos europeus estão dispostos a lutar e a morrer pelo seu futuro e por esse sonho da Europa”, destacou a presidente da Comissão Europeia.
Ursula von der Leyen anunciou esta segunda-feira que a Comissão Europeia estima emitir, em junho, o seu parecer sobre a eventual adesão da Ucrânia à União Europeia, aguardando as respostas finais das autoridades ucranianas.
Medinsky descartou que possa haver em breve novas reuniões presenciais com negociadores ucranianos, sublinhando que para isso seria necessário haver "coisas mais específicas em cima da mesa".
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propôs em 26 de abril elevar as negociações, que antes decorreram em Istambul, ao nível dos líderes, oferecendo-se para acolher na Turquia uma cimeira dos Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
O Presidente ucraniano disse, repetidamente, que está disponível para se encontrar pessoalmente com Putin, que, no entanto, só aceita sentar-se com o seu homólogo ucraniano quando forem aceites as condições russas, incluindo a independência das regiões independentistas pró-russas do Donbass e da península da Crimeia, esta anexada pela Rússia em 2014.
Erdogan defendeu que deve ser mantida a "dinâmica positiva" das negociações realizadas em Istambul entre delegações dos países em guerra, o que beneficiaria ambas as partes e abriria caminho a uma paz que é do interesse de todos.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) atribuiu, desde o início do conflito na Ucrânia, 35.778 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam naquele país. Destes, 23.844 são mulheres e 12.023 são menores.
Segundo esclarece o SEF em comunicado, os municípios com o maior número de proteções temporárias concedidas continuam a ser Lisboa (5.145), Cascais (2.291), Sintra (1.339), Porto (1.223) e Albufeira (1.072).
O SEF afirma ainda que desde o início do conflito “já comunicou ao MP 629 menores que se apresentaram na presença de outra pessoa que não o seu progenitor ou representante legal comprovado, sem perigo atual ou iminente; e à CPCJ 15 menores não acompanhados e/ou na presença de outras pessoas que não os seus progenitores ou representantes legais comprovados, em perigo atual ou iminente”.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse esta segunda-feira que não há dúvidas de que a "operação militar especial" de Moscovo na Ucrânia alcançaria um resultado.
"Todos os planos estão a ser cumpridos. Um resultado será alcançado - não há dúvida disso", disse Putin, citado pela agência de notícias TASS.
As declarações de Putin foram feitas após o desfile militar anual na Praça Vermelha de Moscovo que decorreu esta segunda-feira, para marcar a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial.
Followed up on yesterday’s G7 discussion with @ZelenskyyUa
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) May 9, 2022
On #EuropeDay, we discussed EU support and Ukraine’s European pathway.
Looking forward to receiving the answers to the EU membership questionnaire.
The @EU_Commission will aim to deliver its opinion in June. pic.twitter.com/KkQuodJjj4
Cabe agora ao executivo comunitário analisar as respostas ucranianas, num processo normalmente moroso, mas que deverá ocorrer "em semanas", como prometido pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
The Russian ambassador to Poland was doused with red paint during an attempt to lay flowers at the cemetery of Soviet soldiers, Russian state agencies reported citing local correspondents. pic.twitter.com/H3wZ9u4jXC
— Mary Ilyushina (@maryilyushina) May 9, 2022
This morning the online Russian TV schedule page was hacked
— Francis Scarr (@francis_scarr) May 9, 2022
The name of every programme was changed to "On your hands is the blood of thousands of Ukrainians and their hundreds of murdered children. TV and the authorities are lying. No to war" pic.twitter.com/P2uCNz8cqa
Os enviados especiais da RTP descrevem os acontecimentos da última noite em Odessa, região do sul da Ucrânia que se mantém debaixo de sucessivas vagas de bombardeamentos das forças russas.
10h39 - RTP em Kiev. A reação ucraniana às celebrações em Moscovo
"Estes montantes permitirão a Portugal cumprir os seus compromissos com um total de 23 missões distintas no quadro das várias Organizações Internacionais a que pertencemos, nomeadamente no quadro da NATO, da ONU e da União Europeia, a par de outras 11 missões de caráter bilateral ou multilateral", acrescentou.
Helena Carreiras anunciou ainda que o Governo irá avançar com a criação do quadro permanente de praças no Exército e na Força Aérea, esperando concretizar o processo legislativo "nos próximos meses".
De acordo com a agência de notícias russa Interfax, pessoas não identificadas acederam à programação das redes de televisão por cabo Rostelecom, MTS e NTV-Plus.
No lugar dos títulos dos programas dos canais, apareceram textos relacionados à guerra na Ucrânia.
Os piratas também atacaram a Yandex TV, segundo informações passadas por várias pessoas, que publicaram fotos na rede social Telegram a confirmar que o canal foi vítima de piratas informáticos.
Num relatório divulgado hoje, o estado-maior do exército da Ucrânia diz que, em direção a Donetsk, os russos, apoiados por aviões e artilharia, concentraram os esforços na tentativa de assumir o controlo dos colonatos de Rubizhne e Popasna, e prepararam-se para continuar as operações ofensivas nos colonatos de Siversk, Sloviansk, Lysychansk e Avdiyivka.
O relatório, divulgado no dia em que Moscovo celebra o 77.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi, afirma ainda que as tropas russas aumentaram a potência do arsenal bélico e estão a tentar destruir as defesas na leste da Ucrânia.
Em Donetsk e em Lugansk, as forças ucranianas conseguiram repelir seis ataques inimigos, destruindo 20 tanques, arsenal de artilharia, 28 veículos de combate blindados, um veículo blindado especial e cinco camiões militares.
O exército disse ainda que, na direção de Slobozhansky, as forças inimigas focaram-se em reagrupar unidades, reabastecer reservas de munições e combustível, manter posições ocupadas e trabalhar para impedir o avanço das forças ucranianas em direção à fronteira da região.
A Ucrânia disse também que, na Transnístria, um território separatista e pró-russo na vizinha Moldova, as formações armadas locais e as unidades das forças russas continuam a preparar-se para o combate.
O Estado-maior do exército ucraniano alertta para a "alta probabilidade de ataques com mísseis" por parte das forças russas, no dia em que Moscovo é palco do tradicional desfile militar que assinala a vitória sobre a Alemanha nazi na II Guerra Mundial.
Segundo o exército ucraniano, a Rússia terá destacado cerca de 19 batalhões táticos na região russa de Belgorod, junto à fronteira com a Ucrânia. Estes batalhões incluem cerca de 15.200 soldados, tanques, baterias de mísseis e outro armamento.
7h23 - Ponto de situação
- Moscovo prepara-se para pôr em marcha, na Praça Vermelha, a parada militar anual, parte do cerimonial que assinala a vitória, em 1945, contra a Alemanha nazi.
- A parada deste ano na capital russa decorre sob o signo da guerra na Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, deverá discursar na Praça Vermelha.
- Na última intervenção pública, durante a noite, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia "esqueceu tudo o que foi importante para os vencedores da II Guerra Mundial".
- Zelensky denunciou os intensos bombardeamentos russos no leste da Ucrânia, afirmando que o ataque a uma escola da região de Lugansk, no leste, fez pelo menos 60 mortos. O edifício estava a ser usado como abrigo.
- Os Estados Unidos anunciaram novas sanções, incluindo a interdição de vistos para 2.600 cidadãos russos e bielorrussos.
- Na sequência de uma videoconferência com Volodymyr Zelensky, os líderes do G7 comprometeram-se a cortar progressivamente a dependência de produtos energéticos russos.
- Os líderes do G7 afirmaram que Vladimir Putin cobriu a Rússia de vergonha ao invadir a Ucrânia, assimo como os sacrifícios históricos do seu povo.