Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Joana Raposo Santos, Graça Andrade Ramos, Inês Geraldo, Mariana Ribeiro Soares, Inês Moreira Santos - RTP

Alexander Ermochenko - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

01h01 – Jornalista ucraniano que se tornou militar foi morto em combate, diz Zelensky

Um repórter ucraniano que se alistou após a invasão russa foi morto em combates nos arredores da cidade de Izyum, disse o presidente Volodymyr Zelensky esta quinta-feira.

Oleksandr Makhov, de 36 anos, é o oitavo jornalista a morrer em mais de dois meses de conflito.

"Patriota e sincero, e sempre sem vaidade. Estava sempre entre os mais corajosos, na linha da frente", lembrou Zelensky.

00h17 - Zelensky confirma chegada de 300 pessoas a Zaporizhia

Na habitual mensagem noturna, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou e congratulou a chegada de mais de 300 civis a Zaporizhia, depois de terem sido retirados da cidade sitiada de Mariupol.

22h44 - Porta-voz da Cruz Vermelha anuncia chegada de mais 300 civis a Zaporizhia

Chegaram a Zaporizhia esta noite mais de 300 civis, anunciou o porta-voz da Cruz Vermelha, Chrins Hanger.

“Mais uma operação da Cruz Vermelha Internacional com mais de 300 civis acabou de chegar a Zaporizhia. Estamos aliviados por mais vidas terem sido poupadas”, escreveu o responsável no Twitter.

22h22 - Zelensky falou com primeiro-ministro de Israel

O presidente ucraniano revelou na rede Twitter que falou com o primeiro-ministro israelita Naftali Bennett, com quem teve "negociações fecundas" e a quem transmitiu e ao povo de Israel os parabéns pelo dia da Independência.

"Informei-o sobre contrariar o agressor e sobre a situação crítica de Mariupol", adiantou Zelensky. As revelações do ministro russo dos Negócios Estrangeiros Sergei Lavrov, sobre a presença de mercenãrios israelitas entre as forças do batalhão Azov, que se bate em Mariupol, não foram aparentemente mencionadas.

22h10 - Finlândia e Suécia vão pedir adesão à Nato diz ex-PR da Finlândia Tarja Halonen

A ex-Presidente da Finlândia, Tarja Halonen, disse hoje na Cidade da Praia, que o seu país e a Suécia "vão pedir a adesão à NATO" na Primavera.

"Penso que é muito óbvio que tanto a Suécia como a Finlândia vão pedir a adesão à Nato na Primavera. Penso que é mais que certo", afirmou numa conferência de imprensa na capital cabo-verdiana.

Tarja Halonen, que se encontra em Cabo Verde numa visita de trabalho a convite da Associação Cabo-verdiana de Luta Contra a Violência Baseada no Género e no âmbito do projeto "Djuntu pa Igualdadi" (Juntos pela Igualdade), acrescentou que finlandeses e suecos apoiam a adesão à Aliança Atlântica.

"A Suécia tem grande tradição como país não-alinhado, como nós. É verdade que ao nível da União Europeia temos integrado missões de manutenção de paz e temos trabalhado também com a Nato nessa matéria. Considerando a nossa política nacional de defesa até agora não pensamos que precisaríamos de algo mais do que uma parceria com a Nato", disse.

(Agência Lusa)

21h40 - Defensores ucranianos em batalhas “sangrentas” em Azovstal

O comandante do batalhão Azov da Ucrânia afirma que as forças ucranianas dentro da metalúrgica Azovstal de Mariupol estão a combater “batalhas difíceis e sangrentas” contra as tropas russas pelo segundo dia consecutivo.

“Tenho orgulho nos meus soldados que estão a fazer esforços sobrehumanos para conter a pressão do inimigo”, afirmou o comandante Denis Prokopenko numa breve mensagem vídeo publicada na rede Telegram. “A situação é extremamente difícil”.

21h30 - Roménia abre as portas aos refugiados ucranianos

A Roménia está a conceder o estatuto de refugiado a ucranianos, mesmo que entrem ilegalmente no país. Espera-se uma nova escalada migratória da Ucrânia para território romeno com o avançar da guerra. Os enviados especiais da RTP António Mateus e Rodrigo Lobo acompanharam uma patrulha da polícia na fronteira entre os dois países.

21h20 - Reino Unido denuncia ataques russos a alvos “não-militares”

No seu boletim diário sobre a guerra na Ucrânia publicado na rede Twitter, o Ministério da Defesa britânico afirmou que, “à medida que as operações russas vacilam, alvos não-militares incluindo escolas, hospitais, zonas residenciais e centrais de transporte, continuam a ser atingidos, num sinal da vontade russa de atacar alvos de infraestrutura civil numa tentativa para enfraquecer a resolução ucraniana”.

“A continuação de bombardeamentos de cidades-chave como Odessa, Kherson e Mariupol sublinha o seu desejo de controlo absoluto do acesso ao Mar Negro, o que lhes iria permitir controlar as linhas marítimas de comunicação ucranianas, com impacto negativo na economia do país”, acrescenta o comunicado.

21h10 - União Europeia tem de encontrar alternativas ao petróleo russo

Perto de metade das exportações de petróleo da Rússia têm como destino a União Europeia, que terá agora de encontrar alternativas.As opções não são muitas e podem passar por um reforço das compras de petróleo aos países aos produtores do Médio Oriente.

20h53 - Presidente da República compreende visita de António Costa a Kiev

O Presidente da República considera importante para Portugal a visita de António Costa a Kiev. Marcelo Rebelo de Sousa diz que faz todo o sentido que António Costa veja de perto a situação da Ucrânia.

20h40 - Zelensky pede a Guterres ajuda para salvar pessoas em Azovstal

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apelou ao secretário-geral das Nações Unidas ajuda para salvar as pessoas presas nas instalações fabris de Azovstal, em Mariupol.

"As vidas das pessoas que ali permanecem estão em perigo. Todas as pessoas são importantes para nós. Apelamos à sua ajuda para os salvar", reeferiu Zelensky citado num comunicado publicado pelo seu gabinete.

20h35 - António Costa vai visitar Kiev e encontrar-se com Zelensky

O primeiro Ministro vai visitar Kiev e encontrar-se com o Presidente Volodymyr Zelensky. A data da visita de António Costa não foi divulgada mas a viagem deve acontecer em breve.


20h23 - Rússia desmente que vai declarar guerra à Ucrânia a 9 de maio

A Rússia desmente que possa declarar guerra à Ucrânia no Dia da Vitória, na próxima segunda-feira. Dia 9 de Maio decorrem as comemorações da vitória da União Soviética sobre as forças nazis, na II Guerra Mundial. O ministério da defesa russo volta a avisar os países da NATO para as consequências do fornecimento de armas à Ucrânia.

20h21 - Rússia anuncia cessar-fogo para os próximos três dias

A Rússia acaba de anunciar um cessar fogo de três dias, a contar a partir de amanhã, na fábrica de Azovstal. O objectivo é permitir a retirada de civis na cidade de Mariupol. As tropas russas já terão entrado na fábrica.

20h12 - As forças russas anunciaram um cessar-fogo na Azovstal para permitir a retirada dos civis.

O presidente Zelensky tinha pedido à ONU para interferir no sentido de retirar os feridos do complexo industrial de Mariupol.

19h20 - Mariupol. Tropas russas estarão a usar artilharia pesada no perímetro da Azovstal

Os ucranianos anunciaram que os russos já entraram no perímetro da fábrica Azovstal e que estão a acontecer duros combates, com as tropas a utilizarem artilharia pesada.


18h35 - Tropas russas entram na Azovstal

De acordo com um legislador ucraniano, as tropas russas entraram no perímetro da fábrica de aço da Azovstal. As palavras são de David Arakhamia a um meio de comunicação.

"Tentativas para entrar na fábrica continuam pelo segundo dia consecutivo. As tropas russas já se encontram em território da Azovstal.

De acordo com a RFE/RL, várias figuras de proa da política ucraniana continuam a ter contacto com os combatentes ucranianos que estão na fábrica.

17h55 - MNE ucraniano garante que a fortaleza de Azovstal ainda se mantém

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, rejeitou as alegações russas de que a cidade de Mariupol, no sul do país, está agora sob total controlo russo.

Num vídeo publicado no Twitter, Kuleba garantiu que a siderúrgica Azovstal, que continua a ser o último reduto da resistência ucraniana, ainda existe, apesar de ser alvo de ataques russos todos os dias.

A recente retirada de um grupo de civis do complexo industrial prova que “onde há vontade política na Rússia, este mecanismo pode funcionar”, disse Kuleba. "Mas vemos que eles estão muito relutantes em deixar as pessoas saírem, e cada passo seguinte exige muito trabalho e muita pressão sobre a Rússia", acrescentou.

As declarações de Kuleba surgem depois de o presidente da Câmara de Mariupol ter afirmado esta quarta-feira que o complexo de Azovstal estava sob forte bombardeamento e que tinham perdido o contacto com os combatentes e civis que permanecem no interior da fábrica.

Estima-se que cerca de 200 civis continuam presos na fábrica de Azovstal, entre eles 30 crianças.

16h52 - Zelensky rejeita qualquer acordo enquantro tropas russas estiverem no país

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que o seu país não pode aceitar nenhum acordo com Moscovo enquanto as tropas russas permanecerem em território da Ucrânia.

“Não aceitaremos um conflito congelado”, sublinhou num encontro do Conselho de CEO (presidentes executivos) do The Wall Street Journal, acrescentando que não quer que a Ucrânia seja arrastada para um “lamaçal diplomático” como o acordo de paz para o leste da Ucrânia que foi intermediado pela França e pela Alemanha em 2015.

Em 2014, a Rússia anexou a península da Crimeia, na Ucrânia, e apoiou uma rebelião separatista na região de Donbass, centro industrial do leste do país.

O Presidente russo, Vladimir Putin, considerou o reconhecimento pela Ucrânia da soberania russa sobre a Crimeia e o reconhecimento da independência das regiões separatistas como condições-chave para interromper as hostilidades.

Zelensky referiu, por seu lado, que Putin tem de concordar com a realização de um encontro entre os dois para negociar qualquer acordo que vise acabar com os combates.

Embora tenha admitido ser importante continuar as negociações de paz, o Presidente ucraniano sublinhou que “até o Presidente russo assinar ou fazer uma declaração oficial”, não faz sentido qualquer acordo.

(agência Lusa)


16h30 - Biden irá discutir com o G7 possíveis sanções adicionais à Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou esta quarta-feira que irá conversar ainda esta semana com outros líderes do G7 sobre possíveis sanções adicionais contra a Rússia.

"Estamos sempre abertos a sanções adicionais", disse Biden em conferência de imprensa, no dia em que a União Europeia apresentou o sexto pacote de sanções contra Moscovo. "Falarei com os membros do G7 esta semana sobre o que iremos ou não fazer", acrescentou.

16h10 - Países da UE que recusarem um embargo ao petróleo russo são “cúmplices” dos crimes de guerra, diz MNE ucraniano

Os países membros da União Europeia que se recusarem a impor um embargo ao petróleo russo serão "cúmplices" dos crimes de guerra cometidos por Moscovo, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuuleba, esta quarta-feira.

“Se algum país da Europa continuar a opor-se ao embargo ao petróleo russo, haverá boas razões para dizer que esse país é cúmplice dos crimes cometidos pela Rússia em território ucraniano”, disse Kuleba num vídeo publicado no Twitter.


Esta quarta-feira, a Hungria rejeitou a proposta de Bruxelas relativa ao embargo ao petróleo russo "na sua forma atual", argumentando que destruiria a sua “segurança energética”.

Por sua vez, a Bulgária e a República Checa anunciaram que irão pedir à UE uma isenção ao embargo ao petróleo russo.

15h54 - Helicóptero militar russo viola espaço aéreo da Finlândia

Um helicóptero do exército russo violou hoje de manhã o espaço aéreo da Finlândia, anunciou o Governo de Helsínquia, que está a preparar uma proposta sobre a provável adesão do país à NATO.

“A aeronave era um helicóptero Mi-17 e a profundidade da alegada violação foi de quatro a cinco quilómetros”, disse um porta-voz do Ministério da Defesa à agência francesa AFP.

O incidente ocorreu às 10:40 de Helsínquia (08:40 em Lisboa).

Esta é a segunda vez num mês, e a segunda vez desde o início do ano, que Helsínquia noticiou uma incursão de um avião russo no seu espaço aéreo, de acordo com o Ministério da Defesa, numa altura de tensões sobre a guerra na Ucrânia.

Em 08 de abril, um avião de transporte civil pertencente ao exército russo também entrou brevemente no espaço aéreo finlandês.

Especialistas em defesa tinham admitido a possibilidade de a Rússia tentar intimidar a Finlândia e a Suécia, já que ambos os países estão a considerar aderir à NATO para se protegerem de Moscovo.

(agência Lusa)

15h09 - Mykolaiv debaixo de bombardeamentos russos

Os enviados especiais da RTP deslocaram-se à cidade de Mykolaiv, onde testemunharam o grau de destruição causado pelos ataques das forças russas.
Mykolaiv é a cidade que está a servir de bastião de defesa contra a progressão da invasão russa para Odessa.

14h58 - Nova caravana humanitária sai de Mariupol com destino a Zaporizhia

A retirada foi confirmada pelo governador de Donetsk, mas sem informação sobre a origem destes civis.
Mais três tentativas de evacuação devem acontecer ao longo desta quarta-feira, em coordenação com a ONU e a Cruz Vermelha.

14h43 - Kremlin diz que novas sanções da UE são "faca de dois gumes"

Kremlin comentou hoje o novo pacote de sanções que a União Europeia (UE) procura impor a Moscovo nos próximos dias, que prevê deixar progressivamente até final do ano de comprar petróleo russo, afirmando que se trata de "uma faca de dois gumes".

"Em geral, se falarmos de sanções, tanto norte-americanas como europeias e de outros países, elas são uma faca de dois gumes", afirmou o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, na sua conferência de imprensa diária.

Acrescentou que os países ocidentais são obrigados a "pagar um preço elevado" por tentativas de "prejudicar" a Rússia através das restrições impostas.

"O custo destas sanções para os cidadãos europeus aumentará a cada dia", sublinhou.

(Agência Lusa)

14h38 - Presidente do México não planeia sanções à Rússia

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse esta quarta-feira que o governo não vai impor sanções à Rússia por causa da invasão da Ucrânia.

"Queremos permanecer neutros", disse López Obrador, apelando ao diálogo.

14h23 - Polícia descobre mais 20 cadáveres civis em Kiev totalizando 1.235

A polícia ucraniana descobriu 20 cadáveres de civis nas últimas 24 horas na região de Kiev, parcialmente ocupada por forças russas há várias semanas, o que eleva para 1.235 o número total de corpos civis encontrados. Os 20 cadáveres foram encontrados em Borodyanka, vila perto do distrito de Vyshgorod, adiantou o chefe da polícia regional, Andriy Nebytov, num vídeo hoje divulgado pelo Ministério do Interior ucraniano.

“Foram encontrados 1.235 corpos civis”, anunciou Nebytov, acrescentando que 800 já foram “examinados por especialistas”.

(Agência Lusa)

14h06 - Bulgária e República Checa procuram isenção ao embargo da UE ao petróleo russo. Hungria rejeita proposta de Bruxelas

A Bulgária irá pedir à União Europeia uma isenção ao embargo ao petróleo russo, justificando que essa medida iria resultar num aumento significativo do preço dos combustíveis.

"A Bulgária, tecnologicamente, pode prescindir do petróleo russo, mas isso aumentaria significativamente os preços dos combustíveis. Então, se a Comissão Europeia aceitar isenções, gostaríamos de aproveitar tais isenções", disse o vice-primeiro-ministro da Bulgária, Assen Vassilev, esta quarta-feira.

A República Checa também irá solicitar um período de isenção ao embargo proposto pela UE ao petróleo russo, de forma a ganhar tempo para aumentar a capacidade dos oleodutos.

"Estamos prontos para apoiar esta decisão, desde que a República Checa tenha algum adiamento até que a capacidade dos nossos oleodutos seja aumentada", disse o primeiro-ministro, Petr Fiala.

Já a Hungria disse que não pode apoiar a proposta de embargo da União Europeia às importações de petróleo bruto da Rússia, uma vez que isso destruiria a sua segurança energética, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto, esta quarta-feira.

"O pacote de sanções de Bruxelas proibiria o envio de petróleo da Rússia para a Europa, com um prazo bastante curto, no caso da Hungria no final do próximo ano", disse Szijjarto num vídeo no Facebook.

Szijjarto explica que a Hungria só poderia concordar com tais medidas se as importações de petróleo bruto da Rússia via gasoduto fossem isentas das sanções.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou esta quarta-feira o sexto pacote de sanções contra a Rússia, que enquadra um corte progressivo das importações de petróleo russo – até ao boicote completo.

O objetivo, afirmou Ursula von der Leyen, é “banir todo o petróleo russo até ao fim do ano”.

13h30 - Reino Unido proíbe exportações de serviços para a Rússia e sanciona meios de comunicação russos

Esta quarta-feira, o Reino Unido proibiu todas as exportações do setor de serviços para a Rússia e anunciou sanções contra 63 indivíduos e organizações, incluindo empresas de media e celebridades que acusa de espalhar desinformação.

"Fazer negócios com o regime de Putin é moralmente errado e ajuda a financiar uma máquina de guerra que está a causar um sofrimento incalculável a toda a Ucrânia", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, em comunicado.

"Cortar o acesso da Rússia aos serviços britânicos colocará mais pressão sobre o Kremlin e, em última análise, ajudará a garantir o fracasso de Putin na Ucrânia”, acrescentou.

13h23 - Autarca de Mariupol diz ter perdido contacto com forças ucranianas e civis na Azovstal à medida que os combates continuam

O presidente da Câmara de Mariupol disse à televisão pública ucraniana que o complexo de Azovstal está sob forte bombardeamento.

Vadym Boichenko disse que perderam o contacto com os combatentes e civis que permanecem no interior deste complexo siderúrgico. Entre os civis estão cerca de 30 crianças.

12h38 – António Costa condena “guerra ilegal, ilegítima e brutal” em conversação com homólogo ucraniano. PM vai visitar Kiev

Terminada a reunião entre António Costa e o seu homólogo ucraniano, Denys Shmygal, o primeiro-ministro português reafirmou a “solidariedade de Portugal com a Ucrânia” e a “condenação clara e inequívoca” à ofensiva russa “ilegal, ilegítima e brutal”.

O chefe do Executivo ucraniano agradeceu, por seu lado, o apoio português nomeadamente no acolhimento de deslocados de guerra, o apoio militar e financeiro.

Na reunião por videoconferência entre os dois líderes foi também discutida a abordagem euhropeia sobre a situação na Ucrânia, além do reforço das sanções a aplicar à Rússia por parte da União Europeia.

“Portugal tem sido sempre um país que tem apoiado as sanções. Temos, felizmente, uma situação energética que nos deixa particularmente à vontade na aplicação de sanções à Rússia quanto à importação de gás e de petróleo”, afirmou António Costa aos jornalistas.

O primeiro-ministro adiantou ainda que aceitou o convite do seu homólogo ucraniano para visitar a Ucrânia em data ainda a acertar, ocasião em que será assinado um acordo financeiro bilateral no âmbito do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ester convite foi transmitido por António Costa em declarações aos jornalistas em São Bento, depois de ter estado reunido com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, por videoconferência, encontro que teve como temas centrais as relações bilaterais entre dos dois países e a guerra provocada pela invasão russa da Ucrânia.

“O primeiro-ministro convidou-me a visitar a Ucrânia em data a acertar, convite que aceitei. Incluirá um encontro com o Presidente da República da Ucrânia, Volodymyr Zelensky”, declarou o líder do executivo português.

A visita de Costa à capital ucraniana visa, como explicou, a assinatura de um acordo “concreto para um apoio financeiro significativo no quadro daquilo que são as solicitações que o Governo ucraniano” dirigiu a Portugal.

“Como é sabido, a Ucrânia tem necessidades de financiamento estimadas em 5 mil milhões de euros por mês e, portanto, são necessidades muito avultadas e exigem obviamente um esforço de toda a comunidade internacional”, explicou.

12h35 - Hungria alerta para falta de garantias na proposta sobre petróleo russo

O Governo húngaro considerou hoje que a proposta da Comissão Europeia para um embargo gradual ao petróleo russo não oferece garantias para a segurança energética da Hungria.

“Não vemos um plano sobre como fazer uma transição bem sucedida com base nas atuais propostas e no que garantiria a segurança energética da Hungria”, disse o gabinete de imprensa do Governo húngaro à agência francesa AFP, sem indicar se esta reação significa uma rejeição da proposta de Bruxelas.

(Agência Lusa)

12h11 - Alemanha propõe aliança para apoiar países afetados por escassez de grãos e alimentos

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha alertou hoje que a invasão russa da Ucrânia terá sérias consequências no fornecimento de cereais e anunciou uma aliança para apoiar os países mais afetados pela escalada dos preços dos alimentos.

Falando à chegada ao Conselho de Ministros extraordinário de dois dias que decorre em Meseberg, perto de Berlim, e focado na crise na Ucrânia, Annalena Baerbock afirmou que o fornecimento de leguminosas e de alimentos já não pode ser garantido a nível global.

A ministra recordou que grande parte da oferta de leguminosas vem, precisamente, da Ucrânia e da Rússia e que, neste momento, as consequências só podem ser estimadas, mas serão sentidas "brutalmente em todo o mundo nos próximos meses".

Baerbock sublinhou que há regiões no mundo onde esta "crise alimentar emergente" acresce a outras "crises fatais", como a climática e em matéria de segurança, salientando que este é especialmente o caso do Sahel, onde se está a formar uma "tempestade de crises".

Para amortecer estas consequências, a governante anunciou que o executivo alemão acordou criar uma aliança para apoiar os países particularmente afetados pelo aumento dos preços dos alimentos na sequência da guerra na Ucrânia.

11h20 - Forças ucranianas em Azovstal estão "firmemente bloqueadas", diz Rússia

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse que as forças ucranianas que permanecem na siderúrgica Azovstal em Mariupol estão "firmemente bloqueadas". A agência de notícias russa RIA cita o ministro, afirmando: "De acordo com as instruções do Supremo Comandante, os últimos militantes localizados na zona industrial da fábrica Azovstal estão firmemente bloqueados ao longo de todo o perímetro deste território".

A RIA dá ainda conta que "foram repetidas propostas aos nacionalistas para libertar civis e depor as armas com a garantia de salvar vidas e tratamento digno, de acordo com as normas do direito internacional por eles ignoradas. Continuamos essas tentativas".

11h07 - "A guerra não ajuda a alcançar nada", diz Zelensky

Numa entrevista ao Wall Street Journal, divulgada nas redes sociais do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky enumerou as medidas que considera que "podem garantir a resposta eficaz do mundo à agressão russa".

A primeira medida, especificou o chefe de Estado da Ucrânia, é o "isolamento total do agressor, principalmente económico". O segundo é a "ajuda suficiente para a Ucrânia se manter nesta guerra e preservar a liberdade".

A terceira, continuou, "é a reconstrução do que a guerra destruiu.

"Quando tudo acontecer, tanto a Rússia como todos os outros potenciais agressores vão perceber que a guerra não ajuda a alcançar nada", declarou.



10h45 - Submarino russo no Mar Negro disparou mísseis de cruzeiro contra alvos na Ucrânia

Um submarino russo no Mar Negro disparou dois mísseis de cruzeiro Kalibr contra alvos na Ucrânia, informou o Ministério da Defesa da Rússia, esta quarta-feira.

"A tripulação do submarino da Frota do Mar Negro lançou dois mísseis de cruzeiro Kalibr do Mar Negro em alvos terrestres no território da Ucrânia", afirmou.

10h40 - Rússia proíbe entrada de 63 japoneses no país, incluindo o primeiro-ministro

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou, esta quarta-feira, sanções contra 63 autoridades, jornalistas e professores japoneses por se envolverem no que chamou de "retórica inaceitável" contra Moscovo. A lista inclui o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, o ministro dos Negócios Estrangeiros Yoshimasa Hayashi e o ministro da Defesa NobuoKishi, entre outros funcionários.

As sanções impedem os indivíduos visados de entrar na Rússia indefinidamente, esclareceu o Ministério.

10h34 - Rússia diz que há mercenários israelitas a lutar com o batalhão Azov

A Rússia denunciou hoje a existência de "mercenários israelitas" a lutar na Ucrânia ao lado do batalhão Azov, que Moscovo classifica como uma unidade "nazi".

"Vou dizer algo que os políticos israelitas provavelmente não querem ouvir, mas talvez lhes interesse. Na Ucrânia, mercenários israelitas estão ao lado de militantes do [batalhão] Azov", declarou hoje a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, numa entrevista à rádio Sputnik.

Fundado em 2014 por ativistas de extrema-direita antes de ser integrado às forças regulares, o batalhão ucraniano Azov estabeleceu-se como um dos mais ferozes oponentes às forças russas que travam uma ofensiva militar contra a Ucrânia desde 24 de fevereiro. Os seus membros, juntamente com outros combatentes ucranianos, recusaram-se a depor as armas em Mariupol (sudeste), onde os últimos defensores da cidade estão entrincheirados na siderúrgica Azovstal, contra a qual as forças de Moscovo lançaram um ataque na terça-feira.

Heróis para muitos ucranianos, os membros do Azov são, por outro lado, apresentados pela Rússia como "fascistas" e "nazis", que cometem atrocidades.

(Agência Lusa)


10h25 - Rússia alerta NATO: transporte de armas na Ucrânia é 'alvo' de ataque

O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigusa, disse esta quarta-feira que os militares russos iam considerar o transporte de armas pela NATO para a Ucrânia como alvos a serem abatidos, citou a agência RIA.

10h11 - Europa vai comprar petróleo russo através de países terceiros, indica RIA

A Europa vai continuar a comprar petróleo russo através de países terceiros assim que introduzir embargo, disse Vladimir Dzhabarov, primeiro vice-chefe do comité de assuntos internacionais da Câmara Alta da Rússia, citado pela agência de notícias RIA.

9h57 - Escala da destruição do país exige forte apoio da UE e não só

A presidente da Comissão Europeia reiterou ´que a União Europeia fará a sua parte na ajuda à reconstrução da Ucrânia, mas que não o pode fazer sozinha, tal a escala da destruição provocada pela Rússia. Ursula von der Leyen sublinhou que a Ucrânia precisa de apoio no imediato e para o esforço de reconstrução após o conflito, apontando que, em qualquer dos casos, as necessidades financeiras são de grande dimensão.

“Espera-se que o PIB [Produto Interno Bruto] da Ucrânia caia entre 30 a 50 por cento só este ano. E o FMI [Fundo Monetário Internacional] estima que, a partir de maio, a Ucrânia necessite de 5 mil milhões de euros por mês para simplesmente manter o país a funcionar, pagando pensões, salários e serviços básicos. Temos de os apoiar, mas não o podemos fazer sozinhos. Saúdo o facto de os Estados Unidos terem anunciado um apoio orçamental maciço. E nós, como Equipa Europa, também faremos a nossa parte”, disse.

A presidente da Comissão prosseguiu advertindo que, “depois, numa segunda fase, há o esforço de reconstrução mais amplo” e, para esse, até é difícil adiantar estimativas de custos.

“A escala da destruição é colossal. Hospitais e escolas, casas, estradas, pontes, caminhos-de-ferro, teatros e fábricas - tanta coisa tem de ser reconstruída. No nevoeiro da guerra, é difícil chegar a uma estimativa precisa. Os economistas estão a falar de várias centenas de milhares de milhões de euros. E os custos estão a aumentar a cada dia que passa desta guerra sem sentido”, disse. “Queremos que a Ucrânia vença esta guerra. Mas queremos também estabelecer as condições para o sucesso da Ucrânia no rescaldo da guerra”.

Durante a sua intervenção hoje de manhã no hemiciclo de Estrasburgo, Von der Leyen anunciou a proposta do seu executivo relativamente a um sexto pacote de sanções à Rússia devido à sua agressão militar à Ucrânia, que contempla a proibição das importações europeias de petróleo à Rússia, a concretizar gradualmente até final do ano.

“No último pacote de sanções, começámos com o carvão, agora estamos a abordar a nossa dependência do petróleo russo. Sejamos claros, não vai ser fácil [pois] alguns Estados-membros são fortemente dependentes do petróleo russo, mas temos simplesmente de trabalhar nesse sentido e propomos agora uma proibição do petróleo russo”, declarou.

9h44 - MNE ucraniano volta a pedir mais sanções à Rússia e mais armamento para acabar com “terrorismo de mísseis”

Dmytro Kuleba afirmou, esta quarta-feira, que a Rússia “luta para avançar e sofre perdas terríveis” e, isso explica, o “terror desesperado de mísseis em toda a Ucrânia”.

“Mas não temos medo e o Mundo também não deve ter”, escreveu numa publicação no Twitter. “Mais sanções à Rússia. Mais armas pesadas para a Ucrânia”.

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros considerou ainda que o “terrorismo de mísseis da Rússia tem de ser punido”.


9h33 - Bombardeamento de depósito de petróleo fez pelo menos um morto em Donetsk

A agência de notícias russa RIA relata que uma pessoa morreu e duas ficaram feridas na sequência de um bombardeamento pelas forças ucranianas de um depósito de petróleo em Makeyevka, que fica na área controlada pelos russos da autoproclamada República Popular de Donetsk, no leste da Ucrânia.



9h23 - Procuradora-geral da Ucrânia acusa Rússia de usar violações como tática de guerra

A procuradora-geral ucraniana, Iryna Venediktova, afirma que o presidente russo, Vladimir Putin, é o maior criminoso de guerra do século XXI.


9h10 - Bielorrússia anuncia realização de exercícios militares

A Bielorrússia anunciou hoje o início de exercícios militares para avaliar a preparação e capacidade dos efetivos na reação operacional face ao "aparecimento de situações de crise".

"As unidades militares vão atuar em locais que lhe são desconhecidos e em condições de mudança rápidas", assinala um comunicado do Ministério da Defesa bielorrusso que não fornece dados sobre a duração das manobras e o número de elementos envolvidos.

Segundo o mesmo documento, a composição das forças envolvidas "vai aumentar por fases o que vai permitir verificar as capacidades face a ameaças militares em terra e no ar".

"Estas atividades não constituem nenhuma ameaça para a 'comunidade europeia' em geral nem para os países vizinhos, em particular", refere ainda o comunicado do Ministério da Defesa do governo de Minsk.

(Agência Lusa)

9h01 - Rússia diz que atingiu 40 alvos militares ucranianos, incluindo quatro depósitos de munição

O Ministério da Defesa da Rússia disse, esta quarta-feira, que desativou seis estações ferroviárias na Ucrânia usadas para fornecer armas estrangeiras às forças ucranianas. Moscovo adiantou ainda que atingiu 40 alvos militares ucranianos, incluindo quatro depósitos de munição.

8h53 - Industriais ucranianos alertam para retenção de toneladas de cereais

A União Ucraniana de Industriais e Empresários insiste no pedido às organizações internacionais: é preciso abrir corredores que garantam a exportação de 4,5 milhões de toneladas de cereais bloqueados em território ucraniano.
Além da produção travada pelos bombardeamentos do exército russo, emerge a questão das futuras colheitas.

Na semana passada, agricultores de Kherson denunciaram que as forças de Moscovo só permitem as sementeiras se os agricultores se comprometerem a dar 70 por cento das colheitas futuras.

8h39 - Rússia intensifica ataques com misseis em território ucraniano

A Rússia disparou nas últimas horas quase 20 mísseis por todo o território ucraniano. Foram atingidas estações de comboios e outras infraestruturas.
Esta quarta-feira há já informações sobre o reforço militar russo perto da cidade de Izium, numa tentativa de avançar no norte da região do Donbass.

8h22 - Ucrânia não exclui possibilidade de Bielorrússia se juntar à ofensiva russa

Kiev não descarta a possibilidade de que Moscovo possa usar as forças armadas do aliado russo Bielorrússia na guerra contra a Ucrânia, disse esta quarta-feira um porta-voz do Serviço de Fronteiras do Estado ucraniano.

Falando após as forças armadas da Bielorrússia iniciarem exercícios de grande escala, o porta-voz Andriy Demchenko disse: "Não descartamos que a Federação Russa possa em algum momento usar o território da Bielorrússia, as Forças Armadas da República da Bielorrússia, contra a Ucrânia. Portanto, estamos prontos ".

7h48 - Comissão Europeia apresenta sexto pacote de sanções contra a Rússia

A Comissão Europeia apresentou, esta quarta-feira de manhã, o sexto pacote de sanções contra a Rússia, devido à invasão da Ucrânia. Uma das novas medidas europeias é sancionar o chefe da Igreja Ortodoza Russa, Patriarca Kirill, de acordo com um documento a que a Agence France Press teve acesso.

A nova lista incluiu 58 personalidades, incluindo militares russos, assim como a esposa e os filhos do porta-vz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Numa conferência de imprensa em Estrasburgo, esta manhã, a presidente da Comissão Europeia anunciou que a União Europeia vai "banir todo o petróleo russo até ao fim do ano" de "forma ordeira e planeada" de forma a garantir "que os parceiros europeus consigam encontrar alternativas.

“Todo o petróleo, marítimo e oleoduto, bruto e refinado”, anunciou Ursula von der Leyen.

“Iremos eliminar gradualmente o fornecimento russo de petróleo bruto no prazo de seis meses, e de produtos refinados até ao final do ano. Assim, maximizamos a pressão sobre a Rússia, ao mesmo tempo que minimizamos os danos colaterais para nós e para os nossos parceiros em todo o mundo”, disse a presidente da Comissão. "Não será fácil. Alguns Estados-membros são fortemente dependentes do petróleo russo. Mas nós simplesmente temos que trabalhar nisso".

Von der Leyen propôs ainda um pacote de recuperação para a Ucrânia para ajudá-la a reconstruir-se após o fim da guerra.

"Este pacote deve trazer investimentos maciços para atender às necessidades e às reformas necessárias", disse. "Eventualmente, abrirá caminho para o futuro da Ucrânia dentro da União Europeia".

Outra das medidas propostas por Bruxelas, é a exclusão do banco russo Sberbank do sistema finaceiro Swift.
A Comissão Europeia propôs também sancionar os credores russos Credit Bank of Moscow e o Russian Agricultural Bank, disse uma fonte da UE à Reuters esta quarta-feira.

7h45 - Ucrânia, ONU e Cruz Vermelha fazem novo esforço para retirar civis de Mariupol

Um comboio humanitário saiu de Mariupol ao início desta quarta-feira, numa nova tentativa da Ucrânia, das Nações Unidas e do Comité Internacional da Cruz Vermelha de retirar civis da cidade do sul do país, disse o governador regional.

A caravana humanitária tem destino a cidade de Zaporizhia, controlada pela Ucrânia, disse o governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, não esclarecendo se foram retirados mais civis siderúrgica de Azovstal.

7h38 - Reino Unido diz que Rússia destacou 22 grupos táticos perto de Izium

A Rússia mobilizou 22 grupos táticos de batalhão perto da cidade de Izium, no leste da Ucrânia, num esforço para avançar ao longo do eixo norte da região de Donbass, indicou o Reino Unido esta quarta-feira. Numa atualização no Twitter, a inteligência militar britânica disse que era provável que as forças russas pretendessem ir além de Izium para capturar as cidades de Kramatorsk e Severodonetsk.


7h25 - Zelensky quer retirar todas as pessoas em Mariupol, apesar de ataques russos

O presidente da Ucrânia garantiu que, apesar dos contínuos ataques russos contra Mariupol, as autoridades de Kiev trabalham "todos os dias" para retirar todas as pessoas ainda na cidade, incluindo no complexo siderúrgico de Azovstal. Numa declaração divulgada na internet, na terça-feira à noite, Volodymyr Zelensky afirmou que 156 civis foram retirados e já chegaram a Zaporijia, cidade sob controlo da Ucrânia, a 230 quilómetros a noroeste de Mariupol.

Zelensky agradeceu o esforço de todos os que participaram na operação e garantiu que continua a ser feito "tudo o que é possível para retirar civis de Mariupol e Azovstal".

"É difícil. Mas precisamos de todos os que ali estão: civis e militares", sublinhou o chefe de Estado.

Uma nova operação de retirada está prevista para hoje, "se a situação de segurança o permitir", disse na terça-feira a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Verechtchuk.
Ponto de situação

• Ao longo das últimas horas, as forças russas remoram os bombardeamentos no leste da Ucrânia, incluindo os ataques à fábrica de Azovstal na cidade de Mariupol. Os ataques russo na região de Donetsk fizeram pelo menos mais 21 mortos e 27 feridos na terça-feira.

• Depois de ontem ter sido adiado, a Comissão Europeia prepara-se para apresentar esta quarta-feira o sexto pacote de sanções contra a Rússia, devido à invasão ao território ucraniano.

• As forças armas da Bielorrússia iniciaram exercícios militares de larga escala esta manhã, anunciou o Ministério da Defesa do país que faz fronteira com a Ucrânia

• O líder da oposição na Alemanha viajou na terça-feira para Kiev, onde manteve reuniões com autoridades ucranianas, incluindo o Presidente Volodymyr Zelensky, enquanto o chanceler alemão, Olaf Scholz, continua a recusar visitar a Ucrânia.

• Depois de retirados com sucesso 101 pessoas que foram transportada para Zaporizhia, as Nações Unidas informaram ontem que cerca de 30 pessoas que saíram do complexo industrial siderúrgico Azovstal, em Mariupol, preferiram não deixar a cidade ucraniana para tentar descobrir o paradeiro dos familiares, estando "horrorizadas" com a devastação. Numa conferência de imprensa virtual a partir da cidade de Zaporijia, a coordenadora humanitária das Nações Unidas para a Ucrânia, Osnat Lubrani, afirmou que esta operação bem-sucedida de retirada de civis de Mariupol poderá ser "um trampolim para mais operações desse tipo” noutras cidades bombardeadas pelos russos.

• O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu na terça-feira ao Congresso norte-americano que aprove “rapidamente” a extensão do pacote de assistência militar à Ucrânia, que permite manter a entrega de armamento na frente de combate.