Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
Uma acção de propaganda que iria permitiria mobilizar para o conflito todas as tropas reservistas.
No terreno, a cidade de Mariupol continua a ser um dos principais alvos dos ataques russos.
Face ao apoio internacional à Ucrânia, o presidente russo evocou a eventualidade de a Federação Russa usar armas nucleares táticas, as quais, segundo a doutrina militar russa, podem ser utilizadas para obrigar um adversário a recuar.
Ao intervir durante um evento por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Dmitri Mouratov, cujo jornal Novia Gazeta foi obrigado a suspender a publicação em plena invasão russa da Ucrânia, considerou que os propagandistas do Kremlin tentam tornar o uso de armas nucleares aceitável para a sociedade russa.
"Desde há duas semanas, vemos nas televisões que os silos nucleares deviam ser abertos", acrescentou. "E também ouvimos que estas armas deveriam ser utilizadas se as entregas de armas à Ucrânia prosseguirem".
Porém, ao contrário do que afirma a propaganda, realçou, o uso de tais armas "não significaria o fim da guerra". Mas "isso seria o fim da humanidade", contrapôs.
Para Mouratov, o poder "absoluto, sem restrições" adquirido por Putin é a coisa mais assustadora hoje na Federação Russa.
Se o dono do Kremlin decidir que as armas nucleares devem ser utilizadas, "ninguém o pode impedir de tomar essa decisão, nem o parlamento, nem a sociedade civil, nem o público", acrescentou.
(Agência Lusa)
"Alguns deles podem ter medo de sair, alguns deles provavelmente não conseguiram", disse a coordenadora. "É uma área enorme" e alguns dos idosos tinham dificuldades em locomover-se, mesmo que um autocarro com pneus furados tenha sido utilizado para ajudar alguns civis a fugir.
Referindo-se aos cidadãos que queriam ficar em Mariupol, Osnat Lubrani afirmou que "são pessoas que viveram as suas vidas e trabalharam em Mariupol e, por isso, foi difícil para elas sair sem saber qual o destino dos seus entes queridos".
A coordenadora informou que as pessoas ainda presas no subsolo na fábrica de Avostal irão ter conhecimento sobre a evacuação segura para Zaporizhia, esperando que apareçam mais interessados numa próxima operação de retirada de civis.
A ONU anunciou hoje a retirada "bem-sucedida" de 101 civis há semanas encurralados no complexo industrial siderúrgico de Azovstal, na cidade ucraniana de Mariupol, cercada pelo exército russo que, entretanto, lançou sobre ela uma nova ofensiva.
"Estou feliz e aliviada por confirmar que 101 civis foram retirados com êxito da fábrica siderúrgica de Azovstal, em Mariupol", declarou Osnat Lubrani, citada num comunicado.
Segundo a responsável, mais 58 pessoas foram retiradas de Manhush, uma cidade nos arredores de Mariupol, no sudeste do país, no âmbito desta operação coordenada pelas Nações Unidas e o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e iniciada a 29 de abril, com o acordo das partes em conflito, na sequência de compromissos feitos pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, nas suas recentes visitas a Moscovo e Kiev.
"Hoje, acompanhámos 127 pessoas a Zaporizhia, cerca de 230 quilómetros a noroeste de Mariupol, onde estão a receber assistência humanitária inicial, incluindo cuidados médicos e psicológicos, das agências especializadas da ONU, do CICV e dos nossos parceiros humanitários", indicou Osnat Lubrani, precisando que "algumas das pessoas resgatadas decidiram não ir para Zaporijia com a coluna".
O CICV informou, quase ao mesmo tempo, que a operação durou cinco dias e que, enquanto a coluna de autocarros e ambulâncias saía da cidade, algumas pessoas sozinhas e famílias - algumas a pé e outras em veículos - se lhe juntaram para estarem protegidas.
A Ucrânia espera para este ano apenas dois terços das colheitas, o que vai encarecer os preços e provocar fome em vários locais do mundo.
Em declarações à radio de Kiev Hromadske Radio, o economista ucraniano Oleh Pendzyn salientou que a invasão russa prejudicou gravemente as colheitas ucranianas, o que vai ter consequências graves.
"Se a Ucrânia não exportar para os nossos mercados tradicionais, a comida não vai aparecer fisicamente nesses territórios e os preços os vereais vão subir", disse.
Além das colheitas que não se podem fazer, devido aos bombardeamentos, o economista apontou que os russos estão a destruir as reservas de cereais da Ucrânia.
"Paralelamente à interrupção das exportações de cereais, a Federação Russa está a bombardear silos com grãos, armazéns com fertilizantes e enormes reservas de combustível e lubrificantes. Estão a fazer tudo o que podem para que a Ucrânia perca das suas capacidades agrícolas". É que "a Ucrânia e a Federação Russa competem nos mesmos mercados de alimentos em todo o mundo", descreveu.
Oleh Pendzyn recordou que, segundo a ONU, a invasão russa da Ucrânia e o bloqueio dos portos marítimos ucranianos podem provocar a fome de 1,7 mil milhões de pessoas, o que representa mais de um quinto da população mundial.
Sindicatos agrícolas de Espanha estimam que a Ucrânia e a Federação Russa representam 30% da produção mundial de trigo, 20% da de milho e metade da de girassol, além de serem também a principal origem dos fertilizantes usados na Europa.
Os ataques russos que visam a produção agrícola da Ucrânia já levaram as autoridades do país atacado a acusarem os dirigentes de Moscovo de quererem repetir a grande fome do 'Holodomor' estalinista, que causou a morte a milhões de ucranianos na década de 1930 do século passado.
A acusação foi feita depois de um bombardeamento russo a instalações agrícolas ucranianas de alta tecnologia.
"O objetivo é o 'Holodomor'. Os ocupantes bombardearam o elevador de Rubizhne", disse o chefe da administração militar ucraniana de Luhansk em mensagem colocada na rede social Telegram, divulgada pela agência noticiosa Unian.
Imagens de satélite do Planet Lab mostram que o recinto da empresa Golden Agro foi atingido por potentes bombas, que destruíram totalmente o complexo de elevadores inaugurado em 2020, que podia armazenar até 30 mil toneladas de grãos.
Serhiy Gaidai acrescentou que "na empresa tinha sido instalado um laboratório com equipamentos de última geração" e acusou os russos de quererem "organizar um 'Holodomor'".
"Nas cidades ocupadas registaram-se casos de exportação de cereais ucranianos para a Federação Russa", acrescentando que "antes, os invasores também destruíram todos os armazéns de alimentos em Severodonetsk".
O vice-ministro ucraniano da Política Agrícola, Taras Vysotski, declarou no sábado que as tropas russas apreenderam "centenas de milhares de toneladas" de cereal nos territórios ocupados e que se espera que apreendam a maior parte do que não está armazenado, estimado em milhão e meio de toneladas.
O portal noticioso ucraniano LB denunciou há uma semana que na região de Kherson, controlada pelas tropas russas, as forças de Moscovo só permitem aos agricultores fazer as sementeiras se se comprometerem a dar depois 70% das colheitas futuras.
Cerca de 4,5 milhões de grãos estão bloqueadas nos portos ucranianos por causa do ataque russo, afirmou a organização em comunicado.
Por esta razão, as exportações estão a ser feitas apenas por via terrestre, através das ligações ferroviárias e rodoviárias ao oeste do país, o que permite exportar apenas um milhão de toneladas por mês.
Antes da guerra, as exportações anuais por barco atingiam os 160 milhões de toneladas, contrastou a USPP, que reforçou a diferença ao dizer que dessa forma o complexo agroindustrial ucraniano alimentava 400 milhões de pessoas.
"A guerra da Federação Russa contra a Ucrânia transtornou a estabilidade alimentar no mundo e colocou as regiões mais vulneráveis em risco de sofrerem fome", denunciou a organização.
Por isso, pediu ao governo de Kiev que solicite ajuda de outros Estados e organizações internacionais para organizar de forma conjunta um corredor marítimo que permita exportar o grão que está bloqueado em portos como os de Odessa e Nikolaev.
"É claro que é uma tarefa difícil, mas pelo menos devemos começar consultas com a ONU e os Estados aliados. É uma área de interesse comum", destacou no texto.
O presidente da USPP, Anatoly Kinakh, assinalou também que existem acordos com a Alemanha e Lituânia para criar uma "ponte de grão", usando para tal a ferrovia europeia e uma rede de terminais.
"Isto multiplicaria por cinco a capacidade de exportação, mas o número anual continuaria a ser entre 65 milhões e 70 milhões, metade das exportações marítimas", comparou Kinakh.
O ataque russo à Ucrânia afetou fortemente as enormes exportações de trigo e outros cereais, o que, segundo a agência da ONU para a alimentação (FAO, na sigla em Inglês), contribuiu para que os preços dos alimentos tenham subido para máximos dos últimos 30 anos.
O vereador do PS da Câmara de Setúbal diz que o presidente da autarquia sabia muito bem das ligações do presidente da associação que recebe ucranianos ao Kremlin. Fernando José diz que é mais uma demonstração de incompetência do autarca.
Ataques russos na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, mataram 21 civis e feriram 27 esta terça-feira, disse o governador regional Pavlo Kyrylenko nas redes sociais.
Kyrylenko afirmou que este número, que inclui dez mortos numa fábrica na cidade de Avdiivka, foi o maior número diário de mortes na região desde um ataque no mês passado a uma estação ferroviária na cidade de Kramatorsk, no qual mais de 50 pessoas morreram.
Dia 2 de maio, o responsável pela diplomacia russa, Sergei Lavrov, provocou uma tempestade internacional ao afirmar irritado que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, podia bem ser Nazi mesmo sendo judeu já que "Hitler também tinha sangue judeu" e porque "os piores antissemitas são habitualmente judeus".
Em vez de adquirir simpatizantes para a alegação de que a Ucrânia tem der ser libertada do domínio Nazi, argumento que serviu de base à operação especial em curso lançada pelo Kremlin a 24 de fevereiro, Lavrov esteve à beira de ser acusado ele próprio de simpatias nazi.
Já esta terça-feira, Lavrov acusou Israel de apoiar os neonazis na Ucrânia, escalando o feudo.
A embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, rejeitou hoje as críticas de que o Conselho de Segurança fracassou em travar a guerra na Ucrânia e classificou o isolamento da Rússia como um sucesso do órgão.
"Apesar do desafio, temos sido extremamente bem-sucedidos em isolar a Rússia. Temos tido sucesso em unificar as vozes que condenam a Rússia na Assembleia-Geral da ONU e no Conselho de Segurança. Temos tido sucesso em aprovar resoluções humanitárias sobre a Ucrânia, e temos tido sucesso em suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos", argumentou a diplomata num briefing à imprensa, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Em sentido inverso à posição da diplomata, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na semana passada que o Conselho de Segurança "falhou em fazer tudo o que estava ao seu alcance para prevenir e acabar com esta guerra".
A cidade tem sido alvo de bombardeamentos. O enviado especial da RTP, Paulo Jerónimo, dá conta dos últimos desenvolvimentos.
A Eslováquia e a Hungria disseram hoje que não apoiarão sanções contra a energia russa que a União Europeia (UE) está a preparar, alegando que estão demasiado dependentes dela e que não têm alternativas.
A Comissão Europeia elaborou novas propostas de sanções contra Moscovo, por causa da invasão da Ucrânia, que podem incluir um embargo gradual ao petróleo russo, que os 27 países membros começarão a discutir na quarta-feira.
O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, escreveu na rede social Twitter que a Comissão Europeia quer atingir mais bancos, atacar os responsáveis de espalhar desinformação sobre a guerra na Ucrânia e "atacar as importações de petróleo".
Em resposta, o ministro da Economia da Eslováquia, Richard Sulik, explicou que a única refinaria do país, a Slovnaft, não pode mudar imediatamente do petróleo russo para outro tipo de petróleo.
A Hungria também é altamente dependente da energia russa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, já disse que o seu país não aprovará qualquer sanção "que torne impossível o transporte de gás natural ou petróleo da Rússia para a Hungria".
(agência Lusa)
Na cidade de Lviv, foram atingidas num ataque com mísseis três subestações de distribuição de energia. Uma parte da cidade está sem energia e sem água.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, responsabilizou hoje o seu homólogo russo, Vladimir Putin, pela morte de 11 jornalistas na guerra na Ucrânia e por tentar "silenciar" os que querem dizer a verdade sobre o conflito.
Num comunicado por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Biden lamentou as mortes e os ferimentos sofridos por pelo menos 11 repórteres, desde o início da invasão russa da Ucrânia.
O Presidente norte-americano criticou ainda o Kremlin por ter promovido uma lei de "desinformação" que tenta silenciar os media e que aposta na repressão e na censura, o que levou muitos meios de comunicação social a deixar a Rússia.
"Este é o preço que os trabalhadores dos media e as suas famílias estão a pagar por nos contarem sobre a guerra brutal e injusta de Putin na Ucrânia", disse Biden.
O líder norte-americano defendeu que a imprensa livre "não é inimiga do povo", mas antes a "guardiã da verdade", prometendo diversas iniciativas para a proteger.
O Presidente da República declarou hoje que em Portugal "há lugar para todas as opiniões", afirmando que não lhe compete "entrar em debates", após questionado sobre a posição do PCP face a críticas da associação de refugiados ucranianos.
"Felizmente, Portugal é um país livre e há lugar para todas as opiniões. Nós podemos concordar muito ou concordar pouco, há lugar para todas as opiniões, não compete ao Presidente da República estar a entrar nos debates concretos que ocorrem na sociedade portuguesa", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República foi questionado, no Porto, sobre a posição do PCP, que hoje exigiu um "posicionamento inequívoco dos órgãos de soberania" sobre as críticas de que foi alvo por parte do presidente da associação Refugidos Ucranianos (UAPT), que no sábado disse à agência Lusa não perceber "como é que Portugal, um país democrático, continua a ter um partido como o PCP" e considerou que aquele partido está a "apoiar a guerra".
(agência Lusa)
O parlamento ucraniano aprovou hoje uma lei que regulamenta a proibição da atividade dos partidos políticos considerados "pró-russos", uma medida em vigor desde 20 de março, após ter sido aprovada pelo Conselho Nacional de Segurança e Defesa.
Um total de 330 dos 450 deputados da Rada Suprema (nome do parlamento unicameral ucraniano) votaram a favor do projeto de lei, que ali tinha sido apresentado a 28 de março, segundo a agência Unian.
A lei permite proibir a atividade dos partidos políticos que neguem ou justifiquem a agressão russa à Ucrânia.
No dia 20 de março, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que o Conselho Nacional de Segurança e Defesa tinha acordado suspender a atividade de 11 partidos de forma temporária, enquanto estivesse em vigor a lei marcial.
(agência Lusa)
Deputados ucranianos fizeram hoje múltiplos convites aos homólogos portugueses para visitarem a Ucrânia e verem presencialmente a destruição e crimes cometidos pelas forças russas, e reforçaram os pedidos de sanções, apoio militar e no processo de adesão à UE.
Os convites repetiram-se nas intervenções, por videoconferência, na primeira reunião conjunta das comissões de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e dos Assuntos Europeus com a Comissão de Integração da Ucrânia na União Europeia (UE), do Parlamento ucraniano.
Numa sessão de quase uma hora e meia, os deputados portugueses condenaram, de novo, a agressão russa à Ucrânia e concordaram que o pedido de adesão à UE deve ser visto tendo em conta "o momento e as circunstâncias excecionais", para que não demore anos.
Sérgio Sousa Pinto, presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, salientou que os deputados portugueses estão "muito cientes da vontade da Ucrânia de aderir à UE" e manifestou "amizade, solidariedade e apoio".
(agência Lusa)
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestou hoje "satisfação" pela retirada "de mais de 100 civis" do complexo industrial siderúrgico Azovstal, na cidade ucraniana de Mariupol, pedindo "mais pausas humanitárias".
"Estou satisfeito por mais de 100 civis terem sido retirados com sucesso da siderúrgica Azovstal em Mariupol, numa operação coordenada com sucesso pelas Nações Unidas e pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha", disse Guterres em comunicado.
O secretário-geral disse esperar que a coordenação contínua da ONU com Kiev e Moscovo "leve a mais pausas humanitárias", que "permitirão aos civis uma passagem segura para longe dos combates e que a ajuda chegue às pessoas onde as necessidades são maiores".
A ONU anunciou hoje a retirada "bem-sucedida" de 101 civis há semanas encurralados no complexo industrial siderúrgico de Azovstal, em Mariupol, cidade cercada pelo exército russo que, entretanto, lançou sobre ela uma nova ofensiva.
Durante uma chamada telefónica que durou cerca de duas horas, o presidente francês, Emmanuel Macron, exortou o seu homólogo russo, Vladimir Putin, a "permitir que as evacuações continuem" do complexo siderúrgico de Azovstal, em Mariupol.
Esta evacuação deve ser feita "em coordenação com os agentes humanitários e deve deixar a escolha do destino nas mãos dos civis retirados, de acordo com o direito internacional humanitário", especificou a presidência francesa, no dia em que o exército russo lançou um ataque contra a fábrica, de onde cerca de 100 civis foram retirados no fim de semana.
Emmanuel Macron voltou a expressar a sua “profunda preocupação com Mariupol e a situação no Donbass", indicou o Eliseu.
Durante a conversa com Vladimir Putin, Emmanuel Macron, recentemente reeleito, "assinalou a sua contínua disponibilidade para trabalhar nas condições de uma solução negociada para permitir a paz e o pleno respeito à soberania e integridade territorial da Ucrânia", reiterando os apelos para um cessar-fogo.
O presidente francês também garantiu a sua disponibilidade “para trabalhar com as organizações internacionais competentes para ajudar a suspender o embargo russo às exportações de alimentos da Ucrânia através do Mar Negro, tendo em conta as consequências na segurança alimentar mundial".
Pelo menos dez pessoas morreram e 15 ficaram feridas na consequência de um ataque russo a uma fábrica em Avdiivka, no leste da Ucrânia, anunciou o governador da região de Donetsk esta terça-feira na rede social Twitter, alertando que o número de vítimas “ainda pode aumentar”.
At least 10 killed,15 injured – aftermath of russian shelling of Avdiivka coke plant.Number of casualties still can rise.
— Павло Кириленко (@Pavlo_Kyrylenko) May 3, 2022
Russians knew exactly where to hit–workers just finished the shift and waited for a bus.
Russians will pay for their crimes!#RussiaKillsCivilians#StopRussia
"Os russos sabiam exatamente para onde estavam a apontar. Os trabalhadores tinham acabado de terminar o seu turno e estavam à espera numa paragem por um autocarro para irem para casa", disse o governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko. “A Rússia vai pagar pelos seus crimes”, rematou.
O exército russo e as forças pró-russas lançaram esta terça-feira um "forte ataque" contra a siderúrgica Azovstal, o último reduto de resistência ucraniana em Mariupol, anunciou um comandante do batalhão de Azov.
"Está em curso um forte ataque ao território de Azovstal, com o apoio de veículos blindados, tanques e tentativas de desembarque de tropas, com a ajuda de barcos e um grande número de elementos de infantaria", anunciou Sviatoslav Palamar, vice-comandante do regimento de Azov, no Telegram.
"Faremos de tudo para repeli-lo", acrescentou, pedindo também "medidas imediatas para retirar os civis" que ainda permanecem na fábrica, juntamente com os combatentes ucranianos.
Segundo Palamar, um forte bombardeamento na noite de segunda-feira matou duas mulheres e feriu "cerca de dez civis".
O Ministério da Defesa da Rússia já tinha anunciado anteriormente que tinha lançado uma nova ofensiva na siderúrgica, acusando os soldados ucranianos de se terem “aproveitado” do cessar-fogo para a retirada de civis para contra-atacar.
Mais de 100 civis foram retirados durante o fim de semana da siderúrgica Azovstal, graças a uma operação realizada com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). A caravana humanitária que transportava estes civis chegou esta terça-feira a Zaporizhia, 230 quilómetros a noroeste de Mariupol, onde foram recebidos por representantes da organização.
Estima-se, no entanto, que cerca de 200 civis ainda estão presos nesta fábrica em Mariupol.
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto, publicado hoje, que proíbe todo o tipo de operações com empresas e indivíduos sancionados pela Rússia, em resposta às "ações pouco amigáveis" de alguns países.
A proibição, de acordo com o decreto publicado no portal oficial de informação legislativa, vai desde agências estatais de qualquer nível até empresas e indivíduos sob a jurisdição da Rússia.
O Presidente russo deu instruções para que o governo elabore dentro de dez dias a lista de pessoas e entidades sancionadas.
De acordo com a disposição presidencial, todas estas pessoas e entidades não podem realizar operações, incluindo comércio externo, com pessoas jurídicas ou singulares, bem como com organizações por elas controladas, sujeitas a sanções.
Putin proibiu também o cumprimento de obrigações perante essas entidades ou pessoas decorrentes de transações, incluindo de contratos de comércio externo, no caso de tais obrigações não terem sido cumpridas ou parcialmente cumpridas até à entrada em vigor do decreto.
O decreto também veta transações financeiras em que o beneficiário é uma pessoa jurídica ou singular sancionada pela Rússia.
Os novos movimentos de Putin surgem numa altura em que a União Europeia considera aprovar um sexto pacote de sanções contra a Rússia, devido à invasão da Ucrânia por tropas russas.
Durante uma conversa telefónica com o presidente francês esta terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que o Ocidente deve parar de fornecer armas à Ucrânia, sugerindo que esses países poderiam usar a sua influência para impedir “atrocidades” ucranianas na região do Donbass.
“O Ocidente pode ajudar a pôr fim a essas atrocidades exercendo influência apropriada sobre as autoridades em Kiev e interrompendo o fornecimento de armas à Ucrânia”, disse o presidente russo, segundo um comunicado do Kremlin.
Vladimir Putin rejeitou as acusações de alegados crimes de guerra cometidos pelas suas próprias forças na Ucrânia e atribui a morte de civis ao que chama de nacionalistas e "neonazis”, acusando, por sua vez, as forças ucranianas de cometer crimes de guerra e a União Europeia de "ignorá-los".
O presidente russo acrescentou que, apesar da "inconsistência e falta de preparação de Kiev para um trabalho sério, a Rússia ainda está aberta ao diálogo".
O chefe da Cruz Vermelha na Ucrânia disse, no entanto, que um número desconhecido de civis continuam presos em Mariupol e áreas vizinhas.BREAKING: The safe passage operation that left #Mariupol over the weekend has safely arrived in Zaporzhzhia.
— ICRC (@ICRC) May 3, 2022
Our teams, working with @UN personnel, escorted +100 people who were able to leave the city and surrounding areas. pic.twitter.com/fjChmhsOVb
"Esperávamos que muitas mais pessoas pudessem entrar na caravana e sair daquele inferno. É por isso que temos sentimentos contraditórios", disse Pascal Hundt, do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
O chefe da Cruz Vermelha também expressou preocupação pelas notícias que dão conta que os combates foram retomados em Azovstal, mas disse que o CICV continuará a lutar pela retirada dos restantes civis.
As Nações Unida anunciaram que foram retiradas com sucesso cerca de 101 pessoas da siderúrgica Azovstal, estando já a maioria em Zaporizhia a receber assistência humanitária.
"Graças à operação, 101 mulheres, homens, crianças e idosos puderam finalmente deixar os bunkers da siderúrgica Azovstal e ver a luz do dia depois de dois meses", disse Osnat Lubrani, coordenador humanitário da ONU para a Ucrânia, num comunicado enviado aos jornalistas.
As empresas industriais alemãs e o comércio por grosso só muito dificilmente conseguem substituir as importações da Rússia, Ucrânia ou Bielorrússia, de acordo com um inquérito publicado hoje pelo instituto económico alemão ifo. Num comunicado hoje divulgado, o ifo refere ainda que apenas 13,8 por cento das empresas industriais com problemas de abastecimento destes países podem substituir completamente as suas fontes de abastecimento a curto prazo, e para 43,4 por cento isto só é possível em parte.
Outros 16,3 por cento disseram que diferentes fontes de abastecimento não fazem sentido económico, 13,8 por cento disseram que é impossível, e 12,7 por cento não sabiam o que responder.
As tropas russas prosseguem a ofensiva a sul, tendo em vista vedar o acesso ucraniano ao Mar Negro e ao Mar de Azov. A evolução da guerra nesta região da Ucrânia está a ser acompanhada pelos enviados especiais da RTP.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pediu esta terça-feira um cessar-fogo na Ucrânia e negociações de paz entre Kiev e Moscovo.
"Apelamos a um cessar-fogo imediato na Ucrânia e pela adoção do diálogo e da diplomacia para resolver o problema", disse Modi numa conferência de imprensa em Copenhaga.
São esperados em Zaporizhia os primeiros 100 civis retirados da fábrica Azovstal, em Mariupol. A caravana humanitária avança muito lentamente e tem falhado todas as previsões de chegada. No complexo industrial da cidade do sul da Ucrânia estarão ainda pelo menos 200 civis à espera de resgate.
Funcionários e voluntários da Organização Mundial da Saúde (OMS) estão no centro de acolhimento de pessoas deslocadas em Zaporizhia, no sul da Ucrânia, para auxiliar os civis que devem chegar hoje de Mariupol com ferimentos e problemas psicológicos.
"Estamos preparados para cuidar de pessoas com queimaduras, fraturas, feridas de guerra, infeções, condições respiratórias... é provável que também cheguem mulheres grávidas e pessoas com sintomas de desnutrição", disse Dorit Nizan, coordenadora da OMS, por videoconferência a partir de Zaporizhia.
Especialistas em trauma também foram mobilizados, detalhou Nizan, referindo que, para já, não é possível prever com precisão o número de pessoas que, transportadas em autocarros, chegarão nesta operação de evacuação de Mariupol, uma cidade há cerca de dois meses cercada e sob os ataques das forças russas.
"A cidade tinha meio milhão de pessoas antes da guerra e estima-se que restem pelo menos 100.000", referiu a representante da OMS, adiantando que algumas pessoas que deixaram Mariupol individualmente, especialmente mulheres e crianças, já foram tratadas no centro de Zaporizhia.
"Muitos choram quando chegam, e às vezes são tratados por médicos, principalmente por ferimentos ligeiros", referiu Dorit Nizan, para quem um dos grandes desafios é o cuidado da saúde mental destas pessoas.
O exército russo e as forças pró-russas lançaram esta terça-feira uma nova ofensiva na fábrica de Azovstal, o último reduto de resistência ucraniana na cidade de Mariupol, de onde civis foram retirados nos últimos dias graças a um cessar-fogo.
Segundo avança a agência de notícias RIA, que cita o Ministério russo da Defesa, Moscovo lançou esta nova ofensiva por considerar que os soldados ucranianos se “aproveitaram” do cessar-fogo para contra-atacar.
"Foi declarado um cessar-fogo, os civis tiveram que ser retirados do território de Azovstal. Militares ucranianos e do batalhão de Azov, que estão estacionados na fábrica, aproveitaram-se. Eles saíram do porão, assumiram posições de tiro no território e nos prédios da fábrica", escreve a agência, citando o ministério russo.
"Agora, unidades do exército russo e da República Popular de Donetsk, usando artilharia e aeronaves, estão a começar a destruir essas posições de tiro", acrescenta o ministério.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, falou esta terça-feira, por videoconferência, no Parlamento ucraniano, onde anunciou mais 300 milhões de libras (cerca de 356 milhões de euros) em ajuda militar a Kiev, que inclui radares e drones.
"Esta última doação de veículos blindados ajudará a proteger ucranianos inocentes que tentam fugir dos bombardeamentos russos e apoiar as autoridades ucranianas que realizam trabalhos vitais", disse a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, em comunicado.
"Nós, que somos vossos amigos, devemos ser humildes sobre o que aconteceu em 2014, porque a Ucrânia foi invadida antes pela primeira vez, quando a Crimeia foi tirada da Ucrânia e a guerra no Donbass começou”, afirmou.
"A verdade é que fomos muito lentos para perceber o que realmente estava a acontecer e falhamos coletivamente em impor as sanções que deveríamos ter colocado contra Vladimir Putin", disse Johnson. "Não podemos cometer o mesmo erro novamente", asseverou.
Pelo menos nove civis foram mortos por bombardeamentos russos na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, esta terça-feira, disse o governador regional.
Esta terça-feira, Moscovo acusou Israel de "apoiar o regime neonazi de Kiev", depois de o chefe da diplomacia russa ter declarado que, à semelhança de Volodymyr Zelensky, Adolf Hitler tinha "sangue judeu".
"Prestamos atenção às declarações anti-históricas do ministro dos Negócios Estrangeiros [israelita] Yair Lapid, que explicam a decisão do atual Governo de apoiar o regime neonazi em Kiev", disse a diplomacia russa em comunicado.
"Infelizmente, a história conhece exemplos trágicos de cooperação entre judeus e nazis", acrescentou o comunicado.
Além disso, Moscovo acusa Jerusalém de "ignorar a epidemia de destruição e profanação de monumentos aos verdadeiros justos do mundo: os soldados do Exército Vermelho que pararam o Holocausto e salvaram o mundo judaico", e parece traçar um paralelo entre antissemitismo e "russofobia" na Ucrânia.
❗️ Обратили внимание на антиисторические заявления главы МИД Израиля @yairlapid, во многом объясняющие курс нынешнего Правительства Израиля на поддержку неонацистского режима в Киеве.
— МИД России 🇷🇺 (@MID_RF) May 3, 2022
☝️ О том, есть ли на Украине неонацисты на самом деле: https://t.co/su6LL5VYoX
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto sobre sanções económicas de retaliação às "ações hostis de certos Estados estrangeiros e organizações internacionais", anunciou o Kremlin esta terça-feira. De acordo com o decreto, a Rússia vai proibir a exportação de produtos e matérias-primas para pessoas e entidades por ela sancionadas.
O decreto também proíbe transações com indivíduos e empresas estrangeiras atingidas pelas sanções de retaliação da Rússia e permite que as contrapartes russas não cumpram suas obrigações para com elas.
A União Europeia quer aprofundar a cooperação com países africanos, como Nigéria, Senegal e Angola, para aumentar as compras de gás natural liquefeito e assim reduzir a dependência da Rússia em dois terços este ano.
De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, o esboço da nova estratégia europeia, que deverá ser aprovada pela Comissão Europeia ainda este mês no âmbito do plano para reduzir e dependência energética de Moscovo, pretende aprovar o potencial ainda por explorar dos países no ocidente de África, entre os quais estão os lusófonos Angola e Guiné Equatorial, ambos produtores de gás natural liquefeito.
O bloco dos 27 países europeus quer afastar-se do maior fornecedor, a Rússia, no seguimento da invasão da Ucrânia, e preparar a região para importar 10 milhões de toneladas de hidrogénio até 2030 para ajudar a substituir o gás da Rússia, em linha com o ambicioso projeto de descartar a utilização de combustíveis fósseis e atingir a neutralidade climática até meio deste século.
(Agência Lusa)
Um porta-voz da Organização Mundial da Saúde confirmou, esta terça-feira, que se vai realizar uma reunião especial na próxima semana sobre o impacto invasão russa na Ucrânia na saúde.
"Haverá uma reunião a 10 de maio sobre o impacto da guerra no sistema de saúde da Ucrânia", disse Tarik Jasarevic numa conferência de imprensa em Genebra.
A evacuação de Mariupol continua esta terça-feira, mas os civis retirados na fábrica de Azovstal ainda não chegaram a Zaporizhia, uma vez que a caravana humanitária da ONU terá sido "travada logo à saída de Mariupol".
Segundo as informações avanças pelo autarca de Mariupol, na noite de segunda para terça-feira, a caravana foi travada a 30 quilómetros da cidade e que hoje de manhã partiu rumo a Zaporizhia.
Contudo, o enviado especial da RTP confirmou que chegou ao local um autocarro humanitário com civis de Mariupol, mas não de Azovstal. Prevê-se que os cidadãos que estavam nas ruínas da fábrica da região cheguem ao longo do dia de hoje, embora a expectativa é que tivesse chegado ontem.
De acordo com as informações que a RTP recebeu esta manhã, o sexto pacote de sanções europeias só será apresentado amanhã quando a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falar no Parlamento Europeu.
Contudo, a proposta deve ser apresentada aos Estados-membros até ao final do dia de hoje, a tempo de ser analisada na reunião de Coreper (embaixadores) de amanhã. Só depois pode ser enviada para as capitais, para adoção formal por procedimento escrito, à semelhança dos pacotes anteriores, para evitar que os chefes da diplomacia europeus tenham de ser convocados a Bruxelas.
As forças ucranianas conseguiram travar as operações militares terrestres da Rússia no sul da Ucrânia, eliminando 122 soldados russos, afirmou hoje o Comando Militar Sul ucraniano na rede social Facebook.
"O inimigo, fortificado em posições defensivas, não realizou ações ativas nas regiões de Kherson e Mykolaiv (no sul do país, onde controla grandes áreas) nas últimas 24 horas", assegurou o comando ucraniano posicionado na área. "No entanto, Mykolaiv e os seus arredores foram atacados por vários lançadores de foguetes. O inimigo mais uma vez disparou contra instalações industriais. Felizmente, nenhuma vítima foi relatada".
O Comando Militar ucraniano explicou que na região de Kherson "uma tentativa de um grupo de sabotagem e reconhecimento de tomar nosso posto de observação foi frustrada e esmagada por fogo de morteiro".
"As nossas unidades de mísseis e artilharia realizaram mais de uma centena de lançamentos" que causaram uma "perda total de 122 (soldados mortos) nas fileiras inimigas nas últimas 24 horas", acrescentou a fonte.
As forças ucranianas, agrupadas no comando "Pivden", lembraram que, além de dois barcos de assalto blindados que foram abatidos ao amanhecer, os militares ucranianos também eliminaram várias unidades blindadas e autopropulsadas, assim como um ‘drone’ de reconhecimento "Forpost" que tentava sobrevoar a cidade de Odessa a partir do mar. Depois de os russos atacarem duas vezes a região de Odessa com mísseis nas últimas horas, "continuaram a destruir a ponte sobre o estuário do Dnister, atingindo-a com mísseis de cruzeiro 'Yakhont'", disse o Comando Militar ucraniano.
Mísseis russos de alta precisão atingiram um centro logístico, localizado num aeródromo militar perto de Odessa, na Ucrânia, que era alegadamente usado para entregar armamentos entregues a Kiev pelo Ocidente, disse o Ministério da Defesa russo esta terça-feira.
"Armazéns com drones Bayraktar TB2 não tripulados, assim como armas de mísseis e munições dos Estados Unidos e de países europeus, foram destruídos", lê-se no comunicado, citado pela Reuters.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou hoje o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, de "culpar o povo judeu pelos crimes nazis", frisando que a Rússia "esqueceu-se de todas as lições da Segunda Guerra Mundial".
Num discurso publicado hoje de madrugada, Zelensky recordou que o "ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse abertamente que os maiores antissemitas, supostamente, encontram-se entre os próprios judeus e que provavelmente Hitler tinha sangue judeu".
"Como se pode dizer uma coisa destas na véspera da data que assinala a vitória sobre o nazismo [09 de maio de 1945]. Estas palavras significam que o primeiro diplomata da Rússia está a acusar o povo judeu pelos crimes nazis. Não há palavras", disse Zelensky.
As autoridades ucranianas preveem que os civis retirados das ruínas da siderúrgica de Azovstal na cidade de Mariupol, ocupada pela Rússia, cheguem à cidade de Zaporizhia, controlada pela Ucrânia, ainda esta terça-feira.
"A coluna [humanitária] está a dirigir-se em direção a Zaporizhia. A evacuação continua", disse Boichenko na televisão nacional. "Estamos a limitar as informações e esperamos que os civis retirados de Azovstal cheguem ao destino”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje que a retirada de civis da cidade de Mariupol, no sul do país, vai continuar hoje, esperando a eficácia dos corredores humanitários de Berdiansk, Tokmak e de Vasylivka. Num discurso que foi publicado hoje de manhã nas redes sociais, o chefe de Estado ucraniano disse que Kiev continua a fazer "todos os possíveis para salvar" os civis de Mariupol e que a operação de retirada vai continuar.
"Amanhã (quarta-feira) também esperamos movimento através dos corredores humanitários de Berdyansk, Tokmak e de Vasylivka", em direção de Zaporizhia, acrescentou.
A operação de retirada de cidadãos ucranianos de Mariupol, cidade portuária no Mar de Azov, que está a ser coordenada pelas Nações Unidas e pela Cruz Vermelha Internacional, mantém-se mas verificam-se muitas dificuldades pondo em questão a continuidade da operação.
(Agência Lusa)
A Hungria não vai apoiar a imposição de sanções que impossibilitem a importação de petróleo e gás da Rússia para a Hungria, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto, num comunicado esta terça-feira.
Falando no Cazaquistão, Szijjarto disse que as importações de petróleo russo, através do oleoduto Druzhba, representavam cerca de 65 por cento do petróleo necessário na Hungria e que não há rotas alternativas de abastecimento que o garantam.
O orçamento de Defesa da Rússia quase duplicou entre 2005 e 2018, divulgou o Ministério da Defesa do Reino Unido. Numa atualização sobre a situação na Ucrânia, os serviços de inteligência britânicos afirmam que a Rússia investiu, nos últimos anos, no setor aéreo, terrestre e marítimo.
“A partir de 2008, isto sustentou o amplo programa de modernização militar New Look”, revela o Ministério numa publicação no Twitter.
“No entanto, a modernização do seu equipamento físico não permitiu à Rússia dominar a Ucrânia”, conclui ainda. “Falhas tanto no planeamento estratégico como na execução operacional” tornaram a Rússia “incapaz de traduzir força numérica em vantagem decisiva”.
“As forças armadas da Rússia estão agora significativamente mais fracas, tanto material como conceptualmente, como resultado da invasão da Ucrânia”.
O Reino Unido considera que, para além disso, “a recuperação disso será exacerbada pelas sanções”, o que “terá um impacto duradouro na capacidade da Rússia de implantar força militar convencional”.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 03 May 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) May 3, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/xvqMIBbfFS
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Mais de 200 civis ainda estão encurralados com combatentes na grande siderúrgica da cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, disse o prefeito Vadym Boychenko esta terça-feira.
Segundo o autarca, cerca de 100.000 civis ainda estavam na região que foi ocupada pelas forças russas.
A Itália pretende cortar a sua dependência do gás russo até o segundo semestre de 2024, disse o ministro da Transição Ecológica da Itália, Roberto Cingolani, numa entrevista publicada esta terça-feira.
"Devemos ser autónomos no segundo semestre de 2024, podemos ficar sem importar gás russo", disse Cingolani em entrevista ao jornal La Repubblica.
Questionado sobre o mecanismo de pagamento de rublos proposto para o gás russo, Cingolani disse que a Comissão da Europeia tem de tomar uma decisão política "clara e inequívoca" para evitar que a responsabilidade seja transferida para os governos individuais e empresas de petróleo e gás.
O Papa Francisco disse, numa entrevista publicada esta terça-feira, que pediu uma reunião em Mosocovo com o presidente russo, Vladimir Putin, para tentar parar a guerra na Ucrânia, mas não recebeu resposta. O Papa também disse ao jornal italiano Corriere Della Sera que o patriarca Kirill da Igreja Ortodoxa Russa, que apoiou a guerra, "não pode tornar-se o coroinha de Putin".
É já o sexto pacote de medidas com incidência na economia em Moscovo. Desta vez pode incluir a importação de petróleo. Prevê-se que haja um embargo progressivo do petróleo da Rússia.
O objetivo desta medida é que a União Europeia deixe de comprar petróleo russo até ao final do ano. O chefe da diplomacia europeia adiantou, entretanto, que uma das novas sanções será excluir mais bancos russos do sistema bancário que permite transferências internacionais.
Pelo menos três civis foram mortos no bombardeamento russo da cidade de Vuhledar, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, esta terça-feira, informou o gabinete do presidente ucraniano.
• O Kremlin assumiu o controlo da Internet na cidade ucraniana de Kherson, 24 horas depois de ter ocorrido um apagão dos serviços ‘online’ naquele centro portuário, no Mar Negro, tomado pelos russos em março. Doug Madory considerou a situação “estranhamente semelhante” à que aconteceu após a Rússia ter anexado a Crimeia em 2014. O monitor de Internet Netblocks, com sede em Londres, como Doug Madory, informou que o tráfego na região de Kherson havia sido redirecionado na noite de domingo pela Rostelecom, controlada pelo Estado russo, após uma interrupção de um dia.
• O líder da oposição alemã, Friedrich Merz, anunciou a intenção de visitar a Ucrânia esta semana, algo que nenhum elemento do Governo de Olaf Scholz fez desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro. O líder do partido de direita conservadora lamentou ainda que não exista “nenhum sinal” ou intenção da parte do chefe de Governo alemão, Olaf Scholz, de viajar também até Kiev. No entanto, negou que a sua decisão tenha qualquer intenção eleitoralista de apoio ao chefe de Governo da Renânia do Norte - Westfalia, Henrick Wüst.
• O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deverá anunciar esta terça-feira mais 300 milhões de libras (cerca de 356 milhões de euros) em ajuda militar a Kiev durante a sua intervenção, por videoconferência, no Parlamento ucraniano. Boris Johnson será o primeiro líder ocidental a dirigir-se ao Parlamento da Ucrânia, desde o início da invasão russa. Segundo Downing Street (gabinete do primeiro-ministro), o governante irá manifestar o apoio do Reino Unido aos deputados ucranianos, durante a sua intervenção prevista para as 10h00 (09h00 em Lisboa).