Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, denunciou um uso "cínico" da guerra provocada pela invasão russa da Ucrânia para procurar proteger os combustíveis fósseis e travar a transição energética.
"Os interesses dos combustíveis fósseis estão a usar cinicamente a guerra na Ucrânia para assegurar um futuro com carbono elevado", lamentou Guterres em mensagem vídeo, dirigida ao grupo de peritos que criou para analisar os compromissos relativos às emissões de gases com efeito de estufa feitos por atores não estatais.
O comité, que realizou hoje a sua primeira reunião, de forma virtual, tem por objetivo definir padrões claros sobre redução a zero das emissões dos gases com efeito de estufa por parte de empresas, investidores, cidades e regiões.
Guterres entende que é fundamental assegurar que os compromissos que se têm anunciado sejam "ambiciosos e credíveis".
A vice-ministra das Relações Exteriores ucraniana, Emine Dzhaparova, apelou hoje no Conselho de Segurança a que as relações com a Rússia não sejam reatadas antes de ser feita justiça pelos crimes das tropas russas em solo ucraniano.
"Cada um dos soldados que cometeu atrocidades deve ser levado à justiça. Aqueles que violaram meninas e lhes partiram os dentes, aqueles que mataram ciclistas, aqueles que fuzilaram pessoas na fila do pão, destruíram maternidades. Estas pessoas têm caras e nomes e devem ser levadas à justiça", apelou Emine Dzhaparova.
"Quando o Presidente russo, Vladimir Putin, cair - e ele vai cair -, não podemos restaurar relações com a Rússia sem que seja feita justiça", acrescentou, numa reunião do Conselho de Segurança denominada "Garantir a responsabilização pelas atrocidades cometidas na Ucrânia".
No mesmo sentido, vários diplomatas junto da ONU pediram a responsabilização criminal de cada militar que cometeu atrocidades na Ucrânia, como violações sexuais ou homicídios arbitrários.
A Ucrânia disparou três rockets no centro da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, na noite de quarta-feira, mas as forças de ocupação russas destruíram dois deles, segundo avança a agência de notícias russa RIA.
Um correspondente da agência tinha reportado anteriormente uma série de fortes explosões na cidade ocupada pelos russos, que terão ocorrido perto da estação de televisão.
Cecilia Bonefeld-Dahl, conselheira da NATO para tecnologias disruptivas e diretora da Digital Europe, avisa que é preciso temer a Rússia e que a campanha de ciberataques não pode ser menosprezada.
Em entrevista exclusiva à RTP, a diretora da principal associação da indústria de tecnologia digital na Europa considerou que a guerra na Ucrânia está para durar e cita o exemplo do ataque informático a um hospital português como uma violação de soberania. A reportagem do é do correspondente da Antena 1 nos Estados Unidos, João Ricardo de Vasconcelos.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje que espera que a ideia de abrir alguns corredores humanitários na Ucrânia tenha "pernas para andar" após o encontro entre António Guterres e Volodymyr Zelensky.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e o presidente ucraniano reúnem-se na quinta-feira, em Kiev, depois de o português se ter encontrado com o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira, em Moscovo, para mediar o conflito.
"O próprio secretário-geral foi cuidadoso, baixou as expectativas dizendo que era difícil convencer Putin, mas que persistia com a ideia de ser possível abrir pelo menos alguns corredores humanitários, que é dramático em certas áreas da Ucrânia, como Mariupol e zonas muito sensíveis. Vamos ver se, depois do encontro com o presidente Zelensky, essa ideia tem pernas para andar ou não", expressou o chefe de Estado aos jornalistas.
À margem da receção à Missão Portuguesa aos Jogos Surdolímpicos, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "há um jogo de palavras nestas situações militares, em que o que se diz é para produzir efeito dos vários lados", considerando que este processo de Guterres é "discreto, difícil e que exigirá muito por parte do secretário-geral da ONU".
Enquanto "um pretende certos objetivos no terreno e conquistá-los rapidamente", o outro "está a defender o seu país e a integridade territorial, não querendo obviamente perder fatias do território", num diálogo entre "duas posições tão opostas", apontou.
"É muito importante perceber-se qual é o estado de espírito. Assim como o secretário-geral da ONU foi muito claro a dizer que era difícil convencer Putin, agora vamos ver o que ele diz, se é fácil ou difícil convencer o presidente Zelensky. Cada um deles, como diz o povo português, puxa a brasa à sua sardinha", realçou Marcelo Rebelo de Sousa.
A ofensiva russa no sul da Ucrânia está a provocar mais um êxodo em massa. Milhares de pessoas estão a fugir para oeste em direção à Moldova.
Os enviados-especiais da RTP ao sul da Ucrânia, António Mateus e Rodrigo Lobo, dirigiram-se para o setor da frente de combate.
A Rússia denunciou ataques a alvos militares e logísticos em território russo em Belgorod e Briansk feitos a partir de território ucraniano, com drones fornecidos pelas autoridades turcas ou pelos aliados ocidentais. Este facto levou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia a ameaçar recorrer às armas nucleares e a falar de uma Terceira Guerra Mundial.
Os corpos terão sido sepultados pelos próprios moradores de uma aldeia que quase desapareceu do mapa. Os enviados-especiais da RTP a Kiev, Hélder Silva e André Mateus Pinto, visitaram a vila de Horenka.
A Comissão Europeia está a aconselhar os países da União Europeia a manterem o euro ou o dólar nos contratos de gás existentes com a Rússia e a não pagarem pelo gás em rublos, disse o chefe de política energética Kadri Simson, esta quarta-feira.
"Há uma orientação clara para as empresas respeitarem os contratos existentes e não concordarem com pagamentos em rublos", disse Simson numa reunião entre os Estados Unidos e a UE.
A Ucrânia disse esperar "semanas extremamente difíceis" contra o exército russo, que "já acumulou forças para uma grande ofensiva no leste" do país.
“Temos semanas extremamente difíceis pela frente”, alertou o ministro ucraniano da Defesa, Oleksiy Reznikov, em comunicado, pedindo aos ucranianos “resiliência e união” após mais de dois meses de conflito com a Rússia.
Segundo referiu, o exército russo "já consciente da sua derrota, vai tentar infligir os maiores sofrimentos possíveis" aos soldados ucranianos, a quem exortou para "aguentarem o golpe".
Pouco antes, o exército ucraniano tinha reconhecido um avanço das forças russas no leste do país, com o controlo de diversas localidades na região de Kharkiv e no Donbass.
Em 18 de abril, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou o início da ofensiva russa no leste do país, onde uma parte permanece sob controlo dos separatistas russófonos desde 2014, e que agora constitui o objetivo prioritário de Moscovo.
"A concretização dos acordos [com países estrangeiros], a formação e a deslocação da logística levam um certo tempo", lamentou Reznikov, apesar de se congratular pelo "aumento da ajuda [militar] à Ucrânia".
“A Comissão Europeia concordou em remover todos os direitos e quotas sobre as exportações ucranianas por um ano, bem como suspender as tarifas antidumping”, anunciou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Telegram.
Zelensky agradeceu à Comissão Europeia, sublinhando que “neste momento, isso nos permitirá manter a atividade económica máxima na Ucrânia, a nossa produção nacional”.
Em comunicado, o executivo comunitário anunciou a proposta, explicando que “constitui um gesto de apoio sem precedentes para um país em guerra”, prevendo, além da suspensão dos direitos sobre as importações da UE na Ucrânia, a cessação também por um ano de “todas as medidas antidumping e de salvaguarda da UE em vigor sobre as exportações de aço ucraniano”.
De acordo com a instituição, “esta medida de grande alcance foi concebida para ajudar a impulsionar as exportações da Ucrânia para a UE”, visando “aliviar a difícil situação dos produtores e exportadores ucranianos face à invasão militar da Rússia”.
A proposta hoje apresentada pela Comissão Europeia precisa agora de ser considerada e aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da UE.
O Canadá reforçou hoje a sua campanha de sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, impondo novas medidas a 203 pessoas envolvidas na criação das chamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, no leste do território ucraniano.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros canadiano indicou num comunicado que as pessoas sancionadas são 11 altos funcionários e 192 membros dos governos populares das duas regiões independentistas que “são cúmplices das violações pelo regime russo da soberania e integridade territorial da Ucrânia”.
O Governo canadiano recordou que a Rússia tentou anexar zonas da região do Donbass, onde se situam as regiões de Donetsk e Lugansk, em violação do direito internacional.
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, afirmou que o Canadá não permanecerá impassível perante as tentativas do Presidente russo, Vladimir Putin, e dos seus aliados de alterar as fronteiras da Ucrânia.
O Presidente polaco, Andrzej Duda, disse hoje que o seu país acolheu "tranquilamente" o corte de gás natural russo e anunciou que as empresas afetadas pela "violação de contratos" agirão judicialmente contra a Rússia.
"Recebemos a notícia (da interrupção do fornecimento) com tranquilidade", explicou Duda, de visita a Praga, onde se encontrou como o seu homólogo da República Checa, Milos Zeman.
A empresa estatal russa Gazprom anunciou hoje que cortou o fornecimento de gás à Polónia e à Bulgária, por estes países não pagarem as faturas em rublos, como exige Moscovo em resposta às sanções ocidentais.
"Posso garantir aos meus compatriotas que usam gás para aquecimento, ou para cozinhar, que a situação de ficarem sem gás não vai acontecer", disse o Presidente polaco.
Duda aludiu ainda ao facto de o problema do corte de abastecimento dever ser resolvido "no quadro da cooperação na União Europeia (UE), onde funcionam as interligações", sublinhando que as empresas de energia polacas irão acionar "medidas legais contra a violação de contratos pela Rússia".
Duda reiterou também a intenção de o seu país acabar com a dependência dos combustíveis fósseis russos, tanto petróleo como gás.
"Esperamos poder terminar o gasoduto que liga a Noruega à Polónia", explicou o Presidente polaco.
Questionado ainda por jornalistas portugueses em Kiev sobre as recentes declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia sobre o risco de um eventual conflito nuclear, António Guterres disse não crer que as palavras de Sergey Lavrov constituam uma “ameaça nuclear”.
“Creio que ele não fez uma ameaça”, respondeu o secretário-geral da ONU, acrescentando que “todos nos temos de trabalhar para que uma hipótese dessas seja completamente impensável nas nossas sociedades”.
Sobre o `timing` da sua visita a Moscovo e a Kiev, que tem sido criticada por vários analistas, Guterres esclareceu que, na sua perspetiva, esta foi "a melhor ocasião" para conversar com os presidentes russo, Vladimir Putin, com quem conversou na terça-feira, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, com quem se encontrará na quinta-feira.
Guterres explicou ainda que não está "excessivamente preocupado" pelo facto de a ONU não ter sido envolvida nas negociações políticas, atribuindo esse fator à indisponibilidade da Rússia em aceitar essa intermediação.
“O nosso objetivo é sexta-feira. Mas não posso garantir porque estamos ainda a discutir as modalidades”, disse o secretário-geral da ONU, sublinhando que “é preciso que as condições sejam criadas para assim o fazermos”.
“Mas há aqui um problema de confiança. Confiança das pessoas, de que podem sair, e confiança de que isto não é utilizado indevidamente por outros atores. Esta operação tem de ser feita com muita delicadeza”, acrescentou. Guterres adiantou que “neste momento estão a decorrer negociações entre as Nações Unidas, o CCR, o Ministério da Defesa russo e aqui também as autoridades ucranianas, no sentido de ver as modalidades concretas para a evacuação”.
I have arrived in Ukraine after visiting Moscow.
— António Guterres (@antonioguterres) April 27, 2022
We will continue our work to expand humanitarian support & secure the evacuation of civilians from conflict zones.
The sooner this war ends, the better – for the sake of Ukraine, Russia, and the world.
A Rússia anunciou hoje a expulsão de oito diplomatas japoneses e três noruegueses, em resposta a uma decisão semelhante tomada recentemente pelos dois países contra diplomatas russos, na sequência da ofensiva russa na Ucrânia.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, a expulsão dos diplomatas noruegueses foi comunicada ao embaixador, Rune Resaland, que foi hoje convocado ao ministério para lhe ser dito que a "política hostil" de Oslo está a prejudicar seriamente as relações bilaterais.
Moscovo considerou "infundada" a expulsão dos seus diplomatas da Noruega, anunciada a 06 de abril, e criticou a ajuda militar prestada pelo Governo do país nórdico à Ucrânia e a conivência com "os crimes praticados pelos nacionalistas ucranianos contra a população civil de Dombass".
O ministério russo considerou também que "Tóquio adotou uma postura antirrussa abertamente hostil" desde o início da ofensiva militar na Ucrânia, a 24 de fevereiro e acusou as autoridades japonesas de incitar uma histeria contra os russos cuja "apoteose foi a expulsão de oito diplomatas russos", no início de abril.
"Tendo em vista o princípio da reciprocidade, a Rússia pediu a oito colaboradores diplomáticos japoneses para deixarem o país até 10 de maio", adiantou.
A Rússia já tinha anunciado na terça-feira que iria expulsar 40 diplomatas alemães como medida de retaliação contra uma posição semelhante daquele país europeu e na semana passada expulsou 36 diplomatas belgas e holandeses.
Nas últimas semanas, muitos outros países europeus, incluindo Portugal, França, Itália e Espanha expulsaram centenas de diplomatas russos, sobretudo depois de serem conhecidas as imagens da cidade de Bucha (nos arredores da capital ucraniana, Kiev), onde foram encontrados dezenas de corpos nas estradas ou em valas comuns, alguns com as mãos atadas atrás das costas, depois de as tropas russas abandonarem a zona.
Em alguns casos, as expulsões foram oficialmente justificadas com a invasão da Ucrânia pelas forças russas e os abusos de que são acusadas, noutras foram acompanhadas de acusações de espionagem.
Moscovo prometeu responder a cada uma das expulsões.
A ONU confirmou hoje que pelo menos 2.787 civis morreram e 3.152 ficaram feridos na guerra da Ucrânia, 63 dias após o início da invasão russa, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores.
Das vítimas mortais confirmadas pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), 202 são crianças, e há também 302 crianças entre os feridos, de acordo com as estatísticas diariamente atualizadas.
O organismo internacional, dirigido pela Alta-Comissária Michelle Bachelet, insiste que a maioria das vítimas civis morreram ou ficaram feridas devido ao uso de explosivos, incluindo projéteis lançados por artilharia pesada, sistemas de lançamento múltiplo de ‘rockets’, mísseis e bombardeamentos aéreos.
A ONU teme que os números de vítimas da guerra na Ucrânia, que entrou hoje no seu 63.º dia, aumentem consideravelmente quando houver maior acesso a cidades cercadas ou sob intensos combates.
(agência Lusa)
Um comandante ucraniano na cidade sitiada de Mariupol fez um apelo urgente num vídeo publicado na sua página no Facebook, afirmando que há mais de 600 civis e combatentes feridos na siderúrgica Azovstal.
Serhiy Volyna, comandante interino da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais, disse que não há medicamentos nem condições de tratamento para os feridos, acrescentando que centenas de civis, incluindo crianças, vivem em condições insalubres, sem comida e água.
Volyna emitiu um apelo urgente para a retirada de tropas e de civis de Mariupol.
Situation in Mariupol Azovstal growing more dire. Marine commander Serhiy Volyna says ~600 wounded troops in serious condition, w/o meds, in unsanitary conditions; 100s of civilians including many kids, people with disabilities underground. They’re running out of food and water. pic.twitter.com/MaHdsByoBH
— Christopher Miller (@ChristopherJM) April 27, 2022
15h32 - Putin promete uma "resposta rápida como um relâmpago" a qualquer interferência estrangeira na Ucrânia
"Se alguém de fora tentar intervir na Ucrânia, a nossa resposta será rápida como um relâmpago", disse Putin a deputados em São Petersburgo.
"Temos todas as ferramentas [para responder] das quais ninguém se pode gabar. E não nos vamos gabar delas, vamos usá-las se necessário. E quero que todos o saibam", alertou o presidente russo, referindo-se ao novo míssil hipersónico, já testado, com capacidade para atingir território da Europa ocidental e dos Estados Unidos.
O líder russo adiantou que todas as decisões sobre como Moscovo reagiria nessa situação já foram tomadas, mas não deu mais detalhes.
"Por isso, a nossa reação perante esses cínicos planos foi correta e oportuna", defendeu, referindo-se à "operação militar especial" iniciada pelas tropas russas há dois meses na Ucrânia.
Putin garantiu ainda que todos os objetivos definidos na campanha militar em curso serão cumpridos, o que inclui a segurança dos russos e dos habitantes das repúblicas de Donetsk e Lugansk, no leste do território ucraniano, cuja independência foi reconhecida por Moscovo.
O Ministério russo da Defesa também alertou na terça-feira para a possibilidade de uma “resposta proporcional” imediata caso o Reino Unido continue a “provocação direta” contra Moscovo. O alerta russo seguiu-se às declarações do ministro britânico das Forças Armadas, que afirmou que os ataques ucranianos em solo russo contra locais de importância logística são “completamente legítimos”.
"Tal seria uma violação das sanções e um grande risco para as empresas", salientou também, respondendo a uma questão sobre dez Estados-membros que terão acedido a pagar em rublos o fornecimento de gás.
Had talks with President 🇮🇩 @jokowi. Thanked for the support of 🇺🇦 sovereignty and territorial integrity, in particular for a clear position in the UN. Food security issues were discussed. Appreciate inviting me to the @g20org summit
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 27, 2022
Today, Kherson residents gathered for a peaceful rally to show that they are part of #Ukraine and are against Russian occupation. The Russian military dispersed the activists, using tear gas and stun grenades. At least two people are known to have been injured pic.twitter.com/3E9Z9Ukq9U
— Hanna Liubakova (@HannaLiubakova) April 27, 2022
O MNE russo indica que as sanções contra os membros da Câmara dos Comuns surgem em resposta contra sanções semelhantes impostas a 11 de março contra 386 membros da Duma, a câmara baixa do parlamento russo.
- “Chantagem” do gás. A Gazprom anunciou esta quarta-feira a suspensão de todas as entregas de gás para a Polónia e Bulgária. Garantiu que os dois países membros da União Europeia não fizeram os pagamentos devidos em rublos. Em resposta, a Comissão Europeia condenou Moscovo e considerou que a Rússia está a usar o gás “como instrumento de chantagem”, o que Moscovo já veio negar. Ursula von der Leyen garantiu que a União Europeia tem planos de contingência para o efeito e assegurou a solidariedade dos restantes Estados-membros para com os países afetados.
- Ataque na Rússia. Ocorreram esta quarta-feira várias explosões na cidade russa de Belgorod, perto da fronteira da Ucrânia. De acordo com as autoridades locais, as explosões foram provocadas por um incêndio num depósito de munições perto da vila de Staraya Nelidovka, a cerca de 40 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, e não provocaram feridos ou danos em edifícios residenciais. A Ucrânia não reconheceu qualquer papel neste ataque, mas um assessor presidencial de Zelensky considerou que as explosões foram “karma” e “vingança” pela guerra.
- Provocação de Londres a Moscovo. O Ministério russo da Defesa alertou na quarta-feira para a possibilidade de uma “resposta proporcional” imediata caso o Reino Unido continue a “provocação direta” contra Moscovo. Ontem, o ministro britânico das Forças Armadas, indicou que os ataques ucranianos em solo russo contra locais de importância logística são “completamente legítimos”. O vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Dominic Raab, respondeu à Rússia, afirmando que a ação de Londres é “lícita”. “Os Estados têm o direito a fornecer apoio militar a qualquer Estado que exerça o direito de defesa legal contra uma invasão agressiva", considerou.
- Armas ocidentais “destruídas”. O Ministério russo da Defesa anunciou esta quarta-feira a destruição de um depósito de armas em Zaporizhzhia com armas entregues pelos Estados Unidos e países europeus. Moscovo adiantou ter destruído “uma grande quantidade” de armas entregues a Kiev.
- “Disparos” na Transnístria. As autoridades da Transnístria, região separatista pró-Rússia situada na Moldova, indicou esta quarta-feira que foram registados vários disparos a partir da Ucrânia em direção a uma vila perto de um grande depósito de munições. De acordo com o Ministério do Interior da Transnístria, foram também detetados "vários drones" junto à vila de Kolbasna, na região de Rybnitsa, lançados a partir da Ucrânia. A Moldávia e a Ucrânia têm alertado para o perigo de disseminação do conflito para o território separatista.
- Explosões em Belgorod. Foram relatadas várias explosões na cidade russa de Belgorod, perto da fronteira da Ucrânia. De acordo com as autoridades locais, as explosões foram provocadas por um incêndio num depósito de munições perto da vila de Staraya Nelidovka, a cerca de 40 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
- Mensagem para Londres. O Ministério russo da Defesa alertou na quinta-feira para a possibilidade de uma “resposta proporcional” imediata caso o Reino Unido continue a “provocação direta” contra Moscovo. Ontem, o ministro britânico das Forças Armadas, indicou que os ataques ucranianos em solo russo contra locais de importância logística são “completamente legítimos”.
- “Desmembrar todo o centro e leste da Europa”. O presidente ucraniano afirmou na quinta-feira que o “mundo livre” tem direito a “defender-se” das investidas russas. Considera que a Rússia pretende tomar não só o território da Ucrânia, mas também “desmembrar todo o centro e leste da Europa” e dar “um golpe global contra as democracias”. O próximo país sob ataque será a Moldova, refere Volodymyr Zelensky, que culpa Moscovo de tentar destabilizar a situação na região da Transnístria.
- Guterres segue para Kiev. O secretário-geral das Nações Unidas esteve reunido com o presidente e o ministro russo dos Negócios Estrangeiros durante o dia de terça-feira. Em Moscovo, António Guterres afirmou que a ONU está preparada para mobilizar recursos “humanos e logísticos” para salvar vidas em Mariupol. Vladimir Putin reconhece que a situação na cidade portuária é “complicada e trágica”, mas garante que os combates já terminaram. Depois de Moscovo, o secretário-geral das Nações Unidas segue agora para a capital ucraniana para reunir com Zelensky e o MNE ucraniano, Dmytro Kuleba.
- Polónia e Bulgária sem gás russo. A Rússia anunciou na terça-feira que deixará de fornecer gás aos dois países a partir de hoje. Varsóvia recusou-se a pagar à Gazprom em rublos e anunciou novas sanções contra entidades russas. Já a Bulgária, que depende quase exclusivamente das importações de gás russo, afirmou ter cumprido com todas as obrigações contratuais e destacou que as novas exigências de pagamento violam os acordos estabelecidos.