Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
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A guerra na está a provocar uma inflação acentuada sobretudo no preço do pão, cereais ou sementes. A Ucrânia, o segundo maior país da Europa, é considerado um dos maiores celeiros do Mundo.
Portugal, por exemplo, importa todos os anos 30 por cento do milho que consome a Kiev, qualquer coisa como 300 milhões de euros.
Entrevistado pelo jornalista Nuno Amaral, enviado especial da Antena 1 à Ucrânia, o Presidente do Clube Ucraniano de Agronegócios avisa que se o mundo, em especial a União Europeia, não ajudar mais o país, vai haver fome em algumas zonas do globo e todos vão enfrentar um desastre com a falta de alimentos.
A autarquia de Kiev começou esta terça-feira a demolir um monumento histórico da era soviética que celebra a amizade entre a Ucrânia e a Rússia, após a invasão de Moscovo ao país lançada há dois meses.
O repórter Nuno Amaral, enviado da Antena 1 à Ucrânia, testemunhou, durante os trabalhos, uma grua cortar a cabeça de uma das duas figuras desta estátua, que representavam um trabalhador russo e um trabalhador ucraniano que seguravam nas mãos um símbolo soviético com a inscrição "amizade entre os povos".
Na última sexta-feira, o general Rustam Minnekaiev, comandante adjunto das forças do distrito militar do Centro da Rússia, adiantou que Moscovo pretende controlar o sul da Ucrânia, para além da região leste, de forma a criar um ponto de acesso à Transnístria.
Tiraspol, a cerca de 100 quilómetros do porto ucraniano de Odessa, é a capital de um território disputado pela Rússia e Moldávia desde o final da Guerra Fria.
Com a dissolução da União Soviética, a Moldávia alcançou a independência enquanto país, mas algumas tropas russas permaneceram na região conhecida como Transnístria, atualmente com cerca de meio milhão de habitantes.
A Transnístria opôs-se às autoridades moldavas e estabeleceu um novo estado independente, não sendo no entanto reconhecida internacionalmente como país. O território, entre a Moldávia e a Ucrânia, conta com um contingente de tropas russas de forma permanente.
22h36 - Secretário-geral da ONU preocupado com incidentes em região separatista da Moldova
O secretário-geral das Nações Unidas está preocupado com relatos de novos incidentes de segurança numa região separatista da Moldova apoiada pela Rússia "e instou os envolvidos a absterem-se de declarações ou ações que possam aumentar as tensões".
O porta-voz adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), Farhan Haq, disse hoje que o secretário-geral, António Guterres, pediu esforços para diminuir as tensões em toda a região.
Falantes de russo da região do Trans-Dniester, uma faixa de terreno com cerca de 470.000 habitantes entre a Moldova e a Ucrânia, que se separou nominalmente da Moldova em 1990, um ano antes da dissolução da União Soviética, temem que o país se possa fundir em breve com a Roménia, cuja língua e cultura compartilham amplamente.
A região separatista travou uma breve guerra com a Moldova em 1992 e declarou-se um estado independente, embora permaneça não reconhecida por nenhum país, incluindo a Rússia, que tem cerca de 1.500 soldados no local, chamando-os de forças de paz. Há grandes preocupações de que essas forças possam ser usadas para invadir a Ucrânia a partir do oeste.
Farhan Haq afirmou que a ONU continua a apoiar totalmente os esforços da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), para chegar a uma solução política do conflito Trans-Dniester no chamado processo 5+2, que compreende Trans-Dniester, Moldova, Ucrânia, Rússia e a OSCE, com os Estados Unidos e a União Europeia como observadores.
O objetivo é fortalecer a independência, soberania e integridade territorial da Moldova, com um estatuto especial para Trans-Dniester.
O secretário-geral das Nações Unidas está preocupado com relatos de novos incidentes de segurança numa região separatista da Moldova apoiada pela Rússia "e instou os envolvidos a absterem-se de declarações ou ações que possam aumentar as tensões".
O porta-voz adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), Farhan Haq, disse hoje que o secretário-geral, António Guterres, pediu esforços para diminuir as tensões em toda a região.
Falantes de russo da região do Trans-Dniester, uma faixa de terreno com cerca de 470.000 habitantes entre a Moldova e a Ucrânia, que se separou nominalmente da Moldova em 1990, um ano antes da dissolução da União Soviética, temem que o país se possa fundir em breve com a Roménia, cuja língua e cultura compartilham amplamente.
A região separatista travou uma breve guerra com a Moldova em 1992 e declarou-se um estado independente, embora permaneça não reconhecida por nenhum país, incluindo a Rússia, que tem cerca de 1.500 soldados no local, chamando-os de forças de paz. Há grandes preocupações de que essas forças possam ser usadas para invadir a Ucrânia a partir do oeste.
Farhan Haq afirmou que a ONU continua a apoiar totalmente os esforços da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), para chegar a uma solução política do conflito Trans-Dniester no chamado processo 5+2, que compreende Trans-Dniester, Moldova, Ucrânia, Rússia e a OSCE, com os Estados Unidos e a União Europeia como observadores.
O objetivo é fortalecer a independência, soberania e integridade territorial da Moldova, com um estatuto especial para Trans-Dniester.
(agência Lusa)
22h08 - Vitalli Klitsko pergunta quantos mais têm de morrer para o Ocidente fazer alguma coisa
A Câmara de Kiev retirou um monumento que celebrava a amizade entre o povo russo e o ucraniano. Vitalli Klitsko perguntou quantas mais pessoas têm de morrer para que mundo ocidental faça tudo para acabar com a guerra. Uma declaração aos enviados-especiais da RTP a Kiev, Hélder Silva e André Mateus Pinto.
A Câmara de Kiev retirou um monumento que celebrava a amizade entre o povo russo e o ucraniano. Vitalli Klitsko perguntou quantas mais pessoas têm de morrer para que mundo ocidental faça tudo para acabar com a guerra. Uma declaração aos enviados-especiais da RTP a Kiev, Hélder Silva e André Mateus Pinto.
21h28 - Ucrânia. Moscovo prevê divisão "em vários Estados" e culpa o Ocidente
O secretário do Conselho de Segurança Nacional russo, Nikolai Patrushev, previu hoje que a Ucrânia vai desintegrar-se "em vários Estados" por "resultado da política" dos países ocidentais.
"O resultado da política do Ocidente e do regime de Kiev sob o seu controlo só pode ser a desintegração da Ucrânia em vários Estados", disse Patrushev ao diário Rossiskaya Gazeta.
O responsável russo sublinhou que "os cenários trágicos das crises mundiais, tanto nos últimos anos como atualmente, são provocados por Washington".
Patrushev defendeu os planos de "desmilitarização" da Ucrânia durante a "operação militar especial" russa com o argumento de que o rearmamento do país vizinho "representa uma ameaça para a Rússia", inclusive do ponto de vista do "desenvolvimento e uso de armas nucleares, químicas e biológicas".
"Numa tentativa de esmagar a Rússia, os norte-americanos, utilizando os seus protegidos em Kiev, decidiram criar uma antítese ao nosso país, escolhendo cinicamente para tal a Ucrânia, tentando dividir um povo, na essência, único", sustentou.
E insistiu que "atualmente, a única coisa que une os povos que vivem na Ucrânia é o medo perante as barbaridades dos batalhões nacionalistas".
Na semana passada, o exército russo reconheceu pela primeira vez que tenciona não só "libertar" o Donbass, como abrir um corredor terrestre até à anexada península da Crimeia e também aceder à região separatista moldava da Transnístria, de maioria russófona.
O secretário do Conselho de Segurança Nacional russo, Nikolai Patrushev, previu hoje que a Ucrânia vai desintegrar-se "em vários Estados" por "resultado da política" dos países ocidentais.
"O resultado da política do Ocidente e do regime de Kiev sob o seu controlo só pode ser a desintegração da Ucrânia em vários Estados", disse Patrushev ao diário Rossiskaya Gazeta.
O responsável russo sublinhou que "os cenários trágicos das crises mundiais, tanto nos últimos anos como atualmente, são provocados por Washington".
Patrushev defendeu os planos de "desmilitarização" da Ucrânia durante a "operação militar especial" russa com o argumento de que o rearmamento do país vizinho "representa uma ameaça para a Rússia", inclusive do ponto de vista do "desenvolvimento e uso de armas nucleares, químicas e biológicas".
"Numa tentativa de esmagar a Rússia, os norte-americanos, utilizando os seus protegidos em Kiev, decidiram criar uma antítese ao nosso país, escolhendo cinicamente para tal a Ucrânia, tentando dividir um povo, na essência, único", sustentou.
E insistiu que "atualmente, a única coisa que une os povos que vivem na Ucrânia é o medo perante as barbaridades dos batalhões nacionalistas".
Na semana passada, o exército russo reconheceu pela primeira vez que tenciona não só "libertar" o Donbass, como abrir um corredor terrestre até à anexada península da Crimeia e também aceder à região separatista moldava da Transnístria, de maioria russófona.
(agência Lusa)
20h48 - Gazprom suspende entregas de gás à Polónia e à Bulgária a partir de quarta-feira
O grupo russo Gazprom anunciou que vai suspender as entregas de gás na Polónia e Bulgária a partir de quarta-feira, anunciou hoje, em comunicado, a empresa polaca de gás PGNiG.
“Em 26 de abril de 2022, a Gazprom informou a PGNiG da sua intenção de suspender completamente as entregas sob o contrato do [gasoduto] Yamal […] em 27 de abril”, adiantou a empresa polaca de gás PGNiG em comunicado, notando que o país está a preparado para obter gás a partir de outras fontes.
Conforme noticiou a agência espanhola EFE, esta decisão prende-se com o facto de a empresa polaca se ter recusado a fazer o pagamento das importações em rublos, exigência que tinha sido imposta por Moscovo.
O governo búlgaro anunciou que a Gazprom também suspenderá as entregas de gás a partir de quarta-feira, citando sua recusa em cumprir os novos requisitos do fornecedor.
"Hoje, a Bulgargas EAD recebeu uma notificação de que as entregas da Gazprom Export serão suspensas a partir de 27 de abril de 2022", disse o Ministério da Economia da Bulgária em comunicado.
A PGNiG defendeu que a suspensão do fornecimento de gás é uma “violação contratual”, garantindo que vai tomar as medidas necessárias para “restabelecer a entrega de gás natural nas condições definidas”.
O grupo russo Gazprom anunciou que vai suspender as entregas de gás na Polónia e Bulgária a partir de quarta-feira, anunciou hoje, em comunicado, a empresa polaca de gás PGNiG.
“Em 26 de abril de 2022, a Gazprom informou a PGNiG da sua intenção de suspender completamente as entregas sob o contrato do [gasoduto] Yamal […] em 27 de abril”, adiantou a empresa polaca de gás PGNiG em comunicado, notando que o país está a preparado para obter gás a partir de outras fontes.
Conforme noticiou a agência espanhola EFE, esta decisão prende-se com o facto de a empresa polaca se ter recusado a fazer o pagamento das importações em rublos, exigência que tinha sido imposta por Moscovo.
O governo búlgaro anunciou que a Gazprom também suspenderá as entregas de gás a partir de quarta-feira, citando sua recusa em cumprir os novos requisitos do fornecedor.
"Hoje, a Bulgargas EAD recebeu uma notificação de que as entregas da Gazprom Export serão suspensas a partir de 27 de abril de 2022", disse o Ministério da Economia da Bulgária em comunicado.
A PGNiG defendeu que a suspensão do fornecimento de gás é uma “violação contratual”, garantindo que vai tomar as medidas necessárias para “restabelecer a entrega de gás natural nas condições definidas”.
20h28 - Chernobyl. Zelensky acusa Moscovo de ter colocado o mundo "à beira da catástrofe"
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou esta terça-feira a Rússia de ter colocado o mundo "à beira da catástrofe" pela sua ocupação, no início da invasão da Ucrânia, da central nuclear de Chernobyl, que foi palco do pior desastre nuclear do mundo.
"O mundo esteve mais uma vez à beira de uma catástrofe, porque para o exército russo, a zona de Chernobyl e a central nuclear eram território normal para a condução de operações militares", disse Zelensky durante uma conferência de imprensa em Kiev com o chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, que visitou o local no dia em que se assinalam 36 anos do desastre nuclear de Chernobyl.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou esta terça-feira a Rússia de ter colocado o mundo "à beira da catástrofe" pela sua ocupação, no início da invasão da Ucrânia, da central nuclear de Chernobyl, que foi palco do pior desastre nuclear do mundo.
"O mundo esteve mais uma vez à beira de uma catástrofe, porque para o exército russo, a zona de Chernobyl e a central nuclear eram território normal para a condução de operações militares", disse Zelensky durante uma conferência de imprensa em Kiev com o chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, que visitou o local no dia em que se assinalam 36 anos do desastre nuclear de Chernobyl.
Grossi anunciou esta terça-feira que concordou com a Ucrânia em ajudar a reparar a extinta central nuclear de Chornobyl, depois de ter sido ocupada por tropas russas.
"Os danos são visíveis e estamos a avaliá-los", disse o diretor-geral da AIEA na conferência de imprensa.
"Os danos são visíveis e estamos a avaliá-los", disse o diretor-geral da AIEA na conferência de imprensa.
20h05 - Putin concorda com ajuda da ONU e da Cruz Vermelha para a retirada de civis da fábrica de Azovstal
O presidente russo, Vladimir Putin, concordou "em princípio" com o envolvimento da ONU e do Comité Internacional da Cruz Vermelha para a retirada de civis da fábrica Azovstal, em Mariupol, na Ucrânia, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) em comunicado.
"Discussões posteriores serão realizadas com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários e o Ministério da Defesa da Rússia", disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, em comunicado após o encontro entre Putin e o secretário-geral da ONU, António Guterres, que decorreu esta terça-feira em Moscovo.
O presidente russo, Vladimir Putin, concordou "em princípio" com o envolvimento da ONU e do Comité Internacional da Cruz Vermelha para a retirada de civis da fábrica Azovstal, em Mariupol, na Ucrânia, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) em comunicado.
"Discussões posteriores serão realizadas com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários e o Ministério da Defesa da Rússia", disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, em comunicado após o encontro entre Putin e o secretário-geral da ONU, António Guterres, que decorreu esta terça-feira em Moscovo.
Durante a reunião com Guterres, Putin negou a tese de Kiev de que os combates continuam na fábrica de Azovstal, onde permanece um reduto da resistência ucraniana, garantindo que está “está totalmente isolada”. “Eu emiti uma ordem de não atacar. Não há combates aí”, assegurou Putin.
O presidente russo disse ainda ter conhecimento de que existem civis naquela fábrica e acusou a Ucrânia de os estar a utilizar como "escudo humano".
“Sim, ouvimos falar que há civis naquela fábrica. Por isso, os militares ucranianos são obrigados a deixá-los sair ou então estão a agir como os terroristas, fazendo da população civil escudo humano”, acusou o presidente russo.
“Sim, ouvimos falar que há civis naquela fábrica. Por isso, os militares ucranianos são obrigados a deixá-los sair ou então estão a agir como os terroristas, fazendo da população civil escudo humano”, acusou o presidente russo.
19h49 - Guerra na Ucrânia provoca escalada dos preços e falta de alimentos no mundo
A guerra na está a provocar uma inflação acentuada sobretudo no preço do pão, cereais ou sementes. A Ucrânia, o segundo maior país da Europa, é considerado um dos maiores celeiros do Mundo.
Portugal, por exemplo, importa todos os anos 30 por cento do milho que consome a Kiev, qualquer coisa como 300 milhões de euros.
Entrevistado pelo jornalista Nuno Amaral, enviado especial da Antena 1 à Ucrânia, o Presidente do Clube Ucraniano de Agronegócios avisa que se o mundo, em especial a União Europeia, não ajudar mais o país, vai haver fome em algumas zonas do globo e todos vão enfrentar um desastre com a falta de alimentos.
19h38 - Putin diz a Guterres que acredita em "resultado positivo" na negociação com Kiev
O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu hoje que a situação na cidade ucraniana de Mariupol, sitiada pelo exército russo, é "trágica", e confessou ao secretário-geral da ONU, António Guterres que espera resultados das negociações com Kiev.
"A situação aí está difícil e pode até ficar trágica", disse Putin durante a reunião realizada no Kremlin com Guterres, referindo-se à situação na fábrica siderúrgica em Mariupol.
Durante a reunião, Putin disse ainda estar confiante num "resultado positivo" nas negociações com a delegação ucraniana.
"Apesar de tudo, as negociações continuam. (...) Espero que cheguemos a um resultado positivo", disse Putin.
O Presidente russo reconheceu que Moscovo e Kiev conseguiram um "sério avanço" nas negociações em Istambul, em março, atribuindo o sucesso alcançado ao facto de a delegação ucraniana "não ter vinculado os requisitos de segurança internacional do seu país" às condições para uma solução pacífica.
Putin referia-se ao facto de a Ucrânia ter aceitado um estatuto de país não nuclear e neutro, renunciado à adesão à NATO.
"A situação aí está difícil e pode até ficar trágica", disse Putin durante a reunião realizada no Kremlin com Guterres, referindo-se à situação na fábrica siderúrgica em Mariupol.
Durante a reunião, Putin disse ainda estar confiante num "resultado positivo" nas negociações com a delegação ucraniana.
"Apesar de tudo, as negociações continuam. (...) Espero que cheguemos a um resultado positivo", disse Putin.
O Presidente russo reconheceu que Moscovo e Kiev conseguiram um "sério avanço" nas negociações em Istambul, em março, atribuindo o sucesso alcançado ao facto de a delegação ucraniana "não ter vinculado os requisitos de segurança internacional do seu país" às condições para uma solução pacífica.
Putin referia-se ao facto de a Ucrânia ter aceitado um estatuto de país não nuclear e neutro, renunciado à adesão à NATO.
19h23 - Kiev acusa Moscovo de pretender "desestabilizar" a Transnístria
A Ucrânia acusou hoje a Rússia de pretender "desestabilizar" a região separatista moldava pró-russa da Transnístria, junto à fronteira ucraniana, após uma série de explosões que suscitaram o receio de um alastramento da guerra no país vizinho.
"A Rússia pretende desestabilizar a região da Transnístria, o que sugere que a Moldova deverá aguardar a vista de `convidados`", declarou no Twitter o conselheiro da presidência ucraniana Mikhailo Podoliak, numa referência aos soldados russos que invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro.
"Se a Ucrânia cair, amanhã as tropas russas estarão às portas de Chisinau", a capital moldava, prosseguiu Podoliak, apelando ao "trabalho em equipa" para que Kiev possa "garantir a segurança estratégica da região".
Os serviços de informações militares ucranianos asseguraram por sua vez no Telegram que Moscovo está a preparar um "ataque com mísseis contra a Transnístria com vítimas civis", para de seguida acusar Kiev.
Os soldados russos presentes na Transnístria foram colocados em "estado de alerta total", afirmou em paralelo o Ministério da Defesa ucraniano.
"A Rússia pretende desestabilizar a região da Transnístria, o que sugere que a Moldova deverá aguardar a vista de `convidados`", declarou no Twitter o conselheiro da presidência ucraniana Mikhailo Podoliak, numa referência aos soldados russos que invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro.
"Se a Ucrânia cair, amanhã as tropas russas estarão às portas de Chisinau", a capital moldava, prosseguiu Podoliak, apelando ao "trabalho em equipa" para que Kiev possa "garantir a segurança estratégica da região".
Os serviços de informações militares ucranianos asseguraram por sua vez no Telegram que Moscovo está a preparar um "ataque com mísseis contra a Transnístria com vítimas civis", para de seguida acusar Kiev.
Os soldados russos presentes na Transnístria foram colocados em "estado de alerta total", afirmou em paralelo o Ministério da Defesa ucraniano.
19h08 - Rússia diz ter libertado região de Kherson, no sul da Ucrânia
O Ministério da Defesa da Rússia disse esta terça-feira que as suas forças libertaram toda a região de Kherson, no sul da Ucrânia, disse a agência de notícias Interfax.
A agência cita um alto funcionário russo, que afirma que as tropas russas tomaram partes das regiões de Zaporizhzhia e Mykolaiv, bem como parte da região de Kharkiv, a leste de Kiev.
O Ministério da Defesa da Rússia disse esta terça-feira que as suas forças libertaram toda a região de Kherson, no sul da Ucrânia, disse a agência de notícias Interfax.
A agência cita um alto funcionário russo, que afirma que as tropas russas tomaram partes das regiões de Zaporizhzhia e Mykolaiv, bem como parte da região de Kharkiv, a leste de Kiev.
18h33 - Militares russos avisam que podem atacar "centros de decisão" em Kiev
Responsáveis militares russos avisaram hoje que podem atacar os "centros de decisão" na capital ucraniana e asseguraram que não serão travados pela possível presença de conselheiros ocidentais nessas instalações.
O Ministério da Defesa russo acusou na terça-feira o Reino Unido de emitir declarações que encorajam a Ucrânia à utilização de armamento ocidental para promover ataques em território russo, e avisou que caso se verifique essa situação os militares russos poderão retaliar e atingir estruturas governamentais em Kiev.
O ministério responsabilizou diretamente o ministro das Forças Armadas britânico, James Heappey, que em declarações à Times Radio disse "não ser necessariamente um problema" caso as armas fornecidas pelos britânicos aos ucranianos sejam usadas para atingir alvos em território russo.
Na declaração, o Ministério da Defesa russo também indica que "as Forças Armadas russas estão preparadas para responder a ataques retaliatórios com armas de precisão de longo alcance dirigidas a centros em Kiev que adotem essas decisões".
Sublinhou ainda que "a presença de cidadãos de um ou vários países ocidentais nos centros de decisão ucranianos não coloca necessariamente um problema para a Rússia em tomar a decisão de desencadear uma ação de retaliação".
O Ministério da Defesa russo acusou na terça-feira o Reino Unido de emitir declarações que encorajam a Ucrânia à utilização de armamento ocidental para promover ataques em território russo, e avisou que caso se verifique essa situação os militares russos poderão retaliar e atingir estruturas governamentais em Kiev.
O ministério responsabilizou diretamente o ministro das Forças Armadas britânico, James Heappey, que em declarações à Times Radio disse "não ser necessariamente um problema" caso as armas fornecidas pelos britânicos aos ucranianos sejam usadas para atingir alvos em território russo.
Na declaração, o Ministério da Defesa russo também indica que "as Forças Armadas russas estão preparadas para responder a ataques retaliatórios com armas de precisão de longo alcance dirigidas a centros em Kiev que adotem essas decisões".
Sublinhou ainda que "a presença de cidadãos de um ou vários países ocidentais nos centros de decisão ucranianos não coloca necessariamente um problema para a Rússia em tomar a decisão de desencadear uma ação de retaliação".
18h30 - Putin afirma que “não há combates em Mariupol” e garante que os corredores humanitários estão a funcionar
Vladimir Putin reconhece que a situação na cidade portuária de Mariupol “é complicada e trágica”, mas garante que os combates já cessaram.
“A situação é complicada e trágica, mas acaba por ser simples, na verdade. Acabei de falar com o presidente Erdogan, que disse que os combates acabaram. Não há combates em Mariupol, já foram cessados”, disse Putin durante a reunião com o secretário-geral da ONU, em Moscovo.
“Parte das forças armadas da Ucrânia que estavam destacadas noutros distritos industriais renderam-se, entregaram-se. Cerca de 1300 militares apresentaram a rendição e foram tomados como prisioneiras”, afirmou Putin.
Putin negou ainda a tese de Kiev de que os combates continuam na fábrica de Azovstal, onde permanece um reduto da resistência ucraniana, garantindo que está “está totalmente isolada”. “Eu emiti uma ordem de não atacar. Não há combates aí”, assegurou Putin.
“Sim, ouvimos falar que há civis naquela fábrica. Por isso, os militares ucranianos são obrigados a deixá-los sair ou então estão a agir como os terroristas, fazendo da população civil escudo humano”, acusou o presidente russo.
Putin negou ainda que não existam corredores humanitários na cidade de Mariupol, garantindo que “estão a funcionar”.
“Estão a dizer que os corredores humanitários da Rússia não estão a funcionar. Senhor secretário-geral, isso é mentira. Os corredores estão a funcionaram, saíram mais de 100 mil pessoas de Mariupol e estão livres para irem para onde quiserem. Alguns querem ir para a Rússia, outros para a Ucrânia. Não os prendemos”, declarou.
Vladimir Putin reconhece que a situação na cidade portuária de Mariupol “é complicada e trágica”, mas garante que os combates já cessaram.
“A situação é complicada e trágica, mas acaba por ser simples, na verdade. Acabei de falar com o presidente Erdogan, que disse que os combates acabaram. Não há combates em Mariupol, já foram cessados”, disse Putin durante a reunião com o secretário-geral da ONU, em Moscovo.
“Parte das forças armadas da Ucrânia que estavam destacadas noutros distritos industriais renderam-se, entregaram-se. Cerca de 1300 militares apresentaram a rendição e foram tomados como prisioneiras”, afirmou Putin.
Putin negou ainda a tese de Kiev de que os combates continuam na fábrica de Azovstal, onde permanece um reduto da resistência ucraniana, garantindo que está “está totalmente isolada”. “Eu emiti uma ordem de não atacar. Não há combates aí”, assegurou Putin.
“Sim, ouvimos falar que há civis naquela fábrica. Por isso, os militares ucranianos são obrigados a deixá-los sair ou então estão a agir como os terroristas, fazendo da população civil escudo humano”, acusou o presidente russo.
Putin negou ainda que não existam corredores humanitários na cidade de Mariupol, garantindo que “estão a funcionar”.
“Estão a dizer que os corredores humanitários da Rússia não estão a funcionar. Senhor secretário-geral, isso é mentira. Os corredores estão a funcionaram, saíram mais de 100 mil pessoas de Mariupol e estão livres para irem para onde quiserem. Alguns querem ir para a Rússia, outros para a Ucrânia. Não os prendemos”, declarou.
Dirigindo-se ao presidente russo, António Guterres disse estar “profundamente preocupado com o que está a acontecer” na Ucrânia, nomeadamente com a situação humanitária, sublinhando que a ONU considera que “o que aconteceu foi uma invasão em território ucraniano”.
O secretário-geral da ONU anunciou que em conversas anteriores com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, sugeriu “a criação de um grupo de contacto humanitário, onde a Ucrânia, a Rússia e a ONU poderiam discutir a situação em conjunto para que estes corredores acabem por ser realmente eficientes”.
Guterres disse que a ONU estava pronta a mobilizar "recursos humanos e logísticos" para resolver crise humanitária em Mariupol, acusando a Rússia de anunciar corredores humanitários “que não são usados”.
O secretário-geral da ONU anunciou que em conversas anteriores com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, sugeriu “a criação de um grupo de contacto humanitário, onde a Ucrânia, a Rússia e a ONU poderiam discutir a situação em conjunto para que estes corredores acabem por ser realmente eficientes”.
Guterres disse que a ONU estava pronta a mobilizar "recursos humanos e logísticos" para resolver crise humanitária em Mariupol, acusando a Rússia de anunciar corredores humanitários “que não são usados”.
18h17 - Putin acredita num “acordo a nível diplomático”
“Apesar da operação militar em curso, contamos que vamos conseguir chegar a um acordo a nível diplomático”, afirmou Putin durante a reunião com António Guterres. “Estamos a realizar negociações, nunca nos recusamos a fazê-lo”, acrescentou, sublinhando que conseguiram “avanços muito sérios”.
O presidente russo anunciou que as negociações continuam em formato online, apesar da “provocação em Bucha”. Putin alegou que as atrocidades cometidas em Bucha foram “encenadas” e sublinhou que “o exército russo não teve nada a ver com isso”.
“Sabemos quem fez esta provocação, quem a preparou e com que meios”, disse Putin.
“Apesar da operação militar em curso, contamos que vamos conseguir chegar a um acordo a nível diplomático”, afirmou Putin durante a reunião com António Guterres. “Estamos a realizar negociações, nunca nos recusamos a fazê-lo”, acrescentou, sublinhando que conseguiram “avanços muito sérios”.
O presidente russo anunciou que as negociações continuam em formato online, apesar da “provocação em Bucha”. Putin alegou que as atrocidades cometidas em Bucha foram “encenadas” e sublinhou que “o exército russo não teve nada a ver com isso”.
“Sabemos quem fez esta provocação, quem a preparou e com que meios”, disse Putin.
18h09 - “Crise no Donbass surgiu depois de falhas de Kiev”, diz Putin
Vladimir Putin e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, estão reunidos em Moscovo.
Frente a António Guterres, separados por uma mesa de seis metros, o presidente russo começou por fazer um resumo do conflito atual com a Ucrânia, assumindo que “a crise no Donbass surgiu depois de falhas de Kiev”.
“Todo o problema surgiu depois do golpe de Estado que aconteceu na Ucrânia, em 2014”, disse Putin.
“A seguir, os habitantes da Crimeia agiram da mesma forma que agiram em tempos os habitantes de Kosovo, que tomaram a decisão da independência e dirigiram-se a nós com um pedido de adesão à federação russa”, acrescentou.
“Ao mesmo tempo surgiu um problema no sudoeste da Ucrânia, onde os habitantes de pelo menos dois territórios ucranianos não aceitaram os resultados do golpe de Estado e foram sujeitos à opressão, inclusive a operações militares de grande escala”. “Foi assim que surgiu a crise no Donbass”, afirmou Putin. “Depois de mais uma tentativa falhada do poder de Kiev de resolver este problema por via militar, chegámos aos acordos na cidade de Minsk. Infelizmente, os habitantes do Donbass estiveram durante oito anos num cerco”, disse Putin.
O presidente Putin voltou a acusar a Ucrânia de genocídio, defendendo que “para pôr fim ao genocídio nestes territórios, tivemos de reconhecer estas duas entidades como Estados autónomos sobreanos”. “Foi uma medida que visava parar com o sofrimento dos habitantes destes territórios. Infelizmente, os nossos colegas ocidentais preferiram fazer vista grossa a isso”, afirmou.
Vladimir Putin e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, estão reunidos em Moscovo.
Frente a António Guterres, separados por uma mesa de seis metros, o presidente russo começou por fazer um resumo do conflito atual com a Ucrânia, assumindo que “a crise no Donbass surgiu depois de falhas de Kiev”.
“Todo o problema surgiu depois do golpe de Estado que aconteceu na Ucrânia, em 2014”, disse Putin.
“A seguir, os habitantes da Crimeia agiram da mesma forma que agiram em tempos os habitantes de Kosovo, que tomaram a decisão da independência e dirigiram-se a nós com um pedido de adesão à federação russa”, acrescentou.
“Ao mesmo tempo surgiu um problema no sudoeste da Ucrânia, onde os habitantes de pelo menos dois territórios ucranianos não aceitaram os resultados do golpe de Estado e foram sujeitos à opressão, inclusive a operações militares de grande escala”. “Foi assim que surgiu a crise no Donbass”, afirmou Putin. “Depois de mais uma tentativa falhada do poder de Kiev de resolver este problema por via militar, chegámos aos acordos na cidade de Minsk. Infelizmente, os habitantes do Donbass estiveram durante oito anos num cerco”, disse Putin.
O presidente Putin voltou a acusar a Ucrânia de genocídio, defendendo que “para pôr fim ao genocídio nestes territórios, tivemos de reconhecer estas duas entidades como Estados autónomos sobreanos”. “Foi uma medida que visava parar com o sofrimento dos habitantes destes territórios. Infelizmente, os nossos colegas ocidentais preferiram fazer vista grossa a isso”, afirmou.
“Depois de termos reconhecido a sua independência, eles dirigiram-se com um pedido de apoio militar. De acordo com o artigo 51 da carta da ONU, também tivemos de fazê-lo, dando início à operação militar especial”, resumiu Putin.
16h57 - Monumento à amizade eterna entre russos e ucranianos demolido em Kiev
O repórter Nuno Amaral, enviado da Antena 1 à Ucrânia, testemunhou, durante os trabalhos, uma grua cortar a cabeça de uma das duas figuras desta estátua, que representavam um trabalhador russo e um trabalhador ucraniano que seguravam nas mãos um símbolo soviético com a inscrição "amizade entre os povos".
16h45 - EUA e aliados irão reunir-se mensalmente para discutir ajuda militar à Ucrânia
Os Estados Unidos e os seus aliados irão reunir-se mensalmente para discutir como fortalecer as capacidades militares da Ucrânia contra a Rússia, anunciou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, esta terça-feira, após uma reunião com cerca de 40 países que decorreu na Alemanha.
"A reunião de hoje irá passar a ser um encontro mensal para discutir a defesa da Ucrânia", disse Austin, acrescentando que deseja coordenar a ação de vários países “para intensificar os nossos esforços, coordenar a nossa assistência e nos focarmos em vencer a luta hoje e as lutas que virão".
Os Estados Unidos e os seus aliados irão reunir-se mensalmente para discutir como fortalecer as capacidades militares da Ucrânia contra a Rússia, anunciou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, esta terça-feira, após uma reunião com cerca de 40 países que decorreu na Alemanha.
"A reunião de hoje irá passar a ser um encontro mensal para discutir a defesa da Ucrânia", disse Austin, acrescentando que deseja coordenar a ação de vários países “para intensificar os nossos esforços, coordenar a nossa assistência e nos focarmos em vencer a luta hoje e as lutas que virão".
Austin condenou ainda as declarações do chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, sobre o risco de uma guerra nuclear, considerando-as "inúteis e perigosas".
"Ninguém quer uma guerra nuclear. Será uma guerra em que todos perdem. O barulho da retórica perigosa não ajuda e não contribuiremos para isso", concluiu Lloyd Austin.
"Ninguém quer uma guerra nuclear. Será uma guerra em que todos perdem. O barulho da retórica perigosa não ajuda e não contribuiremos para isso", concluiu Lloyd Austin.
Oficiais de Defesa de cerca de 40 países estiveram representados esta terça-feira no encontro organizado por iniciativa de Washington na base militar de Ramstein, na Alemanha, para discutir o apoio militar a Kiev a curto e longo prazo.
O principal anúncio deste encontro veio de Berlim, que decidiu autorizar a entrega à Ucrânia de cerca de 50 tanques do tipo "Cheetah", marcando um ponto de viragem na política cautelosa de apoio direto ao armamento da Ucrânia seguida até agora pelo governo de Olaf Scholz.
O principal anúncio deste encontro veio de Berlim, que decidiu autorizar a entrega à Ucrânia de cerca de 50 tanques do tipo "Cheetah", marcando um ponto de viragem na política cautelosa de apoio direto ao armamento da Ucrânia seguida até agora pelo governo de Olaf Scholz.
16h26 - Níveis de radioatividade em Chernobyl estão “dentro da normalidade”, diz chefe da AIEA
O nível de radioatividade na central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, está "dentro da normalidade", disse esta terça-feira o chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, que visitou o local no dia em que se assinalam 36 anos do pior desastre nuclear da história.
"O nível de radioatividade é, eu diria, normal", disse Grossi a jornalistas no local, que esteve ocupado por militares russos entre 24 de fevereiro e 31 de março.
"Os níveis [de radioatividade] aumentaram em certos momentos quando os russos estavam a trazer equipamentos pesados para a área e quando eles saíram", disse Grossi sem avaçar números específicos, assegurando que especialistas da agência da ONU estavam a monitorizar a situação "diariamente".
Momentos antes destas declarações, o chefe da AIEA considerou "absolutamente anormal" e "muito, muito perigosa" a ocupação da central nuclear de Chernobyl pelo exército russo.
O local onde se situa Chernobyl, 150 quilómetros a norte de Kiev, foi ocupado pelos militares russos em 24 de fevereiro, o primeiro dia da invasão da Ucrânia, e teve então uma paragem da rede de energia e comunicações.
Os soldados russos retiraram-se a 31 de março e, desde então, a situação voltou gradualmente à normalidade, de acordo com os relatórios diários da AIEA, com base em informações do regulador ucraniano.
O nível de radioatividade na central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, está "dentro da normalidade", disse esta terça-feira o chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, que visitou o local no dia em que se assinalam 36 anos do pior desastre nuclear da história.
"O nível de radioatividade é, eu diria, normal", disse Grossi a jornalistas no local, que esteve ocupado por militares russos entre 24 de fevereiro e 31 de março.
"Os níveis [de radioatividade] aumentaram em certos momentos quando os russos estavam a trazer equipamentos pesados para a área e quando eles saíram", disse Grossi sem avaçar números específicos, assegurando que especialistas da agência da ONU estavam a monitorizar a situação "diariamente".
Momentos antes destas declarações, o chefe da AIEA considerou "absolutamente anormal" e "muito, muito perigosa" a ocupação da central nuclear de Chernobyl pelo exército russo.
O local onde se situa Chernobyl, 150 quilómetros a norte de Kiev, foi ocupado pelos militares russos em 24 de fevereiro, o primeiro dia da invasão da Ucrânia, e teve então uma paragem da rede de energia e comunicações.
Os soldados russos retiraram-se a 31 de março e, desde então, a situação voltou gradualmente à normalidade, de acordo com os relatórios diários da AIEA, com base em informações do regulador ucraniano.
A União Europeia alertou esta terça-feira para o perigo de uma nova catástrofe nuclear na Ucrânia devido a invasão russa e pediu a Moscovo para que se abstenha de desencadear qualquer ação contra as instalações nucleares no país.
16h10 - Pelo menos nove civis mortos por bombardeamentos russos, dizem autoridades locais
Pelo menos nove civis morreram hoje na sequência de bombardeamentos do exército russo no leste e sul da Ucrânia, anunciaram as autoridades locais.
De acordo com informações do governador da região de Lugansk (leste da Ucrânia), Sergey Gadai, três civis morreram debaixo de escombros de um prédio atingido por um bombardeamento na cidade de Popasna, para onde tinham fugido a fim de, segundo a mesma fonte, "se proteger de mísseis russos".
Um outro bombardeamento, que atingiu a cidade de Kharkiv (também no leste), a segunda maior da Ucrânia, matou três pessoas e deixou sete feridas, duas delas com gravidade, anunciou o governador regional, Oleg Synegoubov, apelando aos moradores para terem "muito cuidado e, se possível, não saírem dos abrigos".
Outros dois civis foram mortos e seis ficaram feridos na região de Donetsk, segundo o governador, Pavlo Kyrylenko.
"Em Avdiivka, tropas russas realizaram ataques aéreos. O hospital central, uma escola e prédios de apartamentos foram atingidos", disse.
Por fim, em Zaporijia, no sul do país, os ataques deixaram pelo menos um morto e um ferido, segundo a administração regional, que referiram que dois mísseis teleguiados russos atingiram, hoje de manhã, uma empresa na cidade.
"O terceiro míssil explodiu em voo. A infraestrutura foi destruída", acrescentaram.
Pelo menos nove civis morreram hoje na sequência de bombardeamentos do exército russo no leste e sul da Ucrânia, anunciaram as autoridades locais.
De acordo com informações do governador da região de Lugansk (leste da Ucrânia), Sergey Gadai, três civis morreram debaixo de escombros de um prédio atingido por um bombardeamento na cidade de Popasna, para onde tinham fugido a fim de, segundo a mesma fonte, "se proteger de mísseis russos".
Um outro bombardeamento, que atingiu a cidade de Kharkiv (também no leste), a segunda maior da Ucrânia, matou três pessoas e deixou sete feridas, duas delas com gravidade, anunciou o governador regional, Oleg Synegoubov, apelando aos moradores para terem "muito cuidado e, se possível, não saírem dos abrigos".
Outros dois civis foram mortos e seis ficaram feridos na região de Donetsk, segundo o governador, Pavlo Kyrylenko.
"Em Avdiivka, tropas russas realizaram ataques aéreos. O hospital central, uma escola e prédios de apartamentos foram atingidos", disse.
Por fim, em Zaporijia, no sul do país, os ataques deixaram pelo menos um morto e um ferido, segundo a administração regional, que referiram que dois mísseis teleguiados russos atingiram, hoje de manhã, uma empresa na cidade.
"O terceiro míssil explodiu em voo. A infraestrutura foi destruída", acrescentaram.
(agência Lusa)
15h58 - Presidente da Moldávia apela à calma e anuncia reforço de segurança após ataques
A Presidente da Moldávia, Maia Sandu, pediu hoje "calma" e anunciou medidas para fortalecer a segurança do país que faz fronteira com a Ucrânia, após uma série de explosões na região separatista pró-Rússia da Transnístria.
"Trata-se de uma tentativa de aumentar as tensões (...) Apelamos aos nossos concidadãos que mantenham a calma e se sintam seguros", disse Maia Sandu, após uma reunião do conselho de segurança nacional, anunciando o reforço dos controlos de transporte e patrulhas de fronteira.
A Presidente atribuiu os ataques terroristas perpetrados nas últimas 24 horas na região separatista da Transnístria, à luta entre forças internas interessadas em desestabilizar a situação.
"De acordo com as informações que temos, as tentativas de escalada estão relacionadas com forças internas da Transnístria que querem uma guerra e estão interessadas em desestabilizar a situação", disse Sandu.
"Condenamos todas as provocações e tentativas de envolver a Moldávia em ações que possam ameaçar a paz no país", insistiu a chefe de Estado.
Nas últimas 24 horas, pelo menos três ataques foram realizados no território do enclave separatista, segundo o Conselho de Segurança da Transnístria.
A Presidente da Moldávia, Maia Sandu, pediu hoje "calma" e anunciou medidas para fortalecer a segurança do país que faz fronteira com a Ucrânia, após uma série de explosões na região separatista pró-Rússia da Transnístria.
"Trata-se de uma tentativa de aumentar as tensões (...) Apelamos aos nossos concidadãos que mantenham a calma e se sintam seguros", disse Maia Sandu, após uma reunião do conselho de segurança nacional, anunciando o reforço dos controlos de transporte e patrulhas de fronteira.
A Presidente atribuiu os ataques terroristas perpetrados nas últimas 24 horas na região separatista da Transnístria, à luta entre forças internas interessadas em desestabilizar a situação.
"De acordo com as informações que temos, as tentativas de escalada estão relacionadas com forças internas da Transnístria que querem uma guerra e estão interessadas em desestabilizar a situação", disse Sandu.
"Condenamos todas as provocações e tentativas de envolver a Moldávia em ações que possam ameaçar a paz no país", insistiu a chefe de Estado.
Nas últimas 24 horas, pelo menos três ataques foram realizados no território do enclave separatista, segundo o Conselho de Segurança da Transnístria.
(agência Lusa)
15h32 - Rússia alerta Reino Unido sobre uma “resposta proporcional” por incitar a Ucrânia a atacar alvos russos
A Rússia alertou esta terça-feira o Reino Unido que, se continuar a provocar a Ucrânia para atacar alvos na Rússia, haverá uma "resposta proporcional" imediata, segundo avança a agência de notícias RIA, que cita o Ministério russo da Defesa.
A Rússia alertou esta terça-feira o Reino Unido que, se continuar a provocar a Ucrânia para atacar alvos na Rússia, haverá uma "resposta proporcional" imediata, segundo avança a agência de notícias RIA, que cita o Ministério russo da Defesa.
"Gostaríamos de sublinhar que a provocação direta de Londres ao regime de Kiev para tais ações, se tais ações forem realizadas, levará imediatamente à nossa resposta proporcional", disse o Ministério da Defesa da Rússia.
"Como já tínhamos alertado, as Forças Armadas russas estão prontas 24 horas por dia para lançar ataques de retaliação com armas de longo alcance de alta precisão em centros de comando em Kiev", sublinhou.
"Como já tínhamos alertado, as Forças Armadas russas estão prontas 24 horas por dia para lançar ataques de retaliação com armas de longo alcance de alta precisão em centros de comando em Kiev", sublinhou.
O ministro das Forças Armadas da Grã-Bretanha, James Heappey, disse esta terça-feira que era completamente “legítimo” para a Ucrânia atacar locais de abastecimento do Exército russo.
Em entrevista à BBC, James Heappey foi questionado sobre a forma como as armas cedidas pelo ocidente podem ser usadas pelos ucranianos, nomeadamente contra alvos militares russos em solo russo.
"São os ucranianos que tomam a decisão sobre a direção [dos alvos], não quem fabrica e exporta" as armas, refere o ministro.
Em entrevista à BBC, James Heappey foi questionado sobre a forma como as armas cedidas pelo ocidente podem ser usadas pelos ucranianos, nomeadamente contra alvos militares russos em solo russo.
"São os ucranianos que tomam a decisão sobre a direção [dos alvos], não quem fabrica e exporta" as armas, refere o ministro.
15h13 - Presidente turco propõe cimeira em Istambul entre Putin e Zelensky
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propôs hoje a realização de uma cimeira em Istambul entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na sequência de um contacto com o líder do Kremlin.
Segundo a presidência turca, Erdogan falou hoje por telefone com Putin, horas antes de o líder russo se encontrar em Moscovo com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Erdogan considerou que a prevalência do "impulso positivo" das negociações realizadas no final de março em Istambul entre delegações dos dois países beneficiaria as duas partes e abriria o caminho para uma paz que é de interesse de todos.
O líder turco também assinalou a importância de um cessar-fogo na Ucrânia e de assegurar um funcionamento efetivo dos corredores humanitários, e ainda a retirada segura de civis.
A Turquia, membro da NATO, mantém uma "posição neutral" face à guerra na Ucrânia e não se associou às sanções ocidentais contra a Rússia.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propôs hoje a realização de uma cimeira em Istambul entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na sequência de um contacto com o líder do Kremlin.
Segundo a presidência turca, Erdogan falou hoje por telefone com Putin, horas antes de o líder russo se encontrar em Moscovo com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Erdogan considerou que a prevalência do "impulso positivo" das negociações realizadas no final de março em Istambul entre delegações dos dois países beneficiaria as duas partes e abriria o caminho para uma paz que é de interesse de todos.
O líder turco também assinalou a importância de um cessar-fogo na Ucrânia e de assegurar um funcionamento efetivo dos corredores humanitários, e ainda a retirada segura de civis.
A Turquia, membro da NATO, mantém uma "posição neutral" face à guerra na Ucrânia e não se associou às sanções ocidentais contra a Rússia.
(agência Lusa)
14h53 - UE alerta para perigo de nova catástrofe nuclear, 36 anos depois de Chernobyl
A União Europeia alertou esta terça-feira para o perigo de uma nova catástrofe nuclear na Ucrânia devido a invasão russa e pediu a Moscovo para que se abstenha de desencadear qualquer ação contra as instalações nucleares no país.
Num comunicado conjunto, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borll, e a comissária europeia para a Energia, Kadri Simson, destacam que "a agressão ilegal e injustificada da Rússia na Ucrânia coloca mais uma vez em risco a segurança nuclear no nosso continente".
Atualmente as forças russas na Ucrânia controlam a central nuclear de Zaporizhzhia, no sul do país.
14h05 - Ataques na Transnístria são tentativa de aumentar tensões, diz presidente da Moldávia
Em declarações aos jornalistas após uma reunião do Conselho de Segurança do país, a presidente da Moldávia, Maia Sandu, afirmou que os alegados ataques na região separatista da Crimeia fazem parte de uma tentativa de aumentar tensões.
Culpa as facções "pró-guerra" dentro do território e adianta que não pretende falar com o Kremlin sobre os indicentes registados nas últimas 24 horas, que incluíram três "ataques" na região separatista: um contra um edifício do governo local, outros dois que destruíram antenas de rádio da era soviética que emitiam uma rádio russa.
Na última sexta-feira, o general Rustam Minnekaiev, comandante adjunto das forças do distrito militar do Centro da Rússia, adiantou que Moscovo pretende controlar o sul da Ucrânia, para além da região leste, de forma a criar um ponto de acesso à Transnístria.
Tiraspol, a cerca de 100 quilómetros do porto ucraniano de Odessa, é a capital de um território disputado pela Rússia e Moldávia desde o final da Guerra Fria.
Com a dissolução da União Soviética, a Moldávia alcançou a independência enquanto país, mas algumas tropas russas permaneceram na região conhecida como Transnístria, atualmente com cerca de meio milhão de habitantes.
A Transnístria opôs-se às autoridades moldavas e estabeleceu um novo estado independente, não sendo no entanto reconhecida internacionalmente como país. O território, entre a Moldávia e a Ucrânia, conta com um contingente de tropas russas de forma permanente.
13h54 - Alemanha quer substituir abastecimento de petróleo russo nos próximos dias
O ministro alemão da Economia disse esta terça-feira, durante uma visita à Polónia, que apenas 12 por cento das importações de petróleo para a Alemanha chegam da Rússia.
Acrescentou que as autoridades alemãs esperam conseguir substituir a oferta russa "numa questão de dias".
13h51 - Ocupação russa de Chernobyl foi "muito, muito perigosa" , diz a AIEA
A ocupação da central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, pelo exército russo, entre 24 de fevereiro e final de março, foi "muito, muito perigosa", denunciou o chefe da Agência Internacional de Energia Atómica, em visita ao local.
"A situação era absolutamente anormal e muito, muito perigosa", afirmou Rafael Grossi em declarações aos jornalistas durante uma visita a Chernobyl, no dia em que se assinalam 36 anos do pior desastre nuclear da história, ocorrido em 1986.
O diretor-geral da AIEA é acompanhado na visita ao local por uma equipa de especialistas "para entregar equipamentos vitais", incluindo dosímetros e fatos de proteção, e realizar "controlos radiológicos e outros", informou a agência da ONU na passada sexta-feira.
Os peritos devem "reparar sistemas de monitorização remota, que deixaram de transmitir dados para a sede" da agência, em Viena (Áustria), logo após o início da guerra.
O local onde se situa Chernobyl, 150 quilómetros a norte de Kiev, foi ocupado pelos militares russos em 24 de fevereiro, o primeiro dia da invasão da Ucrânia, e teve então uma paragem da rede de energia e comunicações.
Os soldados russos retiraram-se a 31 de março e, desde então, a situação voltou gradualmente à normalidade, de acordo com os relatórios diários da AIEA, com base em informações do regulador ucraniano.
Rafael Grossi já tinha visitado a Ucrânia no final de março para lançar as bases para um acordo de assistência técnica, tendo na altura visitado a central elétrica do sul de Yuzhno-Ukrainsk, antes de se encontrar com altos funcionários russos em Kaliningrado, nas margens do Báltico.
A Ucrânia tem 15 reatores nucleares em quatro centrais elétricas em funcionamento, além de depósitos de resíduos, como é o caso da central de Chernobyl, que foi desativada depois do desastre de 1986.
Um reator de Chernobyl explodiu em 1986 contaminando grande parte da Europa, mas especialmente a Ucrânia, a Rússia e a Bielorrússia, que integravam a URSS. Denominada zona de exclusão, o território num raio de 30 quilómetros em redor da central ainda está fortemente contaminado e é proibido viver lá permanentemente.
"A situação era absolutamente anormal e muito, muito perigosa", afirmou Rafael Grossi em declarações aos jornalistas durante uma visita a Chernobyl, no dia em que se assinalam 36 anos do pior desastre nuclear da história, ocorrido em 1986.
O diretor-geral da AIEA é acompanhado na visita ao local por uma equipa de especialistas "para entregar equipamentos vitais", incluindo dosímetros e fatos de proteção, e realizar "controlos radiológicos e outros", informou a agência da ONU na passada sexta-feira.
Os peritos devem "reparar sistemas de monitorização remota, que deixaram de transmitir dados para a sede" da agência, em Viena (Áustria), logo após o início da guerra.
O local onde se situa Chernobyl, 150 quilómetros a norte de Kiev, foi ocupado pelos militares russos em 24 de fevereiro, o primeiro dia da invasão da Ucrânia, e teve então uma paragem da rede de energia e comunicações.
Os soldados russos retiraram-se a 31 de março e, desde então, a situação voltou gradualmente à normalidade, de acordo com os relatórios diários da AIEA, com base em informações do regulador ucraniano.
Rafael Grossi já tinha visitado a Ucrânia no final de março para lançar as bases para um acordo de assistência técnica, tendo na altura visitado a central elétrica do sul de Yuzhno-Ukrainsk, antes de se encontrar com altos funcionários russos em Kaliningrado, nas margens do Báltico.
A Ucrânia tem 15 reatores nucleares em quatro centrais elétricas em funcionamento, além de depósitos de resíduos, como é o caso da central de Chernobyl, que foi desativada depois do desastre de 1986.
Um reator de Chernobyl explodiu em 1986 contaminando grande parte da Europa, mas especialmente a Ucrânia, a Rússia e a Bielorrússia, que integravam a URSS. Denominada zona de exclusão, o território num raio de 30 quilómetros em redor da central ainda está fortemente contaminado e é proibido viver lá permanentemente.
(agência Lusa)
13h46 - Rússia rejeita proposta para negociações de paz em Mariupol
Em resposta aos jornalistas, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov disse que Moscovo rejeitou a proposta da Ucrânia para a realização de negociações de paz em Mariupol, afirmando que é ainda muito cedo para falar sobre quem poderá ser o mediador.
Garante, no entanto, que a Rússia está comprometida em alcançar uma solução diplomática sobre a situação na Ucrânia.
13h01 - "ONU pronta a mobilizar recursos humanos e logísticos" para resolver crise humanitária em Mariupol
Na conferência de imprensa após a reunião com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, António Guterres diz que chegou a Moscovo como "mensageiro da paz" e que o principal objetivo da visita é "salvar vidas e reduzir o sofrimento".
Reconheceu que "há duas posições diferentes sobre o que está a acontecer na Ucrânia" e que é necessário investigar de forma independente os eventuais crimes de guerra, mas que a prioridade deve ser o estabelecimento e o respeito por corredores humanitários seguros.
António Guterres adiantou que foi criado um grupo de contacto humanitário que reúne a Rússia, Ucrânia e as Nações Unidas. Em concreto sobre a situação de Mariupol, afirmou que a ONU "está pronta a mobilizar recursos humanos e logísticos".
Em Moscovo, o secretário-geral da ONU propôs a coordenação da ONU, Cruz Vermelha, forças russas e ucranianas para permitir a retirada de civis, não só da cidade, mas também na fábrica de Azovstal.
O secretário-geral das Nações Unidas mencionou também os problemas causados no mundo pela "aceleração dramática dos preços" em resultado da situação na Ucrânia.
A guerra, refere, está a trazer "sofrimento enorme em vários países do mundo" e vem agravar o "choque" provocado pela covid-19 que já tinha atingido nações mais vulneráveis.
12h58 - Guterres e Lavrov em conferência de imprensa após reunião em Moscovo
O secretário-geral da ONU e o MNE russo estão em conferência de imprensa depois de se terem reunido esta terça-feira. Sergei Lavrov frisou que a Rússia está interessada em trabalhar com as Nações Unidas e a Cruz Vermelha para dar uma resposta humanitária à situação na Ucrânia.
Lembrou, no entanto, as "agressões" ucranianas que deram origem à intervenção russa no país, nomeadamente os ataques "nazis" contra a população falante de russo e a cultura russa, bem como os constantes alargamentos da NATO. Diz que a Ucrânia tem sido usada como "plataforma" para irritar e dissuadir Moscovo.
"O nosso principal objetivo é proteger as populações civis", assegurou Lavrov, durante uma conferência de imprensa conjunta.
12h33 - EUA prometem mover "os céus e a terra" para ajudar a Ucrânia
O secretário norte-americano de Defesa disse esta terça-feira que os Estados Unidos e países aliados vão "mover os céus e a terra" para ajudar a Ucrânia na resposta à invasão russa.
Na reunião que decorre na base militar de Ramstein, na Alemanha, onde se discute o apoio do Ocidente a Kiev, o responsável norte-americano prometeu "ajudar a Ucrânia a vencer a luta contra a invasão injusta por parte da Rússia e a construir as defesas da Ucrânia para os desafios do amanhã".
"Como vimos aqui esta manhã, as nações de todo o mundo estão unidas na determinação de apoiar a Ucrânia contra a agressão imperial da Rússia", afirmou Llyod Austin.
12h20 - Ataque contra fábrica em Zaporizhzhia faz pelo menos uma vítima mortal
As autoridades locais avançam que há registo de pelo menos uma vítima mortal na sequência de um ataque russo com dois mísseis a uma fábrica na cidade de Zaporizhzhia. Outra pessoa ficou ferida na sequência deste ataque.
De acordo com a administração local, um terceiro míssil "explodiu no ar".
12h01 - O essencial da informação a esta hora
- Guterres em Moscovo. O secretário-geral das Nações Unidas está nesta altura reunido com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov. O encontro decorre em Moscovo e será depois seguido por uma reunião entre António Guterres e o presidente russo, Vladimir Putin. À chegada a Moscovo, o secretário-geral da ONU apelou a um cessar-fogo “o mais rápido possível”.
- "Inspiração" para o mundo livre. O secretário de Defesa norte-americano, Llyod Austin, participa esta terça-feira no encontro entre vários países na base de Ramstein, na Alemanha, para discutir a ajuda à Ucrânia no combate contra a Rússia. Neste encontro em que Portugal também está representando, o responsável dos EUA considerou que a Ucrânia tem condições para vencer o conflito contra a Rússia e que é mesmo uma “inspiração” para o mundo livre.
- Terceira guerra mundial? Sergei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros, alertou na segunda-feira para o risco crescente de um conflito nuclear e de uma "terceira guerra mundial" devido à situação na Ucrânia. Considerou que a NATO está a lutar uma guerra por procuração com a Rússia, ao enviar armamento para Kiev. Em resposta, o ministro britânico das Forças Amadas, James Heappey, afirmou hoje que apoio à Ucrânia está a ser feito por “uma comunidade de doadores” e não pela Aliança Atlântica.
- "Ataques" na Transnístria. O território separatista anunciou esta terça-feira que foi alvo de três, dois dos quais contra antenas de rádio da era soviética. A liderança na Transnístria refere que se trata de “ataques terroristas” e elevou o nível de alerta. Por sua vez, a Moldávia acusa as autoridades da região pró-russa de tentarem "criar pretextos para agravar a situação de segurança" e convocou uma reunião de emergência do Conselho Supremo de Segurança. Na última sexta-feira, um responsável militar russo disse que Moscovo pretende controlar o sul da Ucrânia para criar um ponto de acesso à Transnístria.
- Mais refugiados. As Nações Unidas estimam esta terça-feira que o número de refugiados na sequência do conflito na Ucrânia possa chegar aos 8,3 milhões. Atualmente, a guerra já provocou cerca de 5,2 milhões de refugiados. No início da guerra, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados previa que o conflito provocasse até 4 milhões de refugiados.
11h31 - Transnístria eleva "nível de ameaça terrorista"
A região separatista elevou o nível de ameaça terrorista após a ocorrência de alegados ataques nas últimas 24 horas.
O Conselho de Segurança da região denunciou esta terça-feira três "ataques " contra uma unidade militar perto da cidade de Tiraspol e também contra duas antenas de rádio da era soviética.
11h05 - Em Moscovo, Guterres pede cessar-fogo "o mais rápido possível"
Ainda antes da reunião o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, o secretário-geral das Nações Unidas apelou esta terça-feira a um cessar-fogo "o mais rápido possível".
"O que nos interessa é encontrar os meios para criar condições para um diálogo efetivo para criar condições para um cessar-fogo o mais rapidamente possível", disse António Guterres antes de se encontrar com Sergei Lavrov.
Guterres reconheceu que a situação na Ucrânia é "complexa" e tem "diferentes interpretações sobre o que está a acontecer", mas considera possível estabelecer um "diálogo sério sobre a melhor forma de trabalhar para minimizar o sofrimento das pessoas".
Depois de Lavrov, o secretário-geral da ONU vai reunir-se com o presidente russo, Vladimir Putin. O périplo de Guterres continua em Kiev, onde estará também reunido com responsáveis ucranianos.
10h51 - Encontro entre Guterres e Lavrov já começou
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, está em Moscovo para falar com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, e com o presidente russo, Vladimir Putin.
António Guterres já está reunido com Sergei Lavrov e deverá falar em conferência de imprensa em breve.
10h31 - Unidade militar separatista da Transnístria fala em "ataque terrorista"
O Conselho de Segurança da região separatista da Transnísria denunciou esta terça-feira um "ataque terrorista" contra uma unidade militar perto da cidade de Tiraspol.
Nas últimas horas foram registadas várias explosões na região separatista. A Moldávia e a Ucrânia temem que estes alegados ataques sirvam de pretexto a Moscovo para lançar uma ofensiva naquele território.
10h17 - Rússia adverte Japão contra a expansão de exercícios navais com os EUA
Neste contexto da guerra em curso no leste da Europa, há um outro foco de tensão ainda mais a oriente. Moscovo avisou Tóquio esta terça-feira que poderá retaliar caso o Japão alargue ainda mais a cooperação com os Estados Unidos, com exercícios militares conjunto.
Igor Morgulov, vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, considera que os exercícios militares conjuntos entre o Japão e os Estados Unidos representam uma ameaça à segurança da Rússia.
10h10 - ONU revê estimativa. ACNUR espera até 8,3 milhões de refugiados em resultado do conflito na Ucrânia
As Nações Unidas estimam que o número de refugiados na sequência do conflito na Ucrânia possa chegar aos 8,3 milhões. Atualmente, a guerra já provocou cerca de 5,2 milhões de refugiados.
No início da guerra, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados previa que o conflito provocasse até 4 milhões de refugiados.
9h52 - Ucrânia é um exemplo para o mundo livre, diz o secretário de Defesa dos EUA
O secretário de Defesa norte-americano participa esta terça-feira no encontro entre vários países na base de Ramstein, na Alemanha, para discutir a ajuda à Ucrânia no combate contra a Rússia.
Antes do início da reunião, Lloyd Austin elogiou o "valor e a destreza" das forças armadas da Ucrânia e considerou que a luta de Kiev contra Moscovo entrará para a história.
Acusou a Rússia de cometer "atrocidades indefensáveis" e que a guerra em curso é "um desafio para todo o mundo livre".
O secretário de Defesa norte-americano considerou ainda que a Ucrânia poderá vencer a guerra contra a Rússia.
"A vossa resistência inspira todo o mundo livre. (...) A Ucrânia acredita claramente que pode vencer, e todos nós aqui acreditamos nisso", acrescentou.
Na segunda-feira, após ter reunido com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em Kiev durante o fim de semana, o secretário de Defesa norte-americano afirmou que o objetivo dos EUA é "ver a Rússia enfraquecida, ao ponto de não conseguir fazer este tipo de ações, como a invasão da Ucrânia".
9h43 - Rússia e Bielorrússia anunciam exercícios militares conjuntos
O ministério bielorrusso da Defesa anunciou esta terça-feira o início de exercícios militares conjuntos com a Rússia. Os exercícios vão envolver as forças aéreas de ambos os países.
De acordo com Minsk, estes exercícios vão acontecer entre hoje, terça-feira, e sexta-feira, dia 29 de abril.
9h34 - Presidente da Moldávia convoca reunião de segurança
O presidente da Moldávia, Maia Sandu, convocou uma reunião do Conselho Supremo de Segurança do país após os incidentes das últimas horas na região separatista da Transnístria.
Após a reunião, que decorre a partir das 13h00 locais (11h00 em Portugal Continental), o presidente moldavo falará aos jornalistas em conferência de imprensa.
De acordo com as autoridades locais, duas explosões na Transnístria, no último domingo, danificaram antigas antenas de rádio da era soviética que transmitiam uma rádio russa para uma vila na região.
O governo moldavo disse esta terça-feira que o objetivo deste alegado ataque é de "criar pretextos para agravar a situação de segurança na região".
9h14 - Londres considera que ataques ucranianos a linhas de abastecimento russas são "legítimos"
O ministro britânico das Forças Armadas considera que os ataques ucranianos em locais de abastecimento do Exército russo são "totalmente legítimos".
Em entrevista à BBC, James Heappey foi questionado sobre a forma como as armas cedidas pelo ocidente podem ser usadas pelos ucranianos, nomeadamente contra alvos militares russos em solo russo.
"São os ucranianos que tomam a decisão sobre a direção [dos alvos], não quem fabrica e exporta" as armas, refere o ministro.
8h56 - Pelo menos 500 soldados ucranianos mortos durante a noite, diz Moscovo
O ministro russo da Defesa adianta esta terça-feira que foram atingidos mais de 90 alvos militares ucranianos durante a noite. Morreram pelo menos 500 soldados ucranianos.
No mais recente briefing sobre a "operação militar especial" na Ucrânia, a Rússia diz ter destruído "87 instalações militares", arrasando também 59 veículos blindados, entre outros meios.
Afirma também ter matado "cerca de 500 soldados inimigos". Visou ainda vários sistemas de lançamento de mísseis antiaéreos e drones ucranianos.
8h27 - Alemanha autoriza entrega de tanques à Ucrânia
Berlim anunciou esta terça-feira que vai autorizar a entrega de tanques a Kiev, uma viragem na política cautelosa de apoio direto ao armamento da Ucrânia.
A ministra alemã da Defesa, Christine Lambrecht, deverá revelar durante o dia mais detalhes sobre a forma como será dado este apoio.
Os tanques cedidos deverão ser do tipo "Cheetah" têm origem no stock da indústria de Defesa alemã, especializados na defesa antiaérea.
8h05 - Transnístria denuncia ataque a edifício governamental na capital
A Transnístria anunciou esta terça-feira um ataque a um edifício governamental na capital, Tiraspol. Mas a Moldávia acusa as autoridades da região separatista pró-russa de "criar pretextos para agravar a situação de segurança".
De acordo com o Centro de Imprensa do Ministério do Interior da Transnístria, registaram-se várias explosões num prédio do Governo no centro de Tiraspol pelas 17h00 de segunda-feira.
O Gabinete de Reintegração, dependente do Governo da Moldávia, mostrou-se preocupado com os últimos acontecimentos e fez um "pedido à calma". O incidente já está a ser investigado.
O governo moldavo adianta que o objetivo do alegado ataque é "criar pretextos para agravar a situação de segurança na região".
Moscovo pretende "semear o pânico e o sentimento anti-ucraniano" na região, denunciou o Ministério ucraniano da Defesa.
Na última sexta-feira, o general Rustam Minnekaiev, comandante adjunto das forças do distrito militar do Centro da Rússia, adiantou que Moscovo pretende controlar o sul da Ucrânia, para além da região leste, de forma a criar um ponto de acesso à Transnístria.
Tiraspol, a cerca de 100 quilómetros do porto ucraniano de Odessa, é a capital de um território disputado pela Rússia e Moldávia desde o final da Guerra Fria.
Com a dissolução da União Soviética, a Moldávia alcançou a independência enquanto país, mas algumas tropas russas permaneceram na região conhecida como Transnístria, atualmente com cerca de meio milhão de habitantes.
A Transnístria opôs-se às autoridades moldavas e estabeleceu um novo estado independente, não sendo no entanto reconhecida internacionalmente como país. O território, entre a Moldávia e a Ucrânia, conta com um contingente de tropas russas de forma permanente.
7h49 - Londres responde a Moscovo. Fornecimento de armas é da comunidade doadora, não da NATO
O ministro britânico das Forças Armadas, James Heappey, disse esta terça-feira que o apoio à Ucrânia está a ser dado pela aliança ocidental e não pela NATO.
"É a comunidade de doadores, não a NATO", afirmou o governante em entrevista à Sky News.
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros alertou nas últimas horas para o perigo de uma Terceira Guerra Mundial, tendo acusado a Aliança Atlântica de estar a combater a Rússia numa guerra por procuração na Ucrânia.
"O esforço dos doadores é algo que está a sido reunido por países que, é certo, muitos deles são da NATO, mas outros não são. Não é a NATO que está a dar ajuda militar", referiu o governante.
7h19 - Ataques russos intensificam-se no leste da Ucrânia
O Ministério britânico da Defesa prevê que as forças russas tentem cercar as principais posições ucranianas no leste do país. A cidade de Kreminna, em Lugansk, já estará nas mãos dos russos e há combates em curso no sul de Izium, na região de Kharkiv.
Londres refere ainda as tentativas de avanço dos russos em Sloviansk e Kramatorsk. Por sua vez, as forças ucranianas preparam-se para um possível ataque russo em Zaporizhzhia, vindo do sul.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 26 April 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) April 26, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/agUoc4mRcj
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/vnxIPbDJOZ
Ponto de situação
- O secretário-geral das Nações Unidas encontra-se esta terça-feira com o presidente russo. As conversações em Moscovo deverão focar-se na situação na cidade portuária de Mariupol, sitiada há várias semanas e onde permanece um reduto da resistência ucraniana junto à fábrica de Azovtal. Na segunda-feira, Guterres esteve em Ancara, onde se reuniu com o presidente turco, Tayyip Erdogan. Depois de Moscovo, o responsável da ONU continua o périplo e segue para Kiev ainda esta semana.
- O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, pede ao secretário-geral da ONU para que pressione Moscovo no sentido de estabelecer um corredor humanitário em Mariupol. O objetivo é garantir a retirada de civis em segurança.
- Sergei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros, alertou na segunda-feira para o risco crescente de um conflito nuclear e de uma "terceira guerra mundial" devido à guerra na Ucrânia. Considerou que a NATO está a lutar uma guerra por procuração com a Rússia, ao enviar armamento para Kiev. “Guerra significa guerra”, vincou.
- Em resposta, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, considera que Moscovo está a perder “esperança” em relação a uma vitória no conflito na Ucrânia e quer “assustar o mundo” de forma a parar com a mobilização internacional para o apoio a Kiev.
- Responsáveis de 40 países reúnem-se esta terça-feira na base de Ramstein, na Alemanha, para discutir a ajuda à Ucrânia no combate contra a Rússia. O encontro, liderado pelos Estados Unidos, contará com representantes de Portugal.
- O secretário de Defesa do Reino Unido, Bem Wallace, estima que cerca de 15 mil soldados russos tenham sido mortos desde o início da invasão da Ucrânia. Confirmou também que Londres irá enviar veículos Stormer blindados, equipados com lançadores de mísseis antiaéreos.