Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Graça Andrade Ramos, Andreia Martins - RTP

Zelensky com os secretários de Defesa e de Estado dos EUA em Kiev. Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

22h50 - Senado dos EUA espera consenso rápido na aprovação da ajuda à Ucrânia

O líder da maioria do Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, afirmou que espera uma aprovação “rápida, bipartidária” de mais uma proposta de lei de ajuda à Ucrânia na sua luta contra a Rússia, mal o Presidente Joe Biden proponha um novo pedido de financiamento.

“Temos de continuar a ajudar o povo da Ucrânia na sua luta contra a agressão russa” disse Schumer, apesar de não providenciar detalhes sobre quaisquer acordos na forja entre os senadores. “Espero cooperação rápida e bipartidária para o conseguir”, afirmou.

22h28 - Guerra atingiu gravemente produção de cereais na Ucrânia

Os serviços de informação militar do Reino Unido afirmam que a produção de cereais na Ucrânia será 20 por cento inferior em 2022 do que em 2021.

As mesmas fontes indicam que a guerra provocada pela Rússia tem estado a atingir gravemente a produção agrícola na Ucrânia devido à redução de áreas semeadas.

Acrescentam que a falta de cerais da Ucrânia se irá repercutir nos preços, gerando inflação e fazendo subir os preços mundiais dos cereais.

22h10 - Lavrov alerta para "risco real" de III Guerra Mundial e nuclear

A Rússia, afirmou Lavrov na entrevista transcrita pelo seu Ministério, defende a abolição da ameaça de conflitos nucleares apesar dos riscos elevados vigentes e quer reduzir todas as possibilidades de aumentar estes riscos “artificialmente”.

“Esta é a nossa posição chave, na qual baseamos tudo”, garantiu. “Estes riscos são atualmente consideráveis”.

“Eu não quereria aumentar estes riscos artificialmente. Muito o desejam. O perigo é grave, real. E não devemos subestimá-lo” alertou ainda.

21h50 - Lavrov diz que entendimento será determinante para fim da guerra

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros afirmou que o conflito pode ter um fim com um acordo mas este irá depender da situação militar. O responsável da diplomacia russa garante que as negociações de paz com a Ucrânia vão prosseguir.

Sergei Lavrov acrescentou na televisão estatal russa que Kiev estava a limitar as negociações, referiu uma transcrição da entrevista publicada no site no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

O Kremlin aguarda a visita do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para esta terça-feira.

21h30 - Concerto solidário para ajudar militares que tentam travar a invasão russa
21h10 - Apoio dos EUA é crucial para a Ucrânia

20h50 - Multiplicam-se relatos de mulheres violadas por soldados russos na Ucrânia

20h30 - Hospital de Mykolaiev atingido por bombardeamentos russos

20h10 - Rússia tenta impedir fornecimento militar à Ucrânia
19h40 - Rússia revela destruição de estações de energia ferroviárias

O Ministério da Defesa russo anunciou a destruição com mísseis de alta precisão de seis locais de abastecimento energético de linhas ferroviárias usadas para transportar armamento estrangeiro até às tropas ucranianas.

19h20 - Rússia rejeita proposta de Guterres para tréguas de pelo menos três dias

19h05 - Biden e Macron querem debater consequências da guerra 

A guerra na Ucrânia marcou o telefonema do presidente dos Estados Unidos da América a felicitar a reeleição de Emmanuel Macron para a presidência francesa.

Os dois líderes concordaram na necessidade de aprofundar o debate sobre o conflito na Ucrânia, especificamente quanto à “segurança alimentar”, referiu o Eliseu, entre outras “questões globais importantes”.

17h50 - Cascais acolhe mais 150 refugiados ucranianos

Cascais vai acolher mais 150 refugiados ucranianos que chegaram hoje ao aeroporto de Figo Maduro num voo humanitário proveniente de Varsóvia (Polónia), que transportava ainda 14 animais de estimação a bordo, revelou a autarquia.

"É uma afirmação dos nossos valores democráticos, da nossa identidade, da nossa humanidade, que possamos hoje, no dia 25 de Abril, acolher estes cidadãos em fuga da nova cortina de ferro que desce sobre a Europa. Estamos na ponta mais ocidental do velho continente, mas, tal como na ponta Leste, na Ucrânia, estamos juntos no combate pela liberdade e pela dignidade", disse o presidente da câmara municipal, Carlos Carreiras.

Num momento em que já foram atribuídos mais de 33 mil pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e a cidadãos estrangeiros que residiam naquele país desde a invasão pelas tropas russas, o autarca de Cascais sublinhou que os "convidados ucranianos" podem agora reconstruir a sua vida face ao flagelo provocado pela guerra nos últimos dois meses.

O voo com estatuto humanitário foi fretado pela fundação LAPS, fundada pelo empresário italiano Lapo Elkann, que é presidida em Portugal pela sua mulher, Joana Lemos.

17h35 - Ucrânia acusa Rússia de bombardear os caminhos de ferro

O comando militar ucraniano afirmou esta tarde que a Rússia estava a tentar destruir a infraestrutura ferroviária do país, de forma a dificultar a distribuição de armamento enviado por países terceiros.

“Estão a tentar destruir as rotas de abastecimento de assistência técnico-militar de estados aliados. Para o fazer, estão a focar os ataques nos cruzamentos dos caminhos de ferro”, referiu o comandante ucraniano numa publicação na rede Facebook.

A Rússia bombardeou esta segunda-feira pelo menos cinco estações ferroviárias.

17h30 - Ucrânia domina visita de von der Leyen à Índia

A presidente da Comissão Europeia deixou em Nova Deli palavras de alerta sobre os efeitos da guerra na Ucrânia a qual, afirmou, irá afetar toda a região da Ásia Pacífico.

Na sua visita, destinada a reforçar os laços estratégicos da União Europeia com a Índia, que tem mantido uma posição neutral face ao conflito, Ursula von der Leyen não hesitou em traçar um cenário negro devido ao conflito.

“A questão da guerra não irá determinar apenas o futuro da Europa, mas irá afetar profundamente também a região Indo-Pacífico”, sublinhou a líder europeia na sua intervenção da Raisina Dialogue, uma conferência anual sobre geopolítica que se realiza em Nova Deli.

Ursula von der Leyen evocou nomeadamente a possibilidade de uma parceria entre Pequim e Moscovo, para por de sobreaviso as nações daquela área do globo.

“A Rússia e a China aparentemente forjaram um pacto sem restrições”, afirmou, questionando o que se poderá esperar. “Elas declararam que a sua amizade“não tem limites. Que podemos nós esperar do estabelecimento das novas relações internacionais a que ambas apelaram?”

16h45 - Rússia expulsa 40 diplomatas alemães

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo anunciou que declarou 40 diplomatas alemães como personae non gratae, numa retaliação pela expulsão alemã do mesmo número de diplomatas russos.

Em comunicado, o Ministério afirmou que tomou a decisão depois de a Alemanha ter declarado em meados de abril “indesejáveis” membros da embaixada russa em Berlim num “número significativo”.

Em reação, Annalena Baerbock, ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, afirmou que os russos expulsos nunca tinham realizado qualquer função diplomática durante a sua estadia na Alemanha, mas antes “trabalhado sistematicamente contra a nossa liberdade e coesão da nossa sociedade”.

Já os diplomatas alemães expulsos, pelo contrário, tinham trabalhado em relações bilaterais apesar das circunstâncias difíceis, referiu em comunicado, acrescentando que a notícia já era esperada. “A Rússia está assim a prejudicar-se a si mesma com as expulsões de hoje”, considerou.

16h20 - Reino Unido envia veículos blindados Stormer

O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, revelou que o país vai enviar para a Ucrânia um pequeno número de veículos Stormer blindados, equipados com lançadores de mísseis anti-aéreos.

Wallace acrescentou que, de acordo com as contas britânicas, a Rússia já perdeu cerca de 15 mil tropas na guerra com a Ucrânia, tendo sido destruídos 2.000 veículos blindados russos, incluindo cerca de 530 carros armados, e 60 helicopteros e caças.

15h26 - Suécia e Finlândia vão apresentar pedido de adesão à NATO em maio, revela imprensa nórdica

O jornal sueco Expressen revela esta segunda-feira que Suécia e Finlândia concordaram e enviar um pedido conjunto de adesão à NATO.

Ambos os países concordaram em anunciar as candidaturas na semana entre 16 e 22 de maio, durante a visita do presidente da Finlândia, Sauli Niinistö a Estocolmo. A informação é confirmada pelo jornal junto de fontes governamentais suecas.

A mesma informação é também veiculada pelo jornal finlândês Iltalehti.

15h02 - Putin diz que forças russas fustigaram plano ocidental para matar jornalista russo

O presidente russo disse esta segunda-feira que a agência de espionagem FSB frustrou um plano ocidental para assassinar um importante jornalista russo.

"Esta manhã, o Serviço Federal de Segurança interrompeu as atividades de um grupo terrorista que planeava atacar e matar um famoso jornalista da televisão russa. Temos provas indiscutíveis", afirmou Vladimir Putin.

Logo após as declarações do presidente russo, a agência TASS adiantou que os serviços de segurança detiveram membros russos de um grupo neonazi, denominado "Nacional Socialismo/Poder Branco", que supostamente planeava matar Vladimir Solovyev, um famoso jornalista da televisão russa.

Estes membros estariam "sob ordens" da Ucrânia, adianta ainda o FSB, sem demonstrar evidências sobre estas alegações.

De seguida, os serviços de segurança da Ucrânia (SBU) negaram quaisquer planos para mater o jornalista através de uma mensagem no Telegram.

14h44 - Rússia intensifica ataques contra infraestrutura ferroviária

Horas após a visita de altos responsáveis dos EUA à capital ucraniana, a Rússia visou cinco estações ferroviárias no território ucraniano na manhã desta segunda-feira. A informação é avançada pelo responsável da empresa ferroviária estatal.

Em Vinnytsia, pelo menos cinco pessoas morreram e 18 ficaram feridas no ataque de hoje. O exército russo atingiu uma infraestrutura de transporte ferroviáiro junto às cidades de Zhmerynka e Kozyatyn, segundo indicou o governador regional através do Telegram.

Outra das estações atingidas fica em Krasne, perto de Lviv. Neste ponto, foi atingida uma instalação decisiva para o abastecimento de energia do exército ucraniano.

Também foram atingidas duas estações na região de Rivne, indicou o responsável militar local Vitalii Koval.

Para além de ser central no esforço de guerra, o transporte ferroviário também é essencial para os ucranianos em fuga da região leste, sob ofensiva russa.

14h12 - Portugal já aceitou mais de 33 mil pedidos de proteção temporária

De acordo com o SEF, Portugal já aceitou 33.106 pedidos de proteção temporária de cidadãos ucranianos e estrangeiros que viviam na Ucrânia desde o início do conflito no país.

Destes pedidos, 22.208 são mulheres e 10.898 são homens. Os menores representam 11.410 do total de proteções temporárias concedidas.

Os municípios com maior parte dos pedidos continuam a ser Lisboa, Cascais, Sintra, Porto e Albufeira.

13h14 - Autópsias demonstram que mulheres foram violadas antes de serem mortas

Os especialistas forenses que estão a conduzir autópsias nas cidades a norte de Kiev indicam que "continuam a ter centenas de corpos para analisar". Em declarações ao jornal The Guardian, um médico forense revela esta segunda-feira que foram registados vários casos de corpos com indícios de violação.

"Já vimos alguns casos que sugerem que estas mulheres foram violadas antes de serem mortas", afirmou Vladyslav Pirovskyi.

Este responsável lidera uma equipa de especialistas forenses que está a examinar cerca de 15 corpos por dia, quase todos com mutilações. "Há muitos corpos queimados, corpos completamente desfigurados que são impossíveis de identificar", acrescenta ao Guardian.

13h05 - Bruxelas propõe mandato reforçado para Eurojust investigar crimes de guerra

A Comissão Europeia propôs hoje um reforço do mandato da Eurojust para permitir à agência da União Europeia para a cooperação judiciária penal recolher, preservar e partilhar provas sobre crimes de guerra cometidos pelo exército russo na Ucrânia.

Em comunicado, o executivo comunitário sublinha que, "devido ao conflito em curso, é difícil armazenar e preservar as provas de forma segura na Ucrânia", pelo que, "para assegurar a responsabilização pelos crimes cometidos na Ucrânia, é crucial assegurar o armazenamento seguro das provas fora da Ucrânia, bem como apoiar as investigações e os processos judiciais por parte de várias autoridades judiciais europeias e internacionais".

"Desde março, a Eurojust tem vindo a apoiar uma equipa de investigação conjunta da UE que investiga os alegados crimes de guerra cometidos na Ucrânia. Embora a Eurojust tenha experiência prática em crimes internacionais, o regulamento existente não previa uma situação desta escala e crimes desta dimensão, exigindo uma atualização na base jurídica da Eurojust", explica a Comissão.

Em concreto, Bruxelas aponta que o regulamento da Eurojust prevê que a agência apoie a ação dos Estados-Membros na investigação e repressão de crimes graves, incluindo crimes internacionais fundamentais, mas "não prevê que a Eurojust preserve essas provas numa base mais permanente, nem que as analise e troque quando necessário, nem que coopere diretamente com autoridades judiciais internacionais, como o Tribunal Penal Internacional (TPI)".

Para permitir à Eurojust desempenhar adequadamente as suas funções em relação a tais crimes, a Comissão propõe então a alteração do regulamento para que a agência possa legalmente recolher, analisar e preservar provas em relação a crimes internacionais fundamentais, processar dados, tais como vídeos, gravações áudio e imagens de satélite, e partilhar tais provas com as autoridades nacionais e internacionais relevantes, incluindo o TPI.

(agência Lusa)

12h55 - Ucrânia desmente acordo para corredor humanitário em Mariupol

Iryna Vereshschuk, vice-primeira-ministra da Ucrânia, disse esta segunda-feira que não há qualquer acordo com Moscovo para o estabelecimento de um corredor humanitário para a retirada de civis em Mariupol.

A declaração surge depois do anúncio por parte da Rússia de que seria estabelecido um corredor humanitário para a retirada de civis da fábrica de Azovstal, em Mariupo.

"É importante perceber que um corredor humanitário só pode ser estabelecido com o acordo entre ambos os lados. Um corredor anunciado unilateralmente não garante a segurança necessária, e por isso não é um corredor humanitário", afirmou a responsável do governo ucraniano no Telegram.

12h18 - Portugal recebe doentes que necessitam de cuidados médicos urgentes

Portugal é um dos 11 países europeus que aceitaram receber doentes da Ucrânia que necessitam de cuidados médicos urgentes, anunciou hoje a Comissão Europeia.

A União Europeia respondeu, através do Mecanismo de Proteção Civil, a um apelo da Polónia, Eslováquia, Moldova e da própria Ucrânia para a retirada de 200 pessoas que necessitam de cuidados médicos, estando a proceder à instalação destes em 11 países: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Itália, Irlanda, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Roménia e Suécia.

O avião preparado para transportar doentes crónicos que necessitam de cuidados médicos urgentes é disponibilizado pela Noruega - um dos países participantes no mecanismo - e financiado pela UE, estando integrado na reserva comum europeia de recursos rescUE.

(agência Lusa)

12h16 - Biden nomeia nova embaixadora em Kiev

O presidente norte-americano nomeou Bridget Brink como a nova embaixadora de Wahsington em Kiev. Até ao momento, Brink era a representante dos EUA na Eslováquia.

A nomeação foi confirmada esta segunda-feira pela Casa Branca. Terá agora de ser confirmada pelo Senado norte-americano.

12h05 - "Queremos ver a Rússia enfraquecida", diz o secretário da Defesa dos EUA

Em declaração aos jornalistas a partir da Polónia, junto à fronteira com a Ucrânia, o secretário da Defesa delineou o que seria considerado um "sucesso" na guerra em curso.

"Queremos ver a Ucrânia a continuar a ser um país soberano, um país democrático capaz de proteger o seu território. Queremos ver a Rússia enfraquecida, ao ponto de não conseguir fazer este tipo de ações, como a invasão da Ucrânia", afirmou Llyod Austin. 

O chefe do Pentágono acrescentou que a Rússia "já perdeu muitas capacidades militares" e que a Ucrânia poderá vencer a guerra "com o equipamento certo" e com o "apoio certo".

"Em termos da capacidade de vencer, o primeiro passo para vencer é acreditar que podem vencer. E eles acreditam que podemos vencer. Acreditamos que podemos vencer, que eles podem vencer", frisou.

"Vamos continuar a fazer tudo o que pudermos", acrescentou o secretário de Defesa dos EUA.

11h49 - Kiev denuncia conversão de indústrias em campos de detenção

O chefe da Administração Militar Regional de Kharkiv, Oleh Syniehubov, acusa o exército russo de estar a desmantelar e a deslocar instalações industriais nas áreas ucranianas sob ocupação russa e a convertê-las em campos de concentração e tortura.

"As tropas de ocupação russas deslocaram uma das fábricas da região de Kharkiv para a Rússia e instalaram um campo de concentração e uma câmara de tortura nas suas instalações", afirmou, citado pela agência Ukrinform.

A cidade de Kharkiv tem sido alvo de bombardeamentos pelas tropas russas, na tentativa de ocupação completa de Donetsk e Lugansk. É a segunda maior cidade da Ucrânia e é a capital da própria região, situada no leste da Ucrânia.

O responsável acrescenta que foi criada uma "prisão" nas instalações da fábrica. "Um verdadeiro campo de concentração onde as pessoas são sujeitas a tortura e obrigadas a cooperar para se juntarem às Forças Armadas russas", afirmou Oleh Syniehubov.

Na versão do chefe da Administração Militar Regional, o campo de concentração foi instalado numa das fábricas em Vovchansk, uma cidade na região de Kharkiv, a sul da fronteira russa.

As tropas russas terão recorrido a métodos semelhantes para "mobilizar" os residentes locais na área vizinha de Izyum, que tem sido ocupada pelos russos quase desde o início da invasão.

11h32 - Moscovo diz procurar "solução pacífica" na Transnístria

Andrei Rudenko, vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, disse esta segunda-feira, citado pela agência Interfax, que a Rússia está à procura de uma "solução pacífica" para a região separatista da Moldávia e que não vê "riscos" no território da Transnístria.

Há dias, o vice-comandante do distrito militar central da Rússia, Rustam Minnekayev, afirmou que a Rússia pretendia assumir o controlo total sobre o sul da Ucrânia, de forma a ter acesso live à Transnístria, um território separatista pró-russo na Moldávia.

11h26 - Rússia vai discutir situação em Mariupol com o secretário-geral da ONU

O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros anunciou esta segunda-feira que a Rússia pretende discutir questões relacionadas com Mariupol na visita de António Guterres a Moscovo.

O secretário-geral das Nações Unidas deverá chegar à capital russa na terça-feira, onde se vai encontrar com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavror, e também com o presidente russo, Vladimir Putin.

De seguida, António Guterres segue para Kiev para reunir com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

11h20 - Plano ucraniano aponta para reforço de sanções contra Moscovo e mais assistência a Kiev

De acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete de imprensa de Zelensky, a reunião entre o presidente ucraniano e os responsáveis norte-americanos que estiveram em Kiev serviu para discutir matérias de defesa, apoio financeiro e garantias de segurança.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, entregou aos Estados Unidos um plano de ação para o fortalecimento de sanções contra a Federação Russa. O documento foi elaborado por um grupo internacional de especialistas, o Yermak-McFaul, que foi criado por iniciativa de Zelensky.

Propõe, entre outras medidas, uma extensão das sanções contra a Rússia, passando a incluir o petróleo, gás, transporte, novas proibições na área financeira e novas restrições á atividade das empresas estatais russas. Aponta ainda ao reconhecimento da Rússia como um Estado patrocinador de terrorismo.

"Agradecemos a assistência sem precedentes dos Estados Unidos à Ucrânia. Gostaria de agradecer ao Presidente [Joe] Biden, pessoalmente e em nome de todo o povo ucraniano, pela sua liderança no apoio à Ucrânia, pela sua clara posição pessoal", disse Zelensky na nota divulgada.

Desde o início da guerra na Ucrânia que o presidente dos Estados Unidos tem criticado de forma veemente o homólogo russo. No último mês, Joe Biden considerou que o momento atual na Ucrânia perante a agressão russa configura uma situação de "genocídio".

11h11 - Zelensky e Putin reagem aos resultados das eleições em França



11h03 - Moscovo anuncia cessar-fogo em Mariupol para permitir retirada de civis na fábrica de Azovstal

O Ministério russo da Defesa anunciou esta segunda-feira que irá interromper a ofensiva sobre a cidade de Mariupol, em concreto sobre a fábrica de Azovstal, onde permanece o último reduto da resistência ucraniana.

As hostilidades serão interrompidas de forma a permitir a retirada dos civis que ainda se encontrem no local. O cessar-fogo vigora a partir das 14h00 de Moscovo (desde as 11h00 em Portugal Continental).

O Ministério específica que apenas mulheres, crianças e funcionários da fábrica têm ordem de saída.

"Se ainda houver civis na fábrica, exigimos expressamente que as autoridades em Kiev digam aos comandantes das formações nacionalistas para darem ordem de libertação", referiu o MNE russo.

9h49 - Rússia adverte EUA contra o envio de mais armas para a Ucrânia

No rescaldo da visita dos secretários de Estado e Defesa dos EUA a Kiev, o embaixador de Moscovo em Washington disse à televisão estatal russa que Moscovo alertou os Estados Unidos contra o envio de mais armas para a Ucrânia.

"Enfatizámos a inaceitabilidade dessa situação em que os Estados Unidos despejam armas na Ucrânia, exigimos o fim dessa prática", referiu Anatoly Antonov em entrevista ao canal de TV Rossiya 24.

Antonov esclareceu que foi enviada uma nota diplomática oficial para Washington onde são delineadas as preocupações da Rússia.

Após a visita a Kiev, os EUA anunciaram um novo pacote de assistência militar à Ucrânia no valor de 713 milhões de dólares (661 milhões de euros).

9h45 - Ataque russo na região de Vinnytsia provocou número indeterminado de mortos e feridos

O governador de Vinnytsia, Serhiy Borzov, disse esta segunda-feira que a Rússia atingiu duas cidades daquela região e provocou um número ainda desconhecido de mortes e feridos.

"Hoje, a região de Vinnytsia está novamente sob ataque nas cidades de Zhmerynka e Kozyatyn. O inimigo está a tentar atingir infraestrutura crítica", disse o governador através do Telegram.

8h36 - Blinken diz que a Rússia está a falhar nos objetivos de guerra

"Em relação aos objetivos de guerra, a Rússia já falhou e a Ucrânia está a ter sucesso", afirmou o secretário de Estado norte-americano na conferência de imprensa após o encontro com Zelensky em Kiev.

Na mesma linha, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, considerou que a Ucrânia pode vencer a guerra se tiver o equipamento e apoio certos.

"A primeira coisa para ganhar é acreditar que se pode ganhar. E eles estão convencidos de que podem ganhar", disse o chefe do Pentágono aos jornalistas no regresso da viagem a Kiev.
Ponto de situação
  • À entrada para o terceiro mês de guerra na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky encontrou-se no domingo à noite em Kiev com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o secretário da Defesa Lloyd Austin. Esta é a primeira visita de altos responsáveis políticos dos EUA desde o início do conflito e surge depois de vários líderes europeus terem viajado para Kiev nas últimas semanas.

  • Durante a visita, os EUA anunciaram um novo pacote de assistência militar à Ucrânia e o regresso dos diplomatas norte-americanos. Numa reunião com Zelensky, os dois responsáveis aprovaram um total de 713 milhões de dólares (661 milhões de euros) em financiamento militar. Desse valor, a Ucrânia irá receber 322 milhões de dólares (299 milhões de euros) em financiamento militar estrangeiro e 165 milhões de dólares (153 milhões de euros) em munições. O restante será distribuído pelos países membros da NATO e outras nações que pretendem ajudar ao esforço de guerra.

  • O Ministério da Defesa do Reino Unido indicou hoje que os combatentes ucranianos em Azovstal Mariupol, continuam a resistir à ofensiva russa. "A defesa de Mariupol pela Ucrânia esgotou muitas unidades russas e reduziu a eficácia de combate", refere no Twitter. No local permanecem cerca de "mil civis, mulheres e crianças", e ainda "centenas de feridos", segundo afirmou o presidente Zelensky.

  • Um incêndio deflagrou pelas 2h00 locais desta segunda-feira num grande depósito de combustível numa cidade russa perto da fronteira ucraniana, anunciaram as autoridades russas. Segundo as agências de notícias russas citadas pela AFP, "o incêndio deflagrou no depósito de combustível Transneft Bryansk-Druzhba, em Bryansk", uma cidade localizada a 150 quilómetros da fronteira com a Ucrânia e que tem servido de base logística para o exército russo. Até ao momento não há vítimas a registar.