Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
O primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez esteve, esta quinta-feira, em Kiev e anunciou o maior envio de sempre de armamento e equipamento militar espanhol para a Ucrânia. A caminho deste país estão duzentas toneladas de munições, lança-granadas, metrelhadoras e dezenas de veículos militares.
O Conselho Municipal de Mariupol diz que até 9.000 civis podem estar enterrados em valas comuns na vila de Manhush, nos arredores daquela cidade ucraniana. Num post no Telegram, o conselho da cidade cita o prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, chamando o local de “o novo Babi Yar”.
“Então Hitler matou judeus, ciganos e eslavos. E agora Putin está a destruir os ucranianos. Já matou dezenas de milhares de civis em Mariupol”, afirmou.
“Isto requer uma forte reação do mundo inteiro. Precisamos parar o genocídio por qualquer meio possível”, acrescenta o perfeito de Mariupol.
(agência Lusa)
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse hoje que a Ucrânia precisa de sete mil milhões de dólares (6,46 mil milhões de euros) por mês para compensar as perdas económicas causadas pela guerra da Rússia.
"E vamos precisar de centenas de bilhões de dólares para a reconstrução", afirmou o chefe de Estado ucraniano, numa mesa-redonda sobre ajuda à Ucrânia que decorreu no âmbito dos encontros do FMI e do Banco Mundial, em Washington.
As tropas russas continuam com o bombardeamento contra a fábrica metalúrgica de Azovstal, de acordo com o assessor do presidente da Câmara Municipal de Mariupol, Petro Andryushchenko, numa mensagem no Telegram.
“Há bombardeamentos contra Azovstal. Tenho a certeza de que os invasores não vão parar até que aniquilem os militares e os civis lá dentro”, escreveu Petro Andryushchenko no serviço de mensagens.
O porta-voz acredita que só a intervenção externa e as garantias de segurança de outros países para assegurar a evacuação poderão realmente salvar Mariupol e os seus defensores.
O Reino Unido aplicou novas proibições de importação em produtos como a prata ou o caviar russo, numa nova vaga de sanções divulgada hoje e que atinge também líderes militares da Rússia “que têm sangue ucraniano nas mãos”. O governo britânico ampliou a lista de sanções comerciais, proibindo a importação de prata, produtos de madeira e caviar.
A Rússia continua a reforçar as suas forças armadas dentro da Ucrânia à medida que se concentra no leste, adicionando mais três grupos táticos desde ontem, elevando o número total de grupos táticos de batalhão russo, ou BTGs, na Ucrânia para 85, segundo um alto oficial de Defesa dos Estados Unidos disse em conferência de imprensa.
O estatuto de observador permanente concedido à Rússia pela Organização dos Estados Americanos foi suspenso por 25 votos a favor de uma proposta de resolução, nenhum contra e oito abstenções.
O secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Antony Blinken, saudou a decisão, considerando que “ao aprovarem esta resolução, os Estados membros da OEA demonstraram que não ficamos a assistir às violações da lei humanitária internacional e abusos dos direitos humanos por parte do governo russo”.
“O nosso hemisfério está com a Ucrânia”, celebrou Blinken, aplaudindo a iniciativa dos Governos de Antigua e Barbados e da Guatemala, por liderarem a adoção da resolução, e todos os governos que a apoiaram.
Um pequeno número de combatentes ucranianos está a ser treinado no Reino Unido pela primeira vez desde o início da invasão russa a 24 de fevereiro. O primeiro-ministro Boris Johnson já prometeu incrementar o apoio militar para ajudar a Ucrânia a combater as tropas do país vizinho.
Os soldados começaram a treinar com veículos armados de patrulha doados este mês pelo reino Unido, parte de um lote de 120, incluindo o Mastiff, que pode ser utilizado como veículo de reconhecimento ou de patrulha.
Um porta-voz afirmou que o Reino Unido, em conjunto com os seus aliados, estava a providenciar novos tipos de equipamento aos combatentes ucranianos que estes provavelmente nunca usaram.
Não decorreu qualquer ação de retirada da cidade de Mariupol quinta-feira dia 21 de abril, devido aos bombardeamentos, afirmou esta noite a vice-primeira-ministra Iryna Vereschuck.
“Os bombardeamentos atingiram as proximidades do ponto de encontro, o que nos forçou a encerrar o corredor”, explicou, citada pelo jornal Kyiv Independent.
A Ucrânia irá continuar a tentar retirar os seus cidadãos cercados, garantiu.
⚡️No civilian evacuation from Mariupol on April 21 due to shelling.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) April 21, 2022
“Shelling started near the meeting point, which forced us to close the corridor,” said Deputy Prime Minister Iryna Vereshchuk. Ukraine will continue to try to evacuate the trapped Mariupol residents, she said.
"Não há nada para nos alegrar quanto a Mariupol. Está tudo a andar muito devagar, Do lado russo, é tudo muito complicado, caótico, demorado e, claro, desonesto", disse numa mensagem na rede Telegraph.
Vereshuk notou que, pela primeira vez, algumas pessoas foram diretamente de Mariupol para Zaporijia na quarta-feira, o que lhe deu "esperança".
Segundo a agência Interfax ucraniana, um alto responsável ucraniano reconheceu que as tropas do seu país enfrentam “uma batalha muito difícil” contra uma força russa maior e mais bem equipada.
A mesma agência citou ainda a vice-ministra para a Defesa, Hanna Malyar, que teria afirmado na televisão que comprar armas e organizar a sua entrega é demorado, tendo acrescentado “temos de ser pacientes”.
O presidente ucraniano revelou que Moscovo rejeitou uma proposta de tréguas durante os próximos dias em que se assinala a Páscoa Ortodoxa, acrescentando que apesar disso ainda tem esperança na Paz.
A revelação foi feita numa locução vídeo de Volodymyr Zelensky, quando falta pouco mais de um dia e meio para o início das celebrações, que decorrem entre sábado à tarde e domingo.
#Zelensky
— Oriannalyla 🇺🇦 (@Lyla_lilas) April 21, 2022
" Unfortunately, Russia rejected the proposal to establish an Easter truce.
This shows very well how the leaders of this state actually treat the Christian faith, one of the most joyful and important holidays. pic.twitter.com/x9o4KmPBJl
O primeiro-ministro considera que as palavras proferidas pelo Presidente ucraniano, hoje, perante o parlamento português, abalam quem as ouve e realçam que Portugal tem apoiado a Ucrânia nos quadros bilateral da União Europeia e NATO.
Esta posição consta de uma mensagem que António Costa publicou na sua conta na rede social Twitter, depois de ter estado presente na sessão solene com o Presidente da República da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Assembleia da República.
"Cada dia de guerra é mais um dia de dor insuportável. As palavras que ouvimos hoje do Presidente da República da Ucrânia abalam-nos", escreveu, numa alusão ao discurso que Volodymyr Zelensky proferiu por videoconferência perante o parlamento português, numa sessão em que também esteve presente o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.
Nesta mensagem, o primeiro-ministro defendeu que "Portugal tem estado no lado certo: No apoio à Ucrânia nos quadros bilateral, da União Europeia, da NATO e das Nações Unidas".
"A invasão russa da Ucrânia continua a ser uma gravíssima violação do direito internacional", frisou o líder do executivo português.
António Costa apontou depois que Portugal participa "desde a primeira hora na onda de solidariedade para com o povo ucraniano".
"Continuamos a acolher no nosso país milhares de refugiados e a fornecer apoio humanitário, material e militar. Mantemo-nos firmes e solidários nas sanções impostas ao regime russo", acrescentou.
A Ucrânia vai necessitar de apoio económico e militar durante meses, com a guerra a poder encaminhar-se para um conflito prolongado, e perante a possibilidade de a Rússia conquistar a região do Donbass, segundos responsáveis ocidentais.
Com a invasão da Rússia a entrar numa nova fase, centrada na região leste do Donbass, um responsável oficial citado pela agência noticiosa Associated Press (AP) disse que Putin "ainda está numa posição de vencer" a guerra, mas não de uma forma rápida.
Ao pronunciarem-se sob a condição de anonimato, dois responsáveis oficiais ocidentais com acesso aos serviços de informações indicaram que a Rússia poderá ter capacidade para cercar e destruir o núcleo das forças ucranianas e garantir ganhos territoriais.
O objetivo de controlar toda a região do Donbass e estabelecer uma ligação terrestre em direção à Crimeia está "potencialmente ao alcance" das forças russas, admitiram.
No entanto, os mesmos responsáveis indicaram que a Rússia também poderá estar longe de alcançar esse objetivo. E recordaram que a Rússia aprendeu algumas das lições de recentes falhanços no norte da Ucrânia, e demonstra um comando e um controlo mais efetivo das suas forças.
Revelaram ainda que as linhas de abastecimento podem registar dificuldades e que o avanço de longas colunas de veículos ao longo de estradas pode deixá-las vulneráveis a ataques.
(Agência Lusa)
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou o desembolso de mais 50 milhões de dólares (46 milhões de euros) para apoiar operações de socorro urgentes na Ucrânia, após mais uma escalada da guerra no país.
O anúncio foi feito pela coordenadora Humanitária para a Ucrânia, Osnat Lubrani, que informou que essa verba será proveniente do Fundo Humanitário da Ucrânia (UHF, na sigla em inglês), e visará o apoio a organizações não-governamentais (ONG) e agências das Nações Unidas, para que continuem a "expandir o seu trabalho de salvar vidas".
De acordo com o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), esta é a maior alocação na história do fundo, criado em 2019.
"Graças ao apoio oportuno dos nossos doadores, estes fundos irão permitir-nos alcançar milhões de pessoas -- principalmente nas regiões mais afetadas no leste do país -- com o apoio de que precisam para sobreviver e enfrentar provavelmente um dos maiores desafios das suas vidas", disse hoje Osnat Lubrani, durante uma conferência de imprensa em Lviv.
A coordenadora Humanitária informou ainda que parte dos fundos será direcionado para prevenir qualquer forma de violência de género e apoiar sobrevivente.
(Agência Lusa)
A Espanha vai entregar 200 toneladas de equipamento militar à Ucrânia, o dobro da ajuda enviada até agora por Madrid a Kiev, anunciou hoje o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, na capital ucraniana.
"Esta é a maior remessa feita (pela Espanha). Mais do que duplica o que enviámos até agora", disse Sánchez, durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.
"Um navio da Marinha espanhola, o `Ysabel`, deixou hoje um porto espanhol com destino à Polónia, carregado com 200 toneladas de munições e equipamentos modernos", acrescentou o líder espanhol.
"Este barco transporta 30 camiões, vários veículos especiais de transporte pesado e 10 pequenos veículos carregados com equipamento militar que serão depois transferidos para a Ucrânia", disse Sanchez.
Até agora, Madrid enviou uma dúzia de aviões carregados com equipamentos militares para a Ucrânia, disse a ministra da Defesa, Margarita Robles, na segunda-feira.
Durante a sua visita hoje à Ucrânia, o primeiro-ministro espanhol condenou as "atrocidades" atribuídas às forças russas na cidade de Borodianka, perto de Kiev.
A Rússia proibiu 29 políticos, personalidades dos `media` e empresários norte-americanos de entrar no seu território, em retaliação às sanções impostas por Washington contra Moscovo, por causa da invasão da Ucrânia.
Entre as pessoas visadas por esta medida, cuja lista foi publicada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, incluem-se o líder da empresa de tecnologias de informação Meta, Mark Zuckerberg, e a vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris.
A Rússia também anunciou hoje a proibição de entrada a 61 personalidades canadianas, em retaliação às sanções impostas por Ottawa contra Moscovo.
Estes cidadãos canadianos, sobretudo responsáveis do Governo ou militares, "estão impedidos de entrar na Rússia por um período indefinido", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, em comunicado.
Na lista de visados norte-americanos, encontra-se ainda os nomes da vice-ministra da Defesa, Kathleen Hicks, e o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
Também há várias figuras do mundo das finanças, como o presidente do Bank of America, Brian Moynihan, e do mundo da indústria de Defesa, como a líder da Northrop Grumman, Kathy Warden.
No campo dos `media`, estão nomes como George Stephanopoulos, co-apresentador do programa matinal da estação televisiva ABC, Good Morning America, e David Ignatius, colunista do jornal Washington Post.
A diplomacia russa justifica esta medida dizendo que esses "jornalistas e especialistas" defendem uma "agenda russofóbica".
Em carta enviada a Rafael Grossi, o diretor-geral da Agência Internacional para a Energia Atómica, a conselheira federal suíça para a Energia, Simonetta Sommaruga, apelou à limitação da atividade do seu diretor adjunto, de nacionalidade russa, Mikhaïl Chudakov, de forma a “garantir a independência e a credibilidade” da organização.
A missiva pede a Grossi que garanta que o seu adjunto seja afastado de tarefas ligadas à Rússia ou à Ucrânia e que lhe sejam negadas informações confidenciais nesses dossiers.
“Para a Suíça, a independência e credibilidade da AIEA, assim com a confiança nas suas atividades, são importantes”, sublinhou um porta-voz do ministério.
19h10 - Empresas americanas alinhadas para reconstruir Ucrânia
O presidente do Banco dos EUA para as Importações e Exportações, Reta Jo Lewis, admitiu que as empresas norte-americanas poderão ajudar a reconstruir a Ucrânia, com infraestruturas digitais, energias e limpas e não só, após a invasão russa.
Antes da reunião com Lewis, o ministro ucraniano das Finanças, Sheriy Marchenko, afirmou por seu lado que a Ucrânia está à procura de apoios financeiros para preencher lacunas no seu orçamento. O governador do Banco Central ucraniano anunciou que o sistema bancário do país está em boa forma e que os sistemas de pagamentos têm funcionado.
Nove países da Europa central e oriental vão pedir até ao final de abril a ajuda financeira da União Europeia (UE) para o apoio aos refugiados da Ucrânia, segundo um comunicado divulgado hoje em Praga.
"A crise atual é excecional e não podemos prever o seu impacto final nas nossas economias. Acreditamos firmemente que não será suficiente pedir flexibilidade na política de coesão. Devemos, portanto, pedir mais financiamento para os Estados-membros que acolhem um grande número de refugiados da Ucrânia", indicou o vice-primeiro-ministro checo, Ivan Bartos.
Além da República Checa, a Polónia, a Eslováquia, a Bulgária, a Hungria, a Roménia e os três países bálticos "acordaram 14 medidas que apresentarão em conjunto para iniciar um diálogo com a Comissão Europeia sobre a modificação das regras em vigor", precisou.
Os nove países são, além disso, favoráveis à "validação urgente dos programas do novo período orçamental 2021-2027, para que os projetos de ajuda aos refugiados na Europa central e oriental possam começar a ser reembolsados logo que possível", adiantou Bartos, citado pela agência France-Presse.
De acordo com dados das Nações Unidas, mais de cinco milhões de ucranianos já abandonaram o país desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, instou hoje, numa ação de campanha perto de Paris, o seu homólogo russo, Vladimir Putin, a mostrar-se "responsável".
"Sobre as últimas horas e as declarações e os testes russos, insto a Rússia - e o Presidente Putin -, enquanto potência dotada de armas nucleares e membro permanente do Conselho de Segurança, a ser uma potência responsável e a não ceder a qualquer forma de provocação, porque isso representaria uma alteração profunda da `gramática` internacional", disse o chefe de Estado francês, candidato à reeleição no próximo domingo, na segunda volta das presidenciais, contra a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.
A maioria dos autocarros transportavam mulheres e crianças, na sequência da abertura de um "corredor humanitário" após vários dias em que estes estiveram bloqueados devido aos combates.
Quatro autocarros de civis conseguiram deixar Mariupol na manhã de hoje, mas não foi possível confirmar se os veículos que chegaram a Zaporijia integravam esta caranava, que deveria percorrer uma distância de 200 quilómetros numa viagem que pode prolongar-se por vários dias devido aos numerosos postos de controlo erguidos nas estradas.
O líder parlamentar do PSD defendeu que "é preciso passar das palavras aos atos" quanto ao apoio de Portugal à Ucrâia.
Em nota publicada na página da presidência, o presidente português agradeceu a intervenção de Zelensky na Assembleia da República e proclamou "somos todos ucranianos".
Agradece a coragem, a resistência, o sentido de afirmação de independência, de soberania, de unidade nacional.
Agradece a militares e, de modo especial, a civis, devastados pelos horrores da guerra e obrigados a abandonar a sua Pátria.
Portugal esteve, desde a primeira hora, e está e estará sempre, com o heroico Povo Ucraniano e a sua luta, apoiando, nomeadamente na União Europeia, na NATO e nas Nações Unidas, e acolhendo, na tão excecional comunidade ucraniana que entre nós vive, todas e todos os que, vindos da Ucrânia, até nós queiram vir e cá ficar.
Nesta hora, em que só há lugar para a Humanidade, a Fraternidade e a Solidariedade, somos todos Ucranianos."
"Prezamos as aspirações europeias da Ucrânia e temos defendido, não só o reforço da cooperação no quadro do Acordo de Associação existente, como o exame pronto e atento, por parte das instituições europeias, do pedido de candidatura apresentado pela Ucrânia", frisou o presidente da Assembleia da República.
Neste ponto, o presidente da Assembleia da República dirigiu-se diretamente a Volodymyr Zelensky e, numa nota de improviso, após o discurso do chefe de Estado ucraniano, acentuou mesmo que o pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia "merecerá cuidadoso exame" por parte do primeiro-ministro português.
Para Augusto Santos Silva, a chave da política externa portuguesa "é o respeito pelo direito internacional, a vinculação à Carta das Nações Unidas, a valorização da paz e da segurança e o amor à liberdade".
"E é por isso que estamos, sem hesitações nem ambiguidades, pela Ucrânia, em cujo território se trava hoje a luta pela liberdade, a independência e a paz na Europa", acrescentou.
"Apelo ao vosso país para nos ajudarem a acelerar as sanções e também apoio militar."
"Agradeço ao vosso Governo e a todos os portugueses por todo o apoio nas sanções contra a Rússia e espero que defendam também o embargo ao petróleo russo no contexto da União Europeia".
"Imaginem se Portugal todo abandonasse o país", acrescentou o Presidente da Ucrânia, referindo-se aos refugiados causados por esta ofensiva militar.
O presidente da Ucrânia vai discursar às 17h00 por videoconferência na Assembleia da República.
É a primeira vez que um chefe de Estado estrangeiro tem a palavra no Parlamento português neste formato virtual.
Desde o início da invasão, o líder ucraniano já discursou para mais de 20 parlamentos em todo o mundo.
Imagens de satélite da empresa norte-americana Maxar mostram vala comum numa área próxima à cidade ucraniana sitiada de Mariupol que se expandiu nas últimas semanas para incluir mais de 200 novos corpos.
A Maxar Technologies disse que uma análise das imagens de meados de março a meados de abril indica que a expansão começou entre 23 e 26 de março. O local fica ao lado de um cemitério existente na vila de Manhush, a 20 quilómetros de Mariupol, disse a empresa.
A Rússia alargou a sua lista de sanções para incluir mais 29 norte-americanos, nomeadamente a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, e o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg.
A lista de sanções, publicada esta quinta-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, inclui ainda o porta-voz do Pentágono, John Kirby, entre outros.
"Estes indivíduos estão impedidos de entrar na Federação Russa indefinidamente", disse o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
A lista inclui o comandante das Forças de Operações Especiais, major-general Steve Boivin, o presidente do Banco Central, Tiff Macklemas, bem como John Tory e Jim Watson, os autarcas de Toronto e Ottawa.
O presidente Joe Biden anunciou que os Estados Unidos vão banir navios afiliados à Rússia dos portos norte-americanos, naquele que é o mais recente passo para pressionar a Rússia pela sua invasão à Rússia, avança a agência Reuters.
"Nenhum navio que navegue sob a bandeira russa, ou que seja de propriedade ou operado por interesses russos, poderá atracar num porto dos EUA ou entrar nas nossas costas. Nenhum, nenhum", disse Biden.
O presidente norte-americano disse esta quarta-feira que o controlo russo da cidade ucraniana de Mariupol é “questionável”. “Ainda não há provas de que Mariupol tenha caído completamente”, disse Joe Biden.
Biden salientou que a batalha de Kiev foi uma “vitória histórica” para os ucranianos, uma “vitória pela liberdade conquistada pelo povo ucraniano”.
“Agora temos que acelerar o envio de assistência para ajudar a preparar a Ucrânia para a ofensiva da Rússia que será mais limitada em termos geográficos, mas não em termos de brutalidade”, alertou Biden, que sublinhou que a guerra na Ucrânia está “numa fase crítica”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu hoje a visita do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, à capital ucraniana, onde este prometeu manter o apoio e condenou as "atrocidades" atribuídas às forças russas em Borodianka, perto de Kiev.
"Reunião hoje em Kiev com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Fredericksen. Obrigado por estarem perto dos ucranianos numa altura tão difícil!", escreveu o presidente ucraniano numa mensagem na sua página na rede social Facebook.
Sánchez reafirmou hoje a solidariedade e o compromisso da Espanha com a Ucrânia, à chegada a Kiev, num comboio proveniente da Polónia, com a primeira-ministra da Dinamarca.
O chefe do governo espanhol percorreu algumas das ruas da cidade ucraniana de Borodianka e emocionou-se com "o horror da guerra" que presenciou.
"Chocado ao ver os horrores e atrocidades da guerra de Putin nas ruas de Borodianka", escreveu o líder socialista, referindo-se ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, numa mensagem na sua conta do Twitter, acompanhada de um vídeo em que caminha pela cidade em ruínas ao lado de Mette Fredericksen.
Conmovido al comprobar en las calles de Borodyanka el horror y las atrocidades de la guerra de Putin.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) April 21, 2022
No dejaremos solo al pueblo ucraniano. pic.twitter.com/OfEIa9oOTC
"Não deixaremos o povo ucraniano sozinho", acrescentou.
O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, visitou a Casa Branca na manhã desta quinta-feira, no mesmo dia em que o presidente Joe Biden vai anunciar um novo pacote de ajuda à Ucrânia.
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, falou ao telefone com o seu homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendendo uma "saída negociada" para o conflito, e abordou a dependência africana das matérias-primas alimentares provenientes do Leste europeu.
"Tive uma conversa telefónica com o presidente Zelensky, da Ucrânia, para abordar o conflito na Ucrânia e o seu trágico custo humano, assim como as suas ramificações globais", escreveu o chefe de Estado sul-africano no Twitter, citado pela agência de notícias espanhola Efe, acrescentando: "Estamos de acordo na necessidade de uma saída negociada para a guerra, que teve um impacto no lugar da Ucrânia nas cadeias globais de fornecimento, incluindo o seu lugar como um grande exportador de alimentos para o nosso continente".
A África do Sul tem sido acusada de não criticar a invasão russa da Ucrânia e de manter uma posição equidistante sobre o conflito, algo que os analistas têm explicado com a relação próxima entre a economia mais avançada da África subsaariana e a Rússia.
A Espanha enviou um novo lote de 200 toneladas de munições e equipamentos militares à Ucrânia, mais que duplicando a quantidade de ajuda militar enviada até agora, anunciou hoje o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que está em Kiev.
Sánchez disse ainda que a Espanha pedirá ao Tribunal Penal Internacional que investigue alegados crimes de guerra russos na Ucrânia.
O país europeu pretende também enviar os seus próprios investigadores de crimes de guerra para a Ucrânia.
Mais de 600 mil pessoas foram deslocadas internamente na Ucrânia nos primeiros 17 dias de abril, avançou há momentos a Organização Internacional para as Migrações, elevando o número total desde o início da guerra para mais de 7,7 milhões, o equivalente a 17% da população.
A nova avaliação, realizada entre os dias 11 e 17 de abril, mostrou que as mulheres representam pelo menos 60% destes deslocados.
Mais de metade dos deslocados internos - principalmente no leste da Ucrânia - relataram a falta de alguns produtos alimentares, acrescentou o relatório.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está a planear anunciar esta quinta-feira um pacote adicional de assistência de segurança, no valor de 800 milhões de dólares, à Ucrânia.
A informação foi avançada à agência Reuters por uma fonte do Governo norte-americano.
A Rússia entregou à Ucrânia dez soldados e nove civis numa troca de prisioneiros de guerra, avançou esta tarde a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.
"Desta vez houve feridos entre os libertados e agora eles poderão receber tratamento completo e reabilitação", explicou na rede social Telegram.
Cerca de 200 pessoas aguardam ainda pela retirada da cidade sitiada de Mariupol. Segundo o presidente da Câmara dessa cidade ucraniana, até agora ainda não chegaram quaisquer autocarros humanitários.
Segundo Vadym Boichenko, um pequeno número de autocarros evacuou parte da cidade na quarta-feira e agora está a fazer o mesmo em Zaporhizhia, que continua sob o controlo da Ucrânia.
A República Centro-Africana diz estar a contar com a Rússia para abrir uma base militar no seu território, mas Moscovo ainda não tomou nenhuma decisão, avançou hoje a agência de notícias TASS, citando um enviado da RCA à Rússia.
O Kremlin reiterou esta quinta-feira que ainda aguarda uma resposta da Ucrânia à última proposta de acordo da Rússia no âmbito das negociações de paz e questionou por que o presidente ucraniano, Volodymr Zelensky, desconhece o documento.
"Repito mais uma vez, como disse ontem, que as nossas formulações, na verdade a versão mais recente, foram entregues aos nossos oponentes, à delegação intermediária ucraniana", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, esta quinta-feira.
Depois de a Rússia ter anunciado na quarta-feira que tinha enviado uma proposta de acordo a Kiev e que aguardava uma resposta, Zelensky disse que não viu ou ouviu falar do documento que o Kremlin disse ter enviado.
Peskov disse que o Kremlin estava ciente do comentário de Zelensky, "que também levanta certas questões sobre por que ninguém está a reportar ao presidente Zelensky as nossas versões do documento".
O negociador-chefe da Ucrânia disse na terça-feira que era difícil prever quando as negociações poderiam ser retomadas devido ao cerco da Rússia a Mariupol.
O Governo assinou um acordo de colaboração com a Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas (APRITEL) e seus associados MEO, NOS e Vodafone, bem como com a operadora NOWO, para a atribuição de serviços de comunicações eletrónicas aos beneficiários de proteção temporária provenientes da Ucrânia, em território nacional.
Segundo um comunicado do Governo, no total serão distribuídos 16 mil cartões de comunicações aos cidadãos maiores de idade que poderão beneficiar de comunicações de voz para redes fixas e móveis nacionais e na Ucrânia e comunicações de dados.
“Com esta ação, que envolve as áreas governativas da Digitalização e da Modernização Administrativa, Proteção Civil, Igualdade e Migrações e Infraestruturas, o Governo pretende facilitar e promover a comunicação dos cidadãos ucranianos com o seu país de origem e o seu processo de acolhimento em Portugal”, explica o comunicado.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta quinta-feira que “milhares” de civis continuam presos na cidade sitiada de Mariupol, apelidando o cerco russo de “operação terrorista”.
"Quanto ao nosso exército, as forças da Federação Russa não nos permitem passar por esses 120 quilómetros ocupados para que possamos chegar hoje ao desbloqueio militar de Mariupol”, disse Zelensky ao canal de televisão francês BFMTV.
“É verdade. Não podemos fazer isso hoje. Negociamos e abrimos corredores humanitários, e algumas pessoas estão a sair. Mas os milhares de que falei estão bloqueados lá, e até agora a Rússia não está a permitir que essas pessoas saiam", afirmou.
O ministro russo da Defesa disse hoje ao presidente Vladimir Putin que a cidade de Mariupol foi capturada pelas forças de Moscovo, mas o presidente russo ordenou que as suas tropas cancelassem o ataque à siderurgia de Azovstal, onde permanece a resistência ucraniana.
- Rússia toma Mariupol. O ministro russo da Defesa disse hoje ao presidente Vladimir Putin que a cidade de Mariupol foi capturada pelas forças de Moscovo, à exceção da siderurgia de Azovstal, onde permanece a resistência ucraniana.
- Putin cancela ataque a siderurgia. "Considero desnecessária a proposta de ataque da zona industrial" de Mariupol, disse o presidente russo em resposta ao seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, quando este sugeriu um ataque à siderurgia de Azovstal. "Ordeno que seja cancelada", comandou.
- Rússia fecha consulados bálticos. A Rússia ordenou o encerramento dos consulados da Letónia, Lituânia e Estónia no país e pediu aos funcionários que saíssem do território, naquela que é uma ação de retaliação contra as nações ocidentais, disse hoje o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros.
- Zelensky fala no Parlamento português às 17h00. O presidente da Ucrânia fará hoje uma intervenção por videoconferência no Parlamento, numa sessão solene com altas entidades do Estado e representantes da comunidade ucraniana nas galerias, mas sem a presença dos seis deputados do PCP.
Oleksiy Arestovych, assessor presidencial da Ucrânia, considerou esta quinta-feira que a Rússia apenas decidiu bloquear a siderurgia de Azovstal (em Mariupol) porque percebeu que não conseguiria tomá-la à força.
"Eles não conseguem, fisicamente, tomar Azovstal, e perceberam isso. Sofreram grandes perdas lá. Os nossos defensores continuam a segurar a área", disse Arestovych.
A decisão de Putin "também pode ser explicada pelo facto de [a Rússia] ter deslocado parte das suas forças de Mariupol para o norte da Ucrânia, de modo a reforçar as tropas que tentam cumprir o seu objetivo principal: avançar para os limites administrativos das regiões de Donetsk e Luhansk", acrescentou.
O Reino Unido acrescentou esta quinta-feira 26 novas entidades à sua lista de sanções contra a Rússia, incluindo militares e empresas de defesa.
A ministra nos Negócios Estrangeiros da Estónia considerou hoje que a União Europeia deve impor sanções ao transporte de petróleo e gás russos
"A guerra contra a Ucrânia deve tornar-se tão cara para a Rússia que esta se veja forçada a parar a guerra", considerou Eva-Maria Liimets numa entrevista conjunta com o homólogo alemão.
"A Estónia acredita que o sexto pacote (de sanções) deve, assim, conter sanções relativas às transportadoras de energia, nomeadamente de gás e petróleo", referiu.
A Rússia ordenou o encerramento dos consulados da Letónia, Lituânia e Estónia no país e pediu aos funcionários que saíssem do território, naquela que é uma ação de retaliação contra as nações ocidentais, disse hoje o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros.
Em comunicado, o Ministério anunciou que irá encerrar os consulados da Letónia em São Petersburgo e Pskov, o consulado da Estónia em São Petersburgo e respetivo escritório em Pskov, e o consulado da Lituânia, também em São Petersburgo.
No início de abril, Estónia e Letónia ordenaram o encerramento de dois consulados russos na sequência da invasão da Ucrânia, enquanto a Lituânia disse ao embaixador russo para sair do país.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse esta quinta-feira que os combatentes britânicos capturados na Ucrânia estão a ser alimentados e a receber a ajuda necessária.
"Não se preocupem, o lado russo está a cuidar deles. Estão alimentados, têm água e recebem a assistência necessária. Assim como outros estrangeiros que se renderam ou foram detidos", disse a porta-voz do Ministério, Maria Zakharova.
Dois combatentes britânicos capturados na Ucrânia por forças russas apareceram na televisão estatal da Rússia na segunda-feira, onde pediram para serem trocados por um aliado ucraniano do presidente Vladimir Putin que está detido pelas autoridades de Kiev.
Vagit Alekperov, de 71 anos, renunciou hoje ao cargo de presidente e diretor da segunda maior petrolífera da Rússia, a Lukoil, informou a empresa esta quinta-feira, sem divulgar a razão da demissão.
A segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, está a sofrer intensos bombardeamentos, alertou há momentos o presidente da Câmara, Ihor Terekhov.
"Explosões enormes, a Federação russa está a bombardear furiosamente a cidade", relatou.
Segundo o autarca, cerca de um milhão de pessoas continuam em Kharkiv, enquanto cerca de 30 por cento da população já foi retirada da cidade, maioritariamente mulheres, crianças e idosos.
Um líder separatista ucraniano disse hoje que bloquear o reduto da resistência na vasta zona da fábrica metalúrgica Azovstal em Mariupol, tal como ordenou o presidente russo, vai exigir o reforço das milícias pró-russas de Donetsk.
"Vamos necessitar de reforçar o nosso pessoal (efetivo militar) porque se trata de uma extensa rede de comunicações subterrâneas", disse o chefe da Administração da autoproclamada república popular de Donetsk, Alexei Nikanorov, ao canal de televisão estatal Rossia-24.
"Vai ser necessário reforçar o nosso pessoal, de modo que não passe 'nem uma mosca', tal como disse o presidente (Vladimir Putin)", declarou Nikanorov.
(Agência Lusa)
A Rússia decidiu multar a Alphabet, empresa-mãe da Google, em 4 milhões de rublos (cerca de 50 mil dólares) por considerar que esta falhou em eliminar "informações falsas sobre a operação militar especial na Ucrânia".
O regulador russo das comunicações tinha já dito este mês que iria tomar medidas para castigar a Google por "espalhar informações falsas" no YouTube.
A Rússia e a Bielorrússia vão dar uma resposta firme e concertada ao fortalecimento das forças da NATO nas fronteiras dos seus países, noticiou hoje a agência de notícias TASS, citando um diplomata russo.
"Juntamente com os aliados bielorrussos, temos de responder ao fortalecimento militar das forças da NATO nas fronteiras da União da Rússia e Bielorrússia e da Organização do Tratado de Segurança Coletiva. Temos também de coordenar os próximos passos na arena internacional", referiu o diplomata Alexey Polishchuk.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciou hoje a decisão de fornecer mais armas à Ucrânia. A chefe do Governo da Dinamarca está numa visita a Kiev esta quinta-feira.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, exigiu hoje à Rússa que permita a retirada urgente de civis e soldados feridos da área industrial de Mariupol, através de um corredor humanitário.
"Existem cerca de 100 civis e 500 soldados feridos nessa zona. Todos precisam de ser retirados de Azovstal ainda hoje", instou a responsável.
Mísseis e artilharia russos terão atingido 1.001 alvos militares na Ucrânia durante a última noite, disse o Ministério da Defesa do país esta quinta-feira.
Ainda segundo o Ministério, forças russas separatistas assumiram o controlo total da cidade de Kreminna, a leste da Ucrânia.
O chefe da delegação de negociadores ucranianos, David Arakhamia, anunciou que está pronto, juntamente com o assessor presidencial e negociador Mykhailo Podoliak, para viajar até Mariupol e iniciar rapidamente as negociações com a Rússia, disseram hoje os media locais.
David Arakhamia fez este anúncio na rede social Telegram na quarta-feira à noite, de acordo com a agência de notícias local Ukrinform.
"Mykhailo Podoliak e eu estamos prontos para ir a Mariupol para conversar com o lado russo sobre a retirada das nossas tropas militares e de civis", disse o negociador ucraniano.
"Considero desnecessária a proposta de ataque da zona industrial" de Mariupol, disse o presidente russo em resposta ao seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, quando este sugeriu um ataque à siderurgia de Azovstal. "Ordeno que seja cancelada".
Segundo as forças russas, essa é a única zona de Mariupol onde ainda se encontra resistência ucraniana. O resto da cidade já terá sido tomado por Moscovo.
Vladimir Putin explicou que a sua decisão de cancelar o plano de ataque tem como objetivo proteger as vidas dos soldados russos. "Não há necessidade de entrar nessas catacumbas e rastejar debaixo do solo pelas instalações desse complexo industrial", considerou. "Bloqueiem essa área de modo a que nem uma mosca consiga sair nem entrar".
O líder russo prometeu ainda que os soldados ucranianos que ainda não se renderam em Azovstal serão tratados pela Rússia com respeito, garantindo assistência médica aos que estiverem feridos.
O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Çavusoglu, acredita que alguns Estados membros da NATO querem prolongar a guerra na Ucrânia para enfraquecer a Rússia.
"Há alguns países no seio da NATO que querem que a guerra na Ucrânia continue. Eles pensam que, se a guerra continuar, a Rússia ficará enfraquecida. A situação na Ucrânia pouco importa para eles", disse o ministro, numa entrevista à CNN turca.
Çavusoglu lamentou o sucesso até agora limitado das tentativas de mediação turcas, ao reunir os ministros dos Negócios Estrangeiros ucraniano e russo.
"Esperávamos que algo saísse da reunião em Antalya. Foi uma reunião importante para ambas as partes. Após as conversações em Istambul, a nossa esperança aumentou, mas quando chegaram as imagens do massacre [em Bucha], afastaram-se do acordo de Istambul. Por agora ainda estão a negociar", disse Çavusoglu.
O ministro russo da Defesa disse hoje ao presidente Vladimir Putin que a cidade de Mariupol foi capturada pelas forças de Moscovo.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, acaba de chegar a Kiev, onde terá um encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Juntamente com Sánchez viaja a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen.
No final do encontro, os três líderes farão uma apresentação conjunta à comunicação social.
Quatro autocarros civis de evacuação conseguiram deixar o porto ucraniano de Mariupol, avançou hoje a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.
A retirada de pessoas, que deve continuar esta quinta-feira, ocorre numa altura em que este porto estratégico no Mar de Azov parece estar prestes a cair nas mãos dos russos, após quase dois meses de cerco.
As autoridades ucranianas dizem terem sido encontrados nove corpos de civis na cidade de Borodianka, perto de Kiev, alguns com "sinais de tortura".
"Essas pessoas foram mortas pelos ocupantes [russos] e algumas das vítimas mostram sinais de tortura", disse o chefe de polícia local, Andrii Nebytov, no Facebook.
Borodianka foi, segundo Kiev, palco de "massacres de civis" durante o mês de março, quando as forças russas ocuparam a cidade.
O presidente da Ucrânia fará hoje uma intervenção por videoconferência no Parlamento português, numa sessão solene com altas entidades do Estado e representantes da comunidade ucraniana nas galerias, mas sem a presença dos seis deputados do PCP.
A sessão solene de boas-vindas a Volodymyr Zelensky está marcada para as 17h00 e o discurso terá tradução simultânea.
Além do Presidente da República, presidente do Parlamento, primeiro-ministro, presidentes dos principais tribunais, antigos chefes de Estado, deputados, eurodeputados, estão também incluídos nos convites outras altas entidades do Estado, como a procuradora-geral da República, a provedora de Justiça, os chefes do Estado-Maior-General das Forças Armadas e dos três ramos.
- Zelensky alerta. A ofensiva russa em grande escala ao leste e sul da Ucrânia é "o mais cruel possível" para que resulte "em qualquer tipo de vitória" para os propagandistas, alertou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
- Negociações. A Ucrânia propôs à Rússia uma "sessão especial de negociações" em Mariupol, uma cidade portuária sitiada no Mar de Azov, para salvar "civis e soldados", disseram dois negociadores ucranianos à AFP.
- PCP contra Zelensky no Parlamento. O conselheiro principal do presidente ucraniano não entende a oposição do PCP ao discurso de Zelensky no Parlamento português. Em exclusivo à RTP, lembra a posição dos comunistas durante a Segunda Guerra Mundial.
- Alerta de ciberataque. Os serviços de informação norte-americanos, britânicos, australianos, canadianos e neozelandeses afirmam ter informações de que a Rússia estará a preparar um ciberataque de grandes proporções contra os países que têm sustentado economicamente e militarmente a Ucrânia.