Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
Cerca de trezentas pessoas manifestaram-se em Lisboa, para não deixar esquecer a tragédia humanitária que se vive na cidade ucraniana de Mariupol.
No chão, foi escrita a palavra "crianças", para recordar todas as que já perderam a vida nesta guerra.
A ofensiva russa em grande escala ao leste e sul da Ucrânia é "o mais cruel possível" para que resulte "em qualquer tipo de vitória" para os propagandistas, alertou esta quarta-feira o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O chefe de Estado ucraniano considerou que as batalhas por Mariupol, Kharkiv, Mykolaiv e outras cidades do leste e sul "decidem o destino do povo ucraniano e a sua liberdade".
"A situação no leste e no sul do país continua extremamente cruel. Os ocupantes não deixarão de fora nenhuma tentativa, na sua ofensiva em larga escala, para obter qualquer tipo de vitória que possam alimentar os seus propagandistas", realçou Zelensky na sua habitual mensagem de vídeo divulgada esta quarta-feira à noite.
Zelensky acrescentou que o seu governo está a trabalhar "24 horas por dia, 7 dias por semana" para que os países ocidentais agilizem os envios de armas.
"[Estou] muito feliz em dizer, com otimismo cauteloso, que os nossos parceiros começaram a entender melhor as nossas necessidades", acrescentou.
O Presidente ucraniano concretizou que a ajuda está a chegar agora "não em semanas, nem em um mês, mas rapidamente, num momento em que a Rússia procura concretizar a sua ofensiva".
Os serviços de informação norte-americanos, britânicos, australianos, canadianos e neo-zelandezes afirmam ter informações de que a Rússia estará a preparar um ciber-ataque de grandes proporções contra os países que têm sustentado economicamente e militarmente a Ucrânia.
O conselheiro principal do Presidente ucraniano não entende a oposição do PCP ao discurso de Zelensky no parlamento português.
Em exclusivo à RTP, lembra a posição dos comunistas durante a segunda guerra mundial.
A Ucrânia propôs, esta quarta-feira, à Rússia uma "sessão especial de negociações" em Mariupol, uma cidade portuária sitiada no Mar de Azov, para salvar "civis e soldados", disseram dois negociadores ucranianos à AFP.
"Estamos prontos para realizar uma sessão especial de negociações em Mariupol. Para salvar os nossos homens, [o batalhão] Azov, soldados, civis, crianças, os vivos e os feridos. Todos", escreveu Mikhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, no Twitter.
Yes. Without any conditions. We’re ready to hold a “special round of negotiations” right in Mariupol. One on one. Two on two. To save our guys, Azov, military, civilians, children, the living & the wounded. Everyone. Because they are ours. Because they are in my heart. Forever.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) April 20, 2022
"Estamos prontos para acompanhar Mykhailo Podolyak a qualquer momento para essas negociações, assim que recebermos a confirmação do lado russo", disse o negociador-chefe ucraniano David Arakhamia, no Telegram.
Três ataques por mísseis e munições de fragmentação voltaram a atingir zonas residenciais civis em Mikolaiev, cidade-tampão da ofensiva russa no sul da Ucrânia.
A reportagem é dos enviados da RTP a Odessa, Rodrigo Lobo e António Mateus e Rodrigo Lobo.
Dezenas de habitantes de Mariupol conseguiram abandonar a cidade em autocarros.
As autoridades ucranianas tencionavam retirar seis mil pessoas mas os resgates ficaram muito aquém desse número.
As forças ucranianas que se mantêm na fábrica de aço de Azovstal voltaram a não responder ao novo ultimato feito pelos russos, que insistem numa rendição.
O Presidente russo, Vladimir Putin, substituiu o comandante da 76.ª Divisão de Assalto Aerotransportado, que lutou durante a "operação militar especial" no norte de Kiev, onde segundo as autoridades ucranianas foram cometidas inúmeras atrocidades contra a população civil. Segundo noticiaram hoje os meios de comunicação oficiais da Rússia, Putin destituiu o general Sergei Chubarikin, nomeando para o seu lugar o coronel Denís Shimov, que até agora comandava a 11.ª Brigada Aerotransportada, baseada na região siberiana de Buriácia.
Denís Shimov já recebeu a condecoração como Herói da Rússia durante a atual campanha militar na Ucrânia, pelo seu papel na conquista da região de Kherson, que faz fronteira com a península da Crimeia, anexada em 2014 pelos russos. Segundo as mesmas fontes oficiais, o coronel foi ferido na cabeça durante a defesa da margem do rio Dnieper, mas continua a comandar a sua brigada, que repeliu com sucesso sete ataques ucranianos, até à chegada de reforços.
As forças nucleares da Rússia começam a receber o novo míssil balístico intercontinental Sarmat ainda este ano, assim que os testes estiverem completos, afirmou o chefe da agência espacial Roscosmos, citado pela agência russa Tass.
Dmitry Rogozin disse que as entregas começariam "no outono deste ano", informou.
A secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, e o ministro das Finanças da Ucrânia, Serhiy Marchenko, abandonaram hoje uma reunião do G20, quando o representante da Rússia começou a falar.
Vários ministros das finanças e presidentes de bancos centrais também abandonaram a sala, segundo uma fonte próxima às reuniões, que falou sob condição de anonimato porque o evento não era público, reporta a AP.
De acordo com a mesma fonte, alguns ministros e presidentes de bancos centrais que participaram na reunião por meios telemáticos desligaram as câmaras quando o representante da Rússia falou.
A sessão solene de boas-vindas ao Presidente da Ucrânia vai contar na quinta-feira com altas entidades do Estado e representantes da comunidade ucraniana nas galerias do parlamento, hinos no final, mas sem a presença dos seis deputados do PCP.
A sessão está marcada para as 17h00 e o discurso, por videoconferência, terá tradução simultânea: quem estiver presente na Sala das Sessões ouvirá a voz do Presidente Volodymyr Zelensky, com o som da tradução em português por cima, sem recurso a auriculares.
Comparando com outras sessões solenes - como a do 25 de Abril - esta será mais sóbria, sem honras militares, e com menos convidados.
O Presidente da Ucrânia,Volodymyr Zelensky, reiterou hoje a disponibilidade para dialogar "até ao fim da guerra" com a Rússia, depois de Moscovo dizer que o sucesso das negociações de paz dependerá de Kiev aceitar as suas exigências.
"Estamos abertos a qualquer formato de diálogo. Quer eu goste ou não, estou pronto para falar. Estive nos últimos três anos e continuo pronto, até ao fim da guerra, para dialogar com a Federação Russa e o seu Presidente", disse Zelensky numa conferência de imprensa ao lado do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que hoje visita a Ucrânia.
Zelensky respondeu ao chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, que declarou hoje, numa conversa telefónica com o seu homólogo turco, Mevlüt Cavusoglu, que os resultados das conversações de paz dependerão da vontade de Kiev de ter em conta as exigências de Moscovo.
"No que diz respeito às perspetivas do processo de negociação russo-ucraniano, confirma-se a posição imutável da Rússia: os resultados das conversações dependerão inteiramente da vontade de Kiev de ter em conta as nossas legítimas exigências", afirmou o ministro, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
(agência Lusa)
A Ucrânia recebeu peças de manutenção para os seus caças para fortalecer a sua Força Aérea, mas não aeronaves inteiras, explicou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, corrigindo as declarações do dia anterior.
"Eu tinha entendido que a oferta de outro país da região para fornecer aviões inteiros para a Ucrânia (...) tinha sido implementada. Não é o caso", declarou numa conferência de imprensa. "Lamento este erro”.
Na terça-feira, Kirby disse que os ucranianos tinham "mais caças à sua disposição do que há duas semanas".
"Sem entrar em detalhes sobre o que outros países estão a fornecer, eu diria que receberam aeronaves extra e peças de reposição para aumentar a sua frota", disse antes.
Os Estados Unidos anunciaram, na terça-feira, sanções a um banco comercial russo, a um oligarca e pessoas próximas, segundo o site do Departamento do Tesouro norte-americano. Os alvos incluem unidades com sede na Rússia da empresa de mineração de moeda virtual Bitriver.
A vice-primeira-ministra da Ucrânia afirmou que um corredor humanitário que tinha sido acordado para retirar civis da fábrica de Azovstal, em Mariupol, não funcionou como planeado, culpando as forças russas por não manterem o cessar-fogo.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, confirmou hoje que a Alemanha não possui equipamento militar de reserva para enviar para a Ucrânia e que apenas oferecerá treino e manutenção. Baerbock reiterou em Riga o que o chanceler alemão, Olaf Scholz, já tinha dito sobre esta questão, lembrando que a Alemanha enviou mísseis antiaéreos Stinger e armas antitanque.
A chefe da diplomacia alemã recordou ainda na capital da Letónia - onde iniciou uma digressão pelas repúblicas bálticas - que a Alemanha terá um orçamento de mil milhões de euros para apoio militar a médio e a longo prazo, que, no entanto, não pode ser utilizado para a defesa do Donbass, região ucraniana que está a ser alvo de forte ofensiva russa.
O apoio alemão, disse Baerbock, vai limitar-se à aquisição de novos equipamentos e à substituição de antigos sistemas, soviéticos e pós-soviéticos, por armamento ocidental, o que exigirá treino e suporte técnico. A ministra explicou que a Alemanha não poderá fornecer imediatamente tanques ou veículos blindados, mas apoiará os países que enviam material da era soviética para a Ucrânia fornecendo a esses países equipamentos fabricados no Ocidente.
A ministra das Finanças do Canadá, Chrystia Freeland, disse esta quarta-feira que saiu de uma reunião plenária do G20, em Washington, para protestar contra a participação da Rússia após a invasão da Ucrânia colocar em risco a economia global.
"As reuniões desta semana em Washington são para apoiar a economia mundial - e a invasão ilegal da Ucrânia pela Rússia é uma grave ameaça à economia global", escreveu no Twitter, acrescentando que a Rússia não deveria participar.
"As democracias do mundo não ficarão de braços cruzados diante da contínua agressão russa e dos crimes de guerra. Hoje, o Canadá e vários de nossos parceiros democráticos saíram da plenária do G20 quando a Rússia tentou intervir", disse Freeland, que também é vice-primeira-ministra.
This week’s meetings in Washington are about supporting the world economy – and Russia’s illegal invasion of Ukraine is a grave threat to the global economy. Russia should not be participating or included in these meetings. #G20 #IMFMeetings
— Chrystia Freeland (@cafreeland) April 20, 2022
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu que o presidente russo, Vladimir Putin, e o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, o recebam nas respetivas capitais, para discutir "passos urgentes" para travar a guerra.
De acordo com o porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric, esse pedido foi feito na terça-feira, através de cartas separadas entregues às Missões Permanentes da Federação Russa e da Ucrânia nas Nações Unidas.
"Nessas cartas, o secretário-geral pediu ao Presidente Vladimir Putin para recebê-lo em Moscovo e ao Presidente Volodymyr Zelensky para recebê-lo em Kiev", diz um comunicado divulgado por Dujarric.
Paula Santos, líder da bancada comunista, anunciou que os deputados do PCP não estarão presentes no hemiciclo quando o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se dirigir à Assembleia da República.
O PCP não vai participar na sessão solene na Assembleia da República com a presença do Presidente da Ucrânia, na quinta-feira, por videoconferência, por considerar que Volodymyr Zelensky "personifica um poder xenófobo e belicista". "O PCP não participará numa sessão da Assembleia da República concebida para dar palco à instigação da escalada da guerra, contrária à construção do caminho para a paz, com a participação de alguém como Volodymyr Zelensky, que personifica um poder xenófobo e belicista, rodeado e sustentado por forças de cariz fascista e neonazi, incluindo de caráter paramilitar, de que o chamado Batalhão Azov é exemplo", sustentou a líder parlamentar comunista.
A deputada Paula Santos acrescentou que a sessão solene, marcada para esta quinta-feira às 17:00, é um "ato de instrumentalização de um órgão de soberania, orientado não para contribuir para um caminho de diálogo que promova o cessar-fogo".
O Pentágono veio esclarecer esta quarta-feira que a Rússia notificou adequadamente os Estados Unidos antes do teste de lançamento do míssil balístico intercontinental, acrescentando que o teste foi “de rotina” e “não é uma ameaça”.
A Rússia anunciou esta quarta-feira que testou o lançamento do míssil balístico intercontinental Sarmat, uma nova adição ao seu arsenal nuclear que o presidente Vladimir Putin disse que faria os inimigos do Kremlin “pensar duas vezes”.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky diz que continua pronto para trocar prisioneiros de guerra russos em troca de uma passagem segura para civis e tropas ucranianas retidos em Mariupol.
Zelensky anunciou esta quarta-feira que cerca de 120 mil pessoas continuam presas na cidade portuária de Mariupol e cerca de mil civis estão abrigados na siderúrgica Azovstal. O presidente ucraniano acrescentou que a situação na cidade sitiada está a piorar, com centenas de feridos.
Moscovo lançou um novo ultimato esta quarta-feira para que as forças ucranianas que continuam na zona de Azovstal se rendam. Os separatistas pró-russos anunciaram que se renderam cinco soldados que estavam a defender o último reduto ucraniano em Mariupol, no complexo industrial de Azovstal.
A adesão da Ucrânia à União Europeia é "uma prioridade", disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, esta quarta-feira durante uma conferência de imprensa conjunta em Kiev com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
"É uma prioridade para o nosso Estado, para o poder do nosso povo", disse Zelensky após uma reunião com Michel.
Charles Michel, por sua vez, garantiu que a UE fará "todos os possíveis" para que a Ucrânia "vença a guerra" contra a Rússia.
"Vocês não estão sozinhos, estamos com vocês e faremos tudo o que pudermos para vos apoiar e garantir que a Ucrânia vence a guerra", disse Michel durante a conferência de imprensa.
"Ele [Putin] não conseguirá destruir a soberania da Ucrânia, nem dividir a União Europeia", acrescentou Michel, elogiando a capacidade dos 27 de "tomar decisões em conjunto, unanimemente" sobre as sanções contra a Rússia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta quarta-feira que não viu ou ouviu falar do documento que o Kremlin disse ter enviado à Ucrânia sobre uma proposta de acordo no âmbito nas negociações de paz.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse esta quarta-feira que Moscovo estava a “aguardar uma reposta” depois de ter apresentado a proposta a Kiev.
A Rússia anunciou esta quarta-feira que testou o lançamento do míssil balístico intercontinental Sarmat, uma nova adição ao seu arsenal nuclear que o presidente Vladimir Putin disse que faria os inimigos do Kremlin “pensar duas vezes”.
"O novo míssil tem as mais altas características táticas e técnicas e é capaz de superar todos os meios modernos de defesa antimísseis. Não tem análogos no mundo e não terá por muito tempo", disse Putin.
"Esta arma verdadeiramente única fortalecerá o potencial de combate das nossas forças armadas, garantirá de forma confiável a segurança da Rússia contra ameaças externas e fará com que aqueles que tentam ameaçar o nosso país, pensem duas vezes", alertou o presidente russo.
O Sarmat é um novo míssil balístico intercontinental que tem capacidade para transportar dez ou mais ogivas em cada míssil. É um míssil que está em desenvolvimento há anos e, portanto, o seu lançamento de teste não é uma surpresa para o Ocidente, mas ocorre num momento de extrema tensão geopolítica devido à guerra da Rússia na Ucrânia.
Os tenistas russos e bielorrussos foram excluídos da edição deste ano de Wimbledon em resposta à invasão da Ucrânia, anunciou a administração do torneio de Londres esta quarta-feira.
"Nas circunstâncias da agressão militar injustificada e sem precedentes, seria inaceitável que o regime russo tirasse qualquer benefício da participação de jogadores russos ou bielorrussos", disse o All England Lawn Tennis Club em comunicado divulgado esta quarta-feira. "Portanto, pretendemos, com profundo pesar, rejeitar o registo de jogadores russos e bielorrussos em Wimbledon", acrescentou.
Dezenas de civis embarcaram esta quarta-feira em vários autocarros na cidade ucraniana sitiada de Mariupol, que partiu de um ponto de evacuação acordado esta quarta-feira, anunciaram duas testemunhas da Reuters.
As autoridades da cidade de Mariupol disseram esta quarta-feira que esperavam retirar cerca de 6.000 pessoas depois de terem assinado um acordo preliminar com a Rússia - o primeiro em semanas - para estabelecer um corredor humanitário seguro.
A ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, anunciou esta quarta-feira que a Alemanha deixará de importar petróleo da Rússia até ao final do ano.
“Digo aqui clara e inequivocamente que sim, a Alemanha também está a eliminar completamente as importações de energia russa", anunciou Baerbock, após uma reunião com seus homólogos do Báltico na quarta-feira.
"Vamos reduzir para metade a importação de petróleo até ao verão e estaremos a zeros até ao final do ano, e a seguir será o gás, num roteiro europeu conjunto, porque a nossa saída conjunta, a saída completa da União Europeia, é a nossa força comum", afirmou.
Moscovo deportou 500 mil pessoas da Ucrânia para a Rússia “sem acordo”, denunciou o representante do parlamento de Kiev a deputados europeus esta quarta-feira.
"Meio milhão de cidadãos ucranianos foram deportados da Ucrânia para a Federação Russa sem um acordo da parte deles", disse Mykyta Poturayev, acrescentando que “não tiveram a oportunidade” de contactar estas pessoas. Poturayev pede, assim, à Cruz Vermelha que estabeleça contacto com as pessoas desaparecidas.
"Infelizmente não tivemos oportunidade, por enquanto, de estabelecer contacto com essas pessoas", disse Poturayev a membros do Parlamento Europeu por videoconferência.
A agência Reuters adianta que não conseguiu verificar de forma independente o número avançado por Poturayev.
Poturayev disse estar preocupado com o destino dos ucranianos que terão sido enviados para a Rússia.
"Nós sabemos sobre os chamados ‘campos de filtragem’ para cidadãos ucranianos", disse o representante do parlamento ucraniano. "Essa é uma das possíveis tarefas para Cruz Vermelha, pelo menos encontrar essas pessoas deportadas e perceber o que está a acontecer com elas no território da Federação Russa”, acrescentou.
Alexandra Boivin, funcionária do Comité Internacional da Cruz Vermelha, disse que a organização está a conversar com autoridades russas sobre possibilidades de ajudar essas pessoas.
As Convenções de Genebra de 1949, que definem os padrões jurídicos internacionais para questões humanitárias em caso de conflito, proíbem a deportação forçada em massa de civis durante um conflito para o território da potência invasora, classificando-o como crime de guerra.
У Бородянці.
— Charles Michel (@CharlesMichel) April 20, 2022
Як Буча та багато інших міст в Україні
Історія не забуде військових злочинів, які тут були скоєні.
Не може бути миру без справедливості. @ZelenskyyUa pic.twitter.com/l309U9xrFO
O Ministério russo da Defesa afirma que as forças destacadas para a "operação especial" - termo com o qual o Kremlin cunhou a invasão - na Ucrânia atingiram, durante a última noite, 1.053 alvos militares.
Um ataque com mísseis de alta precisão terá resultado nas mortes de até 40 operacionais ucranianos.
No Telegram, o Ministério da Defesa da Rússia disse que foram destruídas 106 posições da artilharia ucraniana e abatidas seis aeronaves.
Em concreto, Moscovo afiança que foram atingidos quatro postos de comando das tropas ucranianas, 57 alvos relacionados com forças de combate ou equipamento militar, sete pontos de defesa, quatro depósitos de munições, seis tanques, nove veículos blindados e uma bateria Msta-B.
10h17 - Governo russo diz que sanções provocaram 50 mil desempregados
Os dados transmitidos por Pudov à Câmara Baixa do Parlamento russo (Duma) foram citados hoje pela agência oficial TASS.
"Sobre os números das pessoas despedidas: são 50 mil pessoas" acrescentou.
"Atualmente, cerca de 670 mil cidadãos estão registados nos centros de emprego existindo 1,9 milhões de postos de trabalho na base de dados referentes a vagas para emprego", disse ainda o vice-ministro aos deputados da Duma.
Anteriormente, as autoridades norueguesas autorizaram várias doações de armas às forças ucranianas, entre as quais "quatro mil baterias antiaéreas".
"O conflito na Ucrânia pode vir a ser prolongado e o país depende do apoio internacional contra a agressão russa. Por isso, o governo [de Oslo] decidiu doar mísseis antiaéreos à Ucrânia", refere o ministro da Defesa Bjorn Arild Gram em comunicado.
Trata-se de armamento que as autoridades de Oslo já tinham decidido substituir e que, por isso, "não vai ter grandes consequências para a capacidade operacional" da Noruega, disse ainda Gram.
"Os mísseis iam ser eliminados [pelo Ministério da Defesa] mas continuam a ser armas modernas e eficazes que podem vir a ter grande utilidade para a Ucrânia. Outros países já doaram sistemas semelhantes", refere ainda o comunicado.
O Ministério da Defesa acrescenta que as armas já foram enviadas para a Ucrânia.
In Kyiv today.
— Charles Michel (@eucopresident) April 20, 2022
In the heart of a free and democratic Europe. @ZelenskyyUa pic.twitter.com/7DxTeoxtMc
- Mariupol. Moscovo lançou um novo ultimato para que as forças ucranianas que continuam na zona de Azovstal se rendam. Num comunicado esta manhã de quarta-feira, as forças russas indicaram que abriram um corredor humanitário para que os soldados cercados se possam “depor armas voluntariamente” e retirar os civis que ainda permaneçam no local.
- “Estamos a enfrentar os nossos últimos dias, se não mesmo horas”. Um comandante dos fuzileiros navais ucranianos que continua em Mariupol reconheceu esta quarta-feira que as forças no local “estão a enfrentar os últimos dias, se não mesmo horas”. Numa mensagem de vídeo publicada no Facebook, Serhiy Volyna, da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais, reconheceu a superioridade russa: “O inimigo supera-nos de 10 para um”.
- “O mais difícil possível”. O presidente da Ucrânia afirmou na terça-feira que Mariupol está numa situação limite. “O exército russo está a bloquear todos os esforços de organizar corredores humanitários e salvar o nosso povo”, afirmou. Volodymyr Zelensky acrescentou ainda que não se sabe qual foi “o destino de dezenas de residentes de Mariupol” retirados à força para territórios controlados pela Rússia.
- Avanços no Donbass. As forças ucranianas continuam a resistir aos avanços russos na região leste da Ucrânia, numa altura em que Moscovo a “aumentar significativamente” a intensidade dos ataques, segundo afirmou o presidente ucraniano. Na terça-feira, as tropas russas tomaram Kreminna, na região do Donbass, a primeira cidade que cai nas mãos de Moscovo desde a concentração da ofensiva russa no leste da Ucrânia.