Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Geraldo, Joana Raposo Santos, Andreia Martins - RTP

EPA

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h55 - Navio-almirante da frota russa no Mar Negro atingido por dois mísseis

Moscovo diz que o Moskva foi ao fundo, quando estava a ser rebocado para o porto de Sebastopol. Já Kiev alega que foi atingido por dois mísseis ucranianos.
O antigo diretor da CIA David Petraeus considerou a admissão russa do afundamento do navio como "um raro momento de verdade".

“Estou surpreso que o tenham admitido”, declarou à BBC, acrescentando que os factos serão eventualmente esclarecidos.

00h50 - Rússia acusada de genocídio. Advogados dos EUA estão a construir caso

O Departamento de Estado norte-americano está a juntar provas para avançar com um caso contra a Rússia pela prática de crimes de genocídio mas o processo pode demorar algum tempo.

A Casa Branca está a preparar uma deslocação oficial à Ucrânia, que será a primeira visita oficial depois a invasão do território pelos russos, a 24 de Fevereiro.
00h35 - Explosões em Kiev e em Kherson
00h28 - Força militar portuguesa parte hoje para missão da NATO na Roménia

Uma força de 222 militares portugueses dos três ramos das Forças Armadas parte esta sexta-feira para a Roménia no âmbito de uma missão de dissuasão da NATO, no contexto de conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

A cerimónia de despedida está marcada para as 06:30 da manhã no aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, e contará com a presença do Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa.

00h12 - Morre-se de fome em Mariupol quase totalmente destruída

O diretor-executivo do Programa Alimentar Mundial disse hoje que a população da cidade sitiada de Mariupol está "a morrer à fome" e que a crise humanitária na Ucrânia piorará nas próximas semanas, quando a Rússia intensificar a ofensiva.

Em entrevista à agência de notícias norte-americana Associated Press (AP) em Kiev, David Beasley também advertiu de que a invasão russa da Ucrânia, grande exportadora de cereais, corre o risco de destabilizar países distantes e poderá desencadear vagas de migrantes em busca de uma vida melhor noutros lugares.

A guerra que começou a 24 de fevereiro foi "devastadora para o povo da Ucrânia", afirmou, lamentando as dificuldades de acesso com que o Programa Alimentar Mundial (PAM) e outras organizações humanitárias se confrontaram ao tentarem chegar às populações necessitadas no meio do conflito.

"Não vejo nada a tornar-se mais fácil. Simplesmente, isso não está a acontecer agora", comentou.

O centro histórico da cidade de Mariupol está praticamente todo destruído. A maioria dos edifícios, construídos na época czarista, conseguiu resistir a duas guerras mundiais, mas não resistiu ao terrorismo bélico da Rússia.

A cidade portuária do sul da Ucrânia tem sido alvo de contínuos e fortes ataques, por parte das forças russas.

Apesar do som dos combates, alguns cidadãos continuam a sair de casa. Nas ruas de Mariupol, há muitos corpos de moradores que continuam por recolher.

23h25 - Um jornalista russo processado e outro detido por oposição à invasão

Um processo-crime foi aberto pelas autoridades russas contra um jornalista na Sibéria, cujo sítio noticioso publicou conteúdos críticos da invasão russa da Ucrânia, informaram hoje meios russos.

Mikhail Afanasyev, editor da Novy Fokus na região de Khakassia, foi detido pelas forças de segurança na quarta-feira, devido às notícias sobre as recusas de 11 polícias antimotim de irem para a Ucrânia, integrados na operação da invasão do país vizinho.

Afanasyev foi acusado na quinta-feira de disseminar "informação falsa deliberadamente" sobre as forças armadas russas, uma ofensa que pode implicar até 10 anos de prisão, sob uma lei aprovada em março.

Outro jornalista baseado na Sibéria também foi detido na quarta-feira, por suspeita de ter violado as novas leis russas sobre a cobertura da situação na Ucrânia. Há notícias que indicam que Sergei Mikhailov, fundador do semanário LIStok, baseado na República de Altay, foi colocado em detenção preventiva por alegadamente ter "apelado a sanções contra a Rússia".

O sítio do LIStok tem estado bloqueado desde março, por "promover" atividades contra a invasão russa da Ucrânia.

(agência Lusa)

23h00 - Conselheiro americano Jack Sullivan refere que perda de Moskva é "rude golpe para a Rússia"
O conselheiro de segurança nacional dos EUA disse que a forma como a perda do navio “se desenrolou é um rude golpe para a Rússia”.

As autoridades americancas considera que ainda não está claro o que causou a explosão a bordo. Jack Sullivan afirmou que Moscovo foi forçada a escolher entre duas histórias. “Uma história é que foi apenas incompetência e a outra é que foram atacados. E nenhum é um resultado particularmente bom para eles”, declarou Jack Sullivan no Clube Económico de Washington.

A Rússia refere que houve um incêndio a bordo e, em seguida, as “condições de mar tempestuoso” enquanto era rebocado conduziram ao afundamento.

“Apenas a perda de um submarino de mísseis balísticos ou do Kutznetsov [o único porta-aviões da Rússia] infligiria um golpe mais sério ao moral russo e à reputação da marinha com o público russo”, acrescentou Carl Schuster, ex-diretor de operações do Pacífico.

22h50 - PR promulga quatro decretos do Governo com medidas de emergência

O Presidente da República promulgou hoje quatro decretos do Governo com medidas de emergência destinadas a conter o aumento de preços nos setores da energia e agroalimentar decorrente da situação de guerra na Ucrânia.

Estas promulgações foram hoje divulgadas através de uma nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou um decreto-lei que aprova o sistema de incentivos "Apoiar as Indústrias Intensivas em Gás" e outro que estabelece medidas de apoio às famílias, trabalhadores e empresas no âmbito do conflito armado na Ucrânia.

Um terceiro decreto-lei hoje promulgado aprova medidas excecionais que visam assegurar a simplificação dos procedimentos de produção de energia a partir de fontes renováveis.

O chefe de Estado promulgou ainda um decreto-lei que cria um regime excecional e temporário de compensação destinado aos profissionais da pesca pelo acréscimo de custos de produção provocada pelo conflito armado na Ucrânia.

Estes decretos fazem parte de um conjunto de diplomas que o Governo aprovou na sexta-feira à noite, em reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que estabelecem medidas de emergência para fazer face ao aumento de preços nos setores da energia e agroalimentar.

(agência Lusa)

21h14 - Ainda se contam corpos encontrados em valas comuns em Bucha

A vida em redor de Kiev tarda a retomar a normalidade. A cidade e os arredores têm de lidar com os destroços, a falta de eletricidade e comunicações, as casas destruídas e as munições por explodir.

Em Bucha, a contagem final dos corpos encontrados em valas ainda não terminou, como constatou o enviado-especial da RTP, José Manuel Rosendo.

20h58 - Ministro russo da Defesa anuncia que navio Moskva afundou

A Agência noticiosa russa RIA relatou que o navio Moskva, que a Ucrânia diz ter bombardeado, acabou por afundar. O anúncio foi realizada pelo ministro russo da Defesa, depois de uma explosão e de um consequente incêndio.

O minstro já havia relatado que o navio tinha ficado com vários danos após um incêndio, que a Ucrânia diz ter causado depois um ataque com um míssil.

20h56 - Quatro turmas para refugiados ucranianos aprenderem português

Professores voluntários começaram a dar aulas de português a refugiados ucranianos.

Já há quatro turmas formadas, mas todos os dias chegam novos alunos.

20h50 - Força naval e força aérea são os pontos mais débeis da Ucrânia

O orçamento anual da Rússia para as Forças Armadas é cerca de dez vezes maior que o da Ucrânia. O que se pode observar no terreno é muito equipamento obsoleto da Ucrânia, mas o ataque bem sucedido ao cruzador russo no Mar Negro sugere que possa existir também equipamento mais moderno.


20h38 - Relatos de pilhagem russa numa aldeia do sul da Ucrânia

O exército russo pilhou uma aldeia na frente sul. Durante nove dias, os invasores arrombaram habitações e estabelecimentos comerciais, como constatou o enviado-especial da RTP a Kashpero, António Mateus.


20h33 - Partem amanhã as primeiras forças portuguesas para a Roménia

A unidade integra 221 militares, dos quais 201 da companhia de atiradores e 20 da equipa de operações especiais. Os militares portugueses vão participar numa missão de dissuasão da NATO no contexto da guerra na Ucrânia.


20h32 - Rússia não reconhece que navio almirante no Mar Negro foi atingido

A Ucrânia anunciou ter atingido o navio almirante da frota russa no Mar Negro com dois mísseis. A Rússia confirmou que houve um incêndio e uma explosão a bordo do cruzador Moskba, mas não revelou as causas da explosão.


20h30 - EUA procuram provar existência de um genocídio na Ucrânia

Os Estados Unidos estão a juntar provas de que a Rússia está a praticar genocídio na Ucrânia. A Casa Branca avisou que o processo pode demorar algum tempo, e no entretanto anunciou o envio de mais 800 milhões de dólares de ajuda militar para a Ucrânia.


20h23 - Kremlin. Finlândia e Suécia na NATO tornar-se-iam países inimigos

A Rússia ameaçou países da União Europeia. Moscovo anunciou que irá colocar armas nucleares e mísseis hipersónicos na região do Báltico, caso a Suécia e a Finlândia, dois países da União, decidam aderir à NATO.
A Rússia disse mesmo que os dois países se tornarão inimigos.

Moscovo declarou que o mar Báltico deixará de ser uma área livre de armas nucleares e vai avançar com o reforço das suas posições em "terra e no mar".

A fronteira entre a Finlândia e a Rússia tem 1.300 quilómetros, e tornar-se-á a maior fronteira da NATO com o país de Vladimir Putin. A Suécia está mesmo ao lado.

Recorde-se que uma das razões que o presidente russo invocou para invadir a Ucrânia foi esse país querer aderir a NATO, o que significaria que a Rússia faria fronteira com a Aliança Atlântica.

A ameaça russa aos países da União Europeia parece indicar que as suas armas nucleares serão colocadas no enclave russo de Kaliningrado, situado entre a Polónia e a Lituânia, outros dois países da NATO e da União.

20h12 - 503 civis mortos em Kharkiv desde o início da ofensiva russa

O governador da região de Kharkiv anunciou esta quinta-feira que 503 civis foram mortos na região logo após a ofensiva da Rússia em território ucraniano, a 24 de fevereiro.

Oleg Sinegoubov explicou também que dessas 500 pessoas, eram crianças. O anúncio foi feito no canal oficial de Telegram de Sinegoubov.

19h18 - Reconhecimento facial usado para identificar mortos na Ucrânia

Pelo menos mil pessoas já foram identificadas na guerra da Ucrânia através da tecnologia de reconhecimento facial.

A ferramenta está a ser usada pelo exército ucraniano para identificar vítimas e agressores. A inteligência artificial é agora um dos trunfos militares da Ucrânia, como conta a jornalista Camila Vidal.

18h47 - França vai transferir embaixada de volta para Kiev

O ministro dos Negócios Estrangeiros de França anunciou esta quinta-feira que o país vai transferir a embaixada na Ucrânia, de Lviv para Kiev. A informação foi avançada ao homólogo ucraniano, Dmyto Kuleba, através de uma chamada telefónica.

A embaixada francesa mudou-se para Lviv no princípio de março.

18h21 - Rússia diz que destruiu sete infraestruturas militares na Ucrânia

A aviação russa anunciou que destruiu sete infraestruturas militares na Ucrânia nas últimas 24 horas. A informação foi avançada pela Interfax, que citou o ministro da defesa russa.

17h01 - Estados Unidos começaram a recolher informação sobre invasão no último outono

As agências de serviços secretos dos Estados Unidos começaram a recolher informação "detalhada e perturbadora" sobre o plano de Vladimir Putin para invadir a Ucrânia no outono do ano passado.

A informação foi avançada pelo diretor da CIA, William Burns, que explicou que Putin tem passado os últimos meses num estado de "ambição e insegurança".

As declarações foram feitas na universidade da Georgia e Burns afirmou ainda que a CIA tem sido vital para a luta ucraniana contra as forças russas.

"Os crimes que [as forças russas] cometeram em Bucha são horríveis", concluiu.

16h43 - Parlamento ucraniano classifica ações russas de "genocidas"

O Parlamento da Ucrânia aprovou esta quinta-feira uma resolução que descrevem as ações das forças russas no território ucraniano como "genocídio", de acordo com a conta oficial do Parlamento no Telegram.

"As ações da Rússia visam destruir de forma sistemática o povo ucraniano e privá-lo do direito à autodeterminação e desenvolvimento independente". O texto foi votado por uma maioria de 363 votos.

16h36 - Ucrânia nega bombardeamento de aldeias russas

O Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia veio a público negar o bombardeamento de duas aldeias fronteiriças russas e alegou que a Rússia está a planear ataques terroristas na fronteira para criar "histeria anti-ucraniana".

16h24 - Canadá vai enviar militares para a Polónia

O Canadá anunciou esta quinta-feira que vai enviar militares para a Polónia para ajudar os refugiados ucranianos que continuam a fugir da Ucrânia.

O anúncio foi realizado pela ministra da Defesa e as tarefas imediatas são de apoio aos refugiados e processamento de chegadas em centros de receção por toda a Polónia.

15h36 - Moscovo acusa Ucrânia de bombardear duas aldeias russas

A Rússia acusou esta quinta-feira a Ucrânia de bombardear duas aldeias fronteiriças russas, nomeadamente com helicópteros. As informações ainda não foram verificadas de forma independente.

O Comité de Investigação da Rússia, responsável pelas principais investigações, declarou que dois helicópteros ucranianos "equipados com armas pesadas" entraram em território russo e realizaram "pelo menos seis ataques contra prédios na vila de Klimovo", na região de Bryansk.

Sete pessoas, incluindo um bebé, ficaram feridas "em graus variados", disse a mesma fonte.

Anteriormente, o governador desta região, Alexander Bogomaz, havia relatado um bombardeamento em Klimovo sem fornecer mais detalhes.

Segundo a agência Interfax, que citou um responsável do Ministério da Saúde, foram hospitalizadas sete pessoas feridas nesta aldeia, incluindo duas em estado considerado "grave".

A localidade de Klimovo está localizada a cerca de dez quilómetros da fronteira com a Ucrânia e tem cerca de 13.000 habitantes.

Posteriormente, o governador da região de Belgorod, que também faz fronteira com a Ucrânia, também acusou as forças ucranianas de terem bombardeado a vila de Spodariouchino.

Não foram registados feridos, mas as autoridades anunciaram que evacuaram as vilas de Spodariouchino e Beziméno.

14h45 - Mais de 4,7 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia

Segundo os dados do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), mais de 4,7 milhões de ucranianos fugiram do país desde a invasão russa, há 50 dias.

Este é o maior afluxo de refugiados desde a II Guerra Mundial. Cerca de 90 por cento dos refugiados que saíram do país são mulheres e crianças.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 215.000 de cidadãos de outros países também fugiram da Ucrânia. A OIM refere ainda que o número de deslocados internos já ascende a 7,1 milhões.

Ou seja, entre deslocados internos e refugiados, cerca de 12 mil ucranianos já tiveram de fugir de casa desde o início da guerra - mais de um quarto da população do país.

14h30 -Vila na região de Belgorod atingida por bombardeamento ucraniano

O governador da região de Belgorod disse esta quinta-feira que a vila de Spodaryushino foi alvo de ataques por parte das forças ucranianas. Vyacheslav Gladkov adiantou através do Telegram que não há registo de feridos e que foram retirados civis de duas vilas daquela região.

O Ministério ucraniano da Defesa ainda não respondeu a um pedido de comentário da agência Reuters.

14h12 - "Consequências indesejáveis". Rússia avisa Suécia e Finlândia sobre adesão à NATO

O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Alexander Grushko, alertou hoje que a entrada de Estocolmo e Helsínquia na Aliança Atlântica irá levar "às consequências mais indesejáveis", disse o responsável citado pela agência Reuters.

13h32 - Troca de prisioneiros com a Rússia. Kiev anuncia libertação de 30 prisioneiros de guerra

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, confirmou esta quinta-feira uma nova troca de prisioneiros entre Kiev e Moscovo. De acordo com a responsável, foram libertados 30 prisioneiros ucranianos.

Incluem-se entre os prisioneiros cinco oficiais, 17 militares e oito civis, incluindo uma mulher, disse a governante.

13h06 - Putin quer reorientar exportações energéticas para a Ásia

O presidente russo disse esta quinta-feira que a Rússia deve preparar-se para exportar energia para leste, mas que para isso necessita de novas infraestruturas.

Numa declaração televisiva, Vladimir Putin salientou que o país necessita de diversificar os mercados de abastecimento de gás e petróleo em direção à Ásia.

12h47 – Banco Central russo vê espaço para corte de juros

O Banco Central russo disse hoje ver espaço para cortes na principal taxa de juros, já que a inflação semanal está a desacelerar, segundo a agência de notícias Interfax.

A informação foi avançada pelo vice-presidente da instituição, Alexei Zabotkin, esta quinta-feira, antes de uma reunião para a definição da taxa prevista para 29 de abril.

O Banco Central da Rússia aumentou no final de fevereiro a taxa de juro básica para 20%, como parte de um pacote de medidas de emergência. Na semana passada, reduziu essa taxa para 17%.

Zabotkin garante agora que a situação de liquidez no setor bancário está já normalizada.

12h40 – Rússia diz que bombardeamento ucraniano atingiu prédios residenciais em Bryansk

O governador da região de Bryansk, no sul da Rússia, avançou esta quinta-feira que prédios residenciais na vila de Klimovo foram atingidos por um bombardeamento lançado pelo exército ucraniano.

"Hoje, a vila de Klimovo foi atacada pelas Forças Armadas ucranianas. Dois edifícios residenciais foram danificados como resultado do bombardeamento e houve vítimas entre os moradores", assegurou o governador Alexander Bogomaz na rede social Telegram.

O Ministério da Defesa e as Forças Armadas da Ucrânia não confirmaram ainda esta informação.

12h35 – Pagamento em rublos pelo gás russo violaria regime de sanções, diz UE

O pagamento em rublos de gás russo por compradores da União Europeia quebraria o regime de sanções da UE contra Moscovo, indica uma nota interna da Comissão Europeia lançada esta quinta-feira.

A nota, preliminar e baseada numa tradução não oficial do Decreto Presidencial russo de 31 de março, refere que a lei acrescentou várias novas camadas de obrigações aos compradores europeus de gás.

"Esse mecanismo [do pagamento em rublos] levaria a uma violação das medidas restritivas da UE adotadas em relação à Rússia - ao seu governo, ao Banco Central da Rússia e aos seus representantes", frisa a nota.

12h29 – Macron recusa falar em "genocídio", Le Pen quer aproximar Rússia e NATO

O presidente francês recusou seguir o exemplo de Joe Biden de apelidar as ações russas na Ucrânia de "genocídio". Para Emmanuel Macron, uma "escalada de palavras" não ajudaria à paz.

Para Emmanuel Macron, é evidente que as tropas russas cometeram crimes de guerra. Mas o presidente não quis ir mais longe, dizendo preferir “ser prudente com os termos hoje em dia”.

“O genocídio tem um significado”, declarou. “É uma loucura o que está a acontecer hoje. É uma brutalidade inacreditável e um regresso da guerra à Europa. Mas, ao mesmo tempo, eu olho para os factos, e quero continuar a fazer o máximo para conseguir travar a guerra e restaurar a paz. Não acredito que uma escalada de palavras ajude à nossa causa”.

Segundo Macron, o termo “genocídio” não se aplica à ofensiva de Moscovo pois russos e ucranianos são “pessoas fraternas”. O argumento do presidente francês não foi visto com bons olhos por Kiev, que considerou as palavras “dececionantes”.

Já a candidata de extrema-direita às presidenciais do país, Marine Le Pen, prometeu que, quando a guerra na Ucrânia terminar, irá propor laços mais estreitos entre a Rússia e a NATO.




12h14 - Beiersdorf interrompe investimentos, mas continuará a oferecer produtos essenciais na Rússia

A multinacional alemã Beiersdorf interrompeu os investimentos em marketing e promoção na Rússia devido à guerra na Ucrânia, mas irá manter os negócios no país por considerar que os seus produtos “atendem às necessidades essenciais dos consumidores”, disse o presidente-executivo Vincent Warnery.

A fabricante alemã de produtos de higiene pessoal quer também evitar perder a posição de mercado de suas marcas, disse o CEO aos acionistas durante a assembleia-geral anual da empresa.

O responsável acrescentou que o impacto da guerra na Ucrânia nas operações da Beiersdorf "não é significativo", portanto não há motivo para ajustar as previsões do grupo.

11h57 - A informação essencial a esta hora

  • Navio “seriamente danificado”. O Ministério russo da Defesa confirmou esta quinta-feira a ocorrência de explosões a bordo do Moskva, que integra a frota russa no Mar Negro. Ao início da manhã, Moscovo confirmou que o navio ficou “seriamente danificado” e toda a tripulação foi retirada. Na última hora, o Kremlin diz em comunicado que o Moskva, um navio que está na história do país há várias décadas, ainda não se afundou e está a ser rebocado para um porto próximo. Moscovo refere que as causas do incêndio “estão a ser apuradas”, enquanto Kiev reclama a autoria do ataque contra o Moskva com um míssil Neptuno.

  • Ameaça nuclear no Báltico. Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, alertou esta quinta-feira para o fim de uma zona "livre de armas nucleares" no Mar Báltico caso a Suécia e a Finlândia se juntem à NATO. A primeira-ministra da Lituânia respondeu que as ameaças russas no Báltico “não são novidade” e referiu-se diretamente à zona militarizada de Kaliningrado. Na quarta-feira, a primeira-ministra da Finlândia anunciou que o país irá tomar uma decisão sobre o pedido de adesão à Aliança Atlântica "dentro de algumas semanas". Também a Suécia está a avaliar uma possível adesão.

  • Nove corredores humanitários. Após a interrupção de quarta-feira por questões de segurança, o Governo ucraniano anunciou hoje a tentativa de estabelecer nove corredores humanitários para a retirada de civis. De acordo com a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, um dos corredores ligará Mariupol e Zaporizhzhia. Haverá também uma tentativa de retirada de civis das cidades de Berdyansk, Tokmak e Energodar em direção a Zaporizhzhia. Os restantes corredores planeados vão de Severodonetsk, Lyssytchansk, Popasna, Guirské e Rubizhne em direção a Bakhmut.

11h26 - Navio Moskva ainda não se afundou, diz Moscovo

O Ministério russo da Defesa disse esta quarta-feira que o navio Moskva "continua a flutuar" e que o incêndio a bordo "está sob controlo".

"Não há chamas visíveis. As munições já não estão a explodir. O cruzador Moskva ainda está a flutuar, o principal arsenal de mísseis não ficou danificado", lê-se na declaração do Ministério russo da Defesa, citado pela BBC.

Esclarece ainda que a tripulação que estava no Moskva foi retirada para outros navios nas proximidades e que estão a ser tomadas medidas para levar o cruzador para o porto.

"As causas do incêndio estão a ser apuradas", lê-se ainda no comunicado.

10h46 - As origens do cruzador Moskva

O navio russo danificado no Mar Negro nas últimas horas faz parte da história do país desde há várias décadas. Foi encomendado em 1983 ainda nos tempos da União Soviética, e era na altura conhecido como "Slava", ou "Glória".

Em dezembro de 1989, no rescaldo da queda do Muro de Berlim o navio participou na Cimeira de Malta entre Mikhail Gorbachev e George Bush. Participou ainda numa conferência sobre desarmamento nuclear em Ialta, em agosto de 1990.

Foi rebatizado em 1995 e passou a chamar-se "Moskva" (Moscovo). Sofreu duas grandes remodelações e modernizações, a última entre os anos 2018-2020.

O cruzador tem capacidade para 16 mísseis, de longo e curto alcance, torpedos e rockets. De acordo com o Ministério russo da Defesa, a tripulação deste navio pode chegar aos 680 homens.

O Moskva, que ficou "seriamente danificado" na sequência de uma explosão no Mar Negro, participou no conflito na Geórgia em 2008 e na guerra na Síria entre setembro de 2015 e janeiro de 2016.

O navio tem sede em Sebastopol, base da frota russa no Mar Negro, na Península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Participa desde o primeiro momento na ofensiva russa na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro. Logo nos primeiros dias de guerra, o Moskva esteve envolvido num momento mediático que envolveu soldados ucranianos em Zmiinyi, também conhecida por Ilha das Serpentes. 

Para além das guerras, o presidente Vladimir Putin recebeu vários líderes estrangeiros a bordo do Moskva e atribuiu várias honras militares às várias tripulações do navio.

10h22 - Quatro civis e dez feridos em ataque em Kharkiv

O governador da região de Kharkiv, Oleh Synyegubov, confirmou esta quarta-feira um ataque russo na cidade de Kharkiv que provocou pelo menos quatro mortes. Dez pessoas ficaram feridas.

Em comunicado, o governador da região pediu aos residentes de algumas cidades para se retirarem, na eminência de uma intensificação dos ataques russos.

10h02 - Rússia abre processos criminais por suposta tortura de soldados na Ucrânia

Moscovo anunciou que vai abrir processos criminais sobre a alegada tortura de militares russos pelas tropas ucranianas. O Comité de Investigação adianta que os soldados russos alvo de tortura foram capturados por forças ucranianas nas regiões de Zaporizhzhia e Mykolaiv.

Os militares russos "foram submetidos a violência física e tortura para forçar explicações falsas sobre as condições reais da sua detenção ilegal nas instalações do Serviço de Segurança da Ucrânia", lê-se no comunicado citado pela agência Reuters.

9h38 - Ameaça russa no Báltico "não é novidade", diz a Lituânia

A primeira-ministra da Lituânia, Ingrida Simonyte, disse esta quinta-feira que as ameaças russas na região do Báltico, incluindo as ameaças nucleares, não são "novidade".

"Kaliningrado é uma zona muito militarizada, há muitos anos que é assim, e fica na região do Báltico", assinalou a chefe do Governo lituano.

O exclave de Kaliningrado faz parte do território russo mas fica nas margens do Mar Báltico, rodeado pela Lituânia e Polónia, ambos os países membros da NATO.

9h06 - Ucrânia abre nove corredores humanitários, incluindo em Mariupol

Há mais informações sobre os nove corredores humanitários disponíveis esta quinta-feira para a retirada de civis. De acordo com a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, um dos corredores será estabelecido entre Mariupol e Zaporizhzhia.

Haverá também uma tentativa de retirada de civis das cidades de Berdyansk, Tokmak e Energodar em direção a Zaporizhzhia.

Os restantes corredores planeados vão de Severodonetsk, Lyssytchansk, Popasna, Guirské e Rubizhne em direção a Bakhmut.

Na quarta-feira, as autoridades ucranianas suspenderam a retirada de civis e não planearam qualquer corredor humanitário, alegando questões de segurança e "violações" do cessar-fogo por parte da Rússia.

8h50 - Londres alerta para ataques urbanos a Kramatorsk e Kostiantynivka, no leste da Ucrânia

O Ministério britânico da Defesa avisa que as cidades de Kramatorsk e Kostiantynivka poderão ser os próximos alvos de ataques urbanos.

"A combinação de ataques generalizados de mísseis e artilharia e os esforços para concentrar forças numa ofensiva representam uma reversão da doutrina militar tradicional da Rússia. No entanto, isso irá exigir níveis significativos de força. A defesa contínua de Mariupol por parte da Ucrânia está a deter um número significativo de tropas e equipamentos russos", lê-se na atualização mais recente do Ministério britânico da Defesa sobre a guerra na Ucrânia.


8h37 - Finlândia e Suécia na NATO? Medvedev ameaça fim de zona "livre de armas nucleares" no Báltico

Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, alertou esta quinta-feira para o fim de uma zona "livre de armas nucleares" no Mar Báltico caso a Suécia e a Finlândia se juntem à NATO.

"Não poderá haver conversações sobre uma zona livre de armas nucleares no Báltico. O equilíbrio deve ser reestabelecido. Até hoje, a Rússia não tinha adotado tais medidas e não tencionava fazê-lo", disse o responsável, ex-Presidente e antigo primeiro-ministro russo.

Na quarta-feira, a primeira-ministra da Finlândia anunciou que o país irá tomar uma decisão sobre o pedido de adesão à Aliança Atlântica "dentro de algumas semanas". Também a Suécia está a ponderar uma futura adesão à NATO.

7h40 - Nove corredores humanitários esta quinta-feira

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, anunciou a abertura de nove corredores humanitários para esta quinta-feira. O objetivo é tentar retirar de civis das zonas sob ataques russos.

Na quarta-feira, a mesma responsável tinha indicado que não seria possível a abertura de nenhum corredor humanitário durante o dia por falta de condições de segurança. 
Ponto de situação

  • Navio russo danificado. O Ministério russo da Defesa confirmou a ocorrência de uma explosão a bordo do Moskva, parte da frota russa no Mar Negro. O navio sofreu "danos graves" e toda a tripulação foi retirada, disse Moscovo, sem adiantar o motivo da explosão. Horas antes, a o chefe da administração militar regional de Odesa, Maksym Marchenko, anunciou que as forças ucranianas tinham atingido o navio russo com mísseis Neptuno. Este foi o mesmo navio que foi desafiado logo no início da guerra pelas tropas ucranianas em Zmiinyi, também conhecida por Ilha das Serpentes.

  • "Parem de financiar a máquina de guerra". O presidente da Ucrânia apelou a um embargo ao petróleo russo e pediu à Europa que acabe com a dependência energética em relação a Moscovo. "A União Europeia deve parar de financiar a máquina de guerra da Rússia".

  • Visita a Kiev? De acordo com a imprensa norte-americana, a Casa Branca está a preparar uma visita de alto nível a Kiev para um encontro com Volodymyr Zelensky. O presidente Joe Biden ou a vice-presidente Kamala Harris poderão participar na viagem. Entretanto, o presidente norte-americano anunciou na quarta-feira um pacote adicional de ajuda militar à Ucrânia, em que se inclui artilharia pesada.

  • Combates continuam em Mariupol. Na quarta-feira, a Rússia anunciou a rendição de mais de mil soldados ucranianos na cidade portuária, mas a Ucrânia assegurou horas depois que Mariupol ainda não caiu nas mãos dos russos. Há sinais de que os combates prosseguem no distrito industrial de Azovstal, a zona que Moscovo ainda não controla.