Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Moreira Santos - RTP

Sergey Dolzhenko - EPA

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

23h15 - Ucrânia nota diminuição da intensidade dos ataques aéreos

O estado-maior das forças armadas ucranianas refere que a intensidade dos ataques aéreos e com mísseis russos diminuiu e acrescenta que Moscovo está aparentemente a retirar unidades pelo norte do país.

Na rede social Facebook, o estado-maior também refere que as forças russas em retirada estavam a colocar minas nas estradas e em algumas localidades.

23h00 - Cruz Vermelha garante que operação de retirada de civis de Mariupol continua

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) garantiu que a operação para ajudar as pessoas a deixar a cidade sitiada de Mariupol continua, horas depois de a Rússia vir dizer que a tentativa de criar um corredor humanitário tinha falhado e atribuído culpas à organização internacional.

Moscovo lamentava os comboios de ajuda humanitária não conseguiram chegar a Mariupol na sexta ou no sábado e culpava "ações destrutivas" do CICV, de acordo com a agência de notícias Interfax.

Vituras da Cruz Vermelha que viajavam para a cidade portuária ucraniana deram meia-volta na sexta-feira porque se tornou impossível prosseguir com a missão de retirada de civis, disse o CICV.

"A operação humanitária para facilitar a passagem segura de civis para fora de Mariupol está em andamento. A situação no terreno é volátil e sujeita a mudanças rápidas", referiu um porta-voz do CICV por e-mail.

"Dado o papel do CICV como intermediário neutro numa operação altamente complexa, o CICV não está em condições de fazer mais comentários mais neste momento", concluiu.

A agência Interfax citava o coronel-general Mikhail Mizintsev, diretor do Centro Nacional Russo de Gestão de Defesa, que dizia que o CICV mostrou a sua incapacidade para ajudar na preparação da returada de civis da cidade.

22h14 - Presidente ucraniano alerta que Rússia pretende tomar Leste e Sul da Ucrânia
Volodymyr Zelensky alertou que as forças russas pretendem tomar o Leste e o Sul do país e criticou as nações ocidentais por não terem fornecido a Kiev sistemas antimísseis suficientes.

Num discurso de vídeo, o presidente ucraniano elogiou as forças que defendem o porto sitiado de Mariupol, dizendo que a sua resistência permitia que outras cidades ganhassem um tempo valioso.

Em entrevista no Telejornal, o major-general Arnaut Moreira considera que a Rússia está a tentar salvar a sua credibilidade militar, para evitar outros confrontos nas suas fronteiras.

21h13 - Ucranianos recuperam região em torno de Kiev
Na região de Irpin e Bucha, os enviados especiais da RTP testemunharam a retomada de várias localidades pelos ucranianos.

A jornalista Cândida Pinto refere que o conhecimento do terreno, a motivação e o facto de trabalharem várias forças em conjunto estiveram na origem do sucesso das forças ucranianas.

Cândida Pinto e David Araújo foram visitar as zonas de combate durante a ofensiva russa contra a capital ucraniana.

O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que a Ucrânia vai vencer a guerra, mas alertou que, antes disso, ainda haverá muita morte e destruição.

Foram encontrados dezenas de cadáveres espalhados nas ruas das zonas que estiveram sob ocupação russa e também armadilhas com minas. A Ucrânia avisou no entanto que as tropas russas não estão a retirar-se como anunciaram, mas sim a reposicionar-se para uma nova ofensiva.


21h10 - Rússia responsabiliza Cruz Vermelha por falha no corredor humanitário de Mariupol

O Ministério russo da Defesa lamentou que os comboios de ajuda humanitária não tivessem conseguido chegar à cidade sitiada de Mariupol e atribuiu responsabilidade ao Comité Internacional da Cruz Vermelha, avança agência de notícias RIA.

A RIA cita um alto funcionário do Ministério da Defesa, que alega que por causa da Cruz Vermelha, os comboios partiram muito tarde e não conseguiram chegar a Mariupol a tempo.

Esta informação contradiz outros relatos, que dão conta que as partes envolvidas no confronto não criaram condições para a retirada de civis.

19h55 - Rascunho para acordo de paz em condições para ser debatido por presidentes russo e ucraniano

Um negociador ucraniano indicou que os documentos do tratado de paz estão fase avançada para permitir consultas diretas entre os líderes dos dois países, refere a agênCia Interfax Ucrânia.

A agência cita David Arakhamia, que em declarações à televisão ucraniana refere que a Rússia aceitou as posições gerais da Ucrânia, com exceção da posição sobre a Crimeia.

18h40 - Governo ucraniano anuncia controlo de região de Kiev

Tropas ucranianas retomaram o controle de todo o território da região de Kiev, anunciou a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar.

"Toda a região de Kiev foi libertada do invasor", refere na rede social Facebook.

As cidades de "Irpin, Busha, Gostomel e toda a região de Kiev foram libertadas do invasor", acrescenta. Todas estas cidades foram devastadas pelos combates que ali se travaram após a ofensiva militar russa, que começou a 24 de fevereiro.

Os ucranianos disseram na segunda-feira que tinham recuperado a cidade de Irpin, que desde finais de fevereiro estava nas mãos da Rússia.

Os jornalistas da AFP visitaram a cidade de Busha, que também foi recentemente libertada e estava inacessível à imprensa há quase um mês.

As forças russas estão a fazer uma "retirada rápida" das regiões de Kiev e Chernigury no norte da Ucrânia, com o objetivo de se reposicionarem a leste e a sul, disse hoje o governo ucraniano.

18h37 - Kremlin acusa Kiev de não querer continuar negociações na Bielorrússia

As negociações da Rússia com a Ucrânia não têm sido fáceis, mas o principal é que continuam, afirmou o porta-voz do Kremlin, citado pela agênca de notícias RIA.

Dmitry Peskov também afirmou que a Rússia gostaria de continuar as negociações com a Ucrânia na vizinha Bielorrússia, mas Kiev está contra.

Rússia e Ucrânia realizaram várias rondas de negociações na Bielorrússia no mês passado, antes de um encontro em Istambul na semana passada.

A agência RIA refere que as declarações de Peskov foram no contexto de uma entrevista à televisão da Bielorrússia, que deve ser exibida este sábado.

18h30 - Ataque aéreo danifica pista de aeródromo e depósito de combustível perto de Myrhorod

Um ataque aéreo russo danificou uma pista de aeródromo e um depósito de combustível perto da cidade de Myrhorod, na região centro-leste de Poltava, na Ucrânia, disse o governador Dmytro Lunin nas redes sociais, citado pela agência France Presse.

18h00 - Retiradas 4.217 pessoas de frentes de guerra

Um total de 4.217 pessoas foram retiradas este sábado de regiões da Ucrânia com frente de guerra com a Rússia, disse na televisão ucraniana a vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk.

17h55 - Retirados 2.700 civis de Lugansk

As autoridades ucranianas retiraram 2.700 civis da região oriental de Lugansk, controlada em parte pelo exército russo e por forças separatistas, anunciaram fontes locais.

Serhiy Hayday, presidente da província, numa publicação na sua conta no Facebook acompanhada de fotos da operação, acrescentou que a evacuação decorreu “debaixo de fogo do exército russo”.

Dos 2.700 retirados, cerca de 1.800 eram provenientes da cidade de Lychysansk e arredores, enquanto várias centenas deixaram Severodonetsk e grupos menores de outras cidades da região, acrescentou.

Hayday explicou que hoje foi possível fornecer “várias toneladas de ajuda humanitária”, incluindo alimentos, medicamentos e produtos de higiene à população que optou por permanecer na região, onde decorrem muitos combates.

Aquele responsável acrescentou que as operações de evacuação não terminam hoje e que todas as manhãs haverá autocarros à espera de moradores que queiram deixar a região para aguardar o fim dos combates numa zona mais segura.

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuck, anunciou esta manhã que ao longo do dia as autoridades ucranianas esperam abrir sete corredores humanitários, dois deles para permitir a saída de civis de Mariupol e Berdyansk, na costa do Mar de Azov, com destino a Zaporijia.

Iryna Vereshchuck acrescentou que os outros cinco corredores destinam-se a retirar os residentes de Rubizhne, Nishnye, Severodonetsk, Popasna e Lysychansk, na região de Lugansk, todos com destino a Bajmut, na província de Donetsk.

(agência Lusa)

17h47 - Quase 300 pessoas enterradas "em valas comuns" em Busha

"Em Busha, já enterramos 280 pessoas em valas comuns", porque era impossível fazê-lo nos três cemitérios do município, todos ao alcance dos soldados russos, disse o autarca daquela cidade a noroeste de Kiev, Anatoly Fedorouk, por telefone, à agência France Presse.

Localizada a cerca de 25 quilómetros de Kiev, Busha foi recentemente recuperada pelos soldados ucranianos às forças russas.

"Em algumas ruas, pode-se ver 15 a 20 corpos no chão", mas "não posso dizer quantos mais há nos quintais, atrás das vedações", continuou o presidente da câmara.

"Enquanto os desminadores não os tiverem vindo verificar, não é aconselhável apanhá-los" porque podem estar armadilhados, disse.

Segundo Fedorouk, "estas são as consequências da ocupação russa, das ações do inimigo".

A agência AFP tinha noticiado que os corpos de pelo menos 20 homens com roupas civis estavam deitados numa rua em Busha. Um dos homens tinha as mãos atadas e os corpos estavam espalhados por várias centenas de metros.

16h47 - Protesto na Ucrânia dispersado com recurso a granadas

Um protesto civil em Energodar, uma cidade no sul da Ucrânia ocupada por forças russas, foi dispersado com recurso a morteiros e granadas. Quatro pessoas foram feridas, de acordo com uma autoridade ucraniana.

“Hoje em Energodar, os moradores da cidade reuniram-se novamente para uma manifestação em apoio à Ucrânia, cantando o hino nacional”, disse na rede social Facebook, Lyoudmyla Denisova, responsável pelos direitos humanos no Parlamento.

"Os ocupantes usaram granadas de efeito moral e morteiros contra os moradores, quatro pessoas ficaram gravemente queimadas", acrescentou, citada pelas agências de notícias internacionais.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram pessoas a correr de uma praça de Energodar durante explosões de granadas e nuvens de fumo.

16h30 - Papa Francisco admite visitar Kiev

O Papa admitiu que a possibilidade de visitar Kiev em breve "está em cima da mesa".

O pontífice argentino de 85 anos foi convidado no mês passado pelo presidente ucraniano para mediar as negociações entre Kiev e Moscovo e para visitar a Ucrânia.

A garantia foi dada pelo próprio ainda no avião, antes de aterrar em Malta, país onde o chefe da Igreja Católica criticou a invasão da Ucrânia. Perante o presidente George Vella e o corpo diplomático, Francisco lamentou que "da Europa Oriental, do Oriente onde a luz nasce primeiro, viessem as trevas da guerra".

"Algum poderoso, tristemente preso nas suas pretensões anacrónicas de interesses nacionalistas, provoca e fomenta conflitos", afirmou, numa alusão ao presidente russo, mas contudo sem nomear Vladimir Putin.

Francisco lamentou ainda "as seduções da autocracia" e "os novos imperialismos" que ameaçam o mundo com uma "extensa Guerra Fria que pode sufocar a vida de povos e gerações".

16h03 - Corpos de 20 homens alinhados numa rua em Busha, recuperada aos russos

Os corpos de pelo menos 20 homens vestidos com roupas de civis foram alinhados hoje numa rua em Busha, uma cidade a noroeste de Kiev, que os soldados ucranianos acabam de recuperar às forças russas, constatou um repórter da AFP.

Um dos homens tinha as mãos atadas e os corpos estavam espalhados por várias centenas de metros. A causa da morte não pôde ser determinada imediatamente.

15h37 - Mais de duas dezenas de pessoas detidas durante protestos na Rússia contra a guerra

Mais de duas dezenas de pessoas foram detidas hoje em Moscovo e São Petersburgo durante protestos contra a ofensiva russa na Ucrânia, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

A polícia russa deteve hoje mais de 20 pessoas num parque de Moscovo durante um protesto contra a ofensiva russa na Ucrânia, de acordo com um jornalista da AFP.

15h31 - ONU eleva para 1.325 o número de mortos civis, 120 são crianças

Pelo menos 1.325 civis, 120 deles crianças, morreram desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, indicou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, reportando-se apenas aos casos verificados e admitindo poderem ser mais.

Segundo os números atualizados diariamente pelo gabinete dirigido pela alta-comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, os civis feridos no conflito confirmados pela ONU ascendem a 2.017, entre eles 168 crianças.

O número real de mortes “pode ser consideravelmente maior” já que apenas existem informações parciais e não atualizadas de algumas das zonas de maior hostilidade, incluídas em localidades sitiadas por tropas russas como Mariupol, Volnovaja, Izium ou Irpin.

(agência Lusa)

15h14 - Rússia planeia recorrer a trocas e outras moedas para proteger comércio com Marrocos

A Rússia e o Marrocos podem minimizar o impacto das sanções ocidentais contra Moscovo em seu comércio recorrendo a trocas e também outras moedas, excetuando o euro e o dólar, explicou hoje o embaixador russo em Rabat.

"É possível discutir operações de trocas, assim como encontrar soluções para as nossas obrigações mútuas utilizando outras moedas, excetuando o dólar e o euro", disse Valerian Shuvaev numa entrevista à agência de notícias Efe.

O responsável russo não descartou que o comércio entre os dois países sofra "dificuldades" nos pagamentos, como consequência da exclusão de vários bancos russos do sistema de transações financeiras Swift.

(agência Lusa)

14h20 - Mais de 26 mil pedidos de proteção temporária concedidos pelo SEF

O número de pedidos de proteção temporária de cidadãos ucranianos e estrangeiros a viverem na Ucrânia desde o inicio da invasão russa concedidos por Portugal subiu para 26.165, segundo dados hoje revelados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). O SEF adianta ainda que 9.323 são menores.

14h15 - Exército russo afirma ter destruído 67 alvos militares

O exército russo destruiu 67 alvos militares ucranianos na noite passada, no âmbito da denominada “operação militar especial”, incluindo postos de controlo, depósitos de munições e áreas com equipamentos de guerra, disse hoje o Ministério da Defesa.

“Ao longo da noite, a Força Aeroespacial russa e as unidades de mísseis destruíram 67 alvos militares ucranianos”, indicou um porta-voz militar, Igor Konashénkov, citado pela agência EFE.

Em causa estão 54 espaços de concentração de equipamentos de guerra do exército ucraniano, nove peças de artilharia e morteiros, dois postos de controlo e dois depósitos de mísseis e munições. No leste do país, as unidades das milícias pró-russas de Donetsk controlaram, parcialmente, a cidade de Novobájtumovka e lutaram contra uma brigada do exército ucraniano.

13h26 - Civis continuam a ser evacuados de Mariupol

A Cruz Vermelha Internacional faz hoje nova tentativa para retirar civis de Mariupol. Ontem, a operação teve de ser cancelada por falta de segurança. Ainda assim nos últimos dias, centenas de pessoas conseguiram sair da cidade sitiada.


12h45 - Forças russas estão a fazer "retirada rápida" no norte do país

As forças russas estão a retirar-se “de forma rápida” das regiões de Kiev e Chernigiv, cidade no norte da Ucrânia, e pretendem "ganhar uma posição no leste e no sul", disse hoje um assessor presidencial ucraniano.

"Após uma rápida retirada russa das regiões de Kiev e Chernigiv (...), é bastante claro que a Rússia escolheu outra tática prioritária: recuar para o leste e o sul, manter o controle de vastos territórios ocupados e ganhar uma posição de uma maneira poderosa”, escreveu Mykhailo Podoliak numa mensagem no Telegram.

(agência Lusa)

12h33 - Número de mortos em ataque a edifício governamental em Mykolaiv sobe para 35

O número de mortos resultantes de um ataque russo ao edifício da administração regional na cidade ucraniana de Mykolaiv subiu para 35, anunciou hoje o presidente da câmara da cidade, Vitali Kim, adianta a Efe.

Recorde-se que a 29 de março, um míssil russo atingiu o edifício, de nove andares, causou danos na estrutura e fez feridos, sendo que o número de mortos confirmados tem vindo a aumentar conforme avançam as operações de salvamento, que ainda estão a decorrer, diz 'site' de notícias "Kyiv Independent".

12h16 - Fotógrafo ucraniano encontrado morto perto de Kiev

Um fotógrafo ucraniano, que estava desaparecido há três semanas, foi encontrado morto depois de as tropas russas se retirarem do território perto de Kiev, anunciou a presidência ucraniana este sábado.

"Ele desapareceu na zona de hostilidades a 13 de março na região de Kiev. A 1 de abril, o seu corpo foi encontrado perto da aldeia de Gouta Mejyguirska", a algumas dezenas de quilómetros a norte da capital, indicou no Telegram o chefe do gabinete presidencial administração Andriï Yermak.

11h48 - Cruz Vermelha prepara-se para tentar retirar civis hoje de Mariupol

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) prepara-se hoje para tentar retirar civis da cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, após mais uma noite de bombardeamentos em várias regiões do país.

Depois de ter desistido de chegar a Mariupol na sexta-feira, por razões de segurança, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), anunciou que tentaria novamente hoje "facilitar a passagem segura de civis de Mariupol".

Mas para que a operação seja bem-sucedida, é essencial que as partes respeitem os acordos e forneçam as condições e garantias de segurança necessárias, sublinhou o CICV.

11h37 - Papa critica implicitamente, pela primeira vez, Putin por causa da Ucrânia

O Papa Francisco criticou implicitamente o presidente Vladimir Putin pela invasão da Ucrânia, dizendo que um "soberano" estava provocar conflitos por interesses nacionalistas.

11h25 - Não haverá "afeganização" da guerra

Um assessor do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que o Governo não espera que ocorra uma "afeganização" da guerra com a Rússia ou que esta se torne "longa e exaustiva".

"Não haverá `afeganização` e nem um conflito longo e exaustivo pela Federação Russa, como muitos esperam", declarou Podolyak, numa mensagem publicada hoje na rede social Twitter.



A Rússia vai retirar-se de todos os territórios, exceto do sul e do leste" da Ucrânia, previu o assessor, Mikhailo Podolyak, acrescentando que o inimigo tentará "entrincheirar-se" nessas regiões, reduzir as suas perdas e "ditar as condições".

Contudo, acrescentou: "Não podemos ficar sem armas pesadas se quisermos derrotar os russos".

Depois de Moscovo ter adotado esta semana uma aparente mudança de estratégia e ter começado a reagrupar as suas tropas, muitos analistas internacionais previram que uma "guerra de desgaste" se poderia arrastar por meses.

11h03 - Reino Unido impede uso de jato particular associado a oligarcas russos

O ministro britânico dos Transportes, Grant Shapps, disse este sábado que impediu o uso de outro jato particular que tem ligações a oligarcas russos.

“Não vamos ficar parados e assistir aqueles que ganharam milhões com o patrocínio de Putin a viverem as suas vidas em paz enquanto sangue inocente é derramado”, disse Shapps no Twitter.



O Departamento de Transportes (DfT) disse que emitiu um aviso aos pilotos para impedir que a aeronave descolasse do aeroporto de Luton, em Londres.

10h24 - Papa admite que pondera viajar até Kiev

O Papa Francisco disse, este sábado, que está a considerar uma viagem à capital ucraniana, Kiev.

09h53 - Exército ucraniano avança em Kiev e Gostomel com retirada de forças russas

O exército ucraniano continua a avançar nas proximidades de Kiev e do aeroporto de Gostomel com a retirada das forças russas, segundo o último relatório dos serviços secretos do Ministério da Defesa do Reino Unido, anuncia hoje a Efe.

Segundo aquela agência de notícias espanhola, os serviços secretos britânicos apontam que as tentativas do exército ucraniano de avançar de Irpin para Busha e Gostomel continuam e confirmam que as forças russas estão a retirar-se do aeroporto de Gostomel (aeroporto militar estratégico às portas da capital), que tem estado sob fogo desde o primeiro dia do conflito.

09h30 - Parlamento Europeu inicia na segunda-feira sessão plenária dominada por guerra na Ucrânia

Parlamento Europeu (PE) inicia, na segunda-feira, em Estrasburgo, França, uma sessão plenária marcada por debates sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia e a situação dos refugiados que fogem do conflito.

Na quarta-feira, os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, debatem com os eurodeputados os resultados da cimeira de 24 e 25 de março, na qual os líderes da União Europeia (UE) debateram a invasão da Ucrânia, as sanções internacionais contra o regime do Presidente russo, Vladimir Putin, e as consequências gerais para a economia da UE - com particular foco nos preços da energia.

Antes, na terça-feira, o debate do PE com o Conselho da União Europeia (UE) e a Comissão Europeia vai centrar-se na proteção que pode ser dada especificamente às crianças refugiadas que fogem da Ucrânia, no âmbito do plano de reforço da resposta europeia, em processo de elaboração.

No mesmo dia, o PE vai questionar o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, sobre a estratégia de segurança e defesa da UE para a próxima década e questionar Von der Leyen sobre os dois primeiros anos do seu mandato à frente do executivo comunitário.

(agência Lusa)

09h23 - Vão abrir sete corredores humanitários na Ucrânia

Este sábado vão ser retirados civis de zonas cercadas pelas tropas russas na Ucrânia. Estão previsto sete corredores humanitários. A informação é avançada pelo Governo ucraniano. Os planos de evacuação incluem um corredor para saída de veículos privados de Mariupol. A retirada de civis da cidade portuária também vai ser feita através de autocarros. Também há planos para a saída de habitantes de Berdiansk.


09h15 - Novas sanções da UE à Rússia não vão afetar setor da energia

A União Europeia está a preparar novas sanções contra a Rússia, mas quaisquer medidas adicionais não vão afetar o setor de energia, disse o comissário económico da União Europeia, Paolo Gentiloni, em Cernobbio, este sábado.

08h33 - Zelensky diz que Ucrânia vai ganhar a guerra

O presidente da Ucrânia acredita que a Guerra vai terminar com a vitória da verdade. Numa entrevista à Fox News, Volodimir Zelensky não tem dúvidas de que os ucranianos vão vencer.


08h24 - Zelensky agradece visita de Metsola e ajuda europeia

Na visita surpresa a Kiev, a presidente do Parlamento Europeu esteve reunida com o Presidente da Ucrânia. Uma visita que Volodymir Zelensky considera "um poderoso sinal de apoio político". Roberta Metsola é a primeira representante de uma instituição europeia a viajar para a Ucrânia desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro. O presidente da Ucrânia agradeceu a "ajuda global": financeira, militar e humanitária da Europa.


08H07 - ONU estima que 25 por cento dos ucranianos teve de fugir de casa

O porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, em inglês) na Ucrânia afirmou que 11 milhões de pessoas tiveram de sair de casa por causa da guerra e metade da população perdeu o emprego.

“Nós estamos no meio de uma crise. Desde a invasão, em cinco semanas, tivemos 25 por cento da população que teve de se deslocar da sua casa e procurar refúgio e segurança noutras partes do país ou fora de fronteiras”, afirmou, em entrevista à Agência Lusa, Saviano Abreu.

A ONU estima que sete milhões de ucranianos são hoje deslocados internos por causa da guerra, um número que aumenta se forem contabilizados os que fugiram para o exterior (quatro milhões).

“Os serviços que estamos a prestar à população infelizmente ainda não são suficentes para atender às necessidades humanitárias”, admitiu o responsável, que se mostrou preocupado com o acesso a zonas de conflito e reforçou o apelo ao apoio internacional.

“Infelizmente”, a ajuda disponível “ainda não é suficiente para atender as necessidades humanitárias de toda essa população que está precisando desse tipo de ajuda”.

(agência Lusa)

07h36 - Mais de três mil pessoas conseguiram fugir de Mariupol

Mais de três mil pessoas conseguiram fugir de Mariupol nas últimas 24 horas em autocarros e viaturas particulares, disseram as autoridades ucranianas, enquanto a Cruz Vermelha prepara nova tentativa para retirar civis da cidade sitiada.

"Os corredores humanitários trabalharam em três regiões: Donetsk, Lugansk e Zaporozhie. Conseguimos salvar 6.266 pessoas, incluindo 3.071 de Mariupol", disse o presidente ucranianonum vídeo divulgado na sexta-feira à noite no Instagram.

Ponto de situação

- A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, está em Kiev e já se encontrou com o presidente ucraniano. Volodymyr Zelensky afirmou, após o encontro com a responsável europeia, que avredita que a Rússia se "está a preparar novos ataques no Donbass e em Kharkiv".

- Numa entrevista à Fox News, na sexta-feira à noite, Zelensky disse que não tinha dúvidas que a "vitória da verdade" está para breve e que as forças ucranianas vão vencer.

- Os Estados Unidos vão doar mais 300 milhões de dólares (271,5 milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia para combater os invasores russos. Esta verba eleva o montante total da ajuda militar dos EUA à Ucrânia desde o início da guerra para 1,6 mil milhões de dólares (1,45 mil milhões de euros).

- Mais de 3.000 pessoas conseguiram fugir de Mariupol nas últimas 24 horas em autocarros e viaturas particulares, disseram as autoridades ucranianas, enquanto a Cruz Vermelha prepara nova tentativa para retirar civis da cidade sitiada.