Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
O ministro ucraniano das comunidades e territórios anunciou este sábado que desde que começou a invasão russa na Ucrânia, os ocupantes já destruíram mais de quatro mil edifícios residenciais, mais de 100 infraestruturas de empresas, 400 edifícios ligados à educação e 150 ligados à saúde.
Since the beginning of the full-scale invasion, the occupiers destroyed about 4,500 residential buildings, 100 businesses, 400 educational institutions, and 150 health facilities — Minister for Communities and Territories Development in a briefing at the Ukraine Media Center
— Hromadske Int. (@Hromadske) March 26, 2022
Quase 22.500 pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia já obtiveram proteção temporária em Portugal, revela este sábado o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), segundo o qual mais de um terço são crianças.
O SEF adianta que já concedeu 22.455 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e a cidadãos estrangeiros que residiam na Ucrânia, desde o início da invasão do país pela Rússia.
(agência Lusa)
Um funcionário do governo anunciou que este sábado foram evacuadas mais de cinco mil pessoas de várias cidades por toda a Ucrânia, através de corredores humanitários.
Kyrylo Tymoshenko, chefe do gabinete do presidente Zelensky, disse em publicação nas redes sociais que mais de 4300 saíram da cidade de Mariupol, que se encontra cercada pelas tropas russas.
Através das redes sociais, o parlamento ucraniano confirmou que um dos reatores nucleares da central de Kharkiv foi atacada por bombardeamentos russos.
❗❗❗ WARNING
— Verkhovna Rada of Ukraine - Ukrainian Parliament (@ua_parliament) March 26, 2022
Russian army fired again at a nuclear research facility in Kharkiv
"It is currently impossible to estimate the extent of damage due to hostilities that do not stop in the area of the nuclear installation," — State Nuclear Regulatory Inspectorate.
As sirenes acabam de tocar em todo o oeste da Ucrânia. Um míssil com destino a Lutsk, 150 quilómetros a norte de Lviv, terá sido derrubado pela defesa antiaérea ucraniana. Os abrigos em Lviv estão neste momento cheios de pessoas.
As autoridades de Mariupol, no sul da Ucrânia, denunciaram hoje a detenção de 700 pessoas, entre elas médicos e doentes, que se tinham refugiado na cave de um hospital da cidade sob fogo das tropas russas.
Fontes locais informaram, segundo o portal ucraniano Ukrinform, que um número indeterminado foi deportado para local desconhecido.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha advertido que não existem corredores humanitários seguros para se retirar a população de Mariupol.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, afirmou, por seu turno, através da televisão pública, que só podem sair da cidade veículos privados, já que as tropas russas estão a impedir a passagem de autocarros.
De acordo com a Reuters, um funcionário da Casa Branca veio a público explicar que Joe Biden não estava a pedir uma mudança de regime na Rússia, quando disse que Vladimir Putin “não podia ficar no poder”.
O presidente norte-americano despede-se do público que o ouviu discursar a partir do Palácio Real de Varsóvia.
Uma intervenção marcada por uma ideia: "A batalha pela democracia ainda não acabou".
Com o dedo apontado ao presidente russo, Vladimir Putin, Joe Biden enfatizou que "um ditador que esmaga a liberdade não pode vencer".
"Sempre falei direta e honestamente a vocês, o povo russo. Deixem-me dizer isto, se puderem ouvir. Vocês, o povo russo, não são o nosso inimigo. Recuso-me a acreditar que aceitem as mortes de crianças e avós inocentes", exortou Joe Biden.
"Ou que aceitem que hospitais, escolas, maternidades, por amor de Deus, sejam arrasadas com mísseis e bombas russas", acrescentou.
"Milhões de famílias estão a ser empurradas das suas casas, incluindo metade de todas as crianças ucranianas. Estas não são ações de uma grande nação".
Ainda sobre Vladimir Putin, Joe Biden deixou um apelo: "Pelo amor de Deus, este homem não pode continuar no poder".
17h35 - Biden renova compromisso com a defesa dos membros da NATO
Neste discurso na capital polaca, o presidente norte-americano voltou a defender o caráter "sagrado" do artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte, ao abrigo do qual qualquer ataque a um país-membro da NATO deve ser encarado como visando todo o bloco militar.
Joe Biden diz-se também "marcado pela compaixão do povo polaco", depois de ter estado com refugiados ucranianos.
17h27 - "A NATO nunca quis atacar a Rússia"
O presidente norte-americano continua a discursar na capital polaca, onde insistiu já na ideia de que "não há justificação" para a invasão russa da Ucrânia.
Joe Biden vincou ainda que "a NATO nunca quis atacar a Rússia", ao contrário do que tem sido aventado pelo Kremlin.
"Não tenham medo", atalhou o presidente norte-americano no início do seu discurso na capital da Polónia, evocando palavras históricas de João Paulo II, papa polaco.
"Temos uma longa batalha pela frente", clamou Joe Biden, que, referindo-se ao Kremlin de Vladimir Putin, reprovou "a ambição de alguns que querem retirar a liberdade" ao Ocidente.
"Acreditar que a força faz o Direito está errado", prosseguiu.
17h10 - Marcelo sobre refugiados ucranianos. "Quem quiser vir é bem-vindo"
À entrada para o encerramento do Congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, no Algarve, o presidente da República referiu-se à posição portuguesa relativa ao acolhimento de refugiados da Ucrânia.
"A nossa posição é muito simples. Quem quiser vir é bem-vindo. Não podemos forçar os ucranianos, até por uma razão: a grande maioria deles quer ficar ali perto para regressar e vir para Portugal é ficar muito longe para regressar", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. Questionado sobre a subida do preço dos combustíveis, o Chefe de Estado evitou mostrar-se "otimista". "Depende da duração da guerra", acentuou.
O chefe da diplomacia da União Europeia afirma que a intenção da Rússia com o conflito na Ucrânia é transformar este país numa segunda Síria e alertou para a necessidade de reforçar as leis internacionais. "Se um país forte pode impor força a um vizinho que não o ameaça, cometendo crimes de guerra como está a fazer, destruindo um país, fazendo de Mariupol a Aleppo europeia e fazendo da Ucrânia uma segunda Síria, então o mundo inteiro está em perigo", afirmou Josep Borrell na abertura do Fórum de Doha, no Qatar.
16h55 - Depósito a arder em Lviv
De acordo com o presidente da câmara de Lviv, o aparente ataque com mísseis russos efetuado esta tarde deixou a arder um depósito de combustível nas imediações daquela cidade ucraniana.
Os bombeiros estão a ter dificuldades em lidar com as chamas, face ao forte vento no local.
16h36 - "Uma coisa é a narrativa pública do Kremlin, outra coisa é o terreno"
Perante a sequência de explosões ouvidas esta tarde perto do centro de Lviv, cidade ucraniana próxima da Polónia, o comentador de assuntos internacionais Bernardo Pires de Lima afirmou que "um ataque destes não é planeado nas últimas horas".
"Acho um pouco arriscado fazer uma leitura de que é um ataque ameaçador ao presidente americano, mas dentro deste quadro todo de alguma insanidade por parte do Kremlin admito tudo", acentuou o especialista em questões internacionais, referindo-se ao facto de as explosões terem coincidido com a presença de Joe Biden na Polónia. "Também é um sinal de que, ao contrário da predisposição pública de concentrar, ou de fazer uma segunda fase da guerra corrigindo algumas passadas que não correram manifestamente bem, na zona do Donbass, a verdade é que no terreno há uma dispersão de ataques geograficamente muito mais alargada do que essa cintura", sublinhou Bernardo Pires de Lima.
"Uma coisa é a narrativa pública, outra coisa é o terreno", completou.
16h19 - Presidente da câmara de Londres quer mais apoio a refugiados
O Reino Unido, defende o presidente da câmara de Londres, deveria "fazer muito mais" para ajudar os refugiados ucranianos.
Sadiq Khan participa numa marcha, em Londres, de apoio à Ucrânia.
16h05 - Cinco feridos em Lviv
Foram ouvidas três explosões nas imediações de Lviv, já perto do centro daquela cidade do oeste da Ucrânia. Contudo, até ao momento, só terá sido possível confirmar a queda de dois projéteis russos, segundo o governador regional, Maxim Kozytsky, que publicou estes dados na plataforma Telegram.
As explosões não terão atingido qualquer zona residencial. Há notícia de pelo menos cinco feridos. Alexandra Sofia Costa - Antena 1
15h55 - Kremlin reage a comentários de Biden
Confrontado com as últimas declarações do presidente norte-americano sobre Vladimir Putin - Joe Biden chamou "carniceiro" ao presidente russo - um porta-voz do Kremlin, citado pela agência Tass, disse que esta posição limita as perspetivas de uma eventual recuperação das relações entre os dois países.
15h51 - Explosões em Lviv
O presidente da câmara de Lviv, a 70 quilómetros da fronteira com a Polónia, admite nas redes sociais que os ataques russos possam ter chegado àquela cidade ucraniana.
15h43 - Turquia aberta a oligarcas russos, desde que estes respeitem as leis
Os oligarcas russos podem deslocar-se à Turquia, mas devem respeitar as leis internacionais, se quiserem manter negócios no país, afirmou este sábado o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Cavusoglu.
Ancara tem criticado de forma veemente a invasão russa da Ucrânia, mas opõe-se, por princípio, às sanções impostas a Moscovo pelos demais aliados da NATO.
"Se os oligarcas russos, ou quaisquer cidadãos russos, quiserem visitar a Turquia, claro que o podem fazer", afirmou Cavusoglu, em resposta a uma questão que lhe foi colocada na conferência internacional do Fórum de Doha.
"Se isso significa que esses oligarcas podem ter negócios na Turquia, se, claro, forem legais e não contra o Direito Internacional, então tê-lo-ei em conta. Se for contra o Direito Internacional, então é outra história", disse o governante turco.
15h32 - Biden chama "carniceiro" a Putin
O presidente dos Estados Unidos qualificou esta tarde o homólogo russo de "carniceiro", durante um encontro com refugiados ucranianos em Varsóvia.
"É um carniceiro", respondeu Joe Biden, quando questionado sobre o que pensava de Vladimir Putin, "tendo em conta o que ele inflige" aos civis da Ucrânia.
15h20 - Explosões perto de Lviv
Foram ouvidas este sábado pelo menos três explosões perto do coração de Lviv, a cidade ucraniana mais próxima da fronteira com a Polónia, a ocidente.
Imagens captadas naquela cidade mostram colunas de fumo negro. As explosões ocorreram nas imediações da torre de televisão da cidade e de um depósito de combustíveis.
As autoridades locais apelaram à calma entre a população. As sirenes têm soado ao longo da tarde naquela cidade ucraniana.
15h07 - Bruxelas e Canadá envolvem-se em campanha de apoio a refugiados
O Executivo comunitário e o Governo do Canadá decidiram juntar-se à organização Global Citizen para "mobilizar apoio" destinado aos refugiados ucranianos, anunciou este sábado Bruxelas.
A campanha Stand Up For Ukraine "procura mobilizar governos, instituições, artistas, companhias e indivíduos para direcionar fundos de apoio aos esforços humanitários na Ucrânia e em países vizinhos", lê-se em comunicado da Comissão Europeia.
Os detalhes desta operação serão revelados nos próximos dias pela Global Citizen.
"A campanha vai culminar num evento de compromissos a 9 de abril, co-acolhido pela presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen e pelo primeiro-ministro Justin Trudeau. O objetivo é angariar fundos e mobilizar apoio de forma mais alargada, para responder às necessidades de deslocados internos e refugiados".
14h48 - Autoridades locais cancelam recolher obrigatório de domingo em Kiev
O presidente da câmara de Kiev tinha anunciado este sábado, ao início do dia, que a capital ucraniana estaria sob recolher obrigatório entre hoje e a próxima segunda-feira. Vitali Klitschko anunciou posteriormente que o recolher obrigatório fica, afinal, sem efeito.
Não foi dada qualquer justificação para a alteração efetuada, tendo o autarca apenas indicado que recebeu “novas informações do comando militar”.
Ainda assim, mantém-se em vigor o habitual recolher obrigatório noturno, entre as 20h00 locais (18h00 em Portugal Continental) e as 7h00 de domingo. Durante o dia, os cidadãos “vão poder circular livremente por Kiev”.
14h08 - Artigo 5.º da NATO é "dever sagrado" para os Estados Unidos
A partir da Polónia, após o encontro com o homólogo daquele país, Andrzej Duda, o presidente dos Estados Unidos disse-se convencido de que o Kremlin pensava poder dividir a Aliança Atlântica - objetivo que Vladimir Putin não conseguiu alcançar.
Joe Biden acentuou, em Varsóvia, que o artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte - segundo o qual um ataque a um membro da NATO constitui um ataque a todo o bloco - é um "dever sagrado" para os Estados Unidos.
"Estou convencido de que Vladimir Putin estava a contar ser capaz de dividir a NATO, separar o flanco leste do Ocidente, separar nações com base em histórias do passado", clamou Biden.
"Mas ele não foi capaz de o fazer e todos nós permanecemos juntos", prosseguiu o presidente norte-americano.
Joe Biden afirmou ainda que a História mostrou a importância de os Estados Unidos não ficarem à margem de contextos de conflito na Europa: "Aprendemos com a triste experiência de duas guerras mundiais, quando ficámos de fora e não nos envolvemos na estabilidade da Europa, que isso acabou por nos assombrar".
"A estabilidade na Europa é de importância crítica para os Estados Unidos, em termos dos nossos interesses - não apenas na Europa, mas em todo o mundo", vincou.
14h00 - O caráter simbólico da visita de Biden à Polónia
Os enviados especiais da RTP em território polaco estão a acompanhar a visita do presidente dos Estados Unidos. Joe Biden prepara-se para fazer um discurso público sobre a guerra na vizinha Ucrânia.
13h51 - Português regressa da Ucrânia com preocupação pelos que ficaram
Já regressou da Ucrânia um dos portugueses que vivia em Cherkasy com a mulher e o filho. É uma nova vida que começa longe da guerra, mas com um aperto no coração pelos que ficaram para trás. O maior desejo é voltar à Ucrânia.
13h40 - Situação na região de Kiev distante da tranquilidade
Os enviados especiais da RTP estiveram nos arredores da capital da Ucrânia. Estiveram sempre acompanhados por militares, que os aconselharam a regressar a Kiev. "Fomos surpreendidos pelo som do disparo de um míssil, alegadamente um míssil balístico russo que estava na sua trajetória ascendente, a baixa altitude, e segundos depois o disparo do sistema de defesa anti-aérea das forças ucranianas", relatou a repórter Cândida Pinto.
13h08 - Crise agrícola
O novo ministro ucraniano da Agricultura, Mykola Solskyi, avisa que o país está a perder rapidamente a capacidade de exportar cereais - situação que só um cessar-fogo poderia inverter.
Em condições normais, a Ucrânia, um dos maiores produtores mundiais de cereais, exportaria quatro a cinco milhões de toneladas de cereais por mês. Este patamar desceu para centenas de milhares de toneladas.
Solskyi avisa que o impacto nos mercados globais "é direto, dramático e amplo".
12h54 - Kiev anuncia morte de mais uma alta patente russa
O tenente-general Yakov Rezantsev terá morrido durante um ataque próximo da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, adianta o Ministério Ucraniano da Defesa. Rezantsev comandava o 49.º Exército Combinado da Rússia.
Um responsável ocidental, citado pela BBC, afirma que a Rússia já perdeu sete generais na invasão da Ucrânia.
12h38 - 3,77 milhões de refugiados
A contagem é das Nações Unidas. O número de refugiados em fuga à guerra na Ucrânia atingiu os 3,77 milhões. Houve mais 46 mil do que na sexta-feira. O que, ainda assim, representa um abrandamento face ao início da semana.
Ao todo, mais de dez milhões de pessoas, o equivalente a um quarto da população da Ucrânia, abandonaram as suas casas por causa da guerra, dos quais cerca de 6,5 milhões estão deslocados no interior do país.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados regista 3.772.599 refugiados ucranianos.
12h16 - MNE ucraniano diz ter recebido "promessas adicionais" de Biden
We are meeting our U.S. counterparts @SecBlinken and @SecDef in Warsaw together with @oleksiireznikov. This special 2+2 format allows us to seek practical decisions in both political and defense spheres in order to fortify Ukraine’s ability to fight back Russian aggression. pic.twitter.com/5qlUXtwqXS
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 26, 2022
O banco central da Rússia adianta que a bolsa de Moscovo vai retomar a negociação na segunda-feira. Os títulos serão negociados de forma normal, acrescentou.
A sessão terá início às 9h50, prolongando-se até às 23h50.
11h40 - Shoigu aparece
Ao cabo de quase duas semanas de intensa especulação sobre o alegado desaparecimento do ministro russo da Defesa, o gabinete de Sergei Shoigu libertou um clip que o mostra a dirigir-se a generais.
It took two weeks, but Russia has finally released a slightly more convincing proof-of-life video of Sergei Shoigu after the defense minister vanished without explanation pic.twitter.com/tt3db5PoyW
— max seddon (@maxseddon) March 26, 2022
A ler, Shoigu fala do abastecimento de armas aos soldados russos destacados para a invasão da Ucrânia.
11h19 - Mais de 100 mil civis permanecem em Mariupol
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, alerta para mais de 100 mil pessoas que permanecem em Mariupol e que devem ser retiraradas desta cidade, uma das mais fustigadas pela ofensiva militar da Rússia.
11h01 - Biden avista-se com ministros ucranianos
O presidente dos Estados Unidos está a esta hora reunido com dois ministros ucranianos em território polaco. É o primeiro encontro de Joe Biden com governantes da Ucrânia desde o início da invasão russa.
A Casa Branca havia adiantado que Biden "passaria" por uma reunião entre o secretários norte-americanos de Estado e da Defesa, Antony Blinken e Lloyd Austin, e os homólogos ucranianos, Dmytro Kuleba e Oleksii Reznikov.
O presidente dos Estados Unidos está na Polónia desde sexta-feira. A agenda de Joe Biden inclui uma reunião com o presidente polaco, Andrzej Duda.
Biden deverá fazer um discurso público sonre a guerra nas próximas horas.
10h40 - Soberania e integridade territorial: linhas vermelhas
Volodymyr Zelensky quer negociar, mas avisa que não admite mudanças na soberania e na integridade territorial da Ucrânia. Num vídeo divulgado na sexta-feira à noite, o presidente da Ucrânia questiona ainda Moscovo sobre o interesse de mandar jovens soldados para a morte.
10h23 - Fluxo de refugiados para a Polónia começa a diminuir
O número de civis ucranianos a atravessar a fronteira com a Polónia parece ter decrescido nos últimos dias. Na sexta-feira, 30.400 pessoas fizeram a travessia, menos 6,4 por cento do que no dia anterior.
Ao início da manhã deste sábado, haviam cruzado a fronteira entre a Ucrânia e a Polónia 6.100 pessoas, menos 11 por cento face ao mesmo período de sexta-feira.
Desde o início da invasão russa, mais de 2,2 milhões de refugiados entraram na Polónia, segundo a polícia fronteiriça deste país.
10h02 - Reitor de Mariupol afirma que III Guerra começou "há muito"
Mykola Trofymenko, reitor da Universidade Estatal de Mariupol, afirmou que a III Guerra Mundial, alimentada pela Rússia, já começou "há muito" - num primeiro momento, através da desinformação e propaganda e agora com a invasão da Ucrânia.
9h47 - Novo recolher obrigatório em Kiev até segunda-feira
Os repórteres da AP na Ucrânia têm documentado em primeira mão os resultados mortais dos ataques russos a alvos civis, que incluem mortes de crianças cujos corpos foram destruídos por estilhaços e dezenas de cadáveres empilhados em valas comuns.
Fora do país em guerra, os jornalistas da AP têm confirmado detalhes de outros ataques, através de entrevistas a sobreviventes e verificando com fontes independentes vídeos e fotos de zonas de guerra que surgem online.
Esta contabilidade faz parte do projeto War Crimes Watch Ukraine, um esforço mais amplo da AP e dos repórteres da PBS Frontline para rastrear provas sobre possíveis crimes de guerra cometidos durante o conflito.
A cada novo ataque sobre civis, os pedidos públicos de processo por crimes de guerra contra o Presidente russo Vladimir Putin, e os seus generais e principais conselheiros, têm aumentado.
Para chegar a uma condenação, os procuradores precisarão de mostrar que os ataques não são apenas acidentais ou danos colaterais.
Mas segundo a AP, o padrão emergente da investigação realizada dia a dia mostra evidências de um ataque consistente e implacável contra a própria infraestrutura civil projetada para salvar vidas e dar refúgio seguro aos mais vulneráveis na Ucrânia.
"O padrão dos ataques ajudará os procuradores a construírem a argumentação de que são ataques deliberados", apontou Ryan Goodman, professor de direito da Universidade de Nova Iorque e ex-conselheiro especial do Departamento de Defesa dos EUA.
No entanto, as autoridades russas têm negado atingir alvos civis, ridicularizando até a documentação crescente como "notícias falsas".
Nas negociações russo-ucranianas que decorreram na Turquia para um possível cessar-fogo, o chefe da diplomacia russa, Sergey Lavrov, considerou as preocupações sobre vítimas civis "gritos patéticos" dos inimigos da Rússia e negou que a Ucrânia tenha sido invadida.
Os ataques militares contra populações civis são geralmente proibidos pelas leis internacionais que regem os conflitos armados e que datam de há mais de um século.
De resto, já estão em andamento esforços pelo Tribunal Penal Internacional, em Haia (Países Baixos) para recolher provas para futuras acusações criminais.
- Moscovo sinalizou na sexta-feira uma reformulação dos objetivos a alcançar na Ucrânia. O Ministério da Defesa adiantou que a primeira fase da operação militar em curso na Ucrânia estava “praticamente completa” e que as tropas russas vão agora focar-se na região do Donbass, que faz fronteira com território russo e separatistas.
- Esta reformulação dos objetivos da Rússia ao fim de um mês de invasão poderá representar uma forma garantir metas menos ambiciosas no terreno, perante a resistência ucraniana e as dificuldades operacionais das tropas russas.
- Prossegue hoje a viagem do presidente norte-americano à Europa. Este sábado Joe Biden deverá discursar a partir da Polónia, o país que tem acolhido o maior número de refugiados vindos da Ucrânia.
- Apesar de não terem conseguido capturar e manter nenhuma das principais cidades ucranianas, as tropas russas concentraram esforços em Mariupol, onde viviam cerca de 400 mil pessoas aquando do início da guerra. Naquela cidade portuária, o acesso a bens básicos e a ajuda humanitária é cada vez mais escasso.
- Em Kiev, as linhas de combate estão congeladas há semanas. As principais colunas russas foram empurradas pelas tropas ucranianas, revelou um relatório de inteligência do Reino Unido.
- Na outra frente principal fora de Kiev, a noroeste da capital, as forças ucranianas tentam cercar as tropas russas nos subúrbios de Irpin, Bucha e Hostomel, reduzidas a ruínas por intensos combates. As cidades de Chernihiv, Kharkiv e Sumy, no norte e leste de Kiev, também sofreram bombardeios devastadores. Chernihiv está cercada por forças russas, adiantou o governador daquela cidade.
- De acordo com a ONU, pelo menos 1.081 civis morreram e 1.707 ficaram feridos desde o início da invasão, há um mês. As Nações Unidas admitem, no entanto, que o número poderá ser bastante superior.