Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Moreira Santos, Inês Geraldo, Mariana Ribeiro Soares, Cristina Sambado, Andreia Martins - RTP

Marko Djurica - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h58 - Forças russas começam a estabelecer posições defensivas em várias frentes

O Exército russo recuou mais de 30 quilómetros a leste de Kiev nas últimas 24 horas e começou a estabelecer posições defensivas em várias frentes na Ucrânia, revelou na quarta-feira um alto funcionário do Departamento de Estado (Pentágono) norte-americano.

"Os ucranianos conseguiram repelir os russos a 55 quilómetros a leste e nordeste de Kiev", revelou à imprensa um alto funcionário do Pentágono que pediu anonimato.

Segundo a mesma fonte, as forças russas começaram a criar trincheiras e estabelecer posições defensivas em vários pontos.

“Não significa que não estão a avançar. Significa que eles não estão a tentar avançar, estão a estabelecer posições defensivas”, vincou.

(agência Lusa)

00h37 - AIEA insiste na urgência de estabelecer acordo para evitar desastre nuclear

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) voltou a alertar hoje que é urgente estabelecer um acordo, entre russos e ucranianos, que permita fornecer assistência técnica e evitar desastres em Chernobyl e outras centrais nucleares da Ucrânia.

"A necessidade de evitar um acidente nuclear é mais premente a cada dia que passa", destacou, em comunicado, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi.

O responsável da agência nuclear da ONU tem manifestado, ao longo das últimas semanas, a disponibilidade para se deslocar pessoalmente à Ucrânia, para celebrar um acordo que permita o envio de técnicos da AIEA para o país que enfrenta uma invasão da Rússia.

(agência Lusa)

23h18 - Zelensky apela a que todo o mundo se oponha à guerra da Rússia

Numa mensagem em vídeo, divulgada pelo Instagram, o presidente ucraniano apelou a que todo o mundo se opusesse à guerra da Rússia.

"Todos nós temos de parar a Rússia. O mundo tem de parar a guerra. Agradeço a todos os que apoiam a Ucrânia em defesa da liberdade. Mas a guerra continua", escreveu na publicação Volodimyr Zelensky.

E, recordando que os "atos de terror" na Ucrânia já decorrem há um mês, acrescentou: "Isto parte-me o coração, o coração de todos os ucranianos e de todas as pessoas livres do planeta. É por isso que vos peço que se oponham à guerra".



22h41 - Reino Unido vai dar seis mil mísseis para ajudar Ucrânia

O Reino Unido vai providenciar sei mil mísseis defensivos e perto de 40 milhões de euros para pagar a cobertura da BBC e pagar a soldados e pilotos ucranianos. Boris Johnson vai anunciar o novo pacote na quinta-feira na cimeira da NATO e dos líderes do G7, ao mesmo tempo que vai tentar realçar as capacidades de defesa da Ucrânia.

"O Reino Unido vao trabalhar com os seus aliados para dar apoio militar e económico à Ucrânia, fortalecendo as duas defesas enquanto tentam mudar a maré nesta luta", declarou Johnson.

"Um mês nesta crise, a comunidade internacional tem fazer uma escolha. Podemos manter viva a chama da liberdade na Ucrânia ou arriscar que seja apagada por toda a Europa e resto do mundo".

22h07 - Bruxelas é sede de três reuniões: NATO, G7 e Conselho Europeu

NATO, G7 e Conselho Europeu protagonizam esta quinta-feira três encontros cruciais para definir direções a tomar em relação à guerra na Ucrânia.

22h00 - Autarca de Kiev denuncia morte de 264 civis na capital

O presidente da Câmara de Kiev anunciou esta quarta-feira que, nestes 28 dias de invasão russa da Ucrânia, já morreram 264 civis apenas na capital do país.

O autarca fez ainda o balanço das 35 horas que corresponderam ao recolher obrigatório extremo aplicado a Kiev, dizendo que nas áreas norte e oeste da cidade os combates se intensificaram.

21h25 - Zelensky pede que não seja alimentada a máquina de guerra russa

O Kremlin avisa que o envio de forças de manutenção da paz da NATO para a Ucrânia pode levar a um conflito direto entre a Rússia e a aliança militar. O presidente ucraniano falou aos parlamentos do Japão e de França e pediu para não alimentarem a máquina de guerra russa.

21h04 - ONU vai voltar a pedir fim “imediato” da guerra na Ucrânia

Assembleia-Geral da ONU vai debater uma nova resolução para exigir o fim imediato da invasão russa na Ucrânia.

A 2 de março, 141 países votaram a favor de uma resolução que exigia o fim da utilização da força militar em território ucraniano. Cinco votaram contra e outros 35 abstiveram-se. A votação foi descrita como “histórica”.

20h59 - Rússia terá destruído armamento fornecido pelo Ocidente à Ucrânia

A Rússia destruiu um depósito de armas no oeste da Ucrânia, onde estaria algum do material de guerra alegadamente fornecido pelo Ocidente. Moscovo tenta cercar as forças ucranianas no leste, entre Kharkiv e Mariupol, mas estará a perder o controlo de várias cidades nas imediações de Kiev.

20h44 - Portugal já recebeu mais de 20 mil pedidos de proteção temporária

O SEF informou que já concedeu, desde o início do conflito na Ucrânia, 20.167 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e a cidadãos estrangeiros que residem no país. Destes, 7.197 são menores.

20h42 - Mais de quatro mil pessoas foram evacuadas através de corredores humanitários

Esta quarta-feira conseguiram sair de várias cidades ucranianas mais de quatro mil ucranianos, através de corredores humanitários. O número é mais reduzido do que o de terça-feira.

20h38 - Putin decide. Gás vendido a "países hostis" deve ser pago em rublos

Vladimir Putin decidiu que o gás natural vendido a "países hostis" deve agora ser pago em rublos, a moeda russa. É uma resposta às sanções tomadas contra o país. Alemanha e Polónia já consideraram esta decisão uma quebra de contrato.

20h34 - Chanceler alemão conversa com Putin por telefone e pede cessar-fogo

O chanceler alemão, Olaf Scholz, conversou hoje por telefone com o Presidente russo, Vladimir Putin, e perguntou sobre a situação atual dos esforços da Rússia e da Ucrânia para encontrar um acordo diplomático, pedindo um cessar-fogo.

O porta-voz do Governo alemão, Steffen Hebestreit, disse num comunicado que o chanceler pediu a Vladimir Putin que alcance o mais rápido possível um cessar-fogo e uma melhoria da situação humanitária na Ucrânia.

Após dialogar com o chefe de Estado russo, Olaf Scholz conversou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e perguntou sobre a sua avaliação da situação atual e do processo de negociação. Scholz e Zelensky também concordaram em manter o contacto próximo.

(agência Lusa)

20h32 - Renault suspende fábrica em Moscovo

A Renault anunciou esta quarta-feira que suspendeu as operações na sua fábrica de Moscovo enquanto continua a avaliar o seu papel na quota parte na Avtovaz, a principal fabricante de automóveis russa.

Volodymyr Zelenski acusou esta manhã a marca francesa de estar a financiar a guerra na Rússia e que devia ser terminado o “financiamento do homicídio de crianças e mulheres”.

20h23 - Dois iates de oligarca russo apreendidos no sul de França

Dois iates do oligarca russo Alexei Kuzmitchev foram apreendidos na Rivieira Francesa, como parte de sanções aplicadas pela União Europeia, após a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, de acordo com a AFP.

19h37 - Ministro da Defesa da Lituânia visitou Kiev

Arvydas Anushauskas, ministeo da Defesa da Lituânia, fez uma visita à capital ucraniana, Kiev. O anúncio foi realizado pelo homónimo ucraniano, Oleksii Reznikov.

"Temos ajuda muito específica da Lituânia. Deixem-me lembrar que foi Vilnius a primeira cidade a entregar mísseis Stinger para nós. Mesmo antes da invasão em grande escala", lembrou Reznikov no Facebook.

Ponto da situação a esta hora
  • - O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta quarta-feira que a Rússia não aceitará mais pagamentos em dólares e euros pela venda de gás à Europa. Putin afirmou, assim, que a Rússia começará a vender gás a "países hostis" em rublos.

  • - O governo dos Estados Unidos reafirmou esta quarta-feira que membros das forças militares russas cometeram crimes de guerra durante a invasão da Ucrânia, de acordo com o secretário de Estado, Anthony Blinken. "A nossa avaliação é baseada numa revisão cuidada da informação disponível a partir do público e de serviços secretos”.

  • - A NATO calculou hoje que entre 7.000 e 15.000 soldados russos foram mortos em quatro semanas de guerra na Ucrânia, onde os defensores locais demonstraram resistência superior à esperada e impediram que Moscovo atingisse diversos objetivos.

  • - A Alemanha denunciou esta quarta-feira que o alerta de Putin de que a Rússia começará a vender gás a "países hostis" em rublos incorre numa violação dos contratos de entrega. A exigência russa "constitui uma violação do contrato", disse o ministro alemão da Economia, Robert Habeck, acrescentando que irá discutir com os parceiros europeus uma possível resposta ao anúncio de Moscovo.

  • - Uma jornalista russa morreu esta quarta-feira depois de atingida pela artilharia russa na cidade de Kiev, enquanto filmava a destruição de um centro comercial no distrito de Podolsky. Oksana Baulina era jornalista de um site de notícias independente baseado na Rússia, o The Insider.

  • - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia avisou que vai expulsar diplomatas norte-americanos como retaliação contra a expulsão de diplomatas russos de uma missão das Nações Unidas.

19h24 - Jornalista russa morre depois de atingida pela artilharia russa

Uma jornalista russa morreu esta quarta-feira depois de atingida pela artilharia russa na cidade de Kiev, enquanto filmava a destruição de um centro comercial no distrito de Podolsky.

Oksana Baulina era jornalista de um site de notícias independente baseado na Rússia, o The Insider. A jornalista morreu com outro civil, e outros dois ficaram feridos e foram hospitalizados.

Baulina estava na Ucrânia como correspondente para o site de notícias, tendo realizado várias reportagens a partir de Lviv e Kiev, com foco preferencial em casos de corrupção no governo russo.

19h14 - UEFA confirma intenção da Rússia em organizar Europeu de 2028 ou 2032

A UEFA confirmou que recebeu uma "declaração de interesse" da Rússia em organizar o Europeu de 2028 ou 2032, numa altura em que o futebol russo está afastado das competições devido à invasão da Ucrânia.

"Rússia e Turquia declararam interesse em sediar a edição de 2028 ou 2032 da principal competição de seleções da UEFA", lê-se numa nota publicada no site oficial do organismo, no dia em que terminou o prazo para apresentar junto da UEFA a intenção de organizar estas duas edições do Euro.

Para receber o Europeu de 2028, além da Turquia, a Rússia deverá 'competir' com a candidatura conjunta da Inglaterra, Irlanda do Norte, República da Irlanda, Escócia e País de Gales, enquanto, para o Euro2032, terá novamente a 'rivalidade' dos turcos, mas também da Itália.

A divulgação dos anfitriões das duas competições será conhecida em setembro de 2023.

(agência Lusa)

19h07 - Ciberataques. Rússia critica acusações americanas

A Rússia reagiu às declarações de Joe Biden na última segunda-feira sobre a possibilidade de os Estados Unidos serem o próximo alvo de ciberataques por parte dos russos.

Joe Biden pediu às empresas norte-americanas que se protegessem contra ataques. Oleg Syromolotov, governante russo, declarou que as acusações americanas são “absurdas” e que de ceder a novas “explosões de russofobia”.

“Pedimos aos funcionários da Casa Branca que deixem de espalhar informação falsa, acusações gratuitas e perigosas”. Syromolotov realçou também que a maioria dos ataques cibernéticos é realizada a partir do território dos Estados Unidos.

18h04 - Rússia vai expulsar diplomatas em retaliação

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia avisou que vai expulsar diplomatas norte-americanos como retaliação contra a expulsão de diplomatas russos de uma missão das Nações Unidas. A informação foi avançada pela Interfax.

18h00 - Estados Unidos dizem que Rússia cometeu crimes de guerra

O governo dos Estados Unidos reafirmou esta quarta-feira que membros das forças militares russas cometeram crimes de guerra durante a invasão da Ucrânia, de acordo com osecretário de Estado, Anthony Blinken.

"A nossa avaliação é baseada numa revisão cuidada da informação disponível a partir do público e de serviços secretos. Como qualquer outro crime de guerra, um tribunal com juridiscição sobre o crime é responsável por determinar culpa em casos específicos", concluiu Blinken.

Jake Sullivan, Conselheiro de Segurança Nacional, anunciou aos jornalistas que os líderes do G7 concordaram em aplicar mais sanções a figuras políticas e oligarcas russas, às quais vão juntar um esclarecimento. Este anúncio foi realizado numa altura em que Joe Biden viaja para Bruxelas para se juntar à cimeira da NATO.

17h45 - NATO diz que já foram mortos 7.000 a 15.000 soldados russos

A NATO calculou hoje que entre 7.000 e 15.000 soldados russos foram mortos em quatro semanas de guerra na Ucrânia, onde os defensores locais demonstraram resistência superior à esperada e impediram que Moscovo atingisse diversos objetivos.

Um alto responsável militar da NATO disse que a estimativa foi baseada em informações oficiais ucranianas, em comunicados emitidos pela Rússia e ainda relatórios dos serviços de informações recolhidos em diversas fontes, indicou a agência noticiosa Associated Press (AP). O responsável falou na condição de anonimato.

Quando a Rússia desencadeou a invasão em 24 de fevereiro, a maior ofensiva desde a Segunda Guerra Mundial, e perspetivou uma escalada nuclear em caso de intervenção ocidental, muitos analistas consideram que o Governo de Kiev estaria condenado a curto prazo.

Mas, completando-se na quarta-feira quatro semanas de combates, a Rússia envolveu-se numa difícil campanha militar, sem fim à vista e com a sua economia assolada por sanções ocidentais. O Presidente dos EUA e aliados mais próximos reúnem-se esta semana em Bruxelas e Varsóvia para abordar possíveis novas medidas punitivas e o envio de mais ajuda militar para a Ucrânia.

(agência Lusa)

17h27 - Venda de gás em rublos é uma "violação do contrato", denuncia Berlim

A Alemanha denunciou esta quarta-feira que o alerta de Putin de que a Rússia começará a vender gás a "países hostis" em rublos incorre numa violação dos contratos de entrega.

A exigência russa "constitui uma violação do contrato", disse o ministro alemão da Economia, Robert Habeck, acrescentando que irá discutir com os parceiros europeus uma possível resposta ao anúncio de Moscovo sobre pagamentos de gás, que costumam ser feitos em dólares.

17h00 - Autarca de Kiev confirma um morto e dois feridos em ataques esta quarta-feira

O autarca de Kiev disse que uma pessoa morreu e duas ficaram gravemente feridas esta quarta-feira após um bombardeamento contra um parque de estacionamento de um centro comercial no norte da capital ucraniana.

"O inimigo continua a disparar contra a capital", disse o autarca Vitali Klitschko.

O presidente da câmara de Kiev indicou ainda que as forças russas mataram 264 civis, incluindo quatro crianças, na capital da Ucrânia desde o início da guerra, a 24 de fevereiro.

Segundo Vitali Klitschko, estão a ser travados combates na zona de Liutij, uma aldeia 30 quilómetros a norte de Kiev, e a capital continua a ser um objetivo do exército russo, mas este tem estado nas últimas semanas bloqueado a noroeste e a leste da cidade, e teve de recuar nos últimos dias em várias dessas frentes.

O autarca indicou que, por exemplo, as forças ucranianas recuperaram o controlo de zonas a noroeste e a nordeste da cidade, incluindo a maior parte de Irpin, e que a cidade ocidental de Makariv também foi recuperada.

16h30 - Bruxelas acredita que Rússia quer deixar ucranianos à fome

A Comissão Europeia (CE) acredita que a Rússia está a atacar deliberadamente as reservas de alimentos da Ucrânia para deixar a população do país à fome, disse hoje o responsável europeu pela Agricultura, Janusz Wojciechowski.

"É um método semelhante ao usado na década de 1930 pelos soviéticos na Ucrânia e no Cazaquistão, onde milhões de pessoas morreram à fome", disse o comissário, em conferência de imprensa, no âmbito da apresentação de um relatório que propõe medidas para salvaguardar a segurança alimentar, em risco devido à guerra na Ucrânia, e reforçar os sistemas alimentares na União Europeia (UE).

Segundo o comissário, de nacionalidade polaca, os membros do Governo ucraniano com quem os 27 têm mantido contactos nos últimos dias relataram "muitos casos de ataques deliberados a infraestruturas agrícolas", o que, segundo considerou, pode ser interpretado como vontade "de criar fome como método de agressão".

A ONU estima que até 18 milhões de pessoas na Ucrânia serão afetadas por essa insegurança alimentar, incluindo cerca de 6,7 milhões de deslocados internos.

"A escassez de alimentos nas cidades e os milhões de refugiados e deslocados exigem que seja mandada ajuda alimentar urgente para a Ucrânia", refere o relatório, indicando que organizações humanitárias e outros atores, incluindo o Programa Alimentar Mundial, estão a fornecer assistência e querem aumentar as operações.

Por seu lado, a UE está a mobilizar ajuda através dos seus mecanismos humanitários e de proteção civil.

(agência Lusa)

16h13 - ONU. Conflito provoca pelo menos 977 mortos civis incluindo 81 crianças

A invasão russa da Ucrânia já provocou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 são crianças, e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, indicou hoje a ONU.

No seu relatório diário sobre vítimas civis confirmadas desde o início da agressão militar russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabilizou, até às 24:00 de terça-feira (hora local) um total de 2.571 vítimas civis.

O Alto Comissariado da ONU acredita que os dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques intensos não permitem recolher e confirmar a informação.

Na terça-feira, a agência da ONU registava 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, o que incluía 78 crianças mortas.

(agência Lusa)

15h56 - Presidente da Ucrânia diz ter recebido garantias de apoio por parte de Johnson

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta quarta-feira que conversou com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que garantiu o seu apoio à Ucrânia antes das cimeiras da NATO, da União Europeia e do G7.

"Recebi garantias do seu apoio [de Johnson] na véspera das importantes reuniões de amanhã. Discutimos o curso das hostilidades e a apoio em matéria de defesa à Ucrânia", escreveu Zelensky no Twitter.


Espera-se que a cimeira da NATO de quinta-feira, que decorre em Bruxelas, desbloqueie ajuda adicional para Kiev, incluindo equipamento contra armas químicas e biológicas, cuja utilização por parte da Rússia é um cenário que os EUA têm vindo a considerar cada vez mais plausível.

15h07 - NATO admite ajuda militar adicional à Ucrânia

O secretário-geral da NATO admite o reforço do apoio militar à Ucrânia, incluindo equipamento contra armas químicas e biológicas, cuja utilização por parte da Rússia é um cenário que os EUA têm vindo a considerar cada vez mais plausível.

Jens Stoltenberg adverte que isso constituiria “uma violação flagrante da lei internacional”, “alteraria completamente a natureza do conflito” e teria “consequências de grande alcance”. Os chefes de Estado e de governo da Organização do Tratado do Atlântico Norte reúnem-se presencialmente esta quinta-feira em Bruxelas, no dia que marca um mês desde o início da guerra na Ucrânia, estando prevista a participação, por videoconferência, do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

14h55 - Zelensky pede ajuda a França para acabar com esta "guerra à liberdade"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, dirigiu-se ao Parlamento francês esta quarta-feira, onde pediu ajuda para pôr fim a esta "guerra contra a liberdade, igualdade e fraternidade" e eventualmente para aderir à União Europeia.

"Esperamos que a França ajude a restaurar a integridade territorial da Ucrânia", afirmou o presidente ucraniano que se dirigiu por videoconferência aos deputados e senadores franceses.

14h48 - OIT suspende temporariamente cooperação com a Rússia

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) decidiu hoje suspender temporariamente a sua cooperação com a Rússia, após a invasão à Ucrânia, até que seja acordado um cessar-fogo.

De acordo com uma resolução adotada pelo Conselho de Administração, composto por membros que representam os Estados, empregadores e organizações, Moscovo fica também excluído das reuniões ou conferências técnicas da OIT.

Esta suspensão permanece em vigor "até ser acordado um cessar-fogo", especifica o documento, que foi aprovado com 42 votos a favor, dois contra e oito abstenções.

"É mais um voto decisivo contra a agressão de Putin. O isolamento está a aumentar", considerou o representante permanente do Reino Unido na Organização das Nações Unidas (ONU), Simon Manley, citado pela Agência France Presse (AFP).

A OIT insta também a Federação Russa a "cessar imediatamente a sua agressão, a retirar as tropas da Ucrânia, a pôr fim ao sofrimento que inflige à população ucraniana e a abster-se de ameaçar qualquer Estado".

(agência Lusa)

14h35 - Zelensky exorta empresas francesas a deixarem o mercado russo

Num discurso perante o Parlamento francês, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, incitou empresas do país, como a Renault, Auchan e Leroy Merlin, a abandonarem o mercado russo.

"Renault, Auchan, Leroy Merlin devem deixar de ser patrocinadoras da máquina de guerra russa", disse Zelensky.

14h30 - Deputados franceses cumprem minuto de silêncio a pedido de Zelensky

O presidente ucraniano fala esta quarta-feira aos deputados franceses. Antes de iniciar o discurso por videoconferência, a Assembleia Nacional cumpriu um minuto de silêncio, a pedido de Volodymyr Zelensky, em memória das vítimas da guerra.

14h25 - Bolsa russa reabre na quinta-feira após um mês fechada

A bolsa russa vai retomar na quinta-feira as suas operações com 33 ações, após um mês de suspensão da atividade devido à incerteza que se seguiu à invasão da Ucrânia, informou o banco central russo.

Segundo indicou a entidade na plataforma Telegram, a primeira sessão será mais curta, funcionando entre as 09:50 e as 14:00 locais (menos três horas em Lisboa).

Também será determinada a proibição de vendas a descoberto para os 33 títulos que participam nas operações, segundo informou a agência EFE.

O índice bolsista russo MOEX anunciou no dia 24 de fevereiro a suspensão de todas as negociações na bolsa até nova ordem, depois de ter sido lançada "uma operação militar especial" na Ucrânia.

Nesse dia, o índice MOEX registou uma queda de 33,28%. Os índices russos registaram ao longo do dia as maiores quedas desde 2016, segundo a agência oficial TASS.

A Rosneft, uma das grandes petrolíferas a nível mundial, perdia na altura do encerramento 47,04%, depois de ter chegado a baixar 58%.

(agência Lusa)

14h02 - Dez milhões de pessoas fugiram. Um quarto da população ucraniana deslocada devido à guerra

De acordo com a ONU, mais de 3,6 milhões de pessoas já fugiram do país e quase 6,5 milhões são deslocados internos. No total, o número de pessoas a fugir da guerra já ascende aos 10 milhões, praticamente equivalente à totalidade da população portuguesa.

Dos refugiados que abandonaram o país, cerca de 60 por cento (2,1 milhões) fugiram através da Polónia.

Antes do conflito, a Ucrânia tinha mais de 37 milhões de habitantes, contabilização que não inclui a população na península da Crimeia, ocupada desde 2014 pela Rússia, nem as áreas de leste sob controlo dos separatistas pró-russos.

13h53- "A Rússia deve perceber que nunca poderá ganhar uma guerra nuclear"

Sobre a retórica de Moscovo em relação às armas nucleares, o secretário-geral da NATO alertou hoje contra uma confrontação nuclear entre a Rússia e o ocidente. "A Rússia deve parar com a sua retórica nuclear irresponsável. Mas que não haja dúvida sobre a nossa preparação para proteger e defender os nossos aliados contra qualquer ameaça, a qualquer momento".

"A Rússia deve perceber que nunca poderá ganhar uma guerra nuclear", frisou Jens Stoltenberg.

Outro dos temas abordados nesta conferência de imprensa foi o papel da China. O secretário-geral da NATO pede a Pequim que condene a invasão russa da Ucrânia.

"Para a NATO, é de particular preocupação que a China agora, pela primeira vez, tenha questionado alguns dos pricípios-chave de segurança, incluindo o direito de cada nação na escolha do seu próprio caminho", afirmou.

13h47 - "Bielorrússia continua a permitir invasão da Ucrânia"

O secretário-geral da NATO sublinhou ainda nesta conferência que a Bielorrússia tem sido "cúmplice" na invasão russa da Ucrânia mesmo antes de esta se ter iniciado, a 24 de fevereiro.

Jens Stoltenberg acusa Minsk de dar acesso às suas bases militares para que Moscovo lance ataques contra as cidades e civis na Ucrânia.

13h25 - "Uso de armas químicas mudaria natureza do conflito e teria consequências de longo alcance", alerta a NATO

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse esta quarta-feira que a Aliança Atlântica deverá reforçar missões no leste europeu. O responsável revelou que a decisão deverá ser oficializada na quinta-feira, durante a cimeira extraordinária que irá decorrer em Bruxelas.

Os novos grupos de militares serão destacados para a Bulgária, Hungria, Roménia e Eslováquia.

"Espero que os líderes concordem no fortalecimento da postura da NATO em vários domínios, com grandes aumentos da presença militar no flanco leste da aliança, em terra, ar e no mar", afirmou em conferência de imprensa.

Jens Stoltenberg alertou ainda que o uso de armas químicas no conflito na Ucrânia terá "consequências de longo alcance", sem concretizar quais seriam essas consequências. 

"Qualquer uso de armas químicas mudaria totalmente a natureza do conflito, seria uma violação flagrante da lei internacional e teria consequências de longo alcance", afirmou o secretário-geral da NATO.

13h17 - Biden alerta que uso de armas químicas pela Rússia é uma “ameaça real”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse esta quarta-feira que o uso potencial de armas químicas pela Rússia contra a Ucrânia “é uma ameaça real”.

13h10 - Portugal já recebeu 19.619 pedidos de proteção temporária

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) informou que já concedeu, desde o início do conflito na Ucrânia, 19.619 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e a cidadãos estrangeiros que residem naquele país. Destes, 6.978 são menores.

13h00 - Bielorrússia pede a alguns diplomatas ucranianos para saírem do país

A Bielorrússia disse a alguns diplomatas ucranianos para deixarem o país e anunciou também que irá encerrar o consulado do seu vizinho na cidade de Brest, segundo informou a agência de notícias BelTA.

Na terça-feira, o serviço de segurança da Bielorrússia, a KGB, acusou oito diplomatas ucranianos de espionagem.

12h44 - Putin avisa que Rússia começará a vender gás a "países hostis" em rublos

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta quarta-feira que a Rússia não aceitará mais pagamentos em dólares e euros pela venda de gás à Europa. Putin afirmou, assim, que a Rússia começará a vender gás a "países hostis" em rublos.

O presidente russo acrescentou que as mudanças afetariam apenas a moeda de pagamento e que o governo e o banco central têm uma semana para encontrar uma solução de como transferir essas operações para a moeda russa.

12h37 - Oligarca russo Anatoly Chubais abandona cargo como representante especial de Putin

Anatoly Chubais, um oligarca russo que servia atualmente como representante especial sobre as alterações climáticas, abandonou o seu cargo, segundo revelou uma fonte próxima à agência Reuters.

A fonte avançou que Chubais saiu do país em protesto contra a guerra na Ucrânia e não tem intenções de voltar. Chubais é, assim, o mais alto funcionário a romper com o Kremlin pela invasão.

Chubais, de 66 anos, é um dos poucos reformadores económicos da década de 1990 que permaneceu no governo de Putin e manteve laços estreitos com autoridades ocidentais.

11h56 - Ucrânia diz que negociações com Moscovo estão “difíceis”

A Ucrânia descreveu esta quarta-feira as negociações com a Rússia como “difíceis”. “As negociações com a Rússia estão a ser muito difíceis porque o lado ucraniano tem posições claras e com princípios”, disse o principal conselheiro da presidência ucraniana, Mykhaïlo Podoliak, citado pela agência francesa AFP.

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, também descreveu as negociações como "difíceis", acusando os ucranianos de "mudarem constantemente de posições" e os Estados Unidos de estarem a impedir o seu progresso.

"É difícil não termos a impressão de que nossos colegas americanos estão a segurando (os ucranianos) pela mão", disse Lavrov. “Os norte-americanos estão simplesmente a assumir que não é lucrativo para eles que esse processo termine rapidamente”, acrescentou.

"Os países ocidentais querem desempenhar o papel de mediadores. Não somos contra, mas temos limites", continuou Lavrov.

Após várias rondas de negociações presenciais sem progresso, as duas partes retomaram as conversações por videoconferência a 14 de março, e as discussões “continuam permanentemente online”, segundo Podoliak.

O presidente ucraniano também afirmou que as negociações de paz com a Rússia estão a ser difíceis e que, por vezes, há confronto. Mas Volodymyr Zelensky acrescenta que passo a passo estão a avançar.

11h48 - PM italiano considera essencial que UE mantenha diálogo com a China

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, considerou hoje essencial que a União Europeia mantenha aberto um diálogo com a China que "contribua construtivamente para o esforço de mediação internacional" face à guerra na Ucrânia.

Draghi falava na Câmara dos Deputados, e depois dirigir-se-á ao Senado italianos, sobre a posição de Roma no Conselho Europeu, de quinta-feira e sexta-feira, que arrancará com uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e na cimeira extraordinária da NATO e do G7, que também se realizarão em Bruxelas.

"A China desempenha um papel de grande influência na dinâmica global geopolítica e de segurança. É essencial que a União Europeia permaneça unida na manutenção de espaços abertos de diálogo com Pequim, que contribua construtivamente para o esforço de mediação internacional", disse Draghi.

"Devemos reiterar a nossa expectativa de que Pequim se abstenha de apoiar Moscovo e participe ativamente e com autoridade nos esforços pela paz", frisou.

O chefe do Governo italiano reiterou que "perante os horrores da guerra, a Itália está a trabalhar com determinação, em conjunto com toda a comunidade internacional, no sentido de cessar as hostilidades".

E lamentou que o Presidente russo, Vladimir Putin, "não mostre interesse em chegar a uma trégua que permita o desenvolvimento bem-sucedido das negociações".

"Pelo contrário, o plano deles parece ser ganhar terreno do ponto de vista militar, também recorrendo a bombardeamentos maciços como o que estamos a testemunhar em Mariupol", destacou, acrescentando que o "esforço diplomático só pode ser bem-sucedido se Moscovo realmente o quiser".

O primeiro-ministro italiano pediu que se evite um "confronto entre o Ocidente e a Rússia, que poderia alimentar um choque entre civilizações".

(agência Lusa)

11h36 - Japão anunciará mais apoio à Ucrânia na cimeira do G7

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse esta quarta-feira que planeia revelar mais medidas de apoio à Ucrânia e fortalecer as sanções contra a Rússia durante a cimeira do G7 marcada para quinta-feira, em Bruxelas.

Kishida deve partir para a Bélgica ainda esta quarta-feira para participar na reunião para discutir a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Esta quarta-feira, o presidente ucraniano apelou ao Japão para aumentar a pressão das sanções contra a Rússia, introduzindo um embargo comercial aos produtos russos.

11h27 - “Fase ativa” da invasão russa será interrompida em abril, diz conselheiro ucraniano

O assessor da presidência ucraniana, Oleksiy Arestovych, disse esta quarta-feira que espera que a fase ativa da invasão russa termine até o final de abril, já que o avanço russo foi interrompido em várias áreas.

Durante um discurso transmitido na televisão, Arestovych disse que a Rússia já perdeu 40% das suas forças de ataque e também minimizou a ameaça de a Rússia vir a lançar uma guerra nuclear.

11h18 - Kiev pede armas ofensivas ao Ocidente ao abrigo de um programa especial

A Ucrânia pediu ao Ocidente "armas ofensivas" ao abrigo de um programa especial, numa altura em que os líderes ocidentais vão discutir a guerra provocada pela Rússia em cimeiras da NATO, da União Europeia e do G7.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vai participar na reunião extraordinária de líderes da NATO, na quinta-feira, no mesmo dia das cimeiras da UE e do G7, o grupo dos sete países mais industrializados (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), atualmente sob presidência alemã.

"As nossas forças armadas e os nossos cidadãos estão a resistir com coragem sobre-humana, mas não podemos ganhar uma guerra sem armas ofensivas, sem mísseis de médio alcance, que podem ser dissuasores", disse o chefe de gabinete do Presidente da Ucrânia, Andriy Yermak, citado pela agência francesa AFP.

Num vídeo que divulgou na rede social Telegram, na terça-feira à noite, Yermak sugeriu que os países ocidentais fornecessem armas à Ucrânia ao abrigo de um programa idêntico ao que foi criado pelos Estados Unidos no início da Segunda Guerra Mundial (1939-435) para ajudar militarmente os países aliados, denominado "Lend-Lease".

"Sem um programa como o `Lend-Lease`, só nos podemos defender", argumentou.

"É impossível defendermo-nos eficazmente durante muito tempo sem um sistema fiável de defesa aérea capaz de abater mísseis inimigos de longo alcance", disse Yermak.

O chefe de gabinete de Zelensky lamentou que o Ocidente tenha até agora recusado sistematicamente intervir militarmente na Ucrânia, incluindo com a interdição do espaço aéreo ucraniano, por medo de alargar o conflito com a Rússia.

"Este medo de escalada é compreensível, mas não vai ajudar", disse Yermak.

(agência Lusa)

11h10 - Polónia expulsa 45 diplomatas russos por espionagem

O ministro da Administração Interna da Polónia anunciou que expulsou “45 espiões russos que se faziam passar por diplomatas”.

"De forma completamente consistente e determinada, estamos a desmantelar a rede de serviços especiais russos no nosso país", anunciou Mariusz Kaminski no Twitter.

"A Agência de Segurança Interna identificou 45 pessoas - funcionários dos serviços secretos russos e pessoas associadas a eles que tinham estatuto diplomático na Polónia", disse o porta-voz dos Serviços Especiais, Stanislaw Zaryn, a jornalistas.

"A lista foi enviada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e inclui funcionários dos serviços secretos da Federação Russa e pessoas que cooperam com eles, que conduziram atividades de inteligência contra a Polónia, mas também contra os nossos aliados", acrescentou Zaryn.

O embaixador da Rússia na Polónia já reagiu à notícia, argumentando que as acusações contra os 45 diplomatas russo não têm fundamento.

"Eles terão que sair do país. Esta é uma decisão soberana do lado polaco e eles têm direito à sua própria decisão", disse o embaixador Sergey Andreev aos jornalistas.

10h37 - Scholz alerta Putin: uso de armas químicas e biológicas seria “inaceitável e imperdoável”

O chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou o presidente russo, Vladimir Putin, para não usar armas biológicas ou químicas na Ucrânia, informou o jornal alemão Die Zeit esta quarta-feira.

Scholz afirmou que as alegações russas de que a Ucrânia estava a desenvolver tais armas ou que os Estados Unidos queriam usá-las pareciam "uma ameaça implícita de que o próprio Putin está a considerar usar tais armas”.

"É por isso que era importante para mim dizer-lhe [a Putin] de forma muito clara e direta: isso seria inaceitável e imperdoável", disse Scholz ao Die Zeit.

10h28 - Moscovo diz que Rússia e Ucrânia fizeram duas trocas de prisioneiros

Moscovo e Kiev fizeram duas trocas de prisioneiros até agora, segundo anunciou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, esta quarta-feira.

10h15 - Bruxelas reduz regras de auxílios estatais a empresas afetadas pela guerra

As empresas da União Europeia afetadas pelas sanções impostas à Rússia devido à invasão da Ucrânia podem obter até 400 mil euros de apoio estatal, revelou a Comissão Europeia.

As empresas do setor da agricultura, pescas e aquacultura podem obter até 35 mil euros.

As empresas que enfrentam uma crise de liquidez podem obter garantias estatais sobre empréstimos e empréstimos subsidiados.

Já as que enfrentam uma subida dos custos com a energia podem obter auxílios estatais até 30 por cento dos custos, com um limite de dois milhões de euros.

10h00 - Voltam a ouvir-se as sirenes em Kiev

No termo de novo período prolongado de recolher obrigatório, os enviados especiais da RTP descrevem o ambiente na capital da Ucrânia. A zona central de Kiev é patrulhada por grande número de combatentes ucranianos. "As informações sobre o que de facto aconteceu nestas últimas 35 horas não são muito claras, mas há indicações de que as tropas ucranianas conseguiram travar o avanço das tropas russas pela via norte-noroeste de Kiev", relata a repórter Cândida Pinto.

9h42 - Zelenskiy pede a Tóquio que aumente pressão sobre Moscovo

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy apelou ao Japão para aumentar a pressão das sanções contra a Rússia, introduzindo um embargo comercial aos produtos russos.

Zelenskiy agradeceu, ainda, ao Japão por liderar o caminho entre os países asiáticos na condenação da invasão russa e na introdução de sanções.

“Os Estados responsáveis unem-se para proteger a paz. Estou grato ao seu Estado pela posição de princípio num momento histórico”, afirmou o Presidente ucraniano numa declaração por videoconferência no Parlamento nipónico.

9h30 - Chanceler alemão diz que campanha russa "está num atoleiro"

O chanceler alemão Olaf Scholz disse hoje que a campanha militar russa na Ucrânia "está num atoleiro" apesar de toda a destruição que está a provocar diariamente.

A "verdade é que a guerra destrói a Ucrânia, mas Putin que está a fazer a guerra está também a destruir o futuro da Rússia", disse o chanceler alemão perante a Câmara Baixa do Parlamento Federal alemão (Bundestag).

Scholz disse ainda que Kiev "pode contar com a ajuda" da Alemanha.

(Agência Lusa)

9h20 - Polónia pondera expulsar diplomatas russos e Moscovo acena com retaliações

Os serviços especiais da Polónia pediram ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para expulsar 45 diplomatas russos, alguns dos quais estão alegadamente a trabalhar para os serviços secretos russos a coberto do trabalho diplomático, afirmou o porta-voz, Stanislaw Zaryn.

"A Agência de Segurança Interna identificou 45 pessoas - oficiais dos serviços secretos russos e pessoas associadas a eles que tinham estatuto diplomático na Polónia", afirmou. 

Um porta-voz do governo polaco disse que o embaixador russo em Varsóvia tinha sido convocado para o Ministério dos Negócios Estrangeiros e que as decisões sobre outras medidas seriam anunciadas após a reunião.

Moscovo já avisou que retalia se a Polónia expulsar os seus diplomatas.

9h06 - Moscovo avisa que envio de tropas de manutenção de paz podem levar a conflito entre a Rússia e a NATO

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o envio de forças de manutenção de paz para a Ucrânia pode levar a um confronto concreto entre a Rússia e a NATO.

Na passada semana, a Polónia defendeu que uma missão internacional deveria ser enviada para a Ucrânia.

8h57 - Banco Central da Ucrânia pede ao SWIFT para retirar Banco Central da Rússia do sistema

“Esperamos o vosso apoio e assistência para salvar milhares de vidas de ucranianos e proteger a soberania do nosso país”, afirmou Kyrylo Shevchenko, governador do Banco Central da Ucrânia.

8h48 - Hungria rejeita sanções ao fornecimento de energia russa

A Hungria não apoia sanções sobre o fornecimento de energia russa, pois colocaria em perigo a segurança energética do país, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

“Não é culpa da Hungria que o gás natural e petróleo da Rússia desempenhem um papel importante no fornecimento de energia à Hungria, Europa Central e a toda a Europa”, afirmou Peter Szijjarto num discurso transmitido na sua página na rede social Facebook.


8h38 - China “apoia” a participação de Vladimir Putin na próxima cimeira do G20

A China manifestou-se hoje contra a exclusão da Rússia da próxima cimeira do G20, uma sugestão avançada pelos Estados Unidos e os países aliados após a invasão da Ucrânia.

"A Rússia é um importante país membro [do G20]. Nenhum membro tem o direito de expulsar outro país", disse o porta-voz da diplomacia chinesa Wang Wenbin, em conferência de imprensa.

(Agência Lusa)

8h29 - Forças russas atingem depósito de armas perto de Rivne

O Ministério da Defesa da Rússia revelou que as forças russas tinham atingido um depósito de armas, fora da cidade de Rivne, destruindo um arsenal de armas e equipamento.

O Ministério acrescenta que o ataque de grande precisão foi efetuado com armas de longo alcance disparadas do mar, avança a Reuters.

8h16 - Fluxo de gás russo para a Europa diminuiu

As entregas de gás russo à Europa através dos gasodutos Nord Stream 1 e Yamal-Europepipeline caíram.

Os fluxos para a Alemanha através do Nord Stream 1 foram de 65.361.776 kWh/h às 07h28 GMT, ligeiramente abaixo dos 67.955.181 kWh/h à meia-noite, mostrou o website Nord Stream.

Já os fluxos com destino à Polónia a partir da Alemanha ao longo do gasoduto Yamal-Europa foram de 1.717.560 kWh/h no ponto da fronteira de Mallnowborder, descendo de 2.362.830 kWh/h à meia-noite, mostraram os dados do operador Gascade.

A companhia russa Gazprom revelou que continuava a fornecer gás à Europa através da Ucrânia, em conformidade com os pedidos dos consumidores europeus.

8h03 – Putin planeia participar na cimeira do G20, em novembro

A embaixadora da Rússia na Indonésia afirmou esta quarta-feira que o presidente russo planeia participar na cimeira do G20, que irá acontecer em Bali, na Indonésia, no mês de novembro.

Lyudmila Vorobieva frisou que o fórum de discussão serve para abordar questões económicas, e não a situação na Ucrânia.

“Claro que a expulsão da Rússia deste tipo de fóruns não vai ajudar à resolução de problemas económicos. Pelo contrário, sem a Rússia seria difícil fazê-lo”, afirmou ainda a diplomata.

7h49 – Nove corredores humanitários estabelecidos para esta quarta-feira

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, confirmou esta quarta-feira que serão estabelecidos nove corredores humanitários para tentar evacuar várias cidades ucranianas onde ainda permanecem civis.

Em Mariupol, a cidade onde a situação é mais dramática, não foi possível estabelecer um corredor humanitário seguro. Aos civis que continuam retidos na cidade portuária, será apenas possível encontrar transporte em Berdyansk, a cerca de 80 quilómetros, disse a responsável.

7h45 - Lavrov vai reunir-se com chefe da Cruz Vermelha em Moscovo

O MNE russo, Sergei Lavrov, vai encontrar-se na quinta-feira com Peter Maurer, chefe do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

"A agenda da reunião prevê a discussão dos principais pontos de trabalho do CICV no campo da resposta humanitária", disse o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, em comunicado divulgado esta quarta-feira.

7h30 – Cessar-fogo em Lugansk

O governador da região de Lugansk, Serhiy Gaidai, confirmou um acordo sobre cessar-fogo local para a evacuação de civis que estão retidos na sequência dos combates na região.

De acordo com o responsável local, o cessar-fogo entrou em vigor às 9h00 locais (7h00).
Ponto da situação esta manhã

  • A Rússia admite recorrer a armas nucleares em caso de “ameaça existencial”. A hipótese é avançada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em declarações à CNN na terça-feira. “Temos uma doutrina de segurança interna, é pública, podem ler todas as razões que temos para o uso de armas nucleares. Se houver uma ameaça existencial ao nosso país, essas armas podem ser usadas de acordo com a nossa doutrina”.

  • O presidente ucraniano afirma que cerca de 100 mil civis ainda estão retidos em Mariupol após semanas de bombardeamentos. A cidade portuária, sitiada há várias semanas, foi atingida na terça-feira por duas “bombas superpoderosas”. Segundo as autoridades locais, ainda não há um balanço do número de vítimas.

Mais uma vez, não foi possível o estabelecimento de corredores humanitários. Volodymyr Zelensky acusa Moscovo de querer “simplesmente destruir” a cidade.

  • O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, recusou na terça-feira um cenário de rendição perante os russos. “Na pior das hipóteses morreremos, mas nunca nos renderemos”, afirmou numa declaração ao Conselho da Europa.

A capital ucraniana está sob novos ataques, numa altura em que termina o recolher obrigatório de dois dias, determinado na segunda-feira.

Pelo menos uma pessoa morreu na terça-feira após um ataque com drones num prédio de Kiev, avança a agência France Presse.

  • Joe Biden viaja esta semana para a Europa para participar em várias reuniões diplomáticas: o presidente norte-americano chega a Bruxelas na quinta-feira e viaja depois para a Polónia, país por onde passam grande parte dos refugiados ucranianos.

Na antecipação desta viagem, a Casa Branca já confirmou que serão anunciadas novas sanções contra a Rússia, em coordenação com os aliados europeus.

  • Na terça-feira, Zelensky pediu ao papa Francisco para mediar as negociações entre russos e ucranianos, isto depois de falar com o sumo pontífice ao telefone. Também ontem, o presidente ucraniano falou ao Parlamento italiano, onde alertou que o seu país é a “porta de entrada” de Putin para o resto da Europa.

Hoje, Volodymyr Zelensky irá discursar à Assembleia Nacional francesa e ao Parlamento japonês. Na quinta-feira, deverá endereçar os vários líderes da Aliança Atlântica na cimeira extraordinária da NATO, que irá decorrer em Bruxelas.