Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
A Rússia admite utilizar armas nucleares caso a existência do país esteja em risco. Essa hipótese foi admitida pelo porta-voz do Kremlin numa entrevista à CNN Internacional, na qual Dmitry Peskov disse também que Vladimir Putin ainda "não atingiu todos os objetivos" na Ucrânia.
Entretanto, o presidente ucraniano vai participar na Cimeira da NATO da próxima quinta-feira.
O convite partiu da própria Aliança Atlântica e Volodymyr Zelensky aceitou discursar, devendo dirigir-se aos membros da NATO por videoconferência.
Pela oitava vez, desde o início da guerra, o Presidente francês falou ao telefone, durante uma hora, com o homólogo russo mas o próprio Emanuel Macron diz que continua a não haver acordo e que é preciso insistir no diálogo com Vladimir Putin.
Um relatório do instituto Tony Blair defende que o continente africano deve ser uma das frentes onde os países ocidentais devem investir no combate à influência da Rússia, para além da guerra na Ucrânia.
Os autores do estudo "Segurança, Soft Power e Apoio ao Regime: Esferas da Influência Russa em África" recordam como 17 países africanos se opuseram ou se abstiveram em 2 de março a uma resolução da Assembleia-Geral da ONU que condenava a invasão e exige a retirada imediata das tropas russas.
A Eritreia votou contra, 16 abstiveram-se (Argélia, Angola, Burundi, República Centro-Africana, República do Congo, Madagáscar, Mali, Moçambique, Namíbia, Senegal, África do Sul, Sudão do Sul, Sudão, Uganda, Tanzânia e Zimbabué) e nove (Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Burkina Faso, Essuatíni, Etiópia, Guiné-Conacri, Marrocos, Camarões e Togo) não participaram na votação.
Ao evitar condenar as ações da Rússia na Ucrânia, aqueles países africanos mostraram "que o Reino Unido, a Europa e os Estados Unidos não podem tomar o apoio africano como garantido" e que o continente africano "deve estar na primeira linha do foco estratégico mais amplo do Ocidente".
O presidente da Câmara Municipal de Kiev, Vitali Klitschko, prometeu hoje a representantes locais e regionais de 46 países europeus que “os russos nunca vão entrar” na capital ucraniana, porque “todos os cantos da cidade” estão fortalecidos.
“Os russos disseram que em três semanas tomariam Kiev. Como presidente da Câmara, prometo uma coisa: eles nunca vão entrar em Kiev”, disse o ex-pugilista ucraniano.
Antes da sessão plenária do Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa, Vitali Klitschko assegurou que “ninguém na Ucrânia se sente seguro” apelou por apoio político, económico e militar da Europa.
“Precisamos de armas”, implorou o autarca, que justificou o pedido dizendo que estão a lutar contra “um dos exércitos mais poderosos do planeta” e alertou que o Presidente russo, Vladimir Putin, quer recriar a antiga União Soviética com a Ucrânia.
A Ucrânia, acrescentou, decidiu ser “democrática e europeia”: “Não queremos viver sob uma ditadura, num país onde não há direitos humanos, liberdade de imprensa ou qualquer outra liberdade para os cidadãos”.
(agência Lusa)
Volodymyr Zelenskiyon afirmou que as negociações de paz com a Rússia para acabar com a guerra foram difíceis e até conflituosas, mas acrescentou que "passo a passo estão a avançar".
Num discurso em vídeo, divulgado esta noite, o presidente ucraniano também disse que 100 mil pessoas viviam na cidade sitiada de Mariupol em condições desumanas, sem comida, água ou medicamentos.
Emmanuel Macron denunciou esta terça-feira o uso de "armas explosivas em áreas densamente povoadas" pela Rússia, dizendo que "tudo sobre a agressão da Rússia contra a Ucrânia é inaceitável".
“A lei internacional é desrespeitada, as infraestruturas civis são bombardeadas, armas explosivas são usadas em áreas densamente povoadas e os trabalhadores humanitários são alvos”, disse o presidente francês num vídeo para o primeiro Fórum Humanitário Europeu.
"O Direito Internacional Humanitário é aquela linha que separa a barbárie de nossa humanidade comum", acrescentou. "A lei da guerra não é opcional. A proteção dos civis e da infraestrutura civil não é negociável. Aqueles que traírem essas regras serão responsabilizados perante a justiça internacional”.
A Rússia abriu um processo-crime contra um célebre jornalista por publicar “informações falsas” sobre as ações do Exército russo na Ucrânia, uma acusação recentemente introduzida e que pode implicar uma pena de 15 anos de prisão. O Comité de Investigação, responsável pelos principais casos, anunciou ter “aberto uma investigação criminal contra o jornalista Alexandre Nevzorov”, acusando-o de ter “publicado intencionalmente informações falsas sobre um bombardeamento deliberado a uma maternidade em Mariupol [sudeste da Ucrânia] pelo Exército russo”.
“Estas publicações foram acompanhadas de fotografias não fiáveis de civis afetados pelos bombardeamentos. O Ministério da Defesa russo já anunciou oficialmente que esta informação era falsa”, acrescentou numa declaração.
O comité disse ainda estar a tentar localizar Nezvorov, de 63 anos, que foi membro do Parlamento russo nos anos 2000.
Este é o primeiro caso conhecido deste tipo contra um jornalista na Rússia desde a adoção, no início de março, de uma lei que prevê até 15 anos de prisão por qualquer informação sobre o Exército russo que o Kremlin considere falsa. Antigo apresentador de televisão, o jornalista publica agora principalmente em redes sociais e no YouTube, onde o seu canal tem mais de 1,6 milhões de subscritores, e os últimos quatro vídeos tiveram cada um mais de três milhões de visualizações.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou hoje que a guerra na Ucrânia pode ser um “confronto de longa duração” e defendeu que é necessário evitar medidas insustentáveis a longo prazo, como um embargo à energia da Rússia.
As sanções atuais procuram infligir o maior dano possível à economia russa e, ao mesmo tempo, serem “suportáveis” para os países europeus, destacou o governante alemão durante uma conferência de imprensa com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
Olaf Scholz apontou que a Alemanha não é o único país que depende da Rússia para o fornecimento de gás natural ou carvão, mas salientou que, caso o objetivo de diversificar as fontes de energia seja alcançado, o resultado será equivalente a decretar um embargo energético contra Moscovo.
Com o aumento dos alertas, aumentam os receios de bombardeamentos a Lviv. Os ucranianos estão a construir barricadas para travar possíveis avanços das tropas russas.
Um antigo major do exército ucraniano acredita que as tropas russas estão a tentar entrar em Kiev pelo Noroeste, mas que será difícil avançarem no terreno.
A invasão russa da Ucrânia é ativamente apoiada pelo Patriarcado Russo Ortodoxo, que mantém laços estreitos com Vladimir Putin. "O que está a acontecer hoje na esfera das relações internacionais não tem apenas significado político. Estamos a falar da salvação humana", disse recentemente o patriarca Cirilo perante 90 milhões de fiéis. A afinidade entre Estado e igreja russos tem uma longa tradição, nota o historiador britânico Henry Hopwood-Philipps.
Joe Biden tenciona anunciar novas sanções à Rússia na quinta-feira, quando estiver em Bruxelas para reuniões com os aliados europeus e da NATO, indicou um conselheiro de segurança nacional.
O presidente norte-americano, que vai participar numa reunião especial da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) e discursar no próximo Conselho Europeu, deverá igualmente sublinhar os esforços para fazer cumprir a “avalanche” das sanções constantes da lista já anunciada pelos Estados Unidos e aliados.
“Ele vai juntar-se aos nossos parceiros na imposição de mais sanções à Rússia e no reforço das sanções existentes para punir as tentativas de fuga e garantir o seu rigoroso cumprimento”, declarou o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, escusando-se a fornecer mais pormenores sobre as novas sanções que o Presidente anunciará.
O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, garantiu, numa conferência de imprensa, que não há nada que indique que a China forneceu equipamentos militares à Rússia.
A EuroLeague Commercial Assets (ECA), proprietária da Euroliga e Eurocup de basquetebol, anunciou hoje que as equipas russas vão ser excluídas das competições europeias e terão os resultados anulados, na sequência da invasão militar da Rússia à Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu esta terça-feira que a Rússia só usará armas nucleares se a própria existência for ameaçada, informou a agência de notícias Tass.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou para a "ameaça" que representam as criptomoedas obtidas na troca de rublos, uma tentativa de contornar as sanções impostas pelos países ocidentais à Rússia.
Numa conferência sobre inovação organizada pelo Banco de Pagamentos Internacionais, Lagarde afirmou que a quantidade de rublos que foram trocados por criptoativos está "no nível mais elevado desde maio de 2021" e, por isso, considerou que os criptoativos são uma ameaça e foram uma ameaça no passado por servirem para transações duvidosas e criminosas.
A resistência ucraniana retardou o avanço das forças russas, quase até parar, e a Ucrânia repeliu as tentativas dos invasores de tomarem o porto estratégico de Mariupol, disse uma autoridade ocidental. Contudo, a mesma fonte confirmou que as tropas russas não foram afastadas de posições estabelecidas e ainda dispõem de capacidade para manter uma guerra de desgaste por algum tempo – tornando improvável um rápido avanço nas negociações destinadas a acabar com a violência na Ucrânia.
A autoridade - que falou à agência noticiosa Associated Press sob condição de anonimato para discutir assuntos de informação - disse que Odessa, outro porto estratégico no Mar Negro, é um objetivo fundamental para a Rússia, mas não há indícios de um cerco iminente.
(agência Lusa)
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, vai participar virtualmente numa cimeira da NATO, na quinta-feira, para debater a guerra com a Rússia, avançou a Interfax.
Os Estados Unidos (EUA), juntamente com a França, Alemanha, Itália e Reino Unido, concordaram hoje em "continuar a trabalhar para isolar" Moscovo no cenário internacional e discutiram sanções económicas adicionais para a Rússia e a Bielorrússia.
Em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, informou que essas discussões envolveram, ao nível dos respetivos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, o secretário-geral francês, François Delattre, o diretor político alemão, Tjorven Bellmann, o secretário-geral italiano, Ettore Sequi, e o ministro de Estado do Reino Unido para a Europa e América do Norte, James Cleverly, além da vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman.
Wendy Sherman, segundo a nota informativa, "condenou as táticas cada vez mais brutais do Presidente [russo, Vladimir] Putin, que continuam a matar civis nesta guerra de escolha injustificada e não provocada".
"Os participantes discutiram a importância de fornecer mais ajuda militar e humanitária à Ucrânia. Também discutiram medidas económicas adicionais para responsabilizar a Federação Russa e a Bielorrússia", acrescenta o comunicado.
(agência Lusa)
De acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Portugal recebeu, até esta terça-feira, 18.981 pedidos de proteção temporária de refugiados vindo da Ucrânia.
Contudo, Macron voltou a repetir a necessidade de continuar os esforços no sentido de, através de negociações, ser alcançado um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia.
"O Presidente da República está ao lado da Ucrânia", rematou o comunicado do Eliseu.
O presidente da Polónia, Andrzej Duda, defendeu que as tropas russas estão a comportar-se na Ucrânia como o fizeram Hitler e os nazis no seu país durante a Segunda Guerra Mundial.
“O que vemos hoje na Ucrânia é que os meus compatriotas olham para Mariupol e veem Varsóvia em 1944, quando Hitler e os nazis bombardeavam civis e edifícios. O exército russo está a comportar-se hoje da mesma maneira”, denunciou Duda, numa conferência de imprensa em Sófia com o seu homólogo búlgaro, Rumen Radev.
Duda acusou os “dirigentes russos” de se comportarem como “Hitler e as SS (grupo paramilitar nazi) e os demais fascistas da Segunda Guerra Mundial” e disse esperar que os responsáveis por estes “crimes de guerra” respondam perante a justiça internacional.
“Trata-se de assassínios sem precedentes que o mundo livre nunca aceitará”, acrescentou.
O vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev, apelou a que se restrinja qualquer manifestação de descontentamento social no âmbito da "operação militar especial" russa na Ucrânia.
"Há um trabalho importante aqui para conter esse tipo de ativismo malicioso e atividades ilícitas, incluindo protestos ilegais", disse Medvedev, durante uma reunião do Governo.
Medvedev, presidente russo entre 2008 e 2012, apelou ao reforço do controlo sobre a disseminação de "informações falsas" acerca da ação das Forças Armadas, crime punível com até 15 anos de prisão. O antigo chefe de Estado russo pediu ainda que, recorrendo à lei, se evite a imposição de sanções externas contra o Estado russo, as suas empresas e os seus cidadãos.
Medvedev admitiu que a "pressão económica sem precedentes" contra a Rússia, sob a forma de sanções, pode provocar um "aumento do desemprego".
"Por isso, as questões relacionadas com o surgimento de tensão social devem ser acompanhadas com a maior atenção", disse Medvedev, sublinhando que “a luta efetiva contra as forças radicais” não pode ser separada dos problemas da imigração.
A cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, tomada pelo exército russo no início de março, está à beira de uma catástrofe humanitária, denunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
"Apesar dos esforços do Governo da Ucrânia e de organizações humanitárias internacionais, a Federação Russa continua a recusar-se a criar um corredor humanitário para retirar civis e fazer a entrega de alimentos. A cidade está a aproximar-se de uma catástrofe humanitária a cada dia que passa", refere num comunicado.
"A situação humanitária está a deteriorar-se rapidamente. A cidade tem carência crítica de alimentos e medicamentos devido ao cerco. Os recém-nascidos, que precisam de produtos de nutrição e higiene infantil, e os doentes graves constituem a população em maior risco", segundo o ministério.
"Os invasores russos retaliam contra os moradores da cidade", denunciou o governo ucraniano, recordando que na segunda-feira abriram fogo contra manifestantes pacíficos na Praça da Liberdade, ferindo um idoso.
O ministério acrescenta que "cerca de uma centena de estudantes internacionais, principalmente de países africanos, estão atualmente em Kherson". A cidade, com cerca de 300.000 habitantes, está localizada junto ao rio Dnieper e nas margens do Mar Negro, e é um ponto estratégico da ofensiva russa devido à sua proximidade com a Crimeia, a península anexada pela Rússia em 2014.
O Centro Cultural Ucraniano, em Tallinn, é um dos locais mais frequentados pela comunidade já residente e prepara-se para integrar os refugiados.
Os donativos têm permitido ajudar também quem ficou na Ucrânia.
A petrolífera francesa Total Energies SA anunciou, num comunicado, que não comprará mais petróleo e derivados russos. A empresa comprometeu-se ainda a respeitar as sanções europeias contra a Rússia, atuais e futuras, quaisquer que sejam as consequências para a gestão de seus ativos na Rússia.
Ataques com mísseis, esta terça-feira, destruíram uma estação ferroviária na região de Dnipro, no centro-leste da Ucrânia, e mataram uma pessoa, disse o governador Valentyn Reznichenko.
As forças de segurança ucranianas indicaram ter desmantelado um plano dos serviços secretos russos para assassinar o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, segundo a agência de notícias do país Unian.
O serviço de contraespionagem ucraniano deteve uma célula liderada por um agente dos serviços secretos russos (FSB) na cidade de Uzhorod, no oeste do país, referiu a Unian, que publicou fotos de armas apreendidas durante a operação.
Dmytro Kuleba concordou, numa reunião com a sua homóloga britânica, que “não deve haver hesitação quando se trata de impor novas sanções duras à Rússia para travar a sua máquina de guerra assassina”.
Numa mensagem no Twitter, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros confirmou que coordenou com Liz Truss as suas “posições antes da próxima cimeira do G7 em Bruxelas”.
Call with my British counterpart and friend @trussliz. Ukraine and the UK coordinated positions ahead of the upcoming G7 summit in Brussels. We agreed that there should be no hesitation when it comes to imposing new stiff sanctions on Russia to stop its murderous war machine.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 22, 2022
O presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) vai reunir-se em Moscovo, na quarta e na quinta-feira, com diferentes autoridades russas para abordar questões humanitárias relacionadas com a guerra na Ucrânia, informou hoje a organização.
Estas reuniões do presidente do CICV, Peter Maurer, "farão parte de um diálogo permanente" que a organização mantém com as partes neste conflito, que começou em 24 de fevereiro, disse um porta-voz do Comité, citado pela agência espanhola EFE.
Maurer esteve na Ucrânia na semana passada, onde discutiu com vários ministros como aumentar a resposta humanitária para a população, particularmente em áreas povoadas que estão dentro ou perto das linhas de combate.
(agência Lusa)
As novas previsões do Fundo Monetário Internacional para abril vão mostrar que a guerra na Ucrânia vai desacelerar o crescimento económico global, mas não vai causar uma recessão global, explicou a diretora-executiva do FMI, Kristalina Georgieva.
Georgieva, discursando num evento online organizado pela revista ForeignPolicy, disse que algumas economias emergentes fracas ainda a enfrentar a pandemia podem estar em risco de recessão devido a choques de preços mais altos de alimentos e energia e condições financeiras mais apertadas devido a aumentos das taxas de juros em economias avançadas.
A invasão russa da Ucrânia já provocou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, a maioria dos quais devido a armas explosivas com vasta área de impacto, indicou hoje a ONU.
Pelo menos uma pessoa foi morta, esta terça-feira, num ataque de drone a um prédio em Kiev, capital da Ucrânia, informou a AFP no local.
Vários drones "kamikaze" atingiram um prédio da Academia Nacional de Ciências, no noroeste da cidade. As equipes de resgate removeram pelo menos um corpo deste prédio de sete andares, segundo a AFP.
Os militares presentes neste local relataram um ataque de drones "kamikaze" do exército russo, um dos quais foi abatido.
A gigante farmacêutica suíça Novartis está a suspender novos ensaios clínicos na Rússia e o recrutamento de novos pacientes para ensaios que já decorriam, embora continue a fornecer medicamentos no país.
A empresa também suspendeu propaganda e atividades promocionais no país.
O grupo suíço, que "condena a guerra na Ucrânia", enviou antibióticos, analgésicos, medicamentos cardiovasculares e tratamentos oncológicos para a Ucrânia e regiões vizinhas onde as pessoas se refugiaram, detalhou em comunicado.
O primeiro-ministro afirmou hoje que Portugal já recebeu até ao momento 17.504 refugiados provenientes da Ucrânia, dos quais 6.200 são menores, e defendeu que o país agilizou o conjunto de procedimentos para a reconhecimento do estatuto de refugiado.
António Costa avançou este dado na abertura da sessão plenária da Comissão Permanente da Assembleia da República, num debate sobre a agenda do próximo Conselho Europeu, que se realiza na quinta e sexta-feira em Bruxelas.
“Como a História nos tem revelado, quem tem uma fronteira externa um dia estará sempre na primeira linha de uma onda de refugiados. Portugal agilizou muito significativamente todos os procedimentos de reconhecimento de refugiados. Até segunda-feira, temos 17.504 refugiados em Portugal, 6.200 dos quais menores”, destacou o líder do executivo.
Neste ponto relativo aos cidadãos menores, António Costa adiantou que “mais de 600 já estão inscritos e a frequentar a escola pública”.
Na abertura do debate, o primeiro-ministro voltou a condenar a intervenção militar russa na Ucrânia, manifestou disponibilidade de Portugal apoiar o regime de Kiev e defendeu o reforço “da Europa da defesa”.
“A aprovação da bússola estratégica, na segunda-feira, reafirma com especial oportunidade um instrumento, num momento onde claramente existe uma complementaridade entre a NATO e a União Europeia na defesa da Europa”, sustentou.
Um default da Rússia teria "um efeito direto bastante limitado no resto do mundo", estimou esta terça-feira Gita Gopinath do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo Gopinath, os valores dos prazos de pagamento que Moscovo deve honrar "são relativamente baixos em escala global".
"Isso não representa um risco sistémico para a economia global", acrescentou, ressaltando que alguns bancos com maior exposição, no entanto, podem ser mais atingidos.
Os Estados Unidos asseguram que ainda não viram nenhuma indicação concreta de um ataque iminente com armas químicas ou biológicas russas na Ucrânia, mas estão a monitorizar a situação, disse um alto funcionário de Defesa dos EUA.
O exército ucraniano está a realizar contraofensivas que permitiram, em particular no sul, recuperar terreno às tropas russas, que se debatem com dificuldades de comunicação, indicou o Pentágono.
Os militares ucranianos "estão agora, em certas situações, na ofensiva", disse John Kirby, porta-voz do Pentágono, em declarações a uma estação televisiva, acrescentando que "estão a perseguir os russos e a expulsá-los de áreas onde estes estiveram antes".
"Sabemos que realizaram contra-ataques (...) especialmente nos últimos dias, em Mykolaiv", uma cidade importante no sul da Ucrânia, precisou. "Vimos (estes ganhos territoriais) aumentarem nos últimos dias. (…) É uma prova real da sua capacidade de lutar de acordo com os seus planos, adaptando-se e, novamente, tentando repelir as forças russas".
Sobre as tropas russas, o porta-voz do Pentágono disse que “os seus comandantes nem sempre falam, nem sempre coordenam as forças aéreas e terrestres".
“Vimos tensões entre as forças aéreas e terrestres russas. Sobre como se apoiavam com dificuldade”, explicou Kirby, acrescentando que as mesmas falhas podem ser observadas na Marinha, onde disse haver “problemas com o comando e controlo” dos militares.
Kirby referiu que os russos “têm dificuldade em falar uns com os outros” e que as forças "estão a ficar sem gasolina e sem comida", considerando que “estão em apuros".
A Rússia tem de aderir à Carta das Nações Unidas, concordaram o primeiro-ministro britânico e o seu homólogo indiano, durante uma conversação esta terça-feira.
Boris Johnson e Narendra Modi concordaram que “a integridade e a soberania territorial da Ucrânia tem de ser respeitadas", lê-se num comunicado do Governo britânico.
“A Rússia precisava de aderir à Carta da ONU, segundo os líderes, e ambos concordaram que o respeito ao direito internacional era a única maneira de garantir a paz e a prosperidade globais”.
Johnson também considera que os dois países têm de intensificar os esforços para promover a paz e a desescalada na região.
A Ucrânia não está a enfrentar um ‘deficit’ de eletricidade apesar da apreensão de duas centrais nucleares pelas forças russas e do conflito que destruiu algumas infraestruturas de energia térmica, afirmou o ministro ucraniano da Energia, Herman Halushchenko. Num discurso transmitido numa televisão nacional, Halushchenko garantiu que a Ucrânia tem stock de carvão suficiente.
O Senado dos Estados Unidos deve aprovar em breve uma legislação para revogar o ‘status’ comercial de "nação mais favorecida" para a Rússia e responsabilizar o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o líder da maioria Chuck Schumer.
A Câmara dos Deputados aprovou, por maioria esmagadora, a legislação para remover as Relações Comerciais Normais Permanentes (PNTR) com a Rússia a 17 de março.
"O regime de Putin é perverso e a melhor mensagem que podemos enviar-lhe é aprovar a legislação da PNTR com apoio bipartidário esmagador", disse Schumer à Reuters.
O governador do Banco Central da Ucrânia pediu, esta terça-feira, a todos os bancos internacionais para que suspendam a atividade das filiais e subsidiárias na Rússia para aumentar a pressão financeira sobre o Kremlin.
"É importante aumentar ainda mais a pressão sobre o agressor para enfraquecer a sua posição", explicou o governador Kyrylo Shevchenko em comunicado.
As empresas da União Europeia afetadas pelas sanções contra a Rússia podem conseguir um apoio de até 400 mil euros em ajuda estatal, de acordo com um relatório da Comissão Europeia, citado pela Reuters.
As empresas dos setores agrícola e pesqueiro podem receber até 35 mil euros de subvenções diretas, vantagens fiscais e de pagamento e garantia. Já as empresas afetadas com os elevados preços do gás e da eletricidade podem obter ajudas até 30 por cento dos custos elegíveis até um máximo de dois milhões de euros.
A vice-primeira ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, afirma que pelo menos 100 mil civis estão impedidos de deixar a cidade portuária de Mariupol por falta de corredores humanitários seguros.
Segundo Iryna Vereshchuk, os bombardeamentos das forças russas estão também a impedir as equipas de resgate de acederem ao teatro que foi bombardado na cidade, onde poderão estar centenas de pessoas que se abrigavam na cave do edifício quando foi atingido por um ataque aéreo na passada semana.
A Duma, câmara baixa do parlamento russo, aprovou hoje em terceira e definitiva votação, emendas à lei sobre “notícias falsas”, que punirá o que as autoridades considerem como informação não verdadeira sobre a atividade das instituições russas no estrangeiro.
A legislação punirá “as notícias falsas” sobre as instituições russas com multas até cinco milhões de rublos (43.570 euros) ou penas até 15 anos de prisão.
Trata-se de uma emenda semelhante à aprovada no início de março sobre as ações das Forças Armadas da Rússia, no âmbito da campanha militar na Ucrânia.
Mais de 10 mil refugiados já chegaram à Irlanda e é provável que o número chegue aos 40 mil no final de abril, pouco menos de 1 por cento dos cinco milhões de habitantes do país, revelou o vice-primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar.
Varsóvia sugeriu aos EUA que a Rússia seja excluída do grupo do G20. O ministro do Desenvolvimento Económico e Tecnologia Piotr Nowak revelou que foi um dos temas em cima da mesa nas reuniões realizadas na passada em Washington.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia afirmou que cerca de 300 mil pessoas na cidade ocupada de Kherson estão a ficar sem alimentos nem medicamentos e acusou a Rússia de impedir a retirada dos civis para território controlado por Kiev.
“Os 300 mil habitantes de Kherson enfrentam uma catástrofe humanitária. Os produtos alimentares e médicos estão quase a esgotar-se. Mas, a Rússia recusa-se a abrir corredores humanitários para retirar os civis”, escreveu Oleg Nikolenko no Twitter.
Kherson’s 300k citizens face a humanitarian catastrophe owing to the Russian army’s blockade. Food and medical supplies have almost run out, yet Russia refuses to open humanitarian corridors to evacuate civilians. Russia’s barbaric tactics must be stopped before it is too late!
— Oleg Nikolenko (@OlegNikolenko_) March 22, 2022
Os moradores de Mariupol, cercada e bombardeada pelos russos há várias semanas, vão poder deixar a cidade através de corredores humanitários, informou hoje a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, numa mensagem publicada no canal Telegram.
“Está a ser feito um trabalho árduo para retirar os moradores de Mariupol”, referiu Vereshchuk, num vídeo transmitido naquele canal, acrescentando que vão ser criados três corredores para a cidade vizinha de Zaporijia, no Norte.
O primeiro corredor vai partir da cidade de Berdyansk, o segundo da de Mangush e o terceiro de Yurivka, todas nas proximidades de Mariupol.
“A retirada [das pessoas] irá acontecer diariamente”, garantiu a vice-primeira-ministra, adiantando que a operação prosseguirá até que toda a população saia da cidade.
Irina Vereshchuk apelou às pessoas para seguirem “as instruções da equipa local” do governo e para se dirigirem para os autocarros “de forma organizada”, adiantando que um total de 21 autocarros e camiões com ajuda humanitária deixaram Zaporijia e estão a caminho de Mariupol.
O secretário-geral da ONU lembrou também que os efeitos desta guerra estão sentir-se em vários pontos do mundo, com os preços da alimentação, energia e fertilizantes e escalarem a cada dia que passa. Situação que “ameaça desencadear uma crise de fome global”, sobretudo nas nações menos desenvolvidas que já estão “a sufocar” com os efeitos da pandemia, refere.
According to the Ukrainian Foreign Ministry, Russian forces have illegally removed 2,389 Ukrainian children from Donetsk and Luhanks oblasts to Russia. This is not assistance. It is kidnapping.
— U.S. Embassy Kyiv (@USEmbassyKyiv) March 22, 2022
Os líderes da União Europeia vão aprovar a criação de um fundo de solidariedade com a Ucrânia e estão prontos para aprovar novas sanções, segundo o projeto de conclusões do Conselho Europeu, a que a Lusa teve hoje acesso.
“Tendo em conta a destruição e as enormes perdas causadas à Ucrânia pela agressão militar russa, a União Europeia (UE) está empenhada em prestar apoio ao Governo ucraniano para as suas necessidades imediatas e, uma vez cessada a ofensiva russa, para a reconstrução de uma Ucrânia democrática. Para o efeito, o Conselho Europeu concorda em criar um Fundo Fiduciário de Solidariedade da Ucrânia e apela a que se iniciem sem demora os preparativos”, lê-se no projeto de conclusões, que não especifica montantes.
Sem também mencionar prazos, o Conselho “apela à organização atempada de uma conferência internacional para angariar fundos no âmbito do Fundo Fiduciário de Solidariedade da Ucrânia”.
Os líderes da UE sublinham ainda estarem “prontos para avançar rapidamente com novas sanções”, tendo em conta o impacto que estas medidas têm tido na Rússia e Bielorrússia.
(Agência Lusa)
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) revelou que já concedeu, desde o início do conflito na Ucrânia, 18.410 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e a cidadãos estrangeiros que residem naquele país.
Destes, 6.594 são menores.
Cerca de dois milhões de crianças já deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa e outros 3,3 milhões de menores foram forçados a deslocarem-se dentro do país, revelou hoje a UNICEF em Itália.
"O número de crianças que fogem da Ucrânia está a aumentar a cada hora e aproxima-se inexoravelmente de dois milhões", disse Andrea Iacomini, o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância em Itália, num comunicado.
"Nestas horas cada vez mais dramáticas, os nossos escritórios dizem-nos que existem 3,3 milhões de crianças deslocadas internamente", indicou.
Iacomini acrescentou que estas crianças “precisam de tudo, estão profundamente traumatizadas e carregam as cicatrizes indeléveis deste conflito e do cerco a muitas cidades”.
O porta-voz da UNICEF afirmou que, a cada dia que passa, estas crianças “estão mais expostas aos riscos de tráfico e exploração, fome extrema e doenças", portanto, "os esforços de ajuda e proteção devem ser intensificados ou a sua condição piorará e pagarão um preço alto por uma guerra que não queriam”.
(Agência Lusa)
A região noroeste da Ucrânia começou a semear as culturas de primavera e pretende semear 420 mil hectares para apoiar as regiões cujas colheitas podem ser mais perturbadas devido à invasão russa.
O governador de Rivne, Vitaliy Kovalsaid, revelou que começaram a semear trigo, aveia, beterraba, girassol e soja.
Rivne fica na fronteira norte da Ucrânia com a Bielorrússia.
Mais de 3,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia segundo a ONU.
“A escala de sofrimento humano e do deslocamento forçado como resultado da guerra excede em muito os piores cenários”, afirmou António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional para os Refugiados.
A Rede Europeia de Energia (EnR), presidida pela portuguesa Adene, decidiu hoje expulsar a Agência Russa de Energia, "alinhada com a condenação da União Europeia e da generalidade da comunidade internacional" à invasão da Ucrânia.
"A Adene (Agência para a Energia), que preside à Rede Europeia de Energia (EnR), depois de analisada cuidadosamente a atual situação, e depois de ter informado a Troika e todos os membros da EnR, decidiu esta terça-feira, 22 de março, expulsar a Agência Russa de Energia (The Russian Energy Agency) da Rede de Agências Europeias de Energia", lê-se num comunicado enviado à comunicação social.
A Adene disse que a decisão está "alinhada com a condenação da União Europeia e da generalidade da comunidade internacional" à invasão russa da Ucrânia.
O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashénkov, afirmou no primeiro relatório militar da manhã que as unidades das forças armadas russas avançaram mais seis quilómetros e capturaram o acantonamento de Urozhayne, na região de Donetsk.
Por seu lado, um grupo de tropas dos separatistas pró-russos da autoproclamada República de Donetsk penetrou quatro quilómetros nas defesas de uma brigada aerotransportada das forças ucranianas e luta pela captura das localidades de Kamionka, Novoselovka Vtoraya e Verkhnetoretskoe.
Em direção a Kurakhova, na região de Donetsk, o avanço durante a noite foi de cinco quilómetros, segundo o ministério russo, o qual asegura que as tropas tomaram o controlo dos acantonamentos de Glavnoe, Trudovskoy, Shakht Chelyuskintsev e Maryinka.
Por sua vez, as unidades da milícia pró-russa da autoproclamada República de Lugansk haviam tomado o controlo das localidades de Kalynovo Papasnoe, Novooleksandrovka, Stepnoe e Boguslavskoe.
A aviação do Exército russo atacou também 137 instalações militares da Ucrânia, disse Konashénkov.
Ali encontravam-se seis centros de comando e controlo e centrais de comunicação, duas instalações de sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, um sistema de mísseis anti-aéreo, oito depósitos de armas e munições de fogetes e artilharia, bem como 101 lugares de estacionamento de equipamento militar.
Os sistemas de defesa aérea russos derrubaram 14 drones ucranianos, incluindo um Bayraktar TB-2 de fabrico turco, sempre segundo o Ministério da Defesa da Rússia, segundo o qual foram destruídos também nove tanques ucranianos, sete veículos de combate de infantaria e veículos blindados de transporte de pessoal, durante ataques noturnos.
(Agência Lusa)
A presidência russa (Kremlin) considerou hoje que as negociações em curso com Kiev são “pouco substanciais”, apesar de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter dito que está pronto para submeter eventuais “compromissos” a um referendo.
“Está a decorrer um processo de negociações, mas gostávamos que fosse mais enérgico, mais substancial”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, na conferência de imprensa diária que realiza em Moscovo.
Perkov recusou-se a avançar o tema sobre o qual as delegações russa e ucraniana estão a conversar neste momento, alegando que, “atualmente, tornar [esses assuntos] públicos só dificulta o processo, que já está a decorrer de forma mais lenta e menos substancial do que gostaríamos”.
(Agência Lusa)
A Organização Mundial da Saúde revela que 62 ataques a instalações de saúde na Ucrânia, desde que começou a invasão russa.
A OMS confirma que 15 pessoas morreram nesses ataques e pelo menos 37 ficaram feridas.
Funcionários da OMS na Polónia afirmam que numa avaliação rápida cerca de meio milhão dos refugiados que chegam às fronteiras sofrem de problemas de saúde mental. E relatam a chegada de crianças e mães que sofrem de exaustão e desidratação. Os mais idosos, que chegam depois de viajaram durante vários dias, chegam às fronteiras sem medicamentos para doenças subjacentes, tais como diabetes e tensão arterial elevada.
O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, pediu hoje aos habitantes da região de Donbass que resistam à mobilização forçada realizada pelo exército russo, sublinhando que as diferenças entre os cidadãos ucranianos serão abordadas no futuro.
Reznikov apelou aos cidadãos da região no leste da Ucrânia para que "tentem evitar a mobilização forçada, de qualquer maneira”, porque “isso salvará as suas vidas".
"Nos últimos dias, o exército ucraniano tem capturado cada vez mais pessoas que foram mobilizadas à força e lançadas em combate como ‘carne para canhão’ pelos ocupantes russos. Sabemos ambos que a escala da mobilização forçada está a crescer", disse o ministro dirigindo-se aos cidadãos do Donbass, território disputado por separatistas pró-russos.
Reznikov afirmou que as pessoas de Donbass mobilizadas pelos ocupantes "não estão incluídas nas estatísticas de perdas do exército da Rússia”, porque os russos consideram-nas “dispensáveis”.
"Nós ainda os consideramos cidadãos da Ucrânia, como antes. Consideramo-los como um de nós. Se não cometeram crimes, estão seguros. Vamos lidar com as diferenças mais tarde", disse o governante.
No caso de ter sido forçado a alistar-se no exército russo, Reznikov apelou aos destinatários da mensagem para ficarem do lado das forças ucranianas "o mais rápido possível".
"Todos aqueles que depuserem as armas estarão a salvo. Trataremos de tudo. O principal é evitar o irreversível e salvar vidas. Se estão a cometer crimes, mas querem fugir, fujam. Ou rendam-se. Mas muito rapidamente", acrescentou o ministro.
Reznikov disse ainda que aqueles que cometeram crimes "poderão voltar à vida normal depois de cumprirem a sua pena”.
“Precisaremos de mãos extras para recuperar Donbass depois de a limpar dos ocupantes", declarou.
(Agência Lusa)
O primeiro-ministro deslocou-se esta terça-feira ao Campo Militar de Santa Margarida, acompanhado pelo ministro da Defesa. Os governantes assistiram a uma demonstração tática da companhia do exército que será destacada para a Roménia, no quadro das forças de dissuasão da NATO.
"Perante a atual agressão da Rússia à Ucrânia, a NATO entendeu reforçar a sua presença na frente de leste e criar novos grupos de combate, designadamente na Roménia", recordou António Costa.
"Portugal vai, como sempre, responder presente àquilo que nos é solicitado, que é empenhar os nossos meios, as nossas forças, na capacidade de reforçar a dissuasão para defender a paz no território da NATO", continuou.
"Todos desejamos que não se estenda a nenhum dos nossos países o terror que, através da televisão, temos vindo a assistir e que decorre na Ucrânia", acentuou o primeiro-ministro.
Setenta e oito aviões russos foram apreendidos no estrangeiro, avança a agência Interfax que cita o ministro dos Transportes da Rússia, Vitaly Savelyev, numa altura em que Moscovo se debate com as consequências das sanções internacionais.
As sanções cortaram o fornecimento da maioria dos aviões a peças e serviços. As companhias aéreas russas têm 515 aviões no estrangeiro.
O ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko, afirmou que dez hospitais tinham sido completamente destruídos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, e que vários não podem ser reabastecidos com medicamentos devido aos combates nas proximidades.
Zhanna Agalakova jornalista da emissora russa Channel One e correspondente em Paris apresentou a demissão em protesto contra a guerra que está a ser travada pela Rússia na Ucrânia.
“Já não posso fazer este trabalho”, afirmou Agalakova que acredita que a televisão estatal russa está a ser “utilizada para fazer propaganda do Kremlin e que as autoridades estão há anos a asfixiar os meios de comunicação social independentes”, avança a Reuters.
Mario Draghi considera que a Ucrânia ofereceu uma resistência “heroica” à invasão Russa e frisou que a Itália “apoiaria a proposta de Kiev de aderir à União Europeia”.
“A arrogância do governo russo colidiu com a dignidade do povo ucraniano, que conseguiu travar os objetivos expansionistas de Moscovo e impor um enorme custo ao exército russo”, afirmou Draghi depois do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, se ter dirigido aos parlamentares italianos.
Volodymyr Zelenskiy revelou que falou com o Papa Francisco e que saudaria o papel mediador da Santa Sé junto de Moscovo.
Talked to @Pontifex. Told His Holiness about the difficult humanitarian situation and the blocking of rescue corridors by Russian troops. The mediating role of the Holy See in ending human suffering would be appreciated. Thanked for the prayers for Ukraine and peace. pic.twitter.com/wj4hmrTRGd
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 22, 2022
“O nosso povo tornou-se um exército”. Zelensky alerta que a Ucrânia está no limite da sobrevivência e compara o ataque russo com o que aconteceu na II Guerra Mundial, com os nazis.
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, sugeriu aos países islâmicos que debatessem a mediação de um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia.
A vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk exorta a Rússia a permitir o abastecimento de ajuda humanitária à cidade de Mariupol e a deixar sair os civis.
“Exigimos a abertura de um corredor humanitário para os civis”, afirmou Iryna Vereshchuk numa entrevista à televisão ucraniana.
A vice-primeira-ministra ucraniana afirma também que a Rússia está a impedir fornecimentos humanitários à cidade de Kherson, no sul do país.
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky vai participar numa sessão do Parlamento do Japão, através de vídeo conferência, iniciando novos contactos a nível internacional para reunir apoios contra a invasão da Rússia.
O chefe de Estado ucraniano vai dirigir-se aos parlamentares japoneses a partir das 18:00 locais (09:00 em Lisboa), confirmou hoje o comité executivo do principal órgão legislativo do Japão composto por 465 deputados.
Zelensky vai dirigir-se à Câmara Baixa do Parlamento de Tóquio através de meios remotos mas é possível que se verifiquem alterações de horário inesperadas devido à situação na Ucrânia.
Hoje, Zelensky prevê dirigir-se também ao Parlamento italiano na sequência do que já aconteceu nos parlamentos da Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos.
(Agência Lusa)
As autoridades ucraniana revelaram que os bombardeamentos russos na cidade de Kharkiv, nordeste da Ucrânia e a 50 quilómetros da Rússia, já destruíram mais de mil edifícios, a maioria dos quais residenciais.
As forças russas estão a bombardear Kharkiv há mais de três semanas e pelo menos 500 civis foram mortos, revela a BBC.
Um dos conselheiros do Presidente Zelensky afirma que ataque russo a Kiev é “suicídio”. Segundo a Reuters, Oleksiy Arestovych afirmou ainda que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia poderá terminar entre duas a três semanas.
Mais de dois milhões atravessaram a fronteira para a Polónia, frisa o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados..
“Não há necessidade de estar na cidade, pois já há combates a decorrer à sua volta. Apelo à população civil para que seja inteligente, e saia da cidade assim que surja uma oportunidade”.
A cidade de Boryspil abriga o principal aeroporto internacional ucraniano.The mayor of #Boryspil urged civilians to leave the city, if possible, to facilitate the work of the armed forces.
— NEXTA (@nexta_tv) March 22, 2022
Dois iates do milionário russo Abramovitch atracaram no sudoeste da Turquia, que não está a aplicar as sanções impostas pelo ocidente aos oligarcas russos depois da invasão da Ucrânia.
O Eclipse, um navio de luxo de 163 metros de cumprimento com bandeira das Bermudas, atracou esta manhã no porto de Marmaris.
Ontem, o Solaris tinha sido filmado na cidade turística de Bodrum, uma semana depois de ter sido visto num porto de Montenegro, que não é um país membro da União Europeia.
Os procuradores russos estão a tentar transferir Navalny para uma colónia penal de segurança máxima, a 100 quilómetros a leste de Moscovo, durante 13 anos, sob acusação de fraude e desprezo pelo tribunal.
O opositor mais conhecido de Vladimir Putin está em julgamento desde meados de fevereiro.
- Volodomyr Zelensky diz estar pronto para conversar com Putin sobre o Donbass e a Crimeia de forma a pôr fim às hostilidades. No entanto, o presidente ucraniano exige “garantias de segurança” antecipadas.
“Devemos fazer tudo para que o Donbass e a Crimeia voltem para as nossas mãos. É uma questão de tempo? Sim. Mas agora a questão é conseguir parar a guerra”, afirmou Zelensky, que está disposto a falar diretamente com o homólogo russo.
- No terreno, os bombardeamentos continuam em cidades fulcrais como Kiev, Kharkiv, Mariupol e Odessa. Na capital, entrou em vigor um novo recolher obrigatório pelas 20h00 de segunda-feira (18h00 GMT), que irá perdurar até às 7h00 de quarta-feira.
- A situação humanitária em Mariupol é o ponto mais sensível da guerra. A cidade portuária é bombardeada há várias semanas, sem acesso a água, alimentação e energia. Na segunda-feira, o governo ucraniano rejeitou um ultimato russo para a rendição neste centro urbano, que está agora praticamente destruído.
- Na segunda-feira, vários líderes europeus condenaram a crise humanitária vivida naquela cidade. O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, fala em “grande crime de guerra”.
- Nas últimas horas, Moscovo sugeriu que a Ucrânia tem armas químicas e biológicas prontas a serem usadas neste conflito. Para os Estados Unidos, a afirmação “é um sinal claro de que ele planeia usar esses dois tipos de armas”, afirmou Joe Biden na segunda-feira.
- Esta semana será de intensa atividade diplomática, com o presidente norte-americano a viajar para Bruxelas na quinta-feira para participar em reuniões da União Europeia, NATO e G7. Biden segue depois para a Polónia, o principal ponto de passagem de refugiados ucranianos em fuga.