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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por RTP

Fabrizio Bensch - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

22h55 - Escolas ucranianas em Portugal acolhem vaga crescente de alunos
22h38 - Entrevista. Padre ortodoxo garante que Ucrânia nunca se irá render
22h24 - Rússia faz ultimato para que as forças ucranianas abandonem Mariupol

A Rússia ordenou hoje as forças ucranianas para que abandonem a cidade de Mariupol, cercada há semanas e em grande parte já destruída, até à manhã de segunda-feira.

O chefe do centro de controlo da Defesa Nacional Russa, Mikhail Mizintsev, anunciou, citado pela agência espanhola EFE, que todos os elementos do exército ucraniano poderão abandonar a cidade entre as 10:00 e as 12:00 (menos duas horas em Lisboa), bem como todos os "mercenários estrangeiros".

De acordo com as autoridades russas, a partir das 12:00 poderão entrar caravanas humanitárias com alimentos, medicamentos e artigos de primeira necessidade, tendo Mizintsev apelado ainda a organizações internacionais como as Nações Unidas e a Cruz Vermelha para que enviem representantes para supervisionar as retiradas de civis.

Outros jornalistas no terreno indicaram que o prazo estabelecido por Moscovo era as 05:00.

22h12 - Concedidos 15.677 pedidos de proteção temporária

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) informa que já concedeu, desde o início do conflito na Ucrânia, 15.677 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e a cidadãos estrangeiros que residem naquele país.

Destes, 5.592 são menores.

21h55 - Bombardeamentos atingem zonas residenciais e um bairro comercial em Podil, Kiev

O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou na sua conta da rede Telegrama novos bombardeamentos russos sobre a capital ucraniana, que atingiram zonas residenciais e um bairro comercial.

“De acordo com a informação disponível até agora, várias casas e um centro comercial foram atingidos. Equipas de socorro, médicas e da polícia já estão no local”, referiu, acrescentando que as explosões foram ouvidas no bairro de Podil.

Um vídeo publicado nas redes sociais mostra a alegada explosão. Morreu pelo menos uma pessoa.

21h40 - Dezenas de bebés vivem em caves na Ucrânia. Papa denuncia guerra " repugnante"
21h25 - Luso-ucraniano na frente de combate. "Aqui é 10 vezes pior"

21h10 - Governo não se imiscui na participação de portugueses na guerra diz Marcelo

20h50 - Zelensky multiplica apelos por apoio com diplomacia a marcar passo

20h35 - Quase 40 zonas residenciais atingidas por mísseis russos em Kiev

20h20 - Mariupol. Ataque russos constantes continuam a atingir civis

20h10 - Rússia dispara mísseis de cruzeiro a partir do Mar Negro

19h33 - Boris Johnson volta a garantir compromisso com defesa da Ucrânia

Boris Johnson voltou a estar ao telefone com o presidente ucraniano. O PM Britanico admitiu defender os interesses da Ucrânia nas reuniões da NATO e do G7 desta semana e no próximo compromisso bilateral com os principais aliados.

“O primeiro-ministro destacou o compromisso contínuo do Reino Unido de trabalhar ao lado de parceiros internacionais para coordenar o apoio para fortalecer a autodefesa da Ucrânia. Os líderes também discutiram as negociações em andamento e o primeiro-ministro reafirmou seu firme apoio à posição da Ucrânia.

“Ambos os líderes enfatizaram a importância contínua das sanções para exercer pressão sobre Putin e condenaram os ataques abomináveis ​​a civis inocentes, após os terríveis atentados em Mariupol.

“O primeiro-ministro expressou a sua admiração pela bravura da Ucrânia e deixou claro que o Reino Unido está comprometido em intensificar o apoio militar, econômico e diplomático para ajudar a pôr fim a este terrível conflito.

19h10 - Portugal já recebeu 15677 pedidos de estatuto de proteção temporária, desde o início da guerra.

São cidadãos que estavam na Ucrânia e que são de várias nacionalidades

18h30 - Vice-comandante russo da frota do Mar Negro morto em combate

O governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhayev, afirmou numa mensagem publicada na rede Telegram que o vice-comandante da força naval russa no Mar Negro, o capitão de fragata Andrei Paliy, foi morto em combate na cidade de Mariupol, na Ucrânia.

A Marinha de Guerra russa não reagiu ao comentário.

Sebastopol é uma das bases principais da Frota do Mar Negro russa e fica na Peníncula da Crimeia, território ucraniano anexado por Moscovo em 2014.

17h26 - Estado não se imiscui na participação de cidadãos portugueses na guerra

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje, em Moçambique, que a participação de cidadãos portugueses na guerra na Ucrânia "é uma realidade em que o Estado não se imiscui".

Segundo o chefe de Estado, que falava aos jornalistas num hotel de Maputo, "no momento em que se imiscuísse haveria logo a especulação sobre se havia ou não da parte do Estado português, que é um Estado da NATO, uma intervenção no terreno na Ucrânia".

"E isso está afastado, isso está afastado", frisou.

17h20 - EUA questionam vontade russa de negociar fim da guerra

A embaixadora dos Estados Unidos (EUA) na Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield, questionou hoje a vontade do Governo russo de chegar a um acordo com a Ucrânia para cessar a invasão militar em território ucraniano.

"As negociações parecem ser unilaterais. Os russos não se posicionaram por nenhuma possibilidade de uma solução negociada e diplomática", afirmou Thomas-Greenfield, numa entrevista à estação televisiva CNN.

A representante dos EUA nas Nações Unidas disse que o seu país apoia as tentativas de Kiev de negociar para pôr fim ao conflito, mas reforçou que Moscovo não está a responder adequadamente, como também não o fez durante as conversas com Washington antes de iniciar a invasão.

17h11 - Pequim não está a enviar assistência militar a Moscovo garante embaixador nos EUA

A China não está a enviar assistência militar a Moscovo para a ofensiva na Ucrânia, disse hoje o embaixador chinês nos Estados Unidos, sem especificar se essa posição também se aplica no futuro.

"Há desinformação de que a China está a fornecer assistência militar à Rússia. Nós rejeitamo-la", disse Qin Gang, numa entrevista à CBS.

O embaixador chinês indicou que a China "envia comida, medicamentos, sacos-cama e leite em pó".

"Não armas ou munições para as partes [do conflito]", acrescentou, garantindo que o país fará tudo para uma diminuição da escalada.

16h45 - Zelensky desafia Israel a "escolher" se apoia ou não luta contra o "extermínio" da Ucrânia

Volodymyr Zelensky falou ao parlamento israelita este domingo e lembrou aos deputados do Knesset a história partilhada dos dois países, para sublinhar que enfrentam ambos a mesma ameaça de "extermínio do povo, do Estado, da cultura, até do próprio nome".

O Presidente ucraniano estabeleceu o paralelo entre os dias 24 de fevereiro de 1920 e de 2022, ambas datas de má memória pela dor que trouxeram "à Ucrânia e a Israel, à Europa e ao mundo". A primeira marcou a fundação do partido que viria a ser conhecido como Nazi, na Alemanha, e a segunda a invasão russa da Ucrânia, há quase um mês.

"Como os Nazis, Moscovo fala da Solução Final", afirmou Zelensky, recordando o nome dado pelo Terceiro Reich ao extermínio dos judeus durante a II Grande Guerra.

Israel, acrescentou, “terá de viver com as escolhas que fizer sobre se quer ajudar a proteger a Ucrânia da invasão da Rússia”, numa referência à relutância israelita de vender a tecnologia que garante o seu sistema de defesa, o Escudo de Ferro.

“Todos sabem que os vossos sistemas de defesa de mísseis são os melhores” afirmou Zelensky, “e que vocês podem ajudar o nosso povo, salvar as vidas de ucranianos, de ucranianos judeus”. O próprio presidente ucraniano partilha a ascendência juadaica.

“Podemos perguntar porque não podemos receber as vossas armas, porque é que Israel não impôs sanções poderosas à Rússia ou não está a pressionar os negócios russos. De qualquer forma, a escolha é vossa, irmãos e irmãs, e terão depois de viver com a vossa resposta, povo de Israel”, desafiou o presidente ucraniano.

16h25 - Volodymyr Zelensky. “Se negociações falharem isso significará a terceira Guerra Mundial”

Em entrevista difundida pela CNN, o Presidente ucraniano afirmou-se de novo pronto a negociar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, para deter a guerra. Sem negociações, afirmou, isso será impossível.

“Estou pronto a negociações com Putin. Estou pronto desde há dois anos e penso que sem negociações não iremos deter a guerra”, afirmou Zelensky, que denunciou novo “ato de terror” em Mariupol este domingo, após o bombardeamento russo de uma escola de artes que abrigava centenas de pessoas.

A cidade portuária está de novo sob ataque russo e testemunhas afirmam que as ruas estão juncadas de cadáveres. Moscovo afirmou já hoje que utilizou um segundo míssil hipersónico.

As negociações entre as delegações russa e ucraniana prosseguem penosamente, apesar de a Turquia ter esta manhã afirmado que as partes estavam mais “próximas de um acordo”.

Na mesma entrevista à CNN, contudo, o Presidente ucraniano, descartou reconhecer a independência dos territórios da região do Donbass e a soberania russa sobre a Crimeia.

Volodymyr Zelensky afirmou que não assumirá "nenhum compromisso que afete a integridade territorial e a soberania" da Ucrânia.

As negociações em curso entre Kiev e Moscovo sobre a guerra incluem o estatuto da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e dos territórios separatistas de Donetsk e Lugansk, na região ucraniana do Donbass, cuja declaração unilateral de independência foi reconhecida pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

"Temos que aproveitar todas as oportunidades para negociar e conversar com Putin. Se essas tentativas falharem, isso significará a terceira guerra mundial", afirmou Zelensky sobre as negociações que ambos os países mantiveram na Bielorrússia.

15h20 - União Europeia condena sequestro de jornalistas e funcionários ucranianos por tropas russas

A União Europeia condenou hoje, "com a maior firmeza possível", as detenções e sequestros de jornalistas, ativistas da sociedade civil, funcionários locais e outros civis na Ucrânia, por parte das tropas de ocupação russas e os seus representantes.

De acordo com a agência de notícias Efe, Peter Stano (porta-voz do Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell) insistiu que "estes preocupantes acontecimentos" tendem a afetar os voluntários que tentam ajudar as suas comunidades com alimentos, medicamentos e água, assim como jornalistas "que expõem a verdade sobre as ocorrências no terreno".

14h32 - Indústria conserveira já sente falta de óleo de girassol

Os impactos da guerra fazem-se sentir na indústria conserveira. A Ucrânia é o principal fornecedor de óleo de girassol. Com as importações paradas, já há fábricas sem stock desta matéria-prima.

14h25 - Combates em curso na cidade portuária de Mariupol

Combates entre forças ucranianas e russas estão a ter lugar neste momento na cidade portuária de Mariupol, no leste da Ucrânia, avançou o governador regional Pavlo Kyrylenko.

Muitos dos 400.000 moradores de Mariupol estão cercados há mais de duas semanas, enquanto a Rússia tenta assumir o controlo da cidade.

14h15 - DGS disponibiliza vacinas a refugiados sem esquema vacinal completo

Os médicos de saúde pública dizem que é fundamental vacinar os refugiados da guerra que não tenham esquema vacinal completo contra doenças infeciosas. A Direção Geral da Saúde publicou uma norma em que dá prioridade à vacinação contra o sarampo e a poliomielite, mas também emitiu recomendações sobre a tuberculose, a covid-19 e a gripe.
14h06 - Polónia já foi entrada de dois milhões de refugiados ucranianos

A Polónia continua a ser a principal rota da chegada de pessoas que fogem da Ucrânia. São mais de dois milhões de refugiados, mas nos últimos dias o ritmo de entrada tem diminuído, como relatam os enviados da RTP Catarina Cadavez e Pedro Miguel Gomes.

14h00 - Pelo menos 902 civis mortos na Ucrânia desde o início do conflito

Pelo menos 902 civis foram mortos e 1.459 ficaram feridos na Ucrânia até 19 de março, avançou hoje o departamento Direitos Humanos da ONU.

A maioria das mortes deveu-se a ataques aéreos e bombardeamentos causados pela Rússia.

Acredita-se que o número real de vítimas mortais seja consideravelmente maior, uma vez que este gabinete da ONU ainda não conseguiu confirmar os óbitos em várias cidades atingidas, incluindo Mariupol.

13h51 - Ajuda polaca estende-se aos militares que combatem na Ucrânia

A Polónia procura estender a ajuda que tem prestado à população refugiada e aos militares ucranianos que estão a combater no terreno, como constataram os enviados da RTP Catarina Cadavez e Pedro Miguel Gomes.

13h46 - Moldavos procuram dar máximo conforto aos refugiados ucranianos

A guerra na Ucrânia está a provocar uma crise humanitária e também económica nos países fronteiriços. A Presidente da Moldova já avisou a população que vão ser necessários mais sacrifícios.

Ainda assim, não faltam gestos de solidariedade. Há mesmo quem ceda a própria casa e se mude para um anexo para dar conforto às crianças refugiadas. A reportagem é dos enviados da RTP Rosário Salgueiro e Nuno Miguel Fernandes.

13h15 - Governo alemão anuncia acordo no Qatar para fornecimento de gás

A Alemanha e o Qatar concordaram hoje em formar uma parceria energética a longo prazo, que o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, disse ser um passo para diminuir a dependência do gás russo.

12h48 - Linhas da frente “congeladas” conforme Rússia perde força, diz Ucrânia

As linhas da frente entre as forças ucranianas e russas estão "praticamente congeladas", já que a Rússia não tem força de combate suficiente para avançar mais, avançou há instantes o assessor presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych.

“No último dia praticamente não houve ataques com foguetes em cidades ucranianas”, acrescentou o responsável.

12h32 – Dez milhões de pessoas já fugiram das suas casas

Dez milhões de pessoas fugiram das suas casas na Ucrânia devido à guerra "devastadora" feita pela Rússia, disse hoje o Alto-comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi.

"A guerra na Ucrânia é tão devastadora que 10 milhões de pessoas fugiram, deslocadas internamente ou refugiadas no exterior", disse Grandi na rede social Twitter.

12h20 – França não descarta sanções à energia russa

O ministro francês das Finanças afirmou hoje que as sanções contra a Rússia estão a prejudicar a economia desse país e o próprio presidente Vladimir Putin, acrescentando que eventuais proibições às importações de gás e petróleo russos continuam a ser uma opção para Paris.

“[As sanções] estão a prejudicar o Estado russo e a atingir Vladimir Putin”, frisou Bruno Le Maire.

“Devemos parar imediatamente de comprar petróleo russo, devemos mais à frente parar de importar gás russo? O presidente [Emmanuel Macron] nunca descartou essas opções”, lembrou.

11h36 – Papa diz que “violenta agressão” contra Ucrânia causou “carnificinas e atrocidades”

O papa Francisco pediu hoje aos líderes que acabem com esta “guerra repugnante”, que está a provocar “um massacre sem sentido”.

“A violenta agressão contra a Ucrânia, infelizmente, não está a desacelerar”, lamentou.

10h47 - RTP em bairro de Kiev destruído por míssil

Uma zona residencial nos arredores de Kiev atingida há dois dias mostra ainda as marcas evidentes do ataque com um míssil, que deixou no solo um buraco com dois metros de profundidade.

Três prédios, uma escola e um jardim de infância ficaram destruídos.

No local, os enviados especiais da RTP à Ucrânia, Cândida Pinto e David Araújo, constataram que nas últimas horas se voltaram a ouvir sirenes e bombardeamentos.

10h40 - Boris Johnson avisa que Putin pode não parar na Ucrânia caso vença a guerra

O primeiro-ministro do Reino Unido considera fundamental que Vladimir Putin fracasse na invasão. Boris Johnson sublinha que, se o presidente da Rússia vencer, esta guerra não vai parar na Ucrânia.

10h30 - China aponta expansionismo da NATO como origem da guerra

A China considera que o expansionismo da NATO está na origem da guerra e reforça que o país está do lado certo da História.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China apela à negociação entre as partes envolvidas no conflito.

Pequim quer evitar "mentalidades da Guerra Fria".

10h19 - Moscovo espera assinatura de um acordo "abrangente"

A Rússia diz a operação na Ucrânia só termina com a assinatura de um acordo "abrangente". O ministro russo dos Negócios Estrangeiros revela que acredita num entendimento se houver um ajuste das leis para o que diz ser um nível "civilizado".

Sergei Lavrov diz que é preciso garantir a neutralidade da Ucrânia perante a NATO. Uma resposta ao presidente da Ucrânia, que desafiou Vladimir Putin para o diálogo.

10h09 - Zelensky diz que exército ucraniano está a provocar baixas russas em grande escala

O presidente da Ucrânia apela às empresas da Suíça que abandonem o mercado russo. Sobre a operação no terreno, Volodymir Zelensky acredita que o Exército ucraniano está a provocar baixas em grande escala nas tropas de Vladimir Putin.

09h48 - Caças e tropas francesas reforçam policiamento aéreo da NATO na Estónia

Desde a invasão da Ucrânia, os Aliados da NATO já enviaram navios, aviões e tropas adicionais para o leste e sudeste da Europa.

O batalhão francês junta-se agora às tropas dinamarquesas e britânicas equipadas com veículos blindados na base militar de Tapa.

A NATO também reforçou as tropas ucranianas com mais de 20 mil armas.

A Aliança Atlântica continua a recusar uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para evitar um conflito maior.

09h37 - Rússia anuncia nova utilização de mísseis hipersónicos

A Rússia anunciou hoje, pelo segundo dia consecutivo, que utilizou mísseis hipersónicos na Ucrânia, desta vez para destruir uma reserva de combustível do exército ucraniano no sul do país.

"Uma grande reserva de combustível foi destruída por mísseis Kalibr, disparados do Mar Cáspio, bem como mísseis balísticos hipersónicos disparados pelo sistema aeronáutico Kinjal do espaço aéreo da Crimeia", disse o Ministério da Defesa num comunicado, citado pela agência francesa AFP.

O ministério acrescentou que o ataque ocorreu na região de Mykolayiv, mas não especificou a data.

Segundo o ministério russo, o alvo destruído foi "a principal fonte de combustível para os veículos blindados ucranianos" colocados no sul do país.

08h54 - Mariupol denuncia ataque russo a escola de arte que abrigava mais de 400 pessoas

A autarquia da cidade ucraniana de Mariupol denunciou hoje um ataque russo a uma escola de arte que abrigava mais de 400 pessoas, muitas das quais ainda estão debaixo dos escombros.

O ataque contra a Escola de Arte G12, localizada na margem esquerda da cidade, teve lugar no sábado, de acordo com as autoridades.

"Sabe-se que o edifício foi destruído e que os civis ainda estão debaixo dos escombros. Estão a ser recolhidas informações sobre o número de vítimas", pode ler-se na mensagem publicada na conta da plataforma Telegram.

As autoridades em Mariupol acusaram na sexta-feira a Rússia de outro bombardeamento de um abrigo no Teatro Dramático da cidade, que alegadamente soterrou mais de 1.300 civis no interior. Até agora, cerca de 130 pessoas foram resgatadas do abrigo, embora as operações tenham sido particularmente lentas no sábado, devido à intensidade dos combates.

08h51 - INSA preparado para responder a eventual ameaça biológica

O laboratório de alta segurança do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) reforçou stocks, otimizou técnicas e adquiriu novos equipamentos para poder responder a eventuais necessidades acrescidas resultantes do conflito na Ucrânia.

"A nossa preparação é tentar termos um stock de reagentes preparado e como é evidente intensificamos e estamos a otimizar todas as metodologias", disse à agência Lusa Sofia Núncio, coordenadora da Unidade de Resposta a Emergências e Biopreparação (UREB), criada em 2001 na sequência do ataque terrorista de 11 de setembro nos Estados Unidos.

A hipótese da utilização de armas químicas e biológicas, proibida pela Convenção sobre as Armas Químicas e Biológicas de 1972, foi levantada agora pela Rússia ao acusar os Estados Unidos de terem em preparação esse tipo de armas. A acusação foi refutada pelos norte-americanos que afirmam que os russos é que estarão a equacionar o seu uso na invasão na Ucrânia.

08h42 - Ucrânia. Austrália proíbe exportações de alumínio e bauxite para a Rússia

A Austrália adotou hoje novas sanções económicas contra a Rússia em resposta à invasão da Ucrânia, proibindo as exportações de alumínio e bauxite com efeito imediato, e comprometendo-se a fornecer mais armas e ajuda humanitária a Kiev.

Cerca de 20% do alumínio que chega à Rússia é proveniente da Austrália.

O anúncio surge dias após a decisão de Camberra de sancionar o oligarca russo Oleg Deripaska, fundador do gigante do alumínio Rusal, que tem uma participação na empresa australiana Queensland Alumina Limited.

08h36 - Zelensky suspende a atividade de vários partidos ligados à Rússia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje a suspensão da atividade de vários partidos políticos com ligações à Rússia, numa altura em que está em vigor na Ucrânia a lei marcial.

Num vídeo divulgado esta madrugada na página oficial da Presidência ucraniana na Internet, Zelensky decidiu suspender a atividade de partidos como o Bloco de Oposição, a Oposição de Esquerda, a União das Forças de Esquerda e o Partido Socialista Progressista da Ucrânia.

"Dada a guerra em larga escala travada pela Federação Russa e as ligações de algumas estruturas políticas com este Estado, toda e qualquer atividade de vários partidos políticos é suspensa durante a lei marcial", disse o Presidente ucraniano.

O Ministério da Justiça é instruído a "tomar imediatamente medidas abrangentes para proibir as atividades desses partidos políticos da maneira prescrita", acrescentou Zelensky.

08h23 - Suíça disposta a acolher negociações de paz com a Rússia

O Presidente suíço, Ignazio Cassis, assegurou que a Suíça "está disposta" a tornar-se um mediador na resolução do conflito na Ucrânia e anunciou a abertura do país para acolher negociações entre Kiev e Moscovo.

A Suíça "está pronta para desempenhar um papel de mediador nos bastidores ou para sediar negociações", disse no sábado o líder suíço, numa manifestação de apoio à Ucrânia, em Berna.

Segundo a estação de rádio RTS, Cassis sublinhou que "a Suíça combina a neutralidade com uma tradição humanitária (...) É um pequeno país que está firmemente comprometido com a liberdade".

08h10 - Níveis de radiação nas centrais nucleares "normais" e segurança "a funcionar"

Os níveis de radiação nas centrais nucleares ucranianas estão "normais" e os sistemas de segurança "a funcionar", anunciou a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

A agência nuclear das Nações Unidas recebeu a informação, por parte do regulador ucraniano, de que "oito dos quinze reatores do país continuam a funcionar, incluindo os dois na central nuclear de Zaporijia, três em Rivne, um em Khmelnytsky, e dois no sul da Ucrânia".

Ainda de acordo com o regulador ucraniano, "os níveis de radiação em todas as centrais nucleares estão na faixa normal e os sistemas de segurança a funcionar".

08h01 - Zelensky "diz que crimes de guerra" russos em Mariupol "ficarão na história"

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que o cerco russo de Mariupol "ficará na história (...) por crimes de guerra", mas disse que "é necessário" continuar as negociações com Moscovo.

"Fazer o que os invasores fizeram com uma cidade pacífica é um terror que será lembrado em séculos vindouros" e "quanto mais a Rússia usar o terror contra a Ucrânia, piores serão as consequências", afirmou Zelensky.

Num vídeo divulgado esta madrugada na página oficial da Presidência ucraniana na Internet, o governante adiantou que mais de 4.000 moradores de Mariupol conseguiram partir para Zaporijia no sábado.

Oito corredores humanitários operaram no sábado, de acordo com Zelensky, e um total de 6.623 pessoas foram resgatadas de Mariupol.

O líder ucraniano disse, no entanto, que não foi possível retirar os habitantes de Borodyanka, na região de Kiev, devido aos bombardeamentos russos.

"Infelizmente, não foi possível entregar ajuda humanitária às cidades da região de Kherson", acrescentou.

Zelensky disse que as negociações com a Rússia não são "nem simples nem agradáveis, mas são necessárias".
Ponto da situação
  • Os níveis de radiação nas centrais nucleares ucranianas estão "normais" e os sistemas de segurança "a funcionar", anunciou hoje a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

  • O Presidente suíço, Ignazio Cassis, assegurou que a Suíça "está disposta" a tornar-se um mediador na resolução do conflito na Ucrânia e anunciou a abertura do país para acolher negociações entre Kiev e Moscovo.

  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje a suspensão da atividade de vários partidos políticos com ligações à Rússia, numa altura em que está em vigor na Ucrânia a lei marcial.
  • Zelensky alerta que o cerco russo de Mariupol "ficará na história (...) por crimes de guerra", mas disse que "é necessário" continuar as negociações com Moscovo.

  • A autarquia da cidade ucraniana de Mariupol denunciou hoje um ataque russo a uma escola de arte que abrigava mais de 400 pessoas, muitas das quais ainda estão debaixo dos escombros.