Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Moreira Santos, Mariana Ribeiro Soares, Andreia Martins - RTP

Autoridades ucranianas numa zona residencial de Kiev Miguel A. Lopes - Lusa

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h40 - UE tem dados "muito credíveis" de que a China pondera dar apoio militar à Rússia

Os líderes europeus possuem "informações muito credíveis" de que a China está a considerar prestar assistência militar à Rússia, noticiou o site Politico, que cita um alto funcionário da União Europeia (UE).

No início da semana os Estados Unidos tinham lançado um alerta semelhante, depois de ter sido noticiado que o governo russo estava a pedir à China equipamentos militares e outro tipo de apoio para o conflito na Ucrânia.

"Os líderes da UE têm evidências muito credíveis de que a China está a considerar fornecer ajuda militar à Rússia. Todos os líderes estão muito cientes do que está a acontecer", vincou o alto funcionário do organismo europeu, que falou ao Politico sob condição de anonimato. A mesma fonte não revelou que tipo de assistência foi solicitado por Moscovo.  "Estamos preocupados com o fato de a China estar a `namorar` com os russos", acrescentou.

A UE "imporá barreiras comerciais contra a China" se Pequim prosseguir com o pedido da Rússia, assegurou a mesma fonte, lembrando que "esta é a única linguagem que Pequim entende".

Também esta sexta-feira o Presidente norte-americano, Joe Biden, advertiu o seu homólogo chinês, Xi Jinping, para as "implicações" e "consequências" para a China caso forneça "apoio material" à Rússia no "brutal" ataque deste país à Ucrânia, indicou a Casa Branca.

(agência Lusa)

00h30 - Embaixador António Monteiro considera que Putin comprometeu futuro da Rússia

O embaixador António Monteiro, que representou Portugal junto das Nações Unidas, considera que Vladimir Putin deixou de ter futuro e que o conflito na Ucrânia é "uma guerra de um homem só".

00H15 - Imagens de satélite mostram destruição em Kharkiv 
Imagens satélite mostram destruição dos bombardeamentos na cidade de Kharkiv

A empresa Maxar Technologies divulgou imagens de satélite da destruição causada pelos bombardeamentos esta sexta-feira.

As imagens mostram o impacto da artilharia russa nos prédios de apartamento e lojas destruídas na cidade de Chernihiv, no Norte do país.

As imagens mostram ainda uma enorme fila de carros, que tentam sair da cidade de Mariupol, no Sul da Ucrânia, onde centenas de pessoas ainda estão desaparecidas, depois do ataque aéreo russo a um teatro.

As Nações Unidas estimam que a guerra na Ucrânia já levou mais de três milhões de pessoas a abandonar o país, enquanto outras seis milhões e meio estão deslocadas dentro da própria Ucrânia, tendo deixado as suas casas para se dirigirem para outras zonas do país.

As projeções da ONU indicam, ainda, que cerca de doze milhões de pessoas possam estar retidas em áreas afetadas ou incapazes de sair, por não haver condições de segurança e por as pontes e por estradas e pontes estarem destruídas.

23h45 - De táxi de Madrid a Varsóvia para buscar 135 refugiados

Quase três dezenas de táxis foram desde Madrid até Varsóvia para ir buscar refugiados ucranianos.

De regresso a Madrid, após cinco dias de viagem, transportavam 135 pessoas de nacionalidade ucraniana. 

23h15 - Zelensky considera que chegou o momento para um encontro com Putin

Numa mensagem vídeo divulgada já nas primeiras horas de sábado na Ucrânia, o presidente ucraniano pediu negociações significativas de paz e segurança.

Na perspetiva de Volodymyr Zelensky, esta é a única oportunidade da Rússia para limitar os danos provocados pelos erros que resultaram da invasão da Ucrânia.

"Chegou a hora de um encontro, é hora de conversar", afirmou Zelensky.

23h00 - Vladimir Putin tem vários imóveis de luxo na Alemanha, avança Bild

O presidente da Rússia é proprietário de vários imóveis de luxo em Berlim, capital da Alemanha, e em Munique, avança um artigo do jornal alemão Bild.

Segundo este órgão de comunicação social, Vladimir Putin adquiriu há poucos anos o "Palácio da Ópera" de Munique, avaliado em 300 milhões de euros, assim como o edifício do Hotel Sofitel, também na capital da Bavária.

A investigação de 2021 apelidada de "Pandora Papers" tinha revelado que o palacete em Munique estava vinculado a uma empresa 'fantasma' sediadas nas Ilhas Virgens.

A empresa estará associada, de acordo com uma investigação conjunta de vários órgãos de comunicação social alemães, ao empresário russo Ruslan Yevgenevich Goriujin, por sua vez associado ao milionário Arkadi Rotenberg, que pertence ao círculo mais restrito de amizades de Putin.

As notícias publicadas pela Bild avançam que o presidente russo também é o proprietário de 33 imóveis na Avenida Kurfürstendamm e de uma moradia de luxo de 1.850 metros quadrados em Berlim.

Mais uma vez, os imóveis aparecem como propriedade de Arkadi Rotenberg e do seu irmão, Boris, ambos submetidos às sanções dos Estados Unidos da América (EUA) e do Reino Unido, pelo vínculo das suas empresas com a invasão à Ucrânia.

Este mês, as autoridades da Alemanha apreenderam num estaleiro em Hamburgo vários iates pertencentes a oligarcas russos sancionados.

No entanto, ainda não há registos de que alguma propriedade tenha sido confiscada, já que, na prática, dadas as dificuldades em determinar quem é o verdadeiro proprietário destes bens luxuosos, a maior parte das vezes registados em empresas sediadas em paraísos fiscais.

(agência Lusa)

22h14 - Itália confiscou mansão de luxo do oligarca mais rico da Rússia

Itália confiscou, esta sexta-feira, uma casa de luxo no porto da cidade de Ólbia (Sardenha) do magnata russo Alexey Alexandrovits Mordaschov, no âmbito das sanções pela invasão da Ucrânia, informaram fontes do Governo italiano. A moradia para uso residencial está avaliada em cerca de 105 milhões de euros e foi apreendida após uma investigação da Guarda das Finanças (polícia de delitos fiscais e fronteiras).

Itália já tinha confiscado o mega-iate “Lady M”, traçado no porto de Imparia (noroeste) de Mordaschov, presidente do conglomerado metalúrgico e energético Severstal.

21h50 - Petrolífera Halliburton suspende negócios futuros na Rússia

A empresa de serviços petrolíferos Halliburton Co. anunciou que suspendeu futuros negócios na Rússia, em concordância com as sanções dos Estados Unidos.

21h43 - UNICEF envia 85 camiões com ajuda humanitária para crianças vítimas da guerra

A UNICEF enviou desde quinta-feira 85 camiões com mais de 850 toneladas de material de emergência para apoiar as crianças e famílias vítimas do conflito na Ucrânia, país invadido pela Rússia há três semanas.

Em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês) anunciou o envio de 85 camiões, desde quinta-feira, com "858 toneladas de material de emergência para apoiar crianças e famílias na Ucrânia" e nos países vizinhos.

Deste total, 78 seguem para a Ucrânia, enquanto os restantes sete serão divididos pelos países vizinhos, que estão a acolher milhões de refugiados que desde 24 de fevereiro abandonaram o país, enquanto os militares russos controlam uma parte do território ucraniano.

21h12 - EUA colocam na `lista negra` 100 aviões russos, incluindo jato de Abramovich

Uma centena de aviões russos, incluindo do empresário russo Roman Abramovich e os Boeing da Aeroflot, que recentemente violaram as sanções dos Estados Unidos à Rússia, foram hoje colocados na `lista negra` do Departamento de Comércio norte-americano. Washington proibiu a entrada na Rússia de aviões fabricados nos Estados Unidos ou com pelos menos 25% das peças produzidas em solo norte-americano, sem uma permissão específica, desde a imposição de sanções pelo Ocidente devido à invasão russa da Ucrânia.

No entanto, desde 02 de março, com base em informações disponíveis publicamente, o Departamento de Comércio "identificou vários voos comerciais e privados de terceiros países para a Rússia, todos propriedade ou controlados pela Rússia ou cidadãos russos".

Este órgão governamental acrescentou, em comunicado, que estas aeronaves não podem beneficiar de reabastecimento, manutenção ou fornecimento de peças sobresselentes ou serviços.

"Estando impedido que estas aeronaves recebam qualquer serviço, inclusive do exterior, por exemplo", voos internacionais com origem na Rússia nestes aviões podem levar à imobilização dos aparelhos, acrescentou o Departamento de Comércio.

A lista inclui aviões da transportadora aérea russa Aeroflot, AirBridge Cargo, Utair, Nordwind, Azur Air e Aviastar, bem como o jato particular Gulfstream G650 de Abramovich, que também tem nacionalidade portuguesa.

"Publicamos esta lista para alertar o mundo que não permitiremos que empresas e oligarcas russos e bielorrussos viajem impunemente, violando as nossas leis", salientou a secretário do Comércio, Gina Raimondo, citada no comunicado.

21h02 - Ainda estão "centenas" de pessoas nos escombros do teatro bombardeado em Mariupol

Esta sexta-feira ainda estavam, "centenas" de pessoas nos escombros de um teatro bombardeado pelas forças russas em Mariupol, região sudeste da Ucrânia, segundo o presidente ucraniano.

Dois dias após o bomvardeamento do teatro, Volodymyr Zelensky anunciou que "mais de 130 pessoas tinham sido salvas".

"Mas centenas de moradores de Mariupol ainda estão sob os escombros", acrescentou num vídeo.

20h53 - Embaixada polaca em Lisboa alerta para campanha de desinformação russa

A embaixada da Polónia em Lisboa alertou hoje para a utilização pelos órgãos de comunicação social portugueses de informações que podem ser utilizadas em campanhas de desinformação perpetradas pela Rússia, que invadiu a Ucrânia há 23 dias.

Em comunicado enviado à Lusa, a embaixada polaca sustentou que “passados 23 dias da agressão russa à Ucrânia, é necessário lembrar que a mesma se realiza não só no domínio militar, mas também no domínio da desinformação” e que o Kremlin tem ao seu dispor uma “ampla gama de máquinas de desinformação”.

A representação diplomática da Polónia sublinhou na nota que é necessária a “verificação de informações de fontes de informação, bem como o uso exclusivo de materiais verificados”, como, por exemplo, fotografias e vídeos.

(agência Lusa)

20h35 - Especialistas ucranianos repararam a linha de energia danificada da central nuclear de Zaporizhzhia

Especialistas ucranianos consertaram uma das linhas de energia danificadas da central nuclear de Zaporizhzhia, anunciou a agência ucraniana Interfax citando a companhia nacional de energia.

20h32 - Ex-presidente Poroshenko avisa que Putin não é de confiança

O ex-presidente da Ucrânia faz um apelo à zona de exclusão aérea e a que a ajuda em armamento seja acelerada dado o avanço do conflito. Aos enviados da RTP a Kiev, Petro Poroshenko diz que Putin não é de confiança mas que não deve haver medo do presidente da Federação Russa.


20h07 - Retiradas 9.145 pessoas de cidades ucranianas esta sexta-feira

Um total de 9.145 pessoas foram retiradas de cidades ucranianas, através de corredores humanitários, esta sexta-feira, segundo as autoridades.

19h49 - Quase 6,5 milhões de ucranianos deslocados dentro do próprio país

As Nações Unidas calculam que até hoje quase 6,5 milhões de ucranianos tenham sido obrigados a deslocar-se dentro do próprio país devido à invasão das tropas russas, além dos 3,2 milhões que já fugiram da Ucrânia. As estimativas das agências da ONU, relativas às três semanas deste conflito, sugerem que o numero de deslocados pode rapidamnete atingir o verificado na guerra da Síria, que levou cerca de 13 milhões de pessoas a deixarem as suas casas, deslocando-se dentro do país e para o estrangeiro.

As conclusões constam de um documento divulgado hoje pelo Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

As projeções também indicam que "cerca de 12 milhões de pessoas possam estar retidas em áreas afetadas ou incapazes de sair devido a riscos de segurança elevados, destruição de pontes e estradas, bem como falta de recursos ou informações sobre onde encontrar segurança e alojamento".

O documento cita os números da Organização Internacional das Migrações (OIM) como "uma boa representação da escala de deslocamentos internos em território urcraniano - calculada em 6,48 milhões de deslocados internos na Ucrânia até 16 de março".

(agência Lusa)

19h37 - Joe Biden adverte Xi Jinping para “consequências” se a China ajudar a Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, advertiu o presidente da China, Xi Jinping, num telefonema esta sexta-feira, para as "implicações e consequências" se Pequim fornecer apoio material à Rússia ao atacar cidades e civis ucranianos, disse à Reuters um alto cargo da Casa Branca.

Segundo a mesma fonte, a conversa entre os dois líderes "foi direta, substantiva e detalhada".

"Vamos ver que decisões a China toma nos próximos dias e semanas", acrescentou.


19h23 - Portugal já concedeu 14.598 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) informou, em comunicado, que já concedeu, desde o início do conflito na Ucrânia, 14.598 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e a cidadãos estrangeiros que residem naquele país.

“Destes, 5.242 são menores”, acrescenta.

19h15 - Rússia chega a acordo com a Bielorrússia para o fornecimento de alimentos essenciais

A Rússia chegou a um acordo com a Bielorrússia, esta sexta-feira, para fornecer alimentos essenciais, se necessário, incluindo trigo e óleo vegetal, como parte de um esforço para compensar as sanções do Ocidente aos dois países, avançou a agência de notícias oficial bielorrussa Belta.

As duas nações concordaram, a 11 de março, tomar medidas conjuntas de apoio mútuo, inclusive sobre os preços da energia.

19h00 - Rússia acusa Conselho da Europa de ser um instrumento "russofóbico" a serviço dos ocidentais

A Rússia acusou, esta sexta-feira, o Conselho da Europa, que o excluiu oficialmente na quarta-feira, de ser um instrumento "russofóbico" a serviço dos ocidentais, alegando rejeitar a "tutoria de Bruxelas" em questões de direitos humanos.

"Devido à atividade russofóbica do Ocidente, esta estrutura está a perder a sua razão de ser. Ao colocar o serviço dos interesses do bloco acima dos seus próprios objetivos estatutários, o Conselho da Europa transformou-se num instrumento obediente da União Europeia. União, a Natos e seus satélites", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, num comunicado citado pela Reuters.

18h48 - Emirados Árabes Unidos admitem estar prontos para apoiar todos os esforços para alcançar uma solução pacífica entre a Ucrânia e a Rússia

Os Emirados Árabes Unidos estão prontos para apoiar todos os esforços destinados a alcançar uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados, Sheikh Abdullah bin Zayed Al Nahyan, ao seu homólogo ucraniano Dmytro Kuleba num telefonema. A informação foi avançada pela agência de notícias estatal dos Emirados WAM.

Sheikh Abdullah considera que é necessário aumentar os esforços para alcançar um cessar-fogo e intensificar as negociações e o diálogo entre todas as partes para encontrar uma solução política para a crise.

Também Dmytro Kubela confirmou, entretanto, as conversações com os Emirados Árabes Unidos sobre "os esforços para restaurar a paz na Ucrânia".

"Grato aos Emirados Árabes Unidos por intensificar a ajuda humanitária para a Ucrânia", acrescentou, numa mensagem no Twitter.



18h19 - Chefe do Hezbollah no Líbano nega ter enviado combatentes para apoiar a Rússia na Ucrânia

O chefe do Hezbollah do Líbano, Sayyed Hassan Nasrallah, negou esta sexta-feira os relatos sobre o envio de combatentes e especialistas para lutar ao lado da Rússia na Ucrânia, informou a TV libanesa Al Mayadeen.

"Ninguém do Hezbollah, nem um combatente nem um especialista, foi a esta ou a qualquer uma das arenas dessa guerra", disse à TV Al Mayadeen, com sede em Beirute.

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, deu luz verde para que até 16 mil voluntários do Médio Oriente fossem mobilizados ao lado de rebeldes apoiados pela Rússia para lutar na Ucrânia.

17h43 - Moscovo anuncia "aproximação" de posições nas conversações com Kiev

O chefe da delegação russa às conversações com Kiev anunciou hoje ter registado uma "aproximação" das posições sobre a questão de um estatuto neutral da Ucrânia e progressos na relacionada com a desmilitarização do país.

"A questão do estatuto de neutralidade da Ucrânia e a sua não adesão à NATO constitui um dos pontos chave das negociações, é o ponto no qual as partes aproximaram o mais possível as suas posições", declarou Vladimir Medinski, citado pelas agências russas.

No entanto, referiu-se a "nuances" relacionadas com as "garantias de segurança" exigidas pela Ucrânia.

"Em relação à desmilitarização, diria 50/50", prosseguiu, mas referindo não poder revelar os detalhes das negociações e quando as delegações estão a "meio caminho" de um acordo sobre a questão.


17h38 - Câmara Municipal de Kiev diz que forças russas já atingiram 36 áreas residenciais

A Câmara Municipal de Kiev diz que desde o início da ofensiva já foram atingidas 36 áreas residenciais, seis escolas e quatro jardins-de-infância.

O município também avança que 160 militares morreram em Kiev, para além de 60 civis, incluindo quatro crianças.
Os números das baixas militares são ainda mais difíceis de confirmar devido às grandes disparidades entre os números avançados pelos dois lados. Forças ucranianas dizem que já abateram 14.200 militares russos. Fontes norte-americanas dizem que esse número é de 7000 e fontes de Moscovo falam em 498.

17h28 - Índia compra petróleo russo e rejeita "politizar" questões de energia

Responsáveis do governo indiano defenderam hoje a compra de petróleo russo, argumentando que os países europeus continuam a comprar hidrocarbonetos a Moscovo e que os preços do crude deixam pouca escolha.

"As transações energéticas legítimas da Índia não devem ser politizadas", afirmaram fontes do governo indiano, sublinhando que o país "depende fortemente das importações para satisfazer as suas necessidades energéticas".

Nos últimos dias, as refinarias de petróleo indianas terão, segundo a imprensa, comprado vários milhões de barris de petróleo russo a preços de desconto.

"Os desenvolvimentos geopolíticos colocaram desafios significativos à nossa segurança energética. Por razões óbvias, tivemos de deixar de nos abastecer no Irão e na Venezuela. As fontes alternativas têm vindo muitas vezes a um custo mais elevado", disse um responsável governamental, sob condição de anonimato.

De acordo com os meios de comunicação locais, Nova Deli tem estado a trabalhar num mecanismo de conversão entre rublos e rupias, para ajudar a financiar as importações de petróleo, evitando ao mesmo tempo denominar as transações em dólares norte-americanos, numa altura em que a Rússia está sujeita a fortes sanções dos Estados Unidos e outros países ocidentais.

Funcionários do governo indiano disseram hoje à France-Presse que a Índia importa quase 85% das suas necessidades de crude, com o petróleo russo a representar uma quota "marginal" de menos de 1%.

17h20 - Putin acusa Ucrânia de “crimes de guerra” durante conversa com Macron

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia de "vários crimes de guerra" durante uma conversa telefónica com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron. Segundo a agência francesa AFP, Putin garantiu que as tropas russas estão a fazer "todos os possíveis" para não atingir civis.

Durante esta chamada telefónia, Putin “chamou a atenção para os numerosos crimes de guerra cometidos diariamente pelas forças de segurança e nacionalistas ucranianos”, disse o Kremlin em comunicado.

Segundo o Eliseu, Macron partilhou com Putin a sua “extrema preocupação” com a cidade ucraniana de Mariupol, que tem sido atingida por constantes bombardeamentos nos últimos dias.

Durante a chamada, que durou cerca de 1h10, Macron voltou a exigir a Putin um cessar-fogo imediato.

17h06 - Ataque a teatro de Mariupol. Há um ferido grave, mas nenhuma morte a registar

O ataque a um teatro na cidade de ucraniana de Mariupol provocou pelo menos um ferido grave, mas nenhuma morte, segundo uma avaliação do município. "De acordo com informações preliminares, não há mortes. Mas há informações sobre uma pessoa gravemente ferida", anunciou a Câmara Municipal de Mariupol no Telegram.

O presidente ucraniano também anunciou esta sexta-feira que pelo menos 130 pessoas foram resgatadas do teatro que estava a ser utilizado como abrigo e que centenas de moradores ainda estão sob os escombros.

16h56 - Putin recorre à Bíblia para elogiar sacrifício dos soldados russos

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, recorreu hoje à Bíblia para elogiar o sacrifício dos soldados russos na Ucrânia, ao participar numa manifestação patriótica em Moscovo que assinalou o oitavo aniversário da anexação da Crimeia.

Numa rara aparição pública e num discurso perante dezenas de milhares de pessoas que enchiam o estádio Luzhniki de Moscovo e agitavam bandeiras da Rússia, Putin destacou a ação dos soldados russos na Ucrânia.

"As palavras da Bíblia Sagrada vêm-me à cabeça: não há maior amor do que dar a vida pelos amigos", disse Putin, citado pela agência russa TASS, ao justificar a invasão para proteger a população russófona no leste da Ucrânia.
"Ombro a ombro, eles ajudam-se e apoiam-se mutuamente", afirmou, saudado pela multidão.

A Rússia não tem divulgado as suas baixas na guerra da Ucrânia, que invadiu em 24 de fevereiro, mas chegou a admitir 498 mortos após sete dias de combates. Os ucranianos dizem que mataram mais de 14.000 russos e os Estados Unidos estimaram anteriormente as perdas de Moscovo entre 2.000 e 4.000 soldados.

(agência Lusa)

16h48 - Rússia confirma progressos nas negociações com a Ucrânia

Moscovo e Kiev estão "a meio do caminho" na questão da desmilitarização da Ucrânia e estão mais alinhados em relação à neutralidade da Ucrânia e da renúncia à adesão à NATO, disse o negociador russo Vladimir Medinsky.

Medinsky afirma que as equipas diplomáticas estão a discutir garantias de segurança caso a Ucrânia desista de se juntar à aliança militar ocidental, segundo cita a agência de notícias russa Interfax.

O presidente Vladimir Putin revelou na quinta-feira ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan quais são as exigências da Rússia para um acordo de paz com a Ucrânia. A principal é a neutralidade da Ucrânia e a não adesão do país à NATO.

16h25 - Presidente chinês diz a Biden que a guerra precisa de acabar “o mais rápido possível”

Continuam a chegar mais detalhes da conversa mais recente entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, que terminou há cerca de uma hora.

Segundo os meios de comunicação chineses, Xi Jinping disse a Biden que a guerra na Ucrânia precisa de acabar “o mais rápido possível”.

"As principais prioridades agora são continuar o diálogo e as negociações, evitar vítimas civis, evitar uma crise humanitária, cessar os combates e acabar com a guerra o mais rápido possível", disse Xi Jinping a Joe Biden durante a conversa telefónica.

O presidente chinês também defendeu que todas as partes devem apoiar conjuntamente o diálogo e as negociações entre Kiev e Moscovo, enquanto os Estados Unidos e a NATO também devem manter conversações com a Rússia para resolver a crise e as preocupações de segurança tanto da Rússia como da Ucrânia.

15h56 - Papa afirma direito de Kiev a defender-se de agressão russa

O papa Francisco condenou hoje "o perverso abuso de poder" patente na agressão russa à Ucrânia e pediu ajuda para os ucranianos, atacados na sua "identidade, história e tradição" e que têm direito a "defender a sua terra".

As declarações do papa, numa mensagem enviada a um encontro de representantes católicos europeus na Eslováquia, são algumas das mais contundentes por ele até agora emitidas sobre o direito da Ucrânia a existir enquanto Estado soberano e a defender-se da invasão da Rússia.

Foram proferidas apenas alguns dias depois de o chefe da Igreja Católica ter dito ao patriarca da Igreja Ortodoxa russa, Kirill, que o conceito de "guerra justa" é obsoleto, porque as guerras nunca são justificáveis, e que os religiosos devem pregar a paz, não a política.

Tais comentários, feitos durante uma videochamada na quarta-feira com Kirill, foram um golpe indireto à aparente defesa da guerra feita pelo patriarca ortodoxo.

Próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, o patriarca terá justificado a invasão descrevendo-a como parte de uma luta contra o pecado e a pressão de estrangeiros liberais para realizar "desfiles `gay`".

Kirill culpou o Ocidente e outro patriarca ortodoxo por fomentar a inimizade entre a Ucrânia e a Rússia e fez eco das palavras de Putin ao insistir que os cidadãos dos dois países são "um só povo".

Nas suas declarações de hoje, o papa Francisco não mencionou a Rússia pelo nome -- prova da tradição do Vaticano de não identificar agressores e das suas tentativas de manter um diálogo aberto com a igreja de Kirill -, mas a sua defesa da Ucrânia foi clara.

"O grito desolador pedindo ajuda dos nossos irmãos ucranianos obriga-nos, enquanto comunidade de crentes, não apenas a uma séria reflexão, mas a chorar com eles e a esforçarmo-nos por eles; a partilhar a angústia de um povo ferido na sua identidade, história e tradição", disse Francisco na mensagem enviada ao encontro católico em Bratislava.

"O sangue e as lágrimas das crianças, o sofrimento das mulheres e homens que estão a defender a sua terra ou a fugir às bombas abalam a nossa consciência. Mais uma vez, a humanidade é ameaçada por um perverso abuso de poder e interesses sectários, que estão a condenar um povo indefeso a sofrer todas as formas de violência brutal", sustentou.

(agência Lusa)

15h40 - Ministério da Defesa da Ucrânia diz que forças russas não fizeram novos avanços

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, disse que as tropas ucranianas impediram o exército russo de fazer novos avanços esta sexta-feira.

Durante um discurso na televisão nacional, Malyar disse que as forças russas, para além de problemas de abastecimento de alimentos e de combustível, estavam também com problemas de comunicação.

15h20 - Dezoito crianças ucranianas já foram acolhidas por famílias portuguesas

Mais de 14 mil pessoas em fuga da Ucrânia já receberam luz verde das autoridades portuguesas para entrar no país. O número de pedidos de proteção temporária foi atualizado esta sexta-feira pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Em Portugal, quase mil e duzentas famílias já mostraram disponibilidade para acolher crianças ucranianas desacompanhadas que tenham chegado ao país sem os pais.

Foi o que revelou hoje a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Ana Mendes Godinho adiantou também que esse processo de integração de menores já começou.


14h49 - Pelo menos 816 civis morreram desde o início do conflito, diz a ONU

As Nações Unidas confirmam esta sexta-feira que já morreram pelo menos 816 civis na Ucrânia desde o início da guerra, a 24 de fevereiro. Há ainda a contabilizar 1.333 feridos.

A organização estima, no entanto, que o número real de vítimas e feridos seja muito superior, já que há pouca informação vinda de cidades mais afetadas, como Mariupol.

14h36 - Enviados da RTP regressam a Portugal após duas semanas em Lviv

Hélder Silva, enviado especial da RTP à cidade ucraniana de Lviv, já regressou a Portugal após duas semanas no terreno. No Jornal da Tarde, estimou que os recentes bombardeamentos no local provoquem um aumento do fluxo de refugiados que procuram abrigo na Europa.

14h27 - Xi Jinping diz a Biden: “Um conflito não é do interesse de ninguém”

Durante uma conversa telefónica, o presidente chinês, Xi Jinping, disse ao seu homólogo norte-americano, Joe Biden, que “este conflito não é do interesse de ninguém”, segundo cita a televisão chinesa CCTV.

“As relações entre os Estados não podem chegar à fase de confronto militar. Conflito e confronto não são do interesse de ninguém. A paz e a segurança são os tesouros mais valiosos da comunidade internacional”, disse a CCTV citando Xi Jinping.

Xi Jinping terá ainda dito a Joe Biden que a China e os EUA devem encaminhar as relações bilaterais para o caminho certo e fazer esforços pela paz mundial. "Enquanto membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e enquanto as duas maiores economias do mundo, cabe-nos a nós não apenas conduzir as relações China-EUA para o caminho certo, mas também assumir as nossas responsabilidades internacionais e trabalhar pela paz e tranquilidade no mundo", disse o presidente chinês a Biden.

No decorrer da chamada telefónica, o presidente norte-americano pediu ao seu homólogo chinês que se distanciasse do presidente russo, Vladimir Putin.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de Fevereiro, Pequim absteve-se de condenar Moscovo e culpou a NATO pelo conflito.

A conversa entre Xi Jinping e Biden durou quase duas horas e terminou há minutos, segundo a agência francesa AFP.

13h56 - Milhares de russos celebram 8.º aniversário da anexação da Crimeia

Em Moscovo, no estádio Luzhniki, onde se realizou a final do Campeonato do Mundo de futebol em 2018, está a ser palco de uma celebração que junta milhares de russos. As estimativas oficiais apontam para 200 mil pessoas.

No encontro que assinala o oitavo aniversário desde a anexação da Crimeia, em 2014, Vladimir Putin louvou a "operação especial" em curso na Ucrânia e frisou que esta tem por objetivo "salvar a população local que está a ser alvo de genocídio".

Foto: RIA/Reuters

As imagens mostram um estádio repleto de bandeiras russas e referências com a letra "Z", que simboliza a invasão. O exército russo tem recorrido às bases da Crimeia para avançar sobre cidades ucranianas situadas a sul.

A televisão estatal russa transmitia o discurso de Vladimir Putin esta sexta-feira quando a emissão foi interrompida de forma abrupta. No Twitter, o correspondente do Financial Times em Moscovo adianta que o discurso foi exibido posteriormente desde o início. 


13h50 - Portugal já recebeu 14.017 pedidos de estatuto de proteção temporária

Desde o início da guerra, Portugal já recebeu 14.017 pedidos de estatuto de proteção temporária. São cidadãos que estavam na Ucrânia e que são de várias nacionalidades.

A informação foi revelada à RTP pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

13h48 - Mais de 3,2 milhões de refugiados desde início da guerra

Mais de 3,2 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro. Destas, mais de dois milhões fugiram através da Polónia, estima a ONU.

Para além dos refugiados, a guerra provocou ainda cerca de dois milhões deslocados internos. Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

13h32 - Antigo vice-primeiro-ministro russo demite-se de organismo estatal após ter criticado ofensiva na Ucrânia

Arkadi Dvorkovitch foi vice-primeiro-ministro da Rússia entre 2012 e 2018 e ex-conselheiro do presidente russo, Dmitry Medvedev. Atualmente era presidente da Fundação Skolkovo, um organismo público voltado para a inovação.

"Arkadi Dvorkovitch decidiu abandonar o cargo de presidente da Fundação Skolkovo para se concentrar em projetos educacionais", anunciou a entidade em comunicado.

Para além disso, Dvorkovitch também é o atual presidente da Federação Internacional de Xadrez (FIDE). O ex-conselheiro tem sido uma das poucas vozes na Rússia a criticar publicamente o conflito em curso na Ucrânia.

"As guerras são a pior coisa que alguém pode enfrentar na vida. Todas as guerras, em qualquer lugar do mundo. As guerras não acabam apenas com vidas inestimáveis. Também matam esperanças e aspirações, mutilam ou destroem relacionamentos e laços. Incluindo esta guerra. Os meus pensamentos estão com os civis ucranianos" disse o ex-conselheiro em entrevista à revista norte-americana Mother Jones.

O comunicado da Fundação Skolkovo não esclarece quais os motivos desta saída, mas o presidente do conselho de administração refere que era impossível a Dvorkovitch manter as suas funções "nas circunstâncias atuais".

Arkadi Dvorkovitch ainda se mantém como presidente do Conselho de Supervisão do Rosselkhozbank, um grande banco público na Rússia.

13h27 - Entrevista RTP. Ex-presidente Petro Poroshenko apela a zona de exclusão aérea

Em declarações à RTP e à agência Lusa no centro de Kiev, Poroshenko apela ao Ocidente para que "não tenha medo" de Vladimir Putin e avance com a definição de uma zona de exclusão aérea.

13h25 - Bruxelas pede controlos nas fronteiras da UE para evitar tráfico de crianças

A Comissão Europeia emitiu hoje diretrizes operacionais para os Estados-membros da União Europeia aplicarem a diretiva de proteção temporária para acolher refugiados ucranianos que fogem da guerra, pedindo controlos rápidos nas fronteiras para prevenir tráfico de crianças.

"As orientações ajudarão aqueles que chegam [à UE] a ter um nível consistente e eficaz de direitos e permitirão aos Estados-membros assumirem as suas novas responsabilidades", indica o executivo comunitário em informação à imprensa.

Numa altura em que se estima que mais de três milhões de pessoas fugiram do país, metade das quais crianças e adolescentes (com menos de 18 anos), a Comissão Europeia aconselha os países, entre outras coisas, a que os menores não acompanhados "devam ser imediatamente nomeados com um tutor legal ou representação apropriada".

Em concreto, Bruxelas pede ao primeiro país de entrada na UE que verifique a "identidade das crianças e a dos adultos com quem as crianças continuam a sua viagem" e realize "controlos rápidos [...] para prevenir e detetar possíveis casos ou riscos de abuso ou tráfico de seres humanos".

Perante casos de suspeita de tráfico de seres humanos, "os Estados-membros devem emitir um alerta preventivo no Sistema de Informação Schengen", aconselha a instituição.

(agência Lusa)

13h21 - Bastonário alerta para chegada de refugiados a precisar de tratamentos e medicação

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, alertou hoje para a chegada de ucranianos que necessitem "rapidamente" de medicação para doenças crónicas ou de tratamentos para doenças oncológicas, assegurando que Portugal tem "equipa e resposta" para o desafio.

"Muitos destes ucranianos não estão a fazer a medicação. Um dos maiores problemas, e temos recebido apelos nesse sentido, é que há milhares de doentes oncológicos que deixaram de fazer os tratamentos por esses não existem. Portugal, à sua dimensão, terá de ter uma atenção muito grande a isso", referiu o bastonário.

Em declarações aos jornalistas no Porto, Miguel Guimarães falou da chegada de refugiados a Portugal, um desafio para o qual a área da saúde está "preparada", disse.

"Médicos ucranianos a trabalhar em Portugal estão mobilizados e disponíveis para fazer a tradução de documentos e fazer a primeira avaliação. Temos equipa para isso", resumiu.

Miguel Guimarães avançou como necessidade "provável" estender a rede de diagnostico e rastreio de doenças oncológicas de forma a levar "para dentro do sistema cada vez mais pessoas", articulando que está em lista de espera e quem chega agora ao país.

"Dentro do sistema, há lista de espera, mas a situação está mais ou menos controlada, o problema é quem ainda não entrou no sistema. É uma resposta que vamos ter de dar com a melhor articulação possível porque temos os refugiados e os nossos doentes de sempre", analisou.

(agência Lusa)

13h15 - Conselho de Ministros aprova medida de apoio extraordinário às empresas de transportes de mercadorias

O Conselho de Ministros aprovou esta sexta-feira uma resolução que “autoriza o apoio extraordinário às empresas que operam no setor dos transportes de mercadorias por conta de outrem que estejam licenciados pelo IMT”.

Na nota publicada na página oficial da República Portuguesa, é explicado que este apoio consiste num subsídio de 30 cêntimos por litro de combustível para veículos de peso inferior a 35 toneladas e de 20 cêntimos para os veículos de peso superior a 35 toneladas. “O apoio abrange também o líquido de controlo de emissões poluentes, comummente designado por AdBlue, que será subsidiado em 30 cêntimos por litro, independentemente do peso do veículo”, acrescenta.

13h02 - Macron volta a fala com Vladimir Putin esta tarde

O Palácio do Eliseu confirma que o presidente francês, Emmanuel Macron, vai falar ao telefone com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, a partir das 15h00 desta sexta-feira.

12h58 - Reino Unido aplica sanções à Bielorrússia e a pessoas envolvidas no uso de armas químicas

O Governo britânico anunciou que tem em vigor sanções “para pessoas envolvidas na proliferação e uso de armas químicas”. A Bielorrússia está também atualmente sujeita a sanções financeiras do Reino Unido.

12h48 - Carrinhos de bebé vazios simbolizam crianças mortas durante a invasão

Em Lviv, 109 carrinhos de bebé vazios foram colocados no centro da cidade durante a campanha "Preço da Guerra". A campaha foi organizada por ativistas e autoridades locais para destacar o grande número de crianças mortas na invasão russa da Ucrânia em curso.
Foto: Roman Baluk - Reuters

A guerra na Ucrânia, que dura há três semanas, já matou mais de 100 crianças.

12h15 - Kiev não irá abdicar do pedido de adesão à UE, diz a presidência ucraniana

O presidente ucraniano esclareceu esta sexta-feira que o país não irá prescindir do pedido de adesão à União Europeia no contexto das negociações com a Rússia. Andrii Sybiha, do gabinete da presidência ucraniana, esclarece que essa questão não está em cima da mesa nas conversações com Moscovo para alcançar o fim do conflito.

"Vou ser categórico. Isso é absolutamente inaceitável. É uma escolha nossa, o pedido de adesão à UE foi apresentado e agora está a ser adotado", afirmou o porta-voz.

No Twitter, o próprio presidente, Volodymyr Zelensky, afirma esta sexta-feira que espera uma opinião da Comissão Europeia "dentro de alguns meses".

"Tive uma conversa substancial com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O parecer da Comissão Europeia sobre o pedido de adesão à UE pela Ucrânia será apresentado dentro de alguns meses", refere Zelensky.


12h00 – A informação essencial a esta hora

  • As autoridades ucranianas confirmam um ataque com mísseis a uma fábrica situada junto ao aeroporto internacional de Lviv, esta madrugada.

É a primeira vez que esta cidade é diretamente atacada desde o início da guerra. Lviv fica situada a poucos quilómetros da fronteira polaca e faz parte da rota mais importante para os refugiados que fogem da Ucrânia. No domingo, um ataque contra uma base militar situada perto de Lviv fez 35 mortos e 134 feridos.

Estes últimos desenvolvimentos adensam os receios de que a guerra, até ao momento travada sobretudo a leste, se esteja a estender cada vez mais ao resto do país.

  • A Rússia indicou hoje que estabeleceu uma zona de exclusão aérea sobre a região de Donbass. O governador da região de Lugansk, no leste da Ucrânia, indicou que os bombardeamentos "frequentes e generalizados" por parte das forças russas estão a impedir a evacuação segura de civis de cidades e vilas na linha de frente dos combates.

  • O Programa Alimentar Mundial alertou esta sexta-feira que as cadeias de abastecimento de alimentos na Ucrânia estão a entrar numa situação de colapso. Um responsável da organização salienta que muitas infraestruturas já foram destruídas e os supermercados e armazéns do país estão a ficar vazios.

  • Decorre daqui a pouco - às 13h00 - uma conversação entre o presidente norte-americano e o homólogo chinês. Os dois líderes vão discutir a guerra na Ucrânia e "outras questões de interesse comum". Na quinta-feira, a Casa Branca explicava que o objetivo desta conversa bilateral entre Joe Biden e Xi Jinping é "manter abertos os canais de comunicação entre os Estados Unidos e a República Popular da China".

Biden deverá alertar Pequim para os "custos" de um apoio a Moscovo no contexto de guerra.

11h40 - Kiev. Pelo menos 222 pessoas morreram na capital, incluindo 60 civis

As autoridades da cidade de Kiev confirmam esta sexta-feira que há registo de 222 mortes na capital ucraniana desde o início do conflito, incluindo 60 civis e quatro crianças.

Pelo menos 889 pessoas ficaram feridas, incluindo 241 civis, dizem as autoridades locais.

11h35 - Teatro de Mariupol. Foram resgatadas 130 pessoas até ao momento

De acordo com a responsável do Governo para os direitos humanos, Lyudmyla Denisova, 130 pessoas foram retiradas com vida dos escombros de um teatro de Mariupol que foi atingido por um ataque aéreo na quarta-feira. 

Num discurso emitido pela televisão ucraniana, a responsável disse que os trabalhos de resgate ainda prosseguem e que há cerca de 1.300 que continuam no abrigo.

11h16 - Programa Alimentar Mundial diz que cadeias de abastecimento estão "a desmoronar" na Ucrânia

A World Food Programme (WFP), agência humanitária para a alimentação, alerta esta sexta-feira que as cadeias de abastecimento de alimentos na Ucrânia estão a entrar numa situação de colapso. Um responsável da organização salienta que muitas infraestruturas já foram destruídas e os supermercados e armazéns do país estão a ficar vazios.

"A cadeia de abastecimento alimentar do país está a desmoronar. O transporte de mercadorias desacelerou devido à insegurança e à relutância dos motoristas", disse Jakob Kern, coordenador de emergência da WFP para a crise da Ucrânia, em conferência de imprensa a partir de Genebra

Jakob Kern sublinhou ainda a preocupação com a situação de várias cidades sitiadas, desde logo Mariupol, onde a alimentação e água é cada vez mais escassa.

O responsável alertou ainda para o problema da "fome colateral", uma vez que o Programa Alimentar Mundial, agência que distrbui alimentação por países vulneráveis e mais expostos à escassez, tem a Ucrânia como um dos seus principais fornecedores.

"Com os preços globais dos alimentos em máximos históricos, também estamos preocupado com o impacto da crise da Ucrânia na segurança alimentar global, especialmente nos pontos críticos de fome", afirmou. 

10h50 - Canal de televisão estatal russo RT banido do Reino Unido

O regulador da comunicação social do Reino Unido proibiu esta sexta-feira a emissão do canal de televisão estatal russo RT, alegando parcialidade na cobertura sobre a invasão à Ucrânia.

A estação russa já reagiu e acusa o Ofcom de ser "uma ferramenta do Governo" de Boris Johnson.



10h34 - Mariupol, uma cidade arrasada por bombardeamentos russos

Os ataques russos quase ininterruptos transformaram os bairros de Mariupol em terrenos baldios. Os edifícios de habitação jazem em ruínas. As autoridades da cidade ucraniana anunciaram a retirada de 30 mil pessoas durante uma semana através dos corredores humanitários. Apesar da retirada, 350 mil permanecem na cidade e "continuam a esconder-se em abrigos e caves". Segundo a mesma fonte, mais de dois mil civis terão sido mortos naquele centro urbano cercado e flagelado há já vários dias. A população confronta-se com uma escassez generalizada de bens de primeira necessidade.


10h17 - Agência Internacional de Energia apela a redução rápida do consumo de petróleo

A AIE divulgou esta sexta-feira um conjunto de medidas recomendadas para reduzir rapidamente o consumo de petróleo nos países mais industrializados, tendo em conta a situação na Ucrânia. Entre as medidas incluem-se a diminuição de velocidade na condução, o teletrabalho e o melhor acesso a transportes públicos.

As dez medidas permitiriam uma redução de consumo em 2,7 milhões de barris de petróleo por dia, durante quatro meses.

Na quinta-feira, a Agência Internacional de Energia admitia que a guerra na Ucrânia poderá provocar "a maior crise de abastecimento em décadas".

9h54 - Polónia vai apresentar proposta de missão da paz na Ucrânia durante a próxima cimeira da NATO

O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, anunciou esta sexta-feira que a Polónia irá apresentar, na próxima cimeira da NATO, uma proposta formal para uma missão de manutenção de paz na Ucrânia.

9h47 - Kremlin acusa Kiev de tentar arrastar negociações de paz

Num telefonema com o chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente russo acusou a Ucrânia de estar a tentar paralisar as negociações de paz com a Rússia.

Em comunicado, o Kremlin diz que Putin vincou, nesta conversa, que Kiev "está a tentar atrasar o processo de negociação de todas as formas possíveis, apresentando propostas cada vez mais irrealistas".

"No entanto, o lado russo está pronto para continuar a procurar uma solução alinhada com abordagens e princípios bem conhecidos", adianta ainda o comunicado citado pela Reuters.

No mesmo sentido, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Moscovo está a mostrar maior disponibilidade para avançar com as negociações rapidamente.

Peskov criticou ainda as palavras recentes de Joe Biden em relação a Vladimir Putin, quando o presidente norte-americano chamou o homólogo russo de "criminoso de guerra". O Kremlin entende que os comentários de Biden têm origem numa situação de "irritação, fadiga e esquecimento".

9h18 - Bombardeamentos estão a impedir evacuação segura de cidades e vilas em Lugansk

O governador de Lugansk, Serhiy Gaidai, afirma que 59 civis foram mortos na região desde o início da guerra e afirma que os bombardeamentos russos destruíram completamente algumas áreas residenciais.

“Não há uma comunidade que não tenha sido atacada”, disse o governador à televisão nacional, dando como exemplo as cidades de Severodonetsk, Rubizhne e Popasna como principais pontos críticos.

Nesta altura, os bombardeamentos são tão frequentes e generalizados que estão a impedir a evacuação de cidades e vilas situadas na linha da frente, disse o responsável local.

8h55 - Mais de dois milhões de refugiados fugiram através da Polónia

Os guardas fronteiriços da Polónia confirmam esta sexta-feira que o número de refugiados vindos da Ucrânia para território polaco já ultrapassa os dois milhões.

Estes refugiados que deixaram a Ucrânia nas últimas três semanas, desde o início da guerra, são sobretudo mulheres e crianças, adiantam as autoridades através do Twitter. 

8h37 - Pelo menos três mortos em Kramatorsk e Kharkiv

Os serviços de emergência confirmaram há pouco pelo menos um morto e 11 feridos num bombardeamento em Kharkiv, durante a noite.

Em Kramatorsk, duas pessoas morreram e seis ficaram feridas por projéteis nos bombardeamentos das últimas horas, adiantou o governador local, citado pela agência Reuters.

8h23 - Combates no centro de Mariupol

Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério russo da Defesa, disse esta sexta-feira que os militares russos e tropas separatistas estão a combater os "nacionalistas" no centro da cidade de Mariupol, na região de Donetsk.

O responsável refere também que as forças russas e separatistas coontrolam agora 90 por cento da região de Lugansk.

8h00 - Mais informações sobre as explosões em Lviv

A manhã desta sexta-feira fica marcada pela notícia de novos bombardeamentos na Ucrânia. Há relatos de explosões na zona do aeroporto internacional de Lviv, que fica a poucos quilómetros do centro da cidade.

O enviado especial da Antena 1 à Ucrânia, Luís Peixoto, está junto a esta cidade e relata que terá sido atingido um hangar. Não há para já registo de vítimas.

7h49 - Armazém com armas atingido na região de Mykolaiv

A televisão ucraniana avança esta sexta-feira que um local de armazenamento de armas na cidade de Voznesensk, região de Mykolaiv,  foi atingido por bombardeamentos russos.

Ainda não há informações sobre eventuais vítimas.

7h38 - Um morto e quatro feridos no norte de Kiev

Pelo menos uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas após um prédio residencial ter sido atingido por fragmentos de um míssil russo, confirmam os serviços de emergência no local.

Em comunicado, referem que 12 pessoas foram resgatadas dos escombros e 98 outros foram evacuados deste prédio com cinco andares.
Ponto da situação

  • Em Lviv, a 70 quilómetros da fronteira com a Polónia, ouviram-se várias explosões durante a madrugada. Uma fábrica ligada à manutenção de aviões, situada junto ao aeroporto internacional de Lviv, foi atingida.

Não houve até ao momento registo de vítimas, adianta o prefeito da cidade, Andriy Sadovyi. De acordo com o jornal The Guardian, ouviram-se pelo menos três explosões na cidade pelas 6h00 locais (4h00 em Lisboa).

A cidade de Lviv fica distante das principais zonas de batalha no resto do país.

  • Em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, continuam os bombardeamentos. Nas últimas horas as autoridades confirmaram a morte de um bombeiro que tentava extinguir um incêndio num centro comercial que tinha sido atingido por mísseis.

Durante os trabalhos dos operacionais, o local voltou a ser atingido por mísseis, matando um bombeiro e ferindo outros dois, adiantam os serviços de emergência da cidade.  

  • As autoridades norte-americanas e britânicas garantem que as forças russas não fizeram avanços territoriais recentes, o que pode ser um sinal de problemas operacionais e logísticos.

  • A Rússia indica que estabeleceu uma zona de exclusão aérea sobre a região de Donbass, segundo indica uma autoridade separatista daquela região, citado pela agência Interfax.

  • As autoridades locais dizem que a cidade de Mariupol continua sob ataque das forças russas, mas cerca de 30.000 pessoas já conseguiram fugir. Adiantam também que continuam a ser retirados sobreviventes dos escombros de um teatro em Mariupol, bombardeado na quarta-feira.

  • Esta sexta-feira, o presidente norte-americano vai falar com o homólogo chinês. Os dois líderes vão discutir a guerra na Ucrânia e "outras questões de interesse comum".

Na quinta-feira, a Casa Branca explicava que o objetivo desta conversa bilateral entre Joe Biden e Xi Jinping é "manter abertos os canais de comunicação entre os Estados Unidos e a República Popular da China".