Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por RTP

via Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações


00h58 - Michelin suspende produção de pneus na Rússia e exportações para aquele mercado

A Michelin suspendeu a atividade na sua fábrica de pneus na Rússia e também as exportações que fazia para aquele mercado, perante os fortes distúrbios causados pela guerra na Ucrânia e o impacto das sanções ocidentais contra Moscovo.

O grupo francês, sem mencionar em nenhum momento a possibilidade de deixar a Rússia, explicou esta terça-feira em comunicado que "neste contexto muito difícil e incerto" a prioridade é "acompanhar todos os colaboradores afetados pela crise", em particular os da Rússia.

A fabricante de pneus referiu que continua "totalmente mobilizada" e que pretende adaptar a suas decisões "de acordo com a evolução da situação".

00h54 - Confederação de Agricultores diz não haver alarme quanto à escassez de produtos

O presidente da Confederação de Agricultores de Portugal admite uma escalada de preços devido à crise na Ucrânia. Ainda assim, Eduardo Oliveira e Sousa diz que ainda não há alarme quanto à escassez de produtos.

00h43 - NATO alerta que Rússia pode usar armas químicas na guerra

O secretário-geral da NATO alerta para o perigo do uso de armas químicas e biológicas na guerra da Ucrânia. Avisa ainda que a Rússia está à procura de um falso pretexto para usar este tipo de armas.

Os ministros da Defesa da NATO reúnem-se esta quarta-feira em Bruxelas para analisar a situação militar na Ucrânia.

00h30 - Ana Gomes esperava mais das Nações Unidas de Guterres

Ana Gomes diz que a guerra também tira credibilidade às Nações Unidas. Esta terça-feira, no Jornal 2, a antiga eurodeputada confessou que esperava mais de António Guterres.

00h15 - Primeiros-ministros da Polónia, Chéquia e Eslovénia estiveram com Zelensky em Kiev

O presidente ucraniano esteve reunido com os líderes da Polónia, Eslovénia e Chéquia nas últimas horas. À saída do encontro, o vice e o primeiro-ministro da Polónia pediram à NATO uma missão de paz na Ucrânia.

O chefe do Governo da Eslovénia fala da luta pelos valores europeus, e o primeiro-ministro checo diz que esta reunião demonstra que a Ucrânia não está sozinha.

Volodymyr Zelensky acredita que o encontro dará frutos.

00h04 - Biden assina lei que atribui 12.400 milhões de euros de apoio a Kiev

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou hoje a lei que atribui 13.600 milhões de dólares em ajuda à Ucrânia e garantiu que esta quarta-feira irá adiantar mais detalhes sobre como este apoio pode "aliviar o sofrimento" ucraniano.

Numa cerimónia que decorreu na Casa Branca, o chefe de Estado norte-americano assinou o grande pacote de despesa, no valor de 15.000 milhões de dólares (cerca de 13.700 milhões de euros), aprovado na semana passada nas duas Câmaras do Congresso norte-americano.

Neste pacote está incluído o apoio no valor de 13.600 milhões de dólares (cerca de 12.400 milhões de euros) em assistência humanitária e militar para a Ucrânia e o leste europeu.

"Agimos com urgência para aumentar ainda mais o apoio ao bravo povo da Ucrânia que está a defender o seu país", realçou Joe Biden.

O governante norte-americano acrescentou que esta quarta-feira irá fornecer mais detalhes sobre "o que exatamente os Estados Unidos estão a fazer na Ucrânia" e como os novos fundos permitirão "intensificar rapidamente a resposta e ajudar a aliviar o sofrimento que a guerra" está a causar ao povo ucraniano.

23h29 - Biden na Europa para discutir estratégia de defesa e sanções à Rússia

Joe Biden desloca-se à Europa, na próxima semana, para abordar os esforços de dissuasão e defesa com os aliados da NATO e avaliar, com a União Europeia (UE), as sanções económicas à Rússia, perante a invasão da Ucrânia.

A Casa Branca, que confirmou hoje a viagem do chefe de Estado norte-americano a Bruxelas em 24 de março, para participar em cimeiras da União Europeia (UE) e da NATO, não descartou também que Biden realize outras visitas oficiais dentro da Europa.

A porta-voz da presidência norte-americana, Jen Psaki, realçou que durante a cimeira extraordinária da NATO, Joe Biden irá "reafirmar o forte compromisso" dos EUA com os seus aliados na Aliança Atlântica e abordará ainda os "esforços de dissuasão e defesa para responder ao ataque injustificado e não provocado da Rússia à Ucrânia".

22h50 - Polónia pede "missão de paz" da NATO para ajuda humanitária a Kiev

A Polónia defende que a NATO deve enviar uma "missão de paz" para a Ucrânia, protegida pelas Forças Armadas, para prestar ajuda "humanitária e pacificadora", disse esta terça-feira o vice-primeiro-ministro polaco, Jaroslaw Kaczynski, durante uma visita a Kiev.

"Esta missão não pode ser uma missão desarmada. Ela deve procurar fornecer ajuda humanitária e pacificadora à Ucrânia", referiu este governante da Polónia, país que é membro da NATO, citado pela agência de notícias PAP.

O vice-primeiro-ministro polaco participou hoje, juntamente com os primeiros-ministros polaco, checo e esloveno, numa reunião com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro, Denys Chmygal, sobre a invasão russa da Ucrânia.

22h41 - Assembleia Municipal de Lisboa aprova moção pela libertação imediata do autarca de Melitopol

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira, com o voto contra do PCP e a abstenção do PEV, uma moção do PSD pela libertação imediata de Ivan Fedorov, presidente da Câmara Municipal de Melitopol, na Ucrânia.

Subscrita pelo PS, MPT, CDS-PP, PAN e Aliança, a moção apresentada pelo PSD passa por condenar "com a maior veemência" o rapto do presidente da Câmara Municipal de Melitopol, Ivan Fedorov, e "exigir ao governo da Federação Russa a libertação imediata" do autarca ucraniano.

Da bancada do PCP, Natacha Amaro assumiu "dificuldade em acompanhar um documento que é feito com base em algumas notícias", afirmando que as informações sobre o rapto do presidente da Câmara Municipal de Melitopol "não estão confirmadas".

21h50 - Líderes muçulmano e croata bósnios alertam para impacto da guerra na região

Os membros muçulmano e croata da presidência colegial da Bósnia-Herzegovina alertaram hoje para as repercussões que a guerra da Rússia na Ucrânia pode implicar para o país balcânico e toda a região.

"Quase todos os Estados europeus, não apenas os membros da União Europeia, responderam a uma só voz a esta agressão [da Rússia à Ucrânia] e referiram-se à sua repercussão nos Balcãs ocidentais e no meu país", considerou Zeljko Komsic, o membro croata que agora ocupa a presidência rotativa, no decurso de um debate presencial no Parlamento Europeu sobre a atual crise política na Bósnia-Herzegovina.

Seguindo Komsic, "a política de conflitos congelados que a Rússia promove nos Balcãs ocidentais e no meu país, surge agora como o que realmente significa, uma ameaça para a segurança".

Na mesma linha exprimiu-se por videoconferência o representante bosníaco (muçulmano), Sefik Dzaferovic, ao assegurar que o seu país "segue muito de perto o que se passa na Ucrânia", porque estão "muito conscientes de que a Rússia está muito presente nos Balcãs ocidentais".

21h40 - Negociações com Rússia continuam na quarta-feira anuncia presidência ucraniana

O conselheiro do Presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak, adiantou hoje que o processo de negociação com a Rússia continuará na quarta-feira, dizendo que "existem contradições fundamentais", mas com "espaço para compromissos".

"Vamos continuar amanhã. É um processo de negociação muito difícil e lento. Existem contradições fundamentais. Mas certamente há espaço para compromissos. Durante o intervalo, o trabalho em subgrupos irá continuar", escreveu no Twitter Podoliak.

A Ucrânia e a Rússia retomaram hoje as negociações sobre um acordo de paz entre os dois países com "uma discussão dura".

"As conversações foram retomadas. Há uma discussão dura entre as partes", disse Mykhailo Podoliak, sem especificar, à agência noticiosa ucraniana Ukrinform.

A quarta ronda de conversações, que decorre por videoconferência, começou na segunda-feira, mas foi interrompida para "uma pausa técnica" para facilitar o "trabalho adicional" dos subgrupos das delegações, segundo Podoliak, um dos conselheiros do Presidente Volodymyr Zelensky.

A Ucrânia tem exigido um cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas do seu território.

Em Moscovo, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, reiterou hoje que o objetivo das atuais negociações é assegurar o estatuto neutro da Ucrânia, segundo a agência noticiosa russa Sputnik.

21h35 - UNESCO pede respeito por segurança de jornalistas no país

A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azulay, condenou as mortes de dois jornalistas hoje ocorridas na guerra da Ucrânia e pediu respeito pela segurança física dos profissionais da comunicação social durante os combates.

"Os jornalistas desempenham um papel essencial na difusão da informação durante um conflito e nunca devem ser um alvo", afirmou, num comunicado, a responsável da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), sobre as mortes da ucraniana Oleksandra Kuvshynova, de 24 anos, e do repórter de imagem irlandês Pierre Zakrzewski, de 52 anos.

Ambos trabalhavam para o canal televisivo norte-americano Fox News e morreram quando o veículo em que seguiam foi baleado enquanto faziam uma reportagem perto de Kiev, ao passo que um terceiro elemento da equipa, o britânico Benjamin Hall, ficou gravemente ferido.

Azulay pediu "o respeito das normas humanitárias internacionais para garantir a proteção dos jornalistas e dos profissionais da informação".

Com estas mortes, são já cinco os jornalistas mortos durante este conflito, que começou a 24 de fevereiro.

21h30 - China deveria condenar firmemente invasão defende Stoltenberg

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu hoje que a China "deveria juntar-se ao resto do mundo, condenando firmemente a brutal invasão da Ucrânia por parte da Rússia".

"Qualquer apoio à Rússia - apoio militar, qualquer outro tipo de apoio - ajudará a Rússia a levar a cabo uma guerra brutal contra uma nação independente e soberana, a Ucrânia, e ajudá-la-á a continuar a travar uma guerra que está a causar morte, sofrimento e uma enorme quantidade de destruição", frisou, numa conferência de imprensa realizada antes da reunião de ministros da Defesa da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) agendada para quarta-feira em Bruxelas.

Principal aliada internacional da Rússia, a China manteve desde o início da guerra na Ucrânia uma posição ambígua e tem, segundo Stoltenberg, "uma obrigação, como membro do Conselho de Segurança da ONU, de apoiar e defender o Direito Internacional".

"E a invasão russa da Ucrânia é uma flagrante violação do Direito Internacional", observou, pedindo, por isso, a Pequim para condenar "com clareza" a invasão e para não apoiar a Rússia.

21h24 - Eslovénia aprova estacionamento de forças da NATO no seu território

O Parlamento eslovaco autorizou hoje o estacionamento no país de até 2.100 soldados estrangeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), no contexto da invasão russa da Ucrânia.

Inicialmente, a Aliança terá naquele país uma unidade da "presença avançada reforçada" de cerca de 1.200 soldados, oriundos da República Checa, Alemanha, Países Baixos, Estados Unidos, Polónia e Eslovénia.

O destacamento incluirá também um sistema de defesa aérea Patriot, adiantou hoje o ministro da Defesa, Jaroslav Nad.

"Dado que, num futuro próximo, esperamos ataques militares diretos da Federação Russa contra o aeroporto de Uzhhorod, que fica (na Ucrânia) perto da fronteira da República Eslovaca, isto obviamente tem implicações militares", disse o ministro, citado pela agência de notícias TASR.

A proposta de destacamento, já aprovada pelo governo de centro-direita em 9 de março, foi aprovada por 96 deputados dos 134 presentes, com 15 votos contra.

A votação ocorre dois dias antes da primeira visita de um secretário da Defesa dos Estados Unidos à Eslováquia desde que o antigo país do bloco soviético aderiu à NATO, em 2004.

21h20 - OSCE vai averiguar existência de crimes de guerra e contra a humanidade

Uma missão independente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) vai averiguar a existência de crimes de guerra e contra a humanidade na invasão da Ucrânia pela Rússia, revelou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o MNE recorda que em 03 de março "Portugal e outros 44 Estados participantes da OSCE invocaram o Mecanismo de Moscovo, de forma a estabelecer uma missão independente de averiguação do impacto humanitário da invasão russa da Ucrânia e de possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade no seu decurso cometidos".

Este mecanismo, que foi "invocado pela última vez em 2020 para examinar alegadas violações de direitos humanos na Bielorrússia, é um instrumento que prevê o estabelecimento de missões de peritos independentes para tratar ou contribuir para a resolução de uma questão relacionada com a dimensão humana do conceito de segurança abrangente da OSCE".

No caso da presente missão, os seus objetivos são "investigar violações de compromissos OSCE, do direito internacional, direitos humanos e direito internacional humanitário no contexto da guerra lançada contra a Ucrânia, assim como investigar e documentar possíveis casos de crimes de guerra e contra a humanidade desde o início da invasão do país".

Se se confirmar a existência destes casos, "a documentação recolhida será apresentada ao Tribunal Penal Internacional".

21h11 - SEF controla possíveis movimentos de tráfico de pessoas

O SEF está a fiscalizar as fronteiras terrestres para detetar eventuais crimes de tráfico de seres humanos. Os controlos aleatórios acontecem depois de um alerta da Europol para a possibilidade de tráfico de pessoas em fuga da Ucrânia.


21h08 - Manifestante russa foi interrogada durante 14 horas

Uma mulher exibiu um cartaz contra a guerra durante um noticiário da televisão estatal russa. O cartaz informava os espectadores de que o próprio canal estava a mentir sobre a guerra e a veicular propaganda do regime. A mulher foi detida durante algumas horas e libertada, mas pode enfrentar agora uma pena de 15 anos de prisão.


21h06 - Chegaram a Lisboa 229 refugiados da Ucrânia

A missão humanitária foi organizada pela Câmara de Cascais e envolve ucranianos que fugiram para a Roménia. A Portugal já chegaram mais de 10 mil refugiados desde o início da guerra.

20h48 - Santos Silva garante cumprimento à risca de sanções contra oligarcas

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que Portugal aplica as sanções logo que elas são decididas pela União Europeia.

Um dos sancionados é Roman Abramovich, o oligarca que está impedido de circular na União Europeia mas que pode viajar para Portugal porque tem nacionalidade portuguesa.

20h32 - Mais dois jornalistas mortos em ataques na Ucrânia

A guerra na Ucrânia já fez mortos entre os jornalistas. Os últimos foram o americano Pierre Zakrzewski, alvejado nos arredores de Kiev, e a ucraniana Oleksandra Kuvshynova.

O britânico Benjamin Hall foi hospitalizado.

20h29 - Bombardeamentos russos atingem bairros residenciais de Kiev

Os ataques russos estão a atingir as zonas residenciais de Kiev. Os enviados da RTP estiveram num prédio que foi hoje atingido pelos estilhados de uma explosão.

A resiliência dos habitantes leva-os a reparar os danos para se manterem na cidade . Reportagem de Candida Pinto e David Araújo em Kiev.

20h25 - Zelensky continua a pressionar UE por mais ajuda à Ucrânia

A visita de três primeiro-ministros da União Europeia esta terça-feira a Kiev, para se reunirem com o presidente

Volodymyr Zelensky, assume um carater simbólico importante.
Sobretudo quando continua a haver resistência em responder de forma afirmativa ao pedido ucraniano e "fechar os céus" da Ucrânia.

A análise da enviada especial da RTP a Kiev, Cândida Pinto.

20h21 - Assessor de Zelensky antevê guerra até maio

As forças russas parecem novamente com dificuldade em avançar no terreno. Um assessor do presidente Zelenski previu que a guerra se irá prolongar até maio.

Prosseguem os bombardeamentos e o drama humanitário prolonga-se, estando a população de Odessa a abandonar a cidade enquanto os militares se preparam para enfrentar os russos.

20h19 - Três primeiros-ministros europeus deslocam-se a Kiev

Os chefes de governo da Polónia, Eslováquia e Chéquia meteram-se no comboio e foram a Kiev mostrar solidariedade europeia.

Apesar da capital ucraniana estar sob bombardeamento e ter sido decretado o recolher obrigatório até quinta-feira, os três líderes europeus chegaram a Kiev para se encontrarem com o presidente Zelenski.

20h13 - Vinte mil pessoas evacuadas de Mariupol esta terça-feira

A presidência da Ucrânia anunciou que esta terça-feira foram evacuadas 20 mil pessoas da cidade de Mariupol, através de um corredor humanitário. A informação foi avançada por Kyrylo Tymoshenko, que acrescentou que saíram quatro mil carros da cidade portuária.

19h47 - Portugal conta com 10.068 pedidos de estatuto de proteção temporária

Portugal já recebeu 10.068 pedidos de estatuto de proteção temporária, desde o início da guerra.

São cidadãos que estavam na Ucrânia e que são de várias nacionalidades.

A informação foi revelada pelo SEF à RTP.

19h31 - Grupo de estudantes africanos preso na cidade de Kherson

19h19 - Blinken discutiu as necessidades de segurança da Ucrânia com o ministro dos Negócios Estrangeiros Kuleba

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, falou na terça-feira com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, para discutir as necessidades de segurança da Ucrânia no conflito com a Rússia, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

19h13 - Já estão em Kiev os primeiros-ministros da Polónia, Chéquia e Eslovénia

Deslocaram-se à capital da Ucrânia para um encontro com o Presidente do país, Volodymyr Zelensky.

18h49 - Sporting de Braga ajuda a trazer mãe e irmã de guarda-redes ucraniano

O clube ajudou a trazer da Ucrânia a mãe e irmã de Bohdan Isachenko, de 18 anos, a pedido do guarda-redes ucraniano recentemente contratado pelos minhotos, fez saber o Sporting de Braga.

Proveniente do Dínamo de Kiev, no qual jogou desde os 11 anos até ao final da época passada, Bohdan Isachenko esteve nas últimas semanas a fazer testes na equipa de sub-19 dos 'arsenalistas', tendo feito, também, alguns treinos com a equipa principal.

No momento em que a guerra eclodiu, pela invasão da Rússia à Ucrânia, o jovem guardião pediu ajuda ao clube liderado por António Salvador para trazer a mãe e a irmã, de nove anos, para Portugal.

O Sporting de Braga respondeu afirmativamente e Natalia Zherzherunova e Varya Zherzherunova, mãe e irmã de Bohdan, chegaram a Portugal no domingo.

18h47 - Foram sepultados os soldados ucranianos mortos na base militar de Yavoriv

Os primeiros funerais dos soldados mortos na base militar de Yavoriv já começaram em Lviv. Esta manhã, centenas de pessoas deram o último adeus aos militares.

O autarca da cidade fala num dos piores momentos da Ucrânia e diz que a cidade sofre com o fluxo de refugiados.

17h58 - Portugal apoia sanções da UE contra oligarcas russos mesmo que sejam cidadãos portugueses

Portugal vai impor medidas restritivas contra os oligarcas russos acordadas na União Europeia, mesmo que os sancionados pelo bloco sejam cidadãos portugueses, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

O multimilionário russo Roman Abramovich obteve a cidadania portuguesa em abril de 2021 com base numa lei que oferecia naturalização a descendentes de judeus sefarditas que foram expulsos da Península Ibérica durante a Inquisição medieval e está entre vários oligarcas russos que devem ser adicionados a pela UE.

"Estas sanções são apoiadas pelas autoridades portuguesas e (serão) aplicadas com precisão", disse Santos Silva no Parlamento.

17h46 - Jornalista russa que se manifestou diz estar numa situação complicada

Está em liberdade jornalista russa que se manifestou contra a guerra em direto na televisão. Marina Ovsyannikova vai ter de pagar uma multa de trinta mil rublos, cerca de 250 euros, por incumprimento da Lei de Manifestação na Rússia. A jornalista do canal público russo ergueu uma placa atrás da pivô do telejornal e gritou palavras de condenação à invasão russa.


17h39 - Morreu mais uma jornalista na Ucrânia

A jornalista ucraniana de 24 anos que colaborava com a Fox News e morreu num ataque perto de Kiev. O Ministério da Defesa da Ucrânia confirmou a morte da jornalista Oleksandra Kurshynova.
A jornalista seguia no mesmo carro que o repórter de imagem Pierre Zak Zevsky, que também morreu, e o jornalista Benjamin Hall. O jornalista Benjamin Hall terá perdido parte de uma perna, mas sobreviveu ao ataque das forças russas.

No domingo já tinha morrido o jornalista e realizador americano Brent Renaud, de 50 anos, alvo de tiros das tropas russas.


17h26 - EUA anunciam novas sanções contra funcionários russos

Washington anunciou hoje novas sanções contra o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, e a sua mulher, bem como contra pessoas e uma entidade russas, por corrupção e violações de direitos humanos. De acordo com o Departamento de Tesouro, as sanções visam Alexander Lukashenko, aliado do Presidente russo, Vladimir Putin, e "chefe de um governo corrupto na Bielorrússia, cuja rede de patrocínio beneficia a sua comitiva e o seu regime", bem como a mulher.

As medidas não estão diretamente ligadas à guerra na Ucrânia, mas fazem parte de um movimento de sanções internacionais contra a Rússia e a Bielorrússia, envolvendo também um juiz de Moscovo, acusado de corrupção e de violação dos direitos humanos.

Três funcionários chechenos e o ministério ao qual estavam ligados também estão sob sanções norte-americanas, pela sua participação na detenção de Oioub Titiev, responsável na Chechénia por uma organização de defesa dos direitos humanos.

17h18 - Cerca de 10 mil pacientes transferidos para hospitais da UE

Cerca de 10 mil pacientes a necessitar de cuidados na Ucrânia estão já a ser transferidos para hospitais na União Europeia (UE), anunciou hoje a Comissão Europeia, estimando que esta “não será uma crise de curto prazo”.

“Numa primeira ronda de compromissos, assegurámos mais de 10 mil camas em hospitais de outros Estados-membros [a partir da Polónia] para transferir pacientes que necessitam de cuidados”, anunciou hoje a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

17h00 - Países Baixos congelaram seis milhões de euros em ativos russos

Os bancos holandeses e outras instituições financeiras até agora congelaram seis milhões de euros em ativos russos sancionados, informou o ministro das Finanças dos Países Baixos, esta terça-feira.

16h53 -Autoridades ucranianas indicam que encontraram sete corpos depois de ataque a escola

Sete corpos foram encontrados nos escombros de uma escola, na região de Mykolayiv, no sul da Ucrânia, depois de ter sido atingido por um ataque aéreo russo, na manhã de domingo, informou o serviço de emergências ucraniano.

Foram ainda retirados feridos foram dos escombros, segundo um comunicado.

16h44 - Borrell diz que novas sanções comprometem capacidade de Moscovo de financiar a guerra

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, assegurou hoje em Tirana que o quarto pacote de sanções contra a Rússia aprovado pela União Europeia ajudará a “paralisar” a capacidade de Moscovo de “financiar a ocupação da Ucrânia". Numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, no decurso de um périplo por diversos países balcânicos, Borrell assinalou que as novas sanções “contribuirão para aumentar a pressão económica sobre o Kremlin, paralisar a sua própria base logística e a capacidade de financiar a ocupação da Ucrânia”.

Segundo afirmou, os bombardeamentos de cidades, como Mariupol, têm por objetivo “destruir e esvaziar” a Ucrânia, pelo facto de o exército russo se mostrar incapaz de invadir a totalidade do país. “Estão a bombardear para destruir cidades como fizeram em Alepo, na Síria, e Grozni, na Chechénia”, acrescentou.

Perante a “uma enorme crise humanitária”, Borrell disse ser necessário “isolar a Rússia através de sanções e ajudar os povos que nos estão a apoiar”.

“As medidas que estamos a adotar afetarão o comércio russo, o acesso aos mercados, a sua participação em várias instituições financeiras, as criptoriquezas e as exportações de bens. Colocámos como prioridade os setores críticos da economia, como aço e a energia”, explicou o alto representante para a política externa e de segurança da UE.

16h34 - MNE de Israel falou com homólogo ucraniano sobre ajuda humanitária

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, conversou hoje com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, sobre os esforços que Israel está a fazer na mediação do confito com a Rússia e sobre a ajuda humanitária.

"O ministro Kuleba agradeceu a Israel os esforços de mediação e a posição em relação às sanções", refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel.

O gabinete do chefe da diplomacia israelita acrescentou que os dois ministros também abordaram a "ajuda humanitária que Israel enviou para a Ucrânia", assim como a criação de um hospital de campanha.

Através de uma publicação na rede social Twitter, Dmytro Kuleba disse que recebeu garantias de que não vai ser através de Israel que a Rússia vai contrariar as sanções impostas por vários países ocidentais, nomeadamente os Estados Unidos da América e os Estados-membros da União Europeia.

16h15 - Mais de 100 autocarros com civis saíram da cidade de Sumy

Mais de 100 autocarros que transportavam civis deixaram a cidade sitiada de Sumy, no nordeste da Ucrânia, anunciou o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) esta terça-feira.

"No total, mais de 100 autocarros estão a viajar em duas filas diferentes, uma operação conjunta entre nós e a Cruz Vermelha Ucraniana", disse o porta-voz do CICV Jason Straziuso à Reuters.

15h40 – Zelensky diz que "precisamos todos de fazer mais para proteger a Ucrânia" e a Europa

Volodimyr Zelensky foi ouvido, esta tarde, pelo Parlamento do Canadá. Dirigindo-se ao deputados canadianos, o presidente ucraniano começou por apelar que a plateia compreendesse “os sentimentos dos ucranianos” ao longo dos últimos 20 dias de invasão da Rússia.

“Imaginem que às 4h00 da madrugada ouvem explosões, que os vossos filhos ouvem os mísseis a atingir o aeroporto da vossa cidade”, começou por dizer. “Imaginem o que é ter de encontrar maneira de dizer aos vossos filhos que começou a guerra”.

E, continuando a dirigir-se ao Parlamento canadiano, Zelensky pediu para que imaginassem o que é “ouvir relatos de crianças mortas” todos os dias.

“São cada vez mais. Noventa e sete crianças morreram até agora”, lamentou o chefe de Estado ucraniano.

“Não vos desejo o mesmo, mas todos os dias pensamos quantos serão mais os mísseis que vão atingir as nossas torres de televisão”.

“É assim todos os dias, enquanto os russos lançam mísseis sobre prédios residenciais”.

Embora reconheça e agradeça o apoio canadiano, Zelensky admitiu que quer que os deputados do Parlamento do Canadá percebam o “que sentem os ucranianos” quando pedem que se feche o espaço aéreo, enquanto as cidades continuam a ser bombardeadas.

“Quantos mísseis precisam de cair ainda?”, questionou o presidente, agradecendo pela ajuda humanitária, as tentativas de negociação, o envio de armas. “É preciso de fazer mais, muito mais para ter paz, para parar a Rússia”.

“Precisamos todos de fazer mais para proteger a Ucrânia, para proteger a Europa”.

O Governo ucraniano pede “apenas justiça” e “apoio real” para pôr fim a este conflito.

15h30 - PM canadiano condena "guerra ilegal" e reforça apoio à Ucrânia

Numa sessão no Parlamento do Canadá, onde interveio também Volodimyr, Justin Trudeau começou por dizer que a população ucraniana “é uma fonte de inspiração” por arriscarem a vida para lutar pelos seus direitos, pela soberania e independência do seu país.

“O Canadá continua a apoiar a Ucrânia fornecendo equipamento militar e ajuda humanitária”, afirmou o primeiro-ministro canadiano, indicando que Putin tem de “pôr fim” a “esta guerra ilegal”.

“O desprezo flagrante de Vladimir Putin pela vida humana é inaceitável. O Canadá condena que a Rússia tenha como alvo civis e exige que ponha fim a esta guerra sem justificação”, continuou, acrescentando que o Governo canadiano apoia a Ucrânia.


15h24 - Morreu o operador de câmara da Fox News vítima de ataque russo

Pierre Zakrzewski, o operador de câmara do canal norte-americano Fox News morreu esta terça-feira, depois de ter sido vítima de um ataque russo na Ucrânia. A informação foi divulgada no Twitter pelo pivô da emissora John Roberts.

"O repórter da Fox News, Pierre Zakrzewski, foi morto no mesmo ataque que feriu o correspondente Benjamin Hall", escreveu o jornalista.


15h10 - Rússia veda entrada de Biden, Blinken e vários altos funcionários dos EUA

Moscovo anunciou esta terça-feira novas sanções contra os Estados Unidos, e passou a impedir a entrada no país dos principais responsáveis políticos, desde logo o presidente norte-americano, Joe Biden, e o secretário de Estado, Antony Blinken.

Está também nesta lista o secretário de Defesa Lloyd Austin, o chefe da CIA William Burns, o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton.



14h57 - Jornalista que protestou na TV russa está em tribunal

A repórter que interrompeu um programa na televisão estatal russa para protestar contra a guerra na Ucrânia está no Tribunal de Ostankino, em Moscovo, avança o jornal The Guardian.

Marina Ovsyannikova poderá ser punida com uma pena de prisão até 15 anos, dizem os advogados.

Durante a manhã, os advogados tinham indicado que não conseguiam localizar a jornalista. Ao início da tarde, a advogada Lyubov Sobol, com ligações a Alexei Navalny, publicou no Twitter uma imagem de Marina Ovsyannikova em tribunal, ao lado de um dos advogados, Anton Gashinsky.

 
14h45 - Washington anuncia novas sanções contra a Rússia e contra o presidente bielorrusso

Os Estados Unidos anunciaram esta terça-feira a imposição de novas sanções contra quatro individuos e uma entidade russa, associados a corrupção e violação de direitos humanos.

Também o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, e a mulher são alvo de novas sanções anunciadas pelo Departamento de Tesouro dos EUA.

14h33 - "É preciso reconhecer" que a Ucrânia não irá conseguir entrar na NATO, diz Zelensky

Ao mesmo tempo que o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, dava uma conferência de imprensa, o presidente da Ucrânia falava numa reunião por videoconferência onde criticou a atuação da Aliança Atlântica.

"Ouvimos durante anos que as portas estavam abertas, mas também ouvimos que não podíamos aderir. Esta é a verdade e deve ser reconhecida", referiu Volodymyr Zelensky.

O presidente ucraniano disse ainda que o artigo 5.º da NATO, que assegura a defesa mútua entre os membros da Aliança em caso de ataque, está "mais fraco que nunca".

14h24 - "Temos de estar extremamente vigilantes", diz a NATO sobre possíveis incidentes

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, confirma que um objeto entrou no espaço aéreo da Roménia e que "tudo está a ser investigado". Houve também uma queda de um drone "não armado" na Croácia.

Stoltenberg reconhece que, na atual situação, "há mais atividades, há mais risco de incidentes".

"Temos de estar extremamente vigilantes e reagir quando é necessário", acrescenta o responsável.

Jens Stoltenberg salienta a importância de aumentar a presença e vigilância no espaço aéreo da NATO e que deve garantir-se "linhas de comunicação com os russos para evitar situações perigosas".

14h18 - Jornalista que protestou na TV russa está desaparecida, dizem advogados

De acordo com a BBC, Marina Ovsyannikova, a jornalista russa que protestou contra a guerra na Ucrânia durante um programa da televisão estatal russa, está desaparecida.


"Isto significa que estão a escondê-la dos advogados e a tentar privá-la de assistência jurídica", disse Anastasia Kostanova, uma das advogadas, em declarações à BBC.

Em declarações à agência France Presse, o advogado Danil Berman indica que a jornalista poderá ser alvo de uma pena até 15 anos de prisão.

14h02 - ONU confirma 691 civis mortos

A guerra na Ucrânia provocou pelo menos 691 mortos e 1.143 feridos entre a população civil. Os dados abrangem as primeiras semanas de guerra, entre 24 de fevereiro até dia 14 de março.

A organização diz que pelo menos 48 crianças morreram desde o início do conflito.

A agência da ONU para os direitos humanos acredita que os números reais de baixas civis, incluindo crianças, "são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo" ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa.

"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com uma vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", lê-se no relatório.

13h54 - Retomadas as negociações entre Rússia e Ucrânia

A ronda negocial foi retomada esta terça-feira após uma "pausa técnica" de ontem.

“As negociações estão em curso”, disse Mykhaïlo Podoliak, negociador e conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, no Twitter.

O responsável ucraniano refer que a prioridade é a discussão de um cessar-fogo e a retirada das tropas russas do território ucraniano.

13h46 - Marcelo elogia ida de líderes europeus a Kiev

O presidente português defendeu esta terça-feira que a ida dos três primeiros-ministros da Polónia, República Checa e Eslovénia a Kiev é "o máximo da solidariedade possível" para com a Ucrânia.

"É um sinal visível de como a União Europeia acompanha de forma muito próxima o que se passa na Ucrânia, não há maneira mais próxima do que verdadeiramente ir lá em plena guerra - já tinha acontecido antes da guerra - estar lá para dizer `olhe que nós, apesar de todos os riscos que pode haver numa deslocação destas, estamos solidários", afirmou aos jornalistas.

13h39 - Portugal concedeu 9.225 pedidos de proteção temporária

Desde o início do conflito que Portugal já concedeu 9.225 pedidos de estatuto de proteção temporária.

São cidadãos de várias nacionalidades que estavam na Ucrânia no início da guerra.

A informação foi revelada pelo SEF à RTP.

13h29 - Amnistia Internacional está investigar tráfico de seres humanos entre refugiados

A Amnistia Internacional, que está a averiguar relatos de tráfico de seres humanos entre refugiados ucranianos, apelou hoje aos voluntários que vão buscar pessoas que fugiram da guerra para que o façam sempre com as organizações que estão no terreno.

Em declarações à agência Lusa, Pedro Neto, diretor-executivo da Amnistia Internacional (AI) Portugal, afirmou que há relatos de vários casos de tráfico de seres humanos entre refugiados ucranianos, estando a AI a verificar e averiguar no terreno esta situação.

A Amnistia Internacional apela aos voluntários que estão a deslocar-se até aos países que fazem fronteira com a Ucrânia para ir buscar refugiados para o fazerem sempre em conjunto com as organizações que estão no terreno.

No caso dos portugueses, Pedro Neto disse que se devem articular com o Governo português, Alto Comissariado das Migrações, Organização Internacional para as Migrações (OIM)

(agência Lusa)

13h27 - Marcelo saúda posições angolana e moçambicana sobre invasão da Ucrânia

Questionado sobre a viagem a Moçambique, que tem lugar na quarta-feira, o presidente da República começou por salientar a cooperação "no plano da formação militar" com aquele país africano. Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se depois à situação de guerra na Ucrânia, para assinalar que Moçambique e Angola se mostraram "sensíveis à ideia de não se oporem à condenação" da invasão russa.
13h16 - Força Aérea ucraniana diz que "drone" russo entrou no espaço aéreo polaco

A Força Aérea da Ucrânia denunciou hoje que pelo menos um `drone` russo sobrevoou a Polónia, o que corresponde a uma violação do território de um Estado-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

De acordo com uma publicação feita na rede social Facebook, citada pela agência de notícias ucraniana Ukrinform, o porta-voz do Comando da Força Aérea, Yuri Ihnat, denuncia que os radares detetaram pelo menos uma aeronave de reconhecimento não tripulada das Forças Armadas russas que sobrevoou o território polaco.

Ihnat indicou também tratar-se de um `drone` Forpost, uma versão russa da aeronave israelita IAI Searcher II.

"O `drone` invasor sobrevoou primeiro as instalações [militares] de treino de Yavoriv, aparentemente para averiguar as consequências de um ataque com mísseis na região de Lviv, e depois voou em direção à Polónia e voltou ao espaço aéreo ucraniano, antes de ser derrubado pela nossa defesa aérea", sustentou, acrescentando que os militares ucranianos ainda estão a tentar encontrar os restos da aeronave.

13h10 - PR volta a alertar para "tempos difíceis" e necessidade de medidas de apoio

Marcelo Rebelo de Sousa fala de incertezas quanto à guerra e suas implicações, que se somam a uma situação de pandemia que "continua". Ambas, guerra e pandemia, são problemas globais.

Acrescenta que a Europa não estava preparada dando o exemplo o fornecimento da energia. Mas destaca a necessidade de serem dadas respostas governamentais à crise, bem como uma espécie de PRR para responder aos problemas gerados pela Guerra.

12h58 - China diz que a sua posição sobre o conflito é "imparcial"

A China disse hoje que a sua posição sobre o conflito na Ucrânia é "completamente objetiva, imparcial e construtiva" e acusou os Estados Unidos de espalharem "desinformação" sobre a possibilidade de Pequim prestar apoio militar a Moscovo.

Pequim recusou-se a criticar a Rússia pela invasão da Ucrânia, ou mesmo referir-se ao conflito como uma "guerra".

Os comentários do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Zhao Lijian foram feitos depois de delegações de alto nível dos Estados Unidos e da China se terem reunido, em Roma, para abordar a posição da China, entre outras questões.

O embaixador da União Europeia em Pequim, Nicolas Chapuis, pediu hoje também que a China apoie a Ucrânia. "Não pode haver a chamada neutralidade", disse.

12h52 - Rússia acusa novamente EUA de ajudar Kiev a desenvolver armas nucleares e biológicas

O secretário do Conselho de Segurança da Rússia repetiu, esta terça-feira, as acusações de que os conselheiros norte-americanos na Ucrânia estão a ajudar Kiev a a desenvolver armas nucleares e biológicas, avança a Reuters.

12h37 - Mais de 2.000 viaturas privadas saíram hoje de Mariupol

As autoridades locais confirmam que cerca de 2 mil carros conseguiram sair hoje da cidade portuária de Mariupol, sitiada há vários dias pelas forças russas.

12h31 - Chefes de Governo da Polónia, República Checa e Eslovénia estão a caminho de Kiev

De acordo com o chefe de gabinete do primeiro-ministro polaco, a delegação com os três primeiros-ministros cruzou a fronteira ucraniana pelas 7h30 GMT. O comboio onde seguem, em direção a Kiev, passou às 11h00 GMT pela cidade de Lviv.

Geralmente, a viagem num comboio de passageiros entre a fronteira polaca e a capital ucraniana demora cerca de dez horas. São cerca de 650 quilómetros de distância. 

12h12 - Três milhões de refugiados em 20 dias

Paul Dillon, porta-voz da Organização Internacional para as Migrações, disse esta terça-feira que a guerra na Ucrânia já provocou três milhões de refugiados.

"Chegámos à marca dos três milhões em termos de movimentos populacionais para fora da Ucrânia", adiantou o responsável, citado pela agência France Presse.

Do número total de refugiados, mais de 1,4 milhões são crianças, segundo os números da UNICEF, e 157.000 são nacionais de outros países que fugiram da Ucrânia, disse a OIM.

12h00 – A informação essencial a esta hora

  • As autoridades locais de Kiev anunciaram hoje a imposição de um recolher obrigatório de 35 horas, entre a noite de terça-feira e a manhã de quinta-feira.
A ordem surge depois de uma intensificação dos ataques na capital ucraniana, nomeadamente em zonas residenciais.

Nas últimas horas, pelo menos duas pessoas morreram após um ataque a um edifício num bairro residencial e um civil de outro prédio ficou ferido.

  • Noutros pontos do país, foi confirmado esta manhã um bombardeamento em Dnipro que destruiu parcialmente o aeroporto regional. Uma pista ficou completamente destruída, enquanto um edifício do aeroporto ficou danificado.

  • A Rússia anunciou também esta terça-feira que assumiu o controlo total de todo o território da região de Kherson, no sul da Ucrânia. A informação é confirmada pelo porta-voz do Ministério da Defesa russo.

  • Num esforço diplomático coordenado com a União Europeia, os primeiros-ministros da República Checa, Polónia e Eslovénia viajam esta terça-feira para Kiev para se reunirem com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

O principal assessor de Morawiecki, Michal Dwoczyk, adiantou aos jornalistas que a delegação cruzou a fronteira polaco-ucraniana de comboio depois das 8h00 (07h00 GMT).

A ideia da viagem foi acordada na cimeira de líderes da UE em Versalhes, na França, na semana passada, disse Dworczyk.
 
  • Na segunda-feira, a emissão da televisão estatal russa foi interrompida por um protesto contra a guerra na Ucrânia. Marina Ovsyannikova, que trabalhava na estação, foi detida e levada para uma esquadra de polícia.

Já esta terça-feira, as Nações Unidas apelaram para que a manifestante não seja punida, salientando que apenas exerceu o seu direito à liberdade de expressão.
 
  • De acordo com a UNICEF, cerca de 1,4 milhões de crianças foram forçadas a fugir da Ucrânia nos últimos 20 dias, desde o início da invasão russa.

Assim, por cada minuto, há pelo menos 55 crianças que fogem do país. Ou seja, "praticamente uma criança por segundo", diz o porta-voz da UNICEF, James Elder.

11h21 - Manifestação em Tallinn contra a invasão russa da Ucrânia

O enviado especial da RTP na Estónia, António Mateus, registou um protesto contra a invasão da Ucrânia junto à Embaixada russa em Tallinn.

“Parem com a guerra” e “Russos por favor parem Putin” são algumas das palavras de ordem em cartazes e faixas colocadas junto à representação diplomática russa na capital da Estónia.


11h10 - Milhares de combatentes sírios alistam-se para combaterem na Ucrânia

A Rússia tem listas de 40.000 combatentes do exército sírio e milícias aliadas com o objetivo de destacar estas forças para a Ucrânia, diz o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Na última semana, o Kremlin anunciou que o contributo de voluntários para lutar ao lado do exército russo na Ucrânia seria bem-vindo.

De acordo com o OSDH, oficiais russos, em coordenação com o exército sírio e milícias aliadas, abriram escritórios de inscrição em áreas controladas pelo regime de Damasco.

Até ao momento mais de 40 mil sírios se registaram para lutar na Ucrânia e Moscovo aprovou para já a candidatura de 22.200 voluntários.

De acordo com o OSDH, citado pela agência France Presse, os soldados sírios ganham entre 13 e 32 euros por mês, enquanto a Rússia está a prometer um salário de 1.100 dólares (1.000 euros) para lutar na Ucrânia.

10h35 - Reportagem dos enviados especiais em Kiev

O presidente da Câmara de Kiev decretou esta terça-feira o recolher obrigatório prolongado e ininterrupto na capital da Ucrânia, perante o agravamento dos combates com as forças invasoras e para proteger a população civil.

A enviada especial da Antena 1, Cândida Pinto, descreve o cenário vivido em Kiev nas últimas horas, relatando a intensificação dos bombardeamentos em vários pontos da periferia da cidade.
10h20 - Ucrânia: uma criança torna-se refugiada a cada segundo, diz a UNICEF

De acordo com a UNICEF, cerca de 1,4 milhões de crianças foram forçadas a fugir da Ucrânia nos últimos 20 dias, desde o início da invasão russa.

Assim, por cada minuto, há 55 crianças a fugir do país. Ou seja, "praticamente uma criança por segundo", diz o porta-voz da UNICEF, James Elder. 

9h48 - Rússia limita exportações de cereais para várias ex-repúblicas soviéticas

A Rússia introduziu restrições às exportações de cereais para quatro ex-repúblicas soviéticas, dos quais é um grande exportador. O objetivo é evitar a escassez e uma explosão de preços.

"A Rússia está a introduzir uma proibição temporária à exportação de cereais para os países da União Econômica da Eurásia", adiantou o serviço de imprensa do Governo russo durante a noite de segunda para terça.

A UEE é uma aliança econômica que reúne cinco ex-repúblicas soviéticas: Rússia, Cazaquistão, Bielorrússia, Armênia e Quirguistão.

O governo também proibiu "a exportação de açúcar branco e açúcar bruto de cana para terceiros países".

De acordo com a agência France Presse, as restrições aos cereais vão manter-se em vigor até 30 de junho e as do açúcar até 31 de agosto de 2022, indica o governo russo, especificando que esta decisão é tomada “para proteger o mercado alimentar interno contra as restrições externas”.

9h32 - Ataques russos destroem parte do aeroporto regional de Dnipro, diz o governador

O governador regional de Dnipro anunciou esta terça-feira que parte do aeroporto civil da região de Dnipro ficou destruída após um ataque russo na última noite.

Valentyn Reznichenko diz ainda que outros edifícios do aeroporto ficaram danificados. Citado pelas agências internacionais, o responsável reconhece que o aeroporto regional foi alvo de "destruição massiva".

9h21 - Autarca de Kiev impõe recolher obrigatório de 35 horas na capital ucraniana

O recolher obrigatório estende-se entre a noite desta terça-feira (20h00 locais, 18h00 em Lisboa) e a manhã de quinta-feira (7h00 locais, 5h00 em Lisboa).

"É proibido circular pela cidade sem autorização especial, excepto para deslocações aos abrigos antiaéreos", disse o responsável de Kiev, Vitaliy Klitschko.

Este recolher obrigatório surge na sequência dos ataques russos contra vários edifícios residenciais na cidade.

9h17 - Forças russas obrigadas a recuar em Mykolayiv, diz o governador

O governador de Mykolayiv disse esta terça-feira que a situação estava mais calma na cidade e que as forças russas recuaram "ligeramente" naquela cidade nas últimas horas.

Em declarações à televisão ucraniana, o governador Vitaliy Kim adiantou hoje que a investida russa na cidade de Mykolayiv fez pelo menos 80 feridos só na segunda-feira, incluindo duas crianças.

Citado pela agência Reuters, o responsável local garante que a região "vai continuar a conter o avanço das tropas russas".

8h45 - Hungria diz que abastecimento de energia é "linha vermelha" nas sanções à Rússia

O ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros afirmou esta terça-feira que a União Europeia deve estar unida na aplicação de sanções à Rússia contra a invasão da Ucrânia.

Refere, no entanto, que existe "uma linha vermelha, que é a segurança no abastecimento de energia" à Hungria.

Num vídeo publicado no Facebook, Peter Szijjarto adianta ainda que a petrolífera húngara MOL deve continuar a operar na Rússia. 



8h12 - Zelensky diz que Rússia já perdeu mais do que nas guerras do Cáucaso

O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky disse hoje que o Exército russo "já perdeu mais na Ucrânia" do que nas duas guerras "sangrentas" na Chechénia, no Cáucaso.

Numa gravação vídeo difundida hoje pela rede social Twitter, o chefe de Estado ucraniano afirma que as forças ucranianas estão a "infligir perdas devastadoras" ao Exército russo desde que Vladimir Putin ordenou a invasão do país no passado dia 24 de fevereiro.

"Em breve, o número de helicópteros russos derrubados vai chegar às centenas. Já perderam 80 aviões de combate, centenas de tanques e equipamentos, aos milhares", acrescenta Zelensky.

Na mesma mensagem, o presidente da Ucrânia elogiou o trabalho da delegação de Kiev nas conversações com a Rússia, confirmando que a quinta ronda vai realizar-se hoje.

(agência Lusa)

7h43 - Chefes de Governo da Polónia, República Checa e Eslovénia visitam Kiev esta terça-feira

Os primeiros-ministros da República Checa, Polónia e Eslovénia viajam para Kiev esta terça-feira para se reunirem com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Os três líderes viajam como representantes do Conselho Europeu, anunciou o primeiro-ministro checo Petr Fiala no Twitter.

Petr Fiala revela ainda que a visita foi organizada em conjunto com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

"O objetivo da visita é expressar o apoio inequívoco da União Europeia à liberdade e independência da Ucrânia", acrescenta o responsável na rede social. 

O primeiro-ministro checo adianta ainda que os três líderes irão levar consigo "um amplo pacote de apoio à Ucrânia e aos seus cidadãos".

"A comunidade internacional também foi informada desta visita pelas organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas", refere ainda no Twitter.

  
7h28 - Rússia já controla a região de Kherson, diz o Kremlin

O porta-voz do Ministério russo da Defesa, Igor Konashenov, disse esta terça-feira que as forças russas já têm o controlo total de todo o território da região de Kherson, no sul da Ucrânia.

7h17 - Pelo menos dois mortos em ataque russo a um prédio em Kiev

- Um ataque a um prédio residencial na terça-feira causou a morte de pelo menos duas pessoas em Kiev, confirmam os serviços de emergência da cidade.

No Facebook, os serviços de emergência adiantam que as forças russas atingiram um prédio de 15 andares no distrito de Svyatoshin, provocando um  incêndio em todo o prédio.

Duas pessoas morreram e outras 27 foram resgatadas. De acordo com os serviços de emergência, outro edifício do bairro também ficou danificado.

Foram relatadas nas últimas horas várias explosões na capital ucraniana, à medida que o exército russo procura cercar a cidade.
Ponto da situação

  • As negociações entre as representações da Rússia e Ucrânia são retomadas esta terça-feira. Na segunda-feira, as conversações decorreram por videoconferência e terminaram sem progressos.

A quinta ronda de negociações deverá decorrer como o encontro de ontem, através de videoconferência. Na segunda-feira não houve qualquer progresso anunciado.
 
  • Depois do jornal New York Times, é agora a CNN que avança com uma notícia sobre a disponibilidade de Pequim em ajudar Moscovo na invasão da Ucrânia.

A CNN revela que a China demonstrou abertura para o fornecimento de assistência militar e financeira à Rússia. Mas ainda não é certo que os chineses pretendam fornecer a referida assistência a Moscovo.

  • O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, levantou preocupações sobre o alinhamento da China com a Rússia numa reunião de sete horas com o chefe do gabinete do Partido Comunista da China para os Assuntos Externos, Yang Jiechi.

Em Roma, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos alertou o mais alto quadro da diplomacia chinesa para os perigos um eventual apoio de Pequim à Rússia.

  • Na segunda-feira, a China negou as alegações das autoridades norte-americanas e acusou Washington de espalhar "desinformação maliciosa".

  • As autoridades ucranianas relatam duas grandes explosões na capital, Kiev, na noite de sexta-feira. As sirenes voltaram a soar em várias cidades da Ucrânia, incluindo Odessa, Chernihiv, Cherkasy e Smila, adianta a agência Reuters.