"Se não encerrarem o nosso céu, é apenas uma questão de tempo até que mísseis russos caiam no vosso território, no território da NATO, nas casas dos cidadãos da NATO", afirmou Zelensky numa mensagem de vídeo transmitida pouco depois da meia-noite local (22:00 em Lisboa) e citada pela agência France-Presse (AFP).
A mensagem surgiu horas depois de a base militar de Yavoriv -- que se encontra a menos de 25 quilómetros da fronteira com a Polónia -- ter sido bombardeada pela Rússia, tendo feito, segundo as autoridades ucranianas, pelo menos 35 mortos e 134 feridos.
O chefe de Estado ucraniano afirmou que houve 30 mísseis apenas na região de Lviv.
"No ano passado avisei claramente os líderes da NATO que, se não fossem tomadas medidas duras preventivas contra a Federação Russa, começaria uma guerra", acrescentou Zelensky.
Na sexta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reafirmou que a Aliança não pretende "uma guerra aberta com a Rússia", justificando desta forma a recusa em impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para proteger a população dos bombardeamentos russos.
Lusa
No início da noite, o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, tinha também anunciado as conversações de segunda-feira.
"As negociações prosseguem, sem interrupção, por videoconferência. Os grupos de trabalho estão constantemente a trabalhar. Um grande número de questões requer atenção constante", acrescentou Podoliak.
Durante o dia de hoje, um negociador russo afirmou que as conversações entre Rússia e Ucrânia estão a progredir apesar da guerra, apontando que os contactos diplomáticos aumentaram mesmo durante os combates no terreno.
"Se compararmos a posição das duas delegações entre o início das negociações e o momento atual, vemos que há progressos significativos", disse Leonid Slutski, um membro da delegação russa que se encontrou recentemente com negociadores ucranianos na Bielorrússia.
"A minha expectativa pessoal é que este progresso conduza muito em breve a uma posição comum entre as duas delegações e que haja documentos para assinar", acrescentou o negociador, de acordo com as agências noticiosas russas citadas pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
Desde o início da invasão militar da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro, já houve três rondas de conversações na Bielorrússia, tendo as reuniões abordado principalmente a questão dos corredores humanitários para a saída da população civil.
Na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, e o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kouleba, saíram das conversações na Turquia sem anunciar quaisquer progressos tangíveis, mas comprometeram-se a continuar o diálogo.
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros procura obter informações sobre eventuais cidadãos portugueses que se encontrassem na base militar em Yavoriv, na Ucrânia, não podendo até ao momento confirmar a respetiva localização", lê-se numa nota enviada pelo ministério à Lusa.
A base militar de Yavoriv, na Ucrânia, a menos de 25 quilómetros da fronteira com a Polónia, foi bombardeada pela Rússia, tendo feito, segundo as autoridades ucranianas, pelo menos 35 mortos e 134 feridos.
O ministério da Defesa russo alega que o bombardeamento provocou a morte de "pelo menos 180 mercenários estrangeiros".
Na nota enviada à Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros "insiste vivamente em que, dada a situação vivida naquele país, nenhum cidadão português se desloque para a Ucrânia".
"Àqueles que ainda assim o façam, roga-se que ao menos sinalizem ao Gabinete de Emergência Consular a sua deslocação àquele pais", refere o ministério.
A base militar em Yavoriv serviu, nos últimos anos, como campo de treino para as forças ucranianas sob a supervisão de instrutores estrangeiros, principalmente americanos e canadianos.
Também foi um dos principais centros usados para exercícios militares conjuntos entre as forças ucranianas e da NATO. As tropas estrangeiras deixaram a Ucrânia pouco antes do início da invasão russa.
Segundo o jornal norte-americano The New York Times, a base, conhecida como Centro Internacional para a Manutenção da Paz e Segurança, era também utilizada como centro de treino para os voluntários estrangeiros que se deslocaram até à Ucrânia para participar na Legião Internacional de Defesa Territorial.
É também a esta base que chega parte da ajuda militar entregue à Ucrânia pelos países ocidentais.
O ataque relatado hoje ocorre depois de a Rússia ter ameaçado no sábado atingir armas que os países ocidentais estão a enviar para a Ucrânia, incluindo sistemas de defesa aérea portáteis e sistemas de mísseis antitanque.
A ofensiva militar russa na Ucrânia já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
O SEF refere que os cidadãos com proteção temporária têm acesso, no decorrer do processo, aos números fiscal, de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde. Desta forma podem desde logo aceder aos vários serviços e ao mercado de trabalho.
A plataforma, SEFforUkraine.sef.pt está em três línguas: ucraniano, inglês e português.
O Governo também criou uma plataforma de registo e proteção a crianças e jovens ucranianos que chegam a Portugal sem estarem acompanhados por um adulto.
Esta plataforma permite o registo destes menores e o levantamento de disponibilidades de acolhimento temporário, bem como a identificação de ações voluntárias de transporte para território nacional.
Na Rússia, as manifestações acabaram violentamente e com várias detenções.
As autoridades ucranianas revelaram que perto de 125 mil pessoas já foram retiradas de zonas de conflito através dos corredores humanitários. Em Mariupol, o cerco é cada vez maior e faltam medicamentos e bens de primeira necessidade.
Nas cidades dos arredores de Kiev, nas últimas horas, tem-se assistido a movimentos de dezenas de pessoas que saem para fugir dos ataques russos.
As cidades fronteiriças da Ucrânia estão a ser abastecidas por produtos alimentares que entram através da Siret, na fronteira romena.
A cidade ucraniana de Chernivtsi é dominada pela tensão, medo e necessidade de ajudar quem chega de zonas de combate. Os enviados da RTP, Rosário Salgueiro e Nuno Miguel Fernandes, fizeram a viagem entre Siret e Chernivtsi.
A Ucrânia tem estado a trabalhar com Israel e a Turquia numa proposta para um acordo de paz com a Rússia. Kiev reconhece que Moscovo tem demonstrado maior abertura nas últimas conversações.
O presidente Volodymyr Zelensky esteve este domingo a visitar soldados ucranianos feridos em combate, num hospital de Kiev.
O número de refugiados está perto dos três milhões, a maior parte dirige-se para a Polónia.
Até ao momento, apenas foi possível confirmar que um dos portugueses não foi vítima do ataque à base.
Todos viajaram para a Ucrânia de carro, o que dificulta a sua identificação através do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
A RTP contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros mas não recebeu até ao momento qualquer resposta.
Em comunicado, a empresa admite que ainda não é claro se se registaram vítimas, mas parte das instalações, incluindo um oleoduto, foram danificadas e o fornecimento de aquecimento para a cidade vizinha de Avdiivka foi cortado.
"Ambos concordamos que é preciso fazer mais para impedir a agressão russa e responsabilizar a Rússia pelos seus crimes", escreveu Dmytro Kuleba.
In a call with @SecBlinken we coordinated further support for Ukraine. We both agree that more needs to be done to stop Russian aggression and hold Russia accountable for its crimes. Grateful to the U.S. for firmly standing by the people of Ukraine. Ukraine will prevail.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 13, 2022
"As conversas estão a decorrer neste momento", disse Oleksiy Arestovy em entrevista à televisão ucraniana.
Ainda segundo Oleksiy Arestovych, a Ucrânia tem tropas suficientes em Mariupol para impedir a captura da cidade pelas forças russas.
O presidente ucraniano tem feito publicações idênticas ao longo do dia, segundo as quais conversou com os primeiro-ministros checo, búlgaro e israelita e também com o presidente polaco. Ainda segundo as publicações no Twitter de Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro britânico, o chanceler alemão e o presidente francês foram outros dos interlocutores.Continued negotiations with international partners. Informed 🇸🇰 President @ZuzanaCaputova & 🇷🇴 President @KlausIohannis about countering Russian aggression, Russian war crimes, in particular against civilians. Thanked for supporting 🇺🇦 people. Our path to 🇪🇺 was also discussed.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 13, 2022
Segundo a governante, mais uma vez, um comboio humanitário não conseguiu chegar à cidade portuária de Mariupol, devido ao cerco russo.
"A coluna ficou em Berdiansk (na cidade ocupada pelos russos) e amanhã tentará novamente chegar a Mariupol", afirmou Iryna Vereshchuk.
Questionado sobre a possibilidade de as tropas russas bloquearem a capital da Ucrânia, Vadym Denysenko respondeu: "Não há bloqueio no momento e não está previsto para o futuro próximo".
A agência Reuters sublinha que não conseguiu verificar a declaração sobre o contra-ataque ucraniano.
A Ucrânia havia alertado anteriormente para o crescente risco de fuga de radiação se uma linha de alta tensão para a central - danificada durante um ataque russo - não fosse reparada.
Os vídeos publicados na internet revelam o ambiente da manifestação.
As imagens mostram também soldados e carros blindados, parados junto do grupo de manifestantes.
Em conferência de imprensa, Igor Konashenkov garantiu que Moscovo vai continuar os ataques contra o que designa de "mercenários estrangeiros".
O governador regional ucraniano, Maksym Kozytskyy, referiu que o ataque fez 35 vítimas mortais e 134 feridos.
"Nunca se justificará a intervenção da NATO enquanto o ataque russo se mantiver dentro das fronteiras da Ucrânia", sustentou Martins da Cruz, questionado na sequência do bombardeamento da base militar de Yavoriv, perto da fronteira com a Polónia, um centro de treino de voluntários estrangeiros. Morreram 35 pessoas e 134 ficaram feridas.
"As linhas vermelhas (para a NATO) são as fronteiras da Ucrânia e da Rússia com os países da NATO, ou seja, do lado da Rússia os três estados bálticos da Rússia e, da Ucrânia, os estados da NATO que fazem fronteira com a Ucrânia: Polónia, Eslováquia, Hungria e Roménia", explicou.
Para António Martins da Cruz sublinha que a base militar "não é da NATO", por isso "para a União Europeia (UE)e para a NATO, é um ataque dentro do território ucraniano".
O antigo embaixador apontou que "a Rússia escolheu este alvo para avisar os países da NATO, da UE e os Estados Unidos da América. Os aliados estão a fornecer equipamento militar à Ucrânia e a Rússia considerar isso um ato hostil".
"Como o reabastecimento de equipamento militar pode estar a ser feito através desta base aérea, visa destruir essa via de comunicação", acrescentou.
Jake Sullivan também disse que qualquer ataque ao território da NATO vai desencadear uma resposta completa da aliança ocidental.
No programa Face the Nation, da estação CBS, o conselheiro da Casa Branca referiu que os Estados Unidos e países aliados estavam a acompanhar de perto a crescente ameaça de um ataque com armas químicas e disse ainda que estavam em comunicação direta com Moscovo de modo a alertar para as implicações de tal iniciativa.
"O uso de armas de destruição massiva seria uma nova linha grave que (o presidente russo Vladimir) Putin está a cruzar em termos do seu ataque ao direito internacional e às normas internacionais", declarou Jake Sullivan.
São pessoas que se dizem envergonhadas com as atitudes de Vladimir Putin. Um protesto que aconteceu à mesma hora em todo o mundo. Em Mosvcovo, todos os que acorreram à Praça Vermelha foram detidos. São pessoas que se dizem envergonhadas com as atitudes de Vladimir Putin. Um protesto que aconteceu à mesma hora em todo o mundo. Em Mosvcovo, todos os que acorreram à Praça Vermelha foram detidos.
A autarquia da cidade ucraniana portuária sitiada de Mariupol anunciou em comunicado que 2.187 residentes da cidade foram mortos desde o início da invasão russa da Ucrânia.
"Nas últimas 24 horas, houve pelo menos 22 bombardeamentos na cidade. Mais de 100 bombas já foram lançadas em Mariupol", lê-se no comunicado.
A autarquia afirmou ainda que a cidade está a ficar sem as últimas reservas de comida e de água, acrescentando que as forças russas que cercaram a cidade continuam a bombardear alvos não militares.
"As pessoas estão numa situação difícil há 12 dias. Não há eletricidade, água ou aquecimento na cidade. Quase não há comunicação móvel. As últimas reservas de comida e de água estão a esgotar-se", afirma.
No primeiro balanço, após a abertura, a autarquia lisboeta revelou que recebeu mais de 3 mil contactos de pessoas que querem ajudar e outras que necessitam dessa ajuda.
A autarquia agradece o apoio dos lisboetas que têm demonstrado uma enorme solidariedade para com os ucranianos que chegam a Portugal, fugidos da guerra. Muitas dessas pessoas já estão realojadas em casas de famílias portuguesas, outras em hotéis pagos pela câmara.
Um dos negociadores do lado russo disse este domingo que foram feitos "progressos significativos" nas negociações com a Ucrânia e afirmou que é possível que as duas delegações possam chegar em breve a uma “posição conjunta”. A informação é avançada pela agência de notícias russa RIA.
O negociador e conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak também afirmou que o lado russo se tornou “mais construtivo” e acredita, por isso, que possam existir progressos nas negociações com Moscovo nos próximos dias.
"Não vamos ceder em princípio em nenhuma posição. A Rússia agora já percebe isso”, disse Podolyak num vídeo publicado nas redes sociais. “A Rússia já está a começar a falar de forma construtiva. Acho que vamos alcançar alguns resultados literalmente em questão de dias", acrescentou.
.@nytimes is deeply saddened to learn of the death of an American journalist in Ukraine, Brent Renaud.
— Cliff Levy (@cliffordlevy) March 13, 2022
Brent was a talented photographer and filmmaker, but he was not on assignment for @nytimes in Ukraine.
Full statement is here. pic.twitter.com/bRcrnNDacQ
Desde o início da guerra, Portugal já recebeu 6363 pedidos de estatuto de proteção temporária, segundo dados do SEF revelados à RTP.
São cidadãos que estavam na Ucrânia e que são de várias nacionalidades.
O Papa Francisco pediu hoje o fim do "massacre" e do "inaceitável ataque armado" na Ucrânia, país que está invadido pelas tropas russas desde o dia 24 de fevereiro.
No apelo, que foi feito após o Ângelus, o líder da Igreja Católica condenou também a "barbárie" de matar crianças e civis na Ucrânia. "Em nome de Deus... parem este massacre", afirmou o Papa Francisco.
A invasão da Ucrânia pelas tropas russas já provocou a fuga de cerca de 2,69 milhões de ucranianos, segundo o balanço divulgado hoje pela Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
A Polónia acolheu mais de metade destas pessoas, recebendo 1,6 milhões de refugiados ucranianos, enquanto 246.000 foram para a Hungria, 195.000 para a Eslováquia, 105.000 para a Rússia, 104.000 para a Moldova, 84.000 para a Roménia e cerca de 900 para a Bielorrússia, entre outros países.
Mais de 300.000 refugiados ucranianos encontram-se também noutros países europeus não vizinhos da Ucrânia, de acordo com os números do ACNUR.
O êxodo de refugiados ucranianos é o maior da Europa desde a II Guerra Mundial, ultrapassando mesmo os causados por todas as guerras na ex-Jugoslávia durante os anos 90 (2,4 milhões, segundo estimativas das organizações humanitárias).
As estimativas efetuadas pelo ACNUR nos primeiros dias da guerra indicavam que o conflito pudesse originar cerca de quatro milhões de refugiados. Contudo, face à rápida evolução dos números em pouco mais de duas semanas de guerra, os responsáveis da organização acreditam que o fluxo de pessoas em fuga da Ucrânia venha a ser ainda maior.
Cerca de 125.000 pessoas foram retiradas por corredores humanitários de zonas de conflito na Ucrânia, anunciou o presidente Volodymyr Zelensky num vídeo publicado este domingo.
"Hoje a missão principal é Mariupol", disse o presidente ucraniano, acrescentando que um comboio com alimentos e medicamentos está agora a apenas 80 quilómetros de distância da cidade portuária cercada pela tropas russas, onde mais de 400.000 pessoas estão presas há 11 dias sem água, luz, comida nem cuidados médicos.
A base militar atacada durante a noite por mísseis russos está a 40 quilómetros da cidade ucraniana de Lviv. É onde está o enviado da Antena 1, Luís Peixoto, que nos dá conta de uma manhã de apreensão, embora o toque das sirenes seja já habitual.
O conselheiro do presidente ucraniano, Mikhail Podolyak, anunciou que a Ucrânia está a trabalhar com Israel e Turquia como mediadores para definir um novo local para as negociações de paz com a Rússia.
"Assim que os formatos legais mútuos forem elaborados, será agendada uma reunião - a quarta ronda de negociações. Pode ser amanhã ou depois de amanhã", disse Podoliak à Belta, a agência de notícias estatal da Bielorrússia, este domingo.
O conselheiro de Zelensly afirmou que "há várias propostas na mesa de negociações”, nomeadamente um acordo político e, “mais importante, um acordo militar”. “Refiro-me a um cessar-fogo, uma fórmula para um cessar-fogo e a retirada das tropas", explicou Podoliak.
Pelo menos 85 crianças foram mortas e uma centena feridas na Ucrânia desde a invasão do país ordenada pelo Presidente russo Vladimir Putin em 24 de Fevereiro, anunciou hoje a Procuradoria-Geral ucraniana.
"Como resultado da agressão armada da Federação Russa, até à manhã de 13 de março, 85 crianças foram mortas e quase mais 100 ficaram feridas na Ucrânia", revelou o gabinete do procurador-geral, numa informação transmitida pela agência noticiosa ucraniana Ukrinform, acrescentando que a maioria das vítimas é das regiões de Kiev, Kharkiv, Donetsk, Sumy, Kherson, Mikolaiv e Zitomir, todas no norte, leste e sul do país.
Os bombardeamentos das tropas russas já danificaram 369 instituições de ensino, 57 das quais foram completamente destruídas. O maior número de destruições tem sido documentado na região de Donetsk (leste), com 119 instituições de ensino, seguindo-se as zonas de Mikolaiv (30), Sumy (28), Kiev (28, com 17 a verificarem-se na própria capital ucraniana) e Kherson (21).
"Só em 12 de março de 2022, 11 estabelecimentos escolares da região de Mikolaiv foram danificados. Além disso, 11 unidades de saúde e três centros de reabilitação, incluindo para crianças com deficiência, foram desmantelados", adiantou o Ministério Público ucraniano.
Estes números, que não podem ser verificados por uma fonte independente, não são definitivos, dadas as dificuldades das autoridades ucranianas em inspecionar os locais que foram alvo de ataques.
Um autocarro que transportava cerca de 50 refugiados da Ucrânia despistou-se numa autoestrada no norte da Itália. Um passageiro morreu e vários ficaram feridos. Cerca de 35 mil refugiados ucranianos que fugiram da guerra já entraram na Itália. A maioria deles pela fronteira nordeste com a Eslovénia.
Ataques aéreos na cidade de Mykolayiv, no sul da Ucrânia, fizeram nove mortos este domingo, disse o governador regional Vitaliy Kim em comunicado.
O presidente da Polónia, Andrzej Duda, afirmou que o uso de armas químicas por parte de Moscovo poderá ser uma linha vermelha para a NATO, que levará a Aliança a reconsiderar a sua decisão de não intervir militarmente no conflito.
Em entrevista à BBC, Duda explicou que o uso de armas químicas por parte de Putin seria uma “mudança no jogo”.
“Se me perguntarem se Putin pode usar armas químicas, acho que Putin pode usar qualquer coisa agora, especialmente quando está nesta situação difícil”, afirmou. “Todos esperamos que ele não se atreva a fazer isso. “Ma se ele usar armas de destruição em massa, isso seria uma mudança no jogo”, acrescentou.
“A NATO teria que se sentar à mesa e realmente teriam que pensar seriamente no que fazer, porque então começa a ser perigoso, não só para a Europa, mas para o mundo inteiro”, declarou.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro israelita Naftali Bennett falaram na noite de sábado sobre formas de resolver o conflito na Ucrânia, de acordo com um comunicado do gabinete de Bennett.
A conversa entre os dois líderes durou mais de uma hora.
Após a conversa, Zelensky publicou um tweet onde afirma que conversou com Bennett sobre "a agressão russa e as perspetivas de negociações de paz" e pediu ajuda para garantir a libertação do "autarca detido de Melitopol e de figuras públicas locais".
Continued dialogue with 🇮🇱 PM @naftalibennett. We talked about Russian aggression and the prospects for peace talks. We must stop repressions against civilians: asked to assist in the release of captive mayor of Melitopol and local public figures #StopRussia
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 12, 2022
No sábado, autoridades israelitas e ucranianas negaram relatos de que Bennett pressionou Zelensky a aceitar os termos da Rússia para pôr fim à guerra.
A Rússia disparou vários mísseis de longo alcance contra uma base militar a 15 quilómetros da Polónia. Este foi o ataque mais próximo a uma fronteira da União Europeia e de um país da NATO, o que pode provocar uma reação por parte dos aliados.
Foram ouvidas várias explosões. As sirenes começaram a tocar pelas 3h30 da madrugada (1h30 em Lisboa), mas o ataque só aconteceu oito horas depois. A base, que fica próxima de Lviv, a ocidente da Ucrânia, é o local onde os instrutores da NATO dão formação aos militares ucranianos. É nesta base que funciona o Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança, criado no âmbito do programa Parceria para a Paz, que é realizado em conjunto pela Ucrânia e pela NATO.
Esta base militar poderia ser também um dos locais secretos onde estavam a ser armazenadas algumas das armas que têm sido cedidas pelos aliados do Ocidente à Ucrânia.
O presidente ucraniano revelou que no sábado, os corredores humanitários funcionaram e que foram retiradas quase 13 nil pessoas de várias localidades. Zelensky mostra-se esperançado que, hoje, chegue ajuda humanitária a Mariupol.
Volodymyr Zelensky diz que a Ucrânia vai resistir ao teste e que precisa de tempo para quebrar a máquina militar russa. No mais recente discurso, o presidente ucraniano voltou a apelar à luta.