Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
- Imagens de satélite captadas esta sexta-feira mostram que a coluna militar russa se aproximou de Kiev. De acordo com a agência norte-americana Maxar Technologies, pelo caminho, o exército russo disparou artilharia em direção a áreas residenciais. As imagens mostram várias casas e prédios em chamas e com muitos danos, por exemplo, na cidade de Moschun, a noroeste de Kiev.
- Começaram a ser bombardeadas áreas na zona centro e oeste da Ucrânia, como os aeroportos de Lutsk e Ivano-Frankivsk, que ainda não tinham sido atingidas.
- O presidente da Ucrânia diz que 7.144 pessoas conseguiram sair das cidades do país, esta sexta-feira.
- As Nações Unidas contabilizam mais de dois milhões e meio de refugiados, em duas semanas de guerra.
"Estamos no processo de reduzir as nossas atividades de acordo com os requisitos legais e regulatórios", disse o grupo em comunicado, duas semanas após a invasão da Ucrânia lançada pelo presidente russo, Vladimir Putin.
"Ao mesmo tempo, estamos a ajudar os nossos clientes internacionais não russos a reduzir seus negócios no país. Não vamos fazer mais novos negócios na Rússia", acrescentou o Deutsche Bank.
A instituição diz que "reduziu substancialmente o seu envolvimento e presença na Rússia desde 2014" e já esta semana tinha afirmado que a sua exposição direta à Rússia era "muito limitada".
O banco avalia a sua exposição bruta de crédito em 1,4 mil milhões de euros, ou cerca de 0,3% do total da carteira de crédito, com uma exposição líquida de 600 milhões de euros.
O grupo alemão possui um importante centro de tecnologia na Rússia, empregando 1.500 especialistas em tecnologias de informação ao serviço do seu banco de investimento.
"O risco operacional" decorrente do fecho desse centro está "bem contido" e "não apresenta risco significativo" para o funcionamento das operações globais, indicou o Deutsche Bank esta semana.
Lusa
O autarca pede toda a ajuda possível para combater o que considera ser "o exército mais forte do mundo".
Boris Johnson, sob pressão para O empresário Evgeny Lebedev, filho do multimilionário russo Alexandre Lebedev, recusou hoje ser um risco para a segurança do Reino Unido, depois de a sua relação com o primeiro-ministro Boris Johnson ter sido questionada na comunicação social.
A invasão russa da Ucrânia relançou as questões em torno da nomeação de Evgeny, que também tem a cidadania britânica, para a Câmara dos Lordes, a câmara alta do parlamento britânico, que tem efeito vitalício.
As questões incidem em particular na participação, em abril de 2018, de Boris Johnson, então ministro dos Negócios Estrangeiros, em uma festa em uma quinta de Evgeny, em Itália, sem medidas de segurança.
Em artigo publicado hoje no diário gratuito Evening Standard, do qual é proprietário, Evgeny não comentou, porém, as acusações segundo as quais Boris Johnson teria favorecido a sua nomeação para a Câmara dos Lordes, apesar das reservas dos serviços de informações.
O empresário russo-britânico, "Barão Lebedev, de Hampton, no bairro de Richmond, em Londres, sobre o Tamisa, e da Sibéria, na Federação Russa", segundo o seu título na Câmara dos Lordes, afirmou no texto que é alguém "orgulhoso" de ser cidadão britânico e que se considera em casa no Reino Unido.
"Atualmente, são numerosos os que têm raízes russas e estão sob escrutínio, eu incluído", escreveu. "É inevitável quando acontecimentos de tal magnitude se desenrolam e que a ordem do mundo como a conhecíamos nas últimas décadas desaba de repente", acrescentou.
"Mas eu não sou um risco para a segurança deste país, que amo", garantiu, avançando eu se o seu pai foi um agente do KGB, já ele "não é agente da Rússia".
Em demonstração do seu argumento invocou a cobertura da invasão russa da Ucrânia pelo seu jornal, que na semana passada apelou a Vladimir Putin para que retirasse as tropas.
Na ocasião, defendeu também o seu pai Alexandre, crítico do Kremlin e que lutou contra a corrupção, garantindo que a sua família defende desde há muito a liberdade de imprensa. revelar a dimensão dos financiamentos russos ao seu Partido Conservador, sancionou sete oligarcas próximos de Putin, entre os quais o proprietário do clube de futebol Chelsea, Roman Abramovich.
Ter um nome ou a nacionalidade russa "não torna automaticamente qualquer um em inimigo do Estado" britânico, declarou Evgeny Lebedev, para quem "é crucial não cair na russofobia".
Lusa
Kiev divulgou esta informação com base em dados recolhidos pelos serviços secretos, mas o governo de Minsk acusa o executivo ucraniano de "provocação".
As armas ocidentais foram vimportantes para permitir que os ucranianos combatam o exército russo de maneira mais eficaz do que os serviços secretos americanos previam.
Contudo, o transporte do armamento para o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial acarreta o risco de que alguns caiam em mãos erradas.
"Francamente, acreditamos que vale a pena correr o risco agora porque os ucranianos estão a lutar com tanta habilidade com as ferramentas à sua disposição e estão a usá-las de forma tão criativa", comentou um funcionário do Departamento de Defesa americano à agência Reuters.
No entanto, é notado que ainda não foram detectados sinais de qualquer fuga radioativa.
"Estamos a monitorar relatos de danos a uma instalação de investigação em Kharkiv. O risco de segurança no curto prazo é baixo, mas os disparos russos contínuos contra instalações nucleares devem cessar", defendeu secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, na rede social Twitter.
#Ukraine nuclear facilities update: @ENERGY continues to monitor the situation. We remain concerned about Russia’s reckless actions and violations of nuclear safety principles. 1/
— Secretary Jennifer Granholm (@SecGranholm) March 11, 2022
Segundo a empresa privada americana Maxar Technologies, várias casas e prédios estavam em chamas e verificavam-se danos generalizados e crateras de impacto em toda a cidade de Moschun, a noroeste da capital ucraniana.
Com os hotéis sem vagas, uma escola em Uzhorod, a cidade mais ocidental ucraniana, muito próximo da fronteira com a Eslováquia, acolhe vários deslocados ucranianos.
Fogem da guerra, das zonas de conflito mais a leste, e dali partem todos os dias milhares de pessoas que tentam deixar a Ucrânia. Mas há também muitos ucranianos que preferem permanecer na cidade.
Questionado sobre a necessidade de um eventual racionamento alimentar, o Presidente da República disse que “não há esse problema”.
“No meio de tantos problemas, somos privilegiados”, disse Marcelo Rebelo de Sousa em resposta aos jornalistas. “Somos privilegiados porque temos reservas consideráveis em termos energéticos; não temos a exposição financeira que outros têm ao país que desencadeou este conflito; as nossas significativas empresas não estão expostas à economia russa e porque muitos dos fornecimentos essenciais, não temos dependência direta da área do conflito”, explicou. “Mas se há aumento de bens fundamentais para a produção, que bate a todos, também bate em Portugal”, sublinhou.
Os Estados Unidos anunciaram esta sexta-feira novas sanções a mais oligarcas, líderes e membros das elites russas, visando membros da câmara baixa do parlamento e o bilionário Viktor Vekselberg, entre outros.
Entre os visados das novas sanções estão dez pessoas que compõem o conselho do Banco VTB, 12 membros da Duma (câmara baixa do parlamento russo) e familiares do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou o Departamento do Tesouro dos EUA em comunicado.
O Tesouro acusou os alvos das novas sanções de terem apoiado a invasão da Ucrânia pelo presidente russo Vladimir Putin. "O Tesouro continua a responsabilizar as autoridades russas pela guerra injustificada e não provocada de Putin", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, no comunicado.
As forças russas aumentaram esta sexta-feira a pressão em torno de Kiev e no leste da Ucrânia, estendendo a sua ofensiva à cidade de Dnipro, no sul.
A capital ucraniana, juntamente com Mariupol, Kryvy Rig, Kremenchug, Nikopol e Zaporizhzhia, são as principais localidades onde os esforços russos continuam a concentrar-se, segundo dados revelados pelas Forças Armadas ucranianas em comunicado.
"Incapaz de alcançar o sucesso, o inimigo continua os seus ataques com mísseis e bombas nas cidades no interior do território da Ucrânia, Dnipro, Lutsk e Ivano-Frankivsk", pode ler-se.
Até agora poupada pelas forças russas, Dnipro, quarta maior cidade ucraniana, fortemente industrializada e com um milhão de habitantes, está a ser alvo de ataques que já causaram pelo menos um morto, segundo dados da autarquia.
"Ocorreram três ataques aéreos à cidade, a um jardim de infância, um conjunto de apartamentos e uma fábrica de calçado (...) onde ocorreu um incêndio", revelou o serviço de emergência ucraniano sobre os ataques à metrópole às margens do rio Dnieper, que marca a separação entre o leste da Ucrânia, parcialmente pró-russo, e o resto do seu território.
Esta sexta-feira, Dnipro juntou-se às imagens desoladoras que se têm registado em Kharkiv (nordeste) e Mariupol (sudeste), esta última já com 1.582 mortos entre civis na sequência do cerco russo.
Os dados oficiais conhecidos esta sexta-feira apontam também para a morte de quatro soldados ucranianos e seis feridos, na sequência do bombardeamento do aeroporto militar de Lutsk, no noroeste da Ucrânia. Infraestrutura semelhante em Ivano-Frankivsk, no extremo oeste, também foi alvo de ataque.
Avanço dos russos numa altura em que voltou a fracassar a abertura de um corredor humanitário em Mariupol, onde as autoridades alertam para um cenário apocalíptico. Cerca de 200 mil pessoas permanecem na cidade portuária, considerada como uma peça chave para Vladimir Putin. Nos arredores da capital, aumentam os ataques dos militares russos, enquanto a população tenta fugir a todo o custo.
Em Kharkiv, a segunda maior cidade do país, a população refugiada nas estações de metro começa a adoecer e a sentir falta de bens essenciais.
Pela primeira vez desde o início da invasão da Ucrânia, a Rússia atacou o oeste ucraniano, alargando a ofensiva que decorre há 16 dias. Os bombardeamentos atingiram aeródromos militares de Lutsk e Ivano-Frankivsk, duas cidades mais próximas da Polónia. Ao mesmo tempo, a coluna militar russa que se dirige para Kiev avançou 5 quilómetros nas últimas 24 horas e dispersou-se para dificultar ação defensiva ucraniana.
A Rússia convocou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para esta sexta-feira para reafirmar, sem qualquer prova, as suas acusações de que a Ucrânia administra laboratórios de armas biológicas com o apoio dos EUA.
Durante a reunião desta sexta-feira, a Alta Representante da ONU para Assuntos de Desarmamento, Izumi Nakamitsu, disse não ter conhecimento de nenhum “programa de armas biológicas” na Ucrânia, mas alertou que a ameaça de um acidente nuclear em território ucraniano está a “crescer a cada dia”.
Os membros do Conselho de Segurança da ONU classificaram as alegações russas como "uma mentira" e "totalmente absurdas" e aproveitaram ainda a reunião para condenar veementemente os ataques russos contra civis.
As forças russas voltaram a bombardear a cidade portuária ucraniana de Mariupol, impedindo novamente a retirada de civis. Segundo a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, as forças russas também forçaram a paragem de alguns autocarros que transportavam pessoas que procuravam sair da região de Kiev.
Vereshchuk disse que algumas das evacuações planeadas foram bem-sucedidas, tendo sido possível retirar 1.000 pessoas da vila de Vorzel, na região de Kiev.
As forças russas cercaram a cidade de Mariupol. A Ucrânia diz que 1.582 civis morreram nesta cidade desde o início da guerra.
A Ucrânia acusou as forças russas de violarem a lei internacional ao raptarem o autarca de Melitopol, uma cidade no sudeste da Ucrânia que está agora sob domínio russo.
"O rapto do autarca de Melitopol é classificado como crime de guerra sob as Convenções de Genebra e o Protocolo Adicional, que proíbem a tomada de reféns civis durante a guerra", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia em comunicado.
A Ucrânia diz que as forças russas raptaram o autarca de Melitopol após ter sido acusado falsamente de terrorismo. A Rússia não fez qualquer comentário.
The 🇺🇦 presidential office reports that the Russian occupiers have kidnapped Ivan Fedoro, the major of Melitopol in southern #Ukraine. Security camera of the city hall seem to show the abduction. pic.twitter.com/KfaXFQttn0
— Mattia Nelles (@mattia_n) March 11, 2022
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje à União Europeia para "fazer mais" pelo seu país, que Bruxelas decidiu não admitir através de um procedimento acelerado, enquanto nas negociações sobre o conflito militar a Rússia admitiu "progressos".
O Presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou hoje que não haverá qualquer procedimento de adesão acelerado à União Europeia (UE) para um país em guerra, realçando, no entanto, que o Conselho Europeu deixou claro "o destino europeu" da Ucrânia.
"Precisamos ter muito respeito pelos ucranianos e os seus dirigentes, percebo perfeitamente a emoção, o Conselho Europeu enviou uma mensagem forte do destino europeu da Ucrânia, mas podemos ter um procedimento acelerado de adesão para um país em guerra? A resposta é não", disse o chefe de Estado francês, em declarações à comunicação social no fim da cimeira informal que juntou em Versalhes, França, desde quinta-feira, os líderes dos 27 Estados-membros da UE.
Em contrapartida, o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, revelou que propôs aos chefes de Estado e de Governo, reunidos em Versalhes, duplicar o financiamento de armamento para a Ucrânia, com 500 milhões de euros suplementares.
Borrell anunciou que propôs "mais 500 milhões de euros de contribuição para o apoio militar à Ucrânia", através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, elevando assim para 1.000 milhões de euros o financiamento pela União Europeia (UE) de aquisição e fornecimento de armas para apoiar as Forças Armadas ucranianas a combater a invasão russa.
Por outro lado, a UE anunciou que vai entregar um envelope de 300 milhões de euros de ajuda macrofinanceira de emergência à Ucrânia, de um total de 1,2 mil milhões de euros, foi hoje divulgado.
A Sony Pictures Entertainment anunciou esta sexta-feira que suspendeu as operações comerciais na Rússia, duas semanas depois de o estúdio ter suspendido também os novos lançamentos de filmes no país.
O regulador de comunicações da Rússia disse em comunicado que vai impor restrições ao acesso ao Instagram da Meta a partir de 14 de março.
O presidente da câmara de Melitopol terá sido raptado esta sexta-feira por soldados russos que ocupavam a cidade do sul da Ucrânia, de acordo com responsáveis ucranianos: "Um grupo de dez ocupantes raptou Ivan Fedorov", denunciou o Parlamento ucraniano na sua conta do Twitter, acrescentando que Fedorov se "recusou a cooperar com o inimigo".
This is video confirmation of kidnapping the Head of Melitopol. The video was published by Kyrylo Tymoshenko, Deputy Head of the OP.#UkraineRussiaWar #UkraineUnderAttack #UkraineInvasion #PutinHitler #PutinsWar pic.twitter.com/uTIH3RHeMm
— KyivPost (@KyivPost) March 11, 2022
A Repórteres Sem Fronteiras disse hoje que desbloqueou o site de notícias independente russo Meduza, censurado desde o início do mês por Moscovo, instando os meios de comunicação bloqueados a identificarem-se para que possam também ser reativados.
"Para combater a censura de sites noticiosos independentes na Rússia, a RSF desbloqueou o Meduza.io, o meio de comunicação mais popular do país, com sede em Riga, na Letónia", informou a ONG em comunicado, citado pela agência APF.
Ursula von der Leyen anunciou hoje que a União Europeia vai proibir as exportações de bens de luxo para a Rússia. Outra medida será a suspensão do tratamento privilegiado de Moscovo no comércio e economia, assim como o fim das importações e metal e aço russos.
“Amanhã vamos iniciar um quarto pacote de sanções contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia, em coordenação com os Estados Unidos e outros aliados do G7”, afirmou a presidente da Comissão Europeia.
A França denunciou esta sexta-feira várias tentativas, pela Rússia, de “abuso” da rede Interpol nos últimos dias.
Segundo Paris, este abuso por parte da Rússia pode levar à suspensão desse país do acesso às ferramentas da Organização Internacional de Polícia Criminal.
As autoridades francesas frisam que a Interpol não deve ser usada pela Rússia para ajudar à “agressão militar ilegal contra a Ucrânia”.
O Centro de Comunicações Estratégicas da Ucrânia alertou hoje para o risco de uma invasão bielorrussa. O aviso surge depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter reunido com o homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko.
"De acordo com dados preliminares, as tropas bielorrussas podem ser arrastadas para uma invasão a 11 de março às 21h00 (19h00 em Lisboa)", disse o centro, que foi criado pelo Ministério da Cultura e Política de Informação da Ucrânia.
Um membro do governo ucraniano declarou que a mediação israelita do conflito é inútil. Afirma que o primeiro-ministro Naftali Bennett “está a usar a posição de negociador como desculpa para não transferir material de combate para a Ucrânia e para não se juntar às sanções contra a Rússia”.
O primeiro-ministro israelita limita-se a ser um serviço de correios entre Kiev e Moscovo, acrescentou esta fonte citada no jornal israelita Haaretz.
No último contacto telefónico com o presidente ucraniano, Bennett terá sugerido a Volodymyr Zelensky que aceitasse as condições de Putin, refere esta fonte: “Quando Bennett lhe propôs que aceitasse a oferta russa, Zelensky respondeu ‘Percebo-o, obrigado’”. Este representante do governo ucraniano lê a situação como uma sugestão a Kiev que se renda a Moscovo.
O Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos recebeu "informação credível" de que a Rússia utilizou várias vezes nas mais de duas semanas desde que invadiu a Ucrânia um tipo de armamento proibido pelo seu impacto indiscriminado sobre civis.
O uso dessas bombas ocorreu "mesmo em zonas povoadas", disse hoje a porta-voz daquele organismo, Liz Throssell, precisando que, em 24 de fevereiro, uma bomba de fragmentação explodiu no hospital principal de Vuhledar, situado na parte da região separatista de Donetsk sob controlo governamental, matando quatro civis e ferindo outros dez.
"Houve outros ataques com bombas de fragmentação em vários distritos de Kharkiv, nos quais morreram nove civis e 37 ficaram feridos", prosseguiu a porta-voz.
"Devido aos seus efeitos numa área ampla, o uso de bombas de fragmentação em zonas povoadas é incompatível com o direito internacional humanitário", frisou.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, disse hoje que "o que quer que a Rússia pretenda obter através da violência, está a falhar".
"O presidente [Putin] quer ter menos NATO nas fronteiras com a Rússia, mas está a ter mais NATO. Quer dividir a América do Norte, mas nós estamos mais unidos. Quer fazer das nações reféns do seu gás e petróleo, e em vez disso as nações europeias vão diversificar as suas fontes de fornecimento", declarou o responsável.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, considerou hoje que a invasão da Ucrânia pela Rússia evidenciou a "bancarrota" do sistema das Nações Unidas, que não evitou a guerra, e pediu uma reforma que anule o direito de veto no Conselho de Segurança da ONU.
"Pelo facto de uma das partes no conflito ser um membro permanente com direito de veto, anula-se a capacidade de imposição do Conselho de Segurança [das Nações Unidas] e o sistema declara-se em bancarrota", disse.
"Pelo facto de as decisões da Assembleia Geral das Nações Unidas não serem vinculativas, não foi adotada qualquer medida para pôr termo aos combates", indicou no seu discurso de inauguração do Fórum Diplomático de Antália.
Numa declaração sentida, após a qual foi recebido com aplausos pelo Parlamento polaco, Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia precisa "de alguém em quem possa confiar".
"Quando alguém nos ataca, precisamos de um amigo que nos ajude. E, na manhã do dia 24, não tive qualquer dúvida sobre quem seria esse amigo. Estou muito agradecido aos nossos irmãos e irmãs polacos", disse o presidente ucraniano.
"Estou convencido de que vamos defender a liberdade em conjunto", acrescentou.
Had a substantive conversation with @POTUS. Gave him the assessment of the situation on the battlefield, informed about the crimes of Russia against the civilian population. We agreed on further steps to support the defense of Ukraine and increase sanctions against Russia.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 11, 2022
Putin says Russia is going to recruit “volunteers” to fight against Ukraine and “help them make it to the combat zone.”
— max seddon (@maxseddon) March 11, 2022
Sergei Shoigu, the defense minister, says the most “volunteers” are from the Middle East, where 16,000 people apparently want to fight for Donetsk and Luhansk. pic.twitter.com/8aur4Wt8JC
O presidente Joe Biden acaba de anunciar que vai assinar uma lei que revoga o estatuto de nação favorecida da Rússia e que os Estados Unidos vão “eliminar a importação de diversos setores da economia russa, como é o caso do marisco e do álcool”.
“Temos de confrontar Putin”, declarou o líder norte-americano. “Vamos impedir também os russos de pedirem dinheiro emprestado às instituições mais conhecidas, como é o caso do Banco Mundial. Putin é um agressor e, por isso, tem de pagar o preço das suas ações. Ele agrediu os alicerces da paz e da estabilidade”.
“Também vamos adicionar nomes de mais oligarcas russos à nossa lista de pessoas que têm apoiado Putin, roubando o povo russo e escondendo o seu dinheiro nos nossos países. Também eles têm de partilhar a dor provocada pelas nossas sanções, à medida que apreendemos as suas casas luxuosas e os seus iates”, continuou o presidente.
Para além disso, os Estados Unidos vão tornar mais difícil a esses oligarcas “comprarem bens nos nossos países”, afirmou.
Segundo Joe Biden, “estes são os mais recentes passos tomados, mas não serão os últimos”. “Vamos tentar atingir Putin o máximo possível e estamos, neste momento, através das sanções, a esmagar a economia russa”, acrescentou.
Os líderes europeus concordaram hoje em "aumentar substancialmente as despesas de defesa", com um reforço das capacidades e investimento em tecnologias inovadoras, uma necessidade enfatizada pela operação militar russa em curso na Ucrânia.
A "Declaração de Versalhes", adotada pelos 27 após uma cimeira de dois dias, inclui também uma referência ao compromisso de defesa mútua, contemplado no artigo 42.7 do Tratado da UE, particularmente importante para Finlândia e Suécia, dois Estados-membros que não pertencem à NATO e que recentemente foram alvo de ameaças de Moscovo.
"Face aos desafios que enfrentamos e a fim de melhor proteger os nossos cidadãos, e embora reconhecendo o caráter específico da política de segurança e defesa de certos Estados-membros, temos que investir mais e melhor nas capacidades de defesa e nas tecnologias inovadoras", lê-se na declaração, que enumera de seguida as medidas acordadas.
Os 27 concordaram em "aumentar substancialmente as despesas de defesa, com uma parte significativa para investimento, concentrando-se nas deficiências estratégicas identificadas, e com capacidades de defesa desenvolvidas de forma colaborativa no seio da União Europeia".
Uma fonte do Governo norte-americano avançou à agência Reuters que os Estados Unidos deverão estar prestes a proibir as importações de álcool e marisco russos, naquela que é mais uma medida para prejudicar a economia de Moscovo.
O presidente Joe Biden deverá anunciar a proibição esta sexta-feira, podendo ser avançadas ainda outras medidas de retaliação contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia.
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse esta sexta-feira que os líderes europeus agiram com rapidez na adoção de uma primeira ronda de sanções contra Moscovo devido à invasão da Ucrânia, estando prontos para fazer mais caso seja necessário.
“Estamos prontos para adotar mais sanções, todas as opções estão em cima da mesa”, assegurou o chefe de Estado de França.
Macron acrescentou que os líderes europeus enviaram uma mensagem clara à Ucrânia: “o caminho para a nossa Europa está aberto”.
O presidente adiantou ainda que a Europa ajudará a Ucrânia a reconstruir o que a Rússia destruir durante esta guerra.
Klaus Iohannis, presidente da Roménia, alertou esta sexta-feira que as forças militares da Aliança Atlântica devem estar operacionais no país “o mais rapidamente possível”.
As declarações ocorreram durante a visita da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, ao país.
“Durante as conversações, sublinhei a necessidade de ter as forças militares da NATO operacionais o mais rapidamente possível”, afirmou.
A Força Aérea da Ucrânia disse esta sexta-feira que aeronaves russas dispararam contra uma região bielorrussa perto da fronteira com a Ucrânia, a partir do espaço aéreo ucraniano, para tentarem arrastar a Bielorrússia para a guerra.
"Isto é uma provocação! O objetivo é envolver as Forças Armadas da República da Bielorrússia na guerra com a Ucrânia!", acusou um comando da Força Aérea de Kiev em comunicado.
A Rússia anunciou na sexta-feira que vai restringir o acesso à rede social Instagram, avança a agência France Presse. Acusa a rede social de espalhar apelos à violência contra os russos, no contexto do conflito em curso na Ucrânia.
"Atendendo ao pedido do Ministério Público, o acesso à rede social Instagram (...) será restringido na Rússia", disse o regulador russo de telecomunicações Roskomnadzor, em comunicado.
No final da cimeira de Versalhes, o primeiro-ministro português anunciou que Portugal apresentou uma proposta para que o preço da eletricidade deixe de estar indexado ao preço do gás e que cada Estado-membro possa proceder à redução do IVA.
“No caso português, estamos a pagar injustamente um preço excessivo”, afirmou António Costa, acrescentando que a Comissão Europeia deverá apresentar diversas modalidades de intervenção sobre os preços de energia em resposta à situação na Ucrânia.
Na visão de António Costa, há margem para uma redução do IVA para além das medidas que já foram adotadas pelo Governo português.
Outro tema abordado foi o das interconexões elétricas e de gás. Segundo o chefe de Governo português, o Conselho Europeu deu respaldo à comunicação da Comissão para a necessidade de interconexão de redes entre Portugal, Espanha e França.
Essa interligação terá “impacto significativo na redução de preços” da energia em Portugal, e irá aumentar a capacidade de produção, receção e exportação.
Foi ainda mencionado o impacto da atual crise noutros bens, nomeadamente os agroalimentares. De acordo com o primeiro-ministro, a Comissão Europeia irá apresentar propostas para que os 27 façam face à escassez de bens alimentares.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou um pacote de medidas para fazer face à atual crise que ameaça a estabilidade da União Europeia.
“A agressão de Putin contra a Ucrânia é uma agressão contra todos os princípios que nos são queridos, é um ataque contra a democracia e contra a soberania dos Estados e contra a liberdade de um povo que está privado de escolher o seu destino e moldar o seu futuro. A nossa resposta vai definir o destino da Ucrânia, da União e do Continente Europeu”, frisou.
A responsável disse que “temos de permanecer fiéis aos princípios da nossa resposta comum: unidade, solidariedade e determinação”.
“Esta crise fez com que nós respondêssemos a esta nova realidade. Temos de garantir o fornecimento constante de energia aos consumidores europeus e temos de nos libertar da dependência do gás da Rússia. Temos de criar empregos na Europa e é necessário investimento estratégico na nossa segurança”, explicou.
“É por isso que a segurança europeia sublinhou a importância do plano para diversificar os fornecedores e mudar para as energias renováveis. Em meados de maio teremos uma proposta para eliminar a dependência da Rússia no que diz respeito ao carvão e ao gás até 2027”.
“É necessário ainda apoiar as empresas que têm dificuldades”, declarou von der Leyen no encerramento da Cimeira de Versalhes, que reuniu os líderes dos 27 em França com a guerra e a energia como pontos principais da agenda.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defendeu esta sexta-feira a necessidade de um plano para a energia para o próximo inverno.
As declarações foram feitas no final da Cimeira de Versalhes, que reuniu os líderes europeus.
“Debatemos bastante sobre a forma como a Europa vai afirmar a sua soberania e a sua estratégia”, com três pilares a partir de hoje para dar um “impulso forte” à ação europeia.
O primeiro é o da libertação da dependência europeia da energia russa, evitando assim o aumento dos preços e o impacto para as famílias em toda a Europa.
Nesse sentido, Charles Michel defendeu a elaboração de um plano já para o próximo inverno.
O segundo pilar tem que ver com a defesa e a segurança, para a qual vai ser usado um fundo europeu, uma vez que “há duas semanas acordámos numa Europa diferente”.
O terceiro é o da consolidação da base económica, que deverá ser “mais sólida, mais robusta e mais resiliente”.
A OMS contabilizou 26 ataques a instalações de saúde na Ucrânia desde o início da invasão russa.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje Moscovo de destacar mercenários sírios na Ucrânia para “destruir” o território.
A acusação chega no mesmo dia em que o Kremlin disse ser a favor do envio de combatentes sírios à Ucrânia, considerando esta uma reposta adequada ao “apoio de mercenários do Ocidente a Kiev”.
O comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia disse esta sexta-feira que a Rússia lançou 328 mísseis de cruzeiro em cidades e vilas ucranianas desde o início da invasão, a 24 de fevereiro.
"Este crime sangrento do regime de Putin é uma violação flagrante do direito internacional humanitário", denunciou o general Valeriy Zaluzhny.
A Rússia tem sempre negado os ataques a civis durante o que chama de “operação especial” na Ucrânia.
De acordo com informação do SEF à RTP, desde o início da guerra Portugal já recebeu 5.775 pedidos de estatuto de proteção temporária por cidadãos de várias nacionalidades que viviam na Ucrânia.
O presidente da Câmara de Odessa alertou hoje que as forças russas podem muito em breve cercar as três frentes desta cidade portuária ucraniana.
Gennadiy Trukhanov sugeriu que as forças russas vão tentar avançar a partir dos territórios já ocupados na região de Mykolaiv em direção à região separatista moldava de Transdniestria, onde estão sediadas tropas russas.
Caso esta estratégia militar se concretiza, a cidade de Odessa poderá ficar isolada do resto da Ucrânia.
“Além disso, acreditamos que enquanto isto acontece, os navios russos poderão cercar-nos a partir do mar”, acrescentou o autarca.
O país está à espera de receber 76.000 refugiados ucranianos nos próximos meses na sequência da invasão da Rússia, assinalou a agência sueca para as migrações, explicando que se trata de uma previsão incerta.
Esta agência sueca apresenta três cenários que variam entre 27.000 e 212.000 refugiados a entrar no país até junho. A Suécia deverá agora adaptar parques desportivos, armazéns e centros de exposições para albergar novos migrantes.
"O pior dos cenários tem em conta um conflito prolongado e a aumentar em intensidade e a deslocar-se para a parte Ocidental da Ucrânia. Infelizmente, estas são as coisas que estamos a ver neste momento", referiu numa conferência de imprensa o chefe da Agência de Migração, Mikael Ribbenvik.
O presidente da República promulgou esta sexta-feira dois diplomas do Governo: um que pretende dar maior apoio aos refugiados ucranianos, e outro que vem aumentar o apoio aos cidadãos portugueses face à subida do preço dos combustíveis.
O primeiro diploma promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa é o que estabelece medidas excecionais no âmbito da concessão de proteção temporária a pessoas deslocadas a Ucrânia.
O outro diploma permite o aumento do subsídio financeiro aplicável a consumos em postos de abastecimento de combustíveis, para efeitos de apoio transitório e excecional aos cidadãos nos seus consumos no setor dos combustíveis (o chamado “AUTOvoucher”).
Numa mensagem de vídeo, partilhada no Facebook, Volodymyr Zelensky afirma que a Ucrânia está "a caminho da vitória".
"Já alcançámos um avanço estratégico. Já estamos a caminho da vitória", lê-se na publicação.
No vídeo, o presidente ucraniano declara que "é preciso tempo e paciência até que a vitória seja alcançada", considerando que a Ucrânia "atingiu um ponto de viragem estratégico " na guerra. Contudo, Zelensky repetiu que são precisos “passos mais fortes” da União Europeia e “mais sanções” contra a Rússia.
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido anunciou, esta sexta-feira, sanções contra 386 deputados eleitos para a Duma e que apoiaram a invasão da Ucrânia.
Num comunicado, Liz Truss especificou que os deputados em questão votaram a favor do reconhecimento da independência das regiões separatistas “pró-Rússia” de Donetsk e Lugansk. As 386 pessoas desta lista passam a estar proibidas de viajar e os seus bens no Reino Unido estão congelados, ficando impedidos de mantes negócios em território britânico.
O Downing Street também informou que poderá ser apreendido, nos próximos dias, um apartamento de uma pessoa associada ao ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.
Em conversações com o presidente bielorrusso, o presidente russo admitiu que houve alguns progressos nas negociações entre Moscovo e Kiev, mas não adiantou quaisquer detalhes.
"Há certas mudanças positivas, segundo os negociadores do nosso lado me dizem", disse Putin numa reunião com o seu homólogo bielorrusso Alexander Lukashenko, acrescentando que as negociações continuam "praticamente diariamente".
🔴 Information note: The importance of Ukraine & the Russian Federation for global agricultural markets & the risks associated with the current conflict.
— FAO (@FAO) March 11, 2022
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O ministro português da Educação esteve em Caminha, esta manhã, e falou aos jornalistas sobre a receção das crianças ucranianas em Portugal, assim como de jovens atletas.
“Até esta manhã, já tínhamos cinco atletas que tinham solicitado aos nossos centros de Alto Rendimento (…) para poderem ficar alojados e para poderem treinar, porque a declaração dos ministros do Desporto [da União Europeia] diz inequivocamente que estes países e a comunidade internacional devem ajudar a Ucrânia e as seleções nacionais e todos os atletas que representam a Ucrânia”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues
Segundo o ministro da Educação, “na maior parte dos conflitos desta natureza” os países envolvidos “acabam por ter um vazio muito grande no que toca à representação nacional através do desporto”.
Além disso, a “diplomacia desportiva” também se faz com a “resposta inequívoca à Rússia e à Bielorrússia que as suas seleções não cabem no Desporto” enquanto durar a invasão à Ucrânia.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou esta sexta-feira que o estabelecimento de corredores humanitários é, neste momento, a necessidade “mínima” a ser cumprida.
O gabinete para os Direitos Humanos das Nações Unidas afirmaram que receberam “relatos confiáveis” de vários casos em que as forças russas usaram bombas de fragmentação em regiões populacionais da Ucrânia. Segundo a organização, o uso indiscriminado deste tipo de artilharia pode constituir crime de guerra.
"Devido aos seus efeitos de larga escala, o uso desta bombas em áreas povoadas é incompatível com os princípios dos Direitos Humanos Internacionais que regem a condução das hostilidades", disse a porta-voz Liz Throssell numa conferência de imprensa, esta sexta-feira, em Genebra.
"Recordámos às autoridades russas que direcionar ataques contra civis e bens civis, bem como os chamados bombardeamentos de área em cidades e vilas e outras formas de ataques indiscriminados, são proibidos pela lei internacional e podem constituir crimes de guerra".
“À luz da invasão russa em curso na Ucrânia, fizemos uma exceção temporária para as pessoas afetadas pela guerra, expressarem sentimentos violentos contra as Forças Armadas invasoras”, afirmou um porta-voz da Meta à BBC.
O governo espanhol anunciou o próximo carregamento de novas armas com destino à Ucrânia. Contudo, não foi especificado que tipo de armamento será enviado.
Numa entrevista ao canal espanhol TVE, o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, assegurou que este Espanha vai enviar armamento, de acordo “com a decisão tomada pelos 27 Estados da União Europeia para ajudar o exército ucraniano”.
O chefe da diplomacia espanhola, no entanto, recusou-se a dar detalhes quanto ao armamento.
"Se realmente queremos ajudar a Ucrânia (...), quanto menos falarmos sobre esse armamento, a sua natureza, a forma como entra" na Ucrânia, "melhor", justificou.
A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, já tinha anunciado na quinta-feira à noite um carregamento adicional de armas "nos próximos dias", garantindo que essa entrega seria feita "dependendo de como as circunstâncias evoluam" no terreno.
"A vontade do governo espanhol é apoiar os cidadãos ucranianos na sua autodefesa contra o massacre de que são vítimas" e "diante da terrível invasão da Rússia", justificou a Robles no canal de televisão Telecinco.
The number of refugees from Ukraine — tragically — has reached today 2.5 million.
— Filippo Grandi (@FilippoGrandi) March 11, 2022
We also estimate that about two million people are displaced inside Ukraine.
Millions forced to leave their homes by this senseless war.
A informação refere ainda que a Rússia “reprimirá firmemente” qualquer tentativa das empresas que deixem o país “de não cumprir unilateralmente as suas obrigações”.
A procuradoria promete ainda ações criminais contra empresas que enveredarem pelo caminho da falência "fictícia ou premeditada".
Centenas de empresas já anunciaram que vão suspender ou interromper as suas atividades na Rússia, entre as quais a Coca-Cola, H&M, McDonald's, Ikea, Shell e BP.
Sem pronunciar a palavra "nacionalização", o presidente russo, Vladimir Putin, admitiu na quinta-feira a possibilidade de a Rússia passar a gerir os ativos das empresas estrangeiras que deixam o país, nomeando administradores "externos", como forma de superar as consequências das sanções internacionais impostas após a invasão da Ucrânia.
Centenas de milhares de empregos estão ameaçados, numa altura em que as sanções ocidentais que atingem o sistema financeiro russo, mas também a indústria, correm o risco de mergulhar a Rússia numa profunda crise económica.
Até ao momento, já provocaram a queda do rublo e um novo aumento da inflação.
Oleh Synegubov, governador da região de Kharkiv, adiantou que 330 pessoas estavam no hospital e que 73 já foram retiradas. O número de vítimas ainda é desconhecido.
"O Conselho [Europeu] agiu rapidamente e convidou a Comissão [Europeia] a apresentar o parecer sobre este pedido, em conformidade com as disposições pertinentes dos tratados. Até lá e sem demora, reforçaremos ainda mais os nossos laços e aprofundaremos a nossa parceria para apoiar a Ucrânia na prossecução do seu caminho europeu. A Ucrânia pertence à nossa família europeia", de acordo com o comunicado.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou uma das conclusões do encontro em Versalhes, França: "sem demora, reforçaremos ainda mais os nossos laços e aprofundaremos a nossa parceria para apoiar a Ucrânia na prossecução do caminho europeu".
Já o Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, escreveu, na rede social Twitter, que a cimeira da UE foi "uma noite histórica em Versalhes".
"Depois de cinco horas de discussões acaloradas, os líderes da UE disseram 'sim' à euro-integração ucraniana. O processo começou. Agora cabe a nós e aos ucranianos concretizá-la rapidamente. A nação ucraniana heroica merece saber que é bem-vinda à UE", afirmou.Ponto da situaçãoA historic night at Versailles. After five hours of heated discussions EU leaders said yes to Ukrainian eurointegration. The process started. Now it is up to us and Ukrainians to accomplish it fast. Heroic Ukrainian nation deserves to know that they are welcome in EU.
— Gitanas Nausėda (@GitanasNauseda) March 11, 2022