Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por RTP

Maxar Technologies

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h45 - Ponto da situação
 - A Ucrânia alerta para uma possível invasão bielorrussa do território ucraniano, que poderá acontecer nas próximas horas. iev divulgou esta informação com base em dados recolhidos pelos serviços secretos, mas o governo de Minsk acusa o executivo ucraniano de "provocação".

 - Imagens de satélite captadas esta sexta-feira mostram que a coluna militar russa se aproximou de Kiev. De acordo com a agência norte-americana Maxar Technologies, pelo caminho, o exército russo disparou artilharia em direção a áreas residenciais. As imagens mostram várias casas e prédios em chamas e com muitos danos, por exemplo, na cidade de Moschun, a noroeste de Kiev.

 - Começaram a ser bombardeadas áreas na zona centro e oeste da Ucrânia, como os aeroportos de Lutsk e Ivano-Frankivsk, que ainda não tinham sido atingidas.

 - O presidente da Ucrânia diz que 7.144 pessoas conseguiram sair das cidades do país, esta sexta-feira.

 - As Nações Unidas contabilizam mais de dois milhões e meio de refugiados, em duas semanas de guerra.


00h30 - Banco alemão Deutsche Bank anuncia saída da Rússia

O banco alemão Deutsche Bank anunciou que está de saída da Rússia, devido à invasão da Ucrânia, à semelhança de outras instituições financeiras internacionais.

"Estamos no processo de reduzir as nossas atividades de acordo com os requisitos legais e regulatórios", disse o grupo em comunicado, duas semanas após a invasão da Ucrânia lançada pelo presidente russo, Vladimir Putin.

"Ao mesmo tempo, estamos a ajudar os nossos clientes internacionais não russos a reduzir seus negócios no país. Não vamos fazer mais novos negócios na Rússia", acrescentou o Deutsche Bank.

A instituição diz que "reduziu substancialmente o seu envolvimento e presença na Rússia desde 2014" e já esta semana tinha afirmado que a sua exposição direta à Rússia era "muito limitada".

O banco avalia a sua exposição bruta de crédito em 1,4 mil milhões de euros, ou cerca de 0,3% do total da carteira de crédito, com uma exposição líquida de 600 milhões de euros.

O grupo alemão possui um importante centro de tecnologia na Rússia, empregando 1.500 especialistas em tecnologias de informação ao serviço do seu banco de investimento.

"O risco operacional" decorrente do fecho desse centro está "bem contido" e "não apresenta risco significativo" para o funcionamento das operações globais, indicou o Deutsche Bank esta semana.
Lusa

00h22 - Autarca de Kiev pede ajuda para combater exército russo

O presidente da câmara de Kiev diz que estão na capital ucraniana dois milhões de pessoas, sobretudo, homens, que afirma estarem prontos para pegar em armas e defender a cidade.

O autarca pede toda a ajuda possível para combater o que considera ser "o exército mais forte do mundo".

00h15 - Empresário e lorde russo-britânico nega ser ameaça para o Reino Unido

Boris Johnson, sob pressão para O empresário Evgeny Lebedev, filho do multimilionário russo Alexandre Lebedev, recusou hoje ser um risco para a segurança do Reino Unido, depois de a sua relação com o primeiro-ministro Boris Johnson ter sido questionada na comunicação social.

A invasão russa da Ucrânia relançou as questões em torno da nomeação de Evgeny, que também tem a cidadania britânica, para a Câmara dos Lordes, a câmara alta do parlamento britânico, que tem efeito vitalício.

As questões incidem em particular na participação, em abril de 2018, de Boris Johnson, então ministro dos Negócios Estrangeiros, em uma festa em uma quinta de Evgeny, em Itália, sem medidas de segurança.

Em artigo publicado hoje no diário gratuito Evening Standard, do qual é proprietário, Evgeny não comentou, porém, as acusações segundo as quais Boris Johnson teria favorecido a sua nomeação para a Câmara dos Lordes, apesar das reservas dos serviços de informações.

O empresário russo-britânico, "Barão Lebedev, de Hampton, no bairro de Richmond, em Londres, sobre o Tamisa, e da Sibéria, na Federação Russa", segundo o seu título na Câmara dos Lordes, afirmou no texto que é alguém "orgulhoso" de ser cidadão britânico e que se considera em casa no Reino Unido.

"Atualmente, são numerosos os que têm raízes russas e estão sob escrutínio, eu incluído", escreveu. "É inevitável quando acontecimentos de tal magnitude se desenrolam e que a ordem do mundo como a conhecíamos nas últimas décadas desaba de repente", acrescentou.

"Mas eu não sou um risco para a segurança deste país, que amo", garantiu, avançando eu se o seu pai foi um agente do KGB, já ele "não é agente da Rússia".

Em demonstração do seu argumento invocou a cobertura da invasão russa da Ucrânia pelo seu jornal, que na semana passada apelou a Vladimir Putin para que retirasse as tropas.

Na ocasião, defendeu também o seu pai Alexandre, crítico do Kremlin e que lutou contra a corrupção, garantindo que a sua família defende desde há muito a liberdade de imprensa. revelar a dimensão dos financiamentos russos ao seu Partido Conservador, sancionou sete oligarcas próximos de Putin, entre os quais o proprietário do clube de futebol Chelsea, Roman Abramovich.

Ter um nome ou a nacionalidade russa "não torna automaticamente qualquer um em inimigo do Estado" britânico, declarou Evgeny Lebedev, para quem "é crucial não cair na russofobia".

Lusa

00h05 - Ucrânia alerta para possível invasão bielorrussa

A Ucrânia alerta para uma possível invasão bielorrussa do território ucraniano, que poderá acontecer nas próximas horas.

Kiev divulgou esta informação com base em dados recolhidos pelos serviços secretos, mas o governo de Minsk acusa o executivo ucraniano de "provocação".


23h45 - EUA e NATO enviam sistemas portáteis de defesa aérea para Ucrânia 

A agência Reuters avança que um próximo carregamento de armas ocidentais deve chegar nas próximas horas à Ucrânia. Entre as armas que os Estados Unidos e a NATO estão a enviar, estão incluídos mísseis portáteis de defesa aérea (na sigla inglesa MANPADS), que podem derrubar aviões.

As armas ocidentais foram vimportantes para permitir que os ucranianos combatam o exército russo de maneira mais eficaz do que os serviços secretos americanos previam.

Contudo, o transporte do armamento para o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial acarreta o risco de que alguns caiam em mãos erradas.

"Francamente, acreditamos que vale a pena correr o risco agora porque os ucranianos estão a lutar com tanta habilidade com as ferramentas à sua disposição e estão a usá-las de forma tão criativa", comentou um funcionário do Departamento de Defesa americano à agência Reuters.

23h20 - EUA acusam Rússia de violar princípios de segurança nuclear

Os Estados Unidos acusam a Rússia de violar os princípios de segurança nuclear, dizendo estar preocupados com "os disparos russos contínuos contra instalações nucleares" na Ucrânia.

No entanto, é notado que ainda não foram detectados sinais de qualquer fuga radioativa.

"Estamos a monitorar relatos de danos a uma instalação de investigação em Kharkiv. O risco de segurança no curto prazo é baixo, mas os disparos russos contínuos contra instalações nucleares devem cessar", defendeu secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, na rede social Twitter.

22h58 - Militares russos continuam a aproximar-se de Kiev

Imagens de satélite mostram que as unidades militares russas continuavam a avançar rumo a Kiev a disparar ativamente em direção a áreas residenciais.

Segundo a empresa privada americana Maxar Technologies, várias casas e prédios estavam em chamas e verificavam-se danos generalizados e crateras de impacto em toda a cidade de Moschun, a noroeste da capital ucraniana.

Outra imagem mostrava longas filas de carros com pessoas que tentavam fugir de Kiev, enquanto outra mostrava que os incêndios continuavam a lavrar no Aeroporto Antonov.


22h28 - Escola em Uzhorod, junto à fronteira com a Eslováquia, acolhe deslocados ucranianos

Com os hotéis sem vagas, uma escola em Uzhorod, a cidade mais ocidental ucraniana, muito próximo da fronteira com a Eslováquia, acolhe vários deslocados ucranianos.

Fogem da guerra, das zonas de conflito mais a leste, e dali partem todos os dias milhares de pessoas que tentam deixar a Ucrânia. Mas há também muitos ucranianos que preferem permanecer na cidade.


22h20 - Racionamento alimentar. Marcelo afirma que “não há esse problema”

Questionado sobre a necessidade de um eventual racionamento alimentar, o Presidente da República disse que “não há esse problema”.

“No meio de tantos problemas, somos privilegiados”, disse Marcelo Rebelo de Sousa em resposta aos jornalistas. “Somos privilegiados porque temos reservas consideráveis em termos energéticos; não temos a exposição financeira que outros têm ao país que desencadeou este conflito; as nossas significativas empresas não estão expostas à economia russa e porque muitos dos fornecimentos essenciais, não temos dependência direta da área do conflito”, explicou.
“Mas se há aumento de bens fundamentais para a produção, que bate a todos, também bate em Portugal”, sublinhou.

21h58 - Oligarcas e membros das elites russas entre os alvos das novas sanções dos EUA

Os Estados Unidos anunciaram esta sexta-feira novas sanções a mais oligarcas, líderes e membros das elites russas, visando membros da câmara baixa do parlamento e o bilionário Viktor Vekselberg, entre outros.

Entre os visados das novas sanções estão dez pessoas que compõem o conselho do Banco VTB, 12 membros da Duma (câmara baixa do parlamento russo) e familiares do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou o Departamento do Tesouro dos EUA em comunicado.

O Tesouro acusou os alvos das novas sanções de terem apoiado a invasão da Ucrânia pelo presidente russo Vladimir Putin. "O Tesouro continua a responsabilizar as autoridades russas pela guerra injustificada e não provocada de Putin", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, no comunicado.

21h07 - Ofensiva russa concentrada em Kiev e no leste

As forças russas aumentaram esta sexta-feira a pressão em torno de Kiev e no leste da Ucrânia, estendendo a sua ofensiva à cidade de Dnipro, no sul.

A capital ucraniana, juntamente com Mariupol, Kryvy Rig, Kremenchug, Nikopol e Zaporizhzhia, são as principais localidades onde os esforços russos continuam a concentrar-se, segundo dados revelados pelas Forças Armadas ucranianas em comunicado.

"Incapaz de alcançar o sucesso, o inimigo continua os seus ataques com mísseis e bombas nas cidades no interior do território da Ucrânia, Dnipro, Lutsk e Ivano-Frankivsk", pode ler-se.

Até agora poupada pelas forças russas, Dnipro, quarta maior cidade ucraniana, fortemente industrializada e com um milhão de habitantes, está a ser alvo de ataques que já causaram pelo menos um morto, segundo dados da autarquia.

"Ocorreram três ataques aéreos à cidade, a um jardim de infância, um conjunto de apartamentos e uma fábrica de calçado (...) onde ocorreu um incêndio", revelou o serviço de emergência ucraniano sobre os ataques à metrópole às margens do rio Dnieper, que marca a separação entre o leste da Ucrânia, parcialmente pró-russo, e o resto do seu território.

Esta sexta-feira, Dnipro juntou-se às imagens desoladoras que se têm registado em Kharkiv (nordeste) e Mariupol (sudeste), esta última já com 1.582 mortos entre civis na sequência do cerco russo.

Os dados oficiais conhecidos esta sexta-feira apontam também para a morte de quatro soldados ucranianos e seis feridos, na sequência do bombardeamento do aeroporto militar de Lutsk, no noroeste da Ucrânia. Infraestrutura semelhante em Ivano-Frankivsk, no extremo oeste, também foi alvo de ataque.

20h50 - Falhou mais um corredor humanitário em Mariupol

Avanço dos russos numa altura em que voltou a fracassar a abertura de um corredor humanitário em Mariupol, onde as autoridades alertam para um cenário apocalíptico. Cerca de 200 mil pessoas permanecem na cidade portuária, considerada como uma peça chave para Vladimir Putin.
Nos arredores da capital, aumentam os ataques dos militares russos, enquanto a população tenta fugir a todo o custo.

Em Kharkiv, a segunda maior cidade do país, a população refugiada nas estações de metro começa a adoecer e a sentir falta de bens essenciais.

20h38 - Rússia atacou cidades mais a oeste

Pela primeira vez desde o início da invasão da Ucrânia, a Rússia atacou o oeste ucraniano, alargando a ofensiva que decorre há 16 dias. Os bombardeamentos atingiram aeródromos militares de Lutsk e Ivano-Frankivsk, duas cidades mais próximas da Polónia.
Ao mesmo tempo, a coluna militar russa que se dirige para Kiev avançou 5 quilómetros nas últimas 24 horas e dispersou-se para dificultar ação defensiva ucraniana.

20h15 - ONU diz não ter conhecimento de "programas de armas biológicas" na Ucrânia

A Rússia convocou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para esta sexta-feira para reafirmar, sem qualquer prova, as suas acusações de que a Ucrânia administra laboratórios de armas biológicas com o apoio dos EUA.

Durante a reunião desta sexta-feira, a Alta Representante da ONU para Assuntos de Desarmamento, Izumi Nakamitsu, disse não ter conhecimento de nenhum “programa de armas biológicas” na Ucrânia, mas alertou que a ameaça de um acidente nuclear em território ucraniano está a “crescer a cada dia”.

Os membros do Conselho de Segurança da ONU classificaram as alegações russas como "uma mentira" e "totalmente absurdas" e aproveitaram ainda a reunião para condenar veementemente os ataques russos contra civis.



20h05 - Bombardeamento russo volta a impedir retirada de civis de Mariupol

As forças russas voltaram a bombardear a cidade portuária ucraniana de Mariupol, impedindo novamente a retirada de civis. Segundo a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, as forças russas também forçaram a paragem de alguns autocarros que transportavam pessoas que procuravam sair da região de Kiev.

Vereshchuk disse que algumas das evacuações planeadas foram bem-sucedidas, tendo sido possível retirar 1.000 pessoas da vila de Vorzel, na região de Kiev.

As forças russas cercaram a cidade de Mariupol. A Ucrânia diz que 1.582 civis morreram nesta cidade desde o início da guerra.

19h48 - Ucrânia acusa Rússia de violar a lei internacional ao raptar autarca de Melitopol

A Ucrânia acusou as forças russas de violarem a lei internacional ao raptarem o autarca de Melitopol, uma cidade no sudeste da Ucrânia que está agora sob domínio russo.

"O rapto do autarca de Melitopol é classificado como crime de guerra sob as Convenções de Genebra e o Protocolo Adicional, que proíbem a tomada de reféns civis durante a guerra", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia em comunicado.

A Ucrânia diz que as forças russas raptaram o autarca de Melitopol após ter sido acusado falsamente de terrorismo. A Rússia não fez qualquer comentário.

Imagens publicadas nas redes sociais da página da autarquia parecem mostrar o autarca, Ivan Fedorov, a ser sequestrado pelas forças russas.


19h37 - Zelensky apela a maior empenho da UE e Putin vê "progressos" nas negociações

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje à União Europeia para "fazer mais" pelo seu país, que Bruxelas decidiu não admitir através de um procedimento acelerado, enquanto nas negociações sobre o conflito militar a Rússia admitiu "progressos".

O Presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou hoje que não haverá qualquer procedimento de adesão acelerado à União Europeia (UE) para um país em guerra, realçando, no entanto, que o Conselho Europeu deixou claro "o destino europeu" da Ucrânia.

"Precisamos ter muito respeito pelos ucranianos e os seus dirigentes, percebo perfeitamente a emoção, o Conselho Europeu enviou uma mensagem forte do destino europeu da Ucrânia, mas podemos ter um procedimento acelerado de adesão para um país em guerra? A resposta é não", disse o chefe de Estado francês, em declarações à comunicação social no fim da cimeira informal que juntou em Versalhes, França, desde quinta-feira, os líderes dos 27 Estados-membros da UE.

Em contrapartida, o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, revelou que propôs aos chefes de Estado e de Governo, reunidos em Versalhes, duplicar o financiamento de armamento para a Ucrânia, com 500 milhões de euros suplementares.

Borrell anunciou que propôs "mais 500 milhões de euros de contribuição para o apoio militar à Ucrânia", através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, elevando assim para 1.000 milhões de euros o financiamento pela União Europeia (UE) de aquisição e fornecimento de armas para apoiar as Forças Armadas ucranianas a combater a invasão russa.

Por outro lado, a UE anunciou que vai entregar um envelope de 300 milhões de euros de ajuda macrofinanceira de emergência à Ucrânia, de um total de 1,2 mil milhões de euros, foi hoje divulgado.

19h27 - Sony Pictures Entertainment suspende operações comerciais na Rússia

A Sony Pictures Entertainment anunciou esta sexta-feira que suspendeu as operações comerciais na Rússia, duas semanas depois de o estúdio ter suspendido também os novos lançamentos de filmes no país.

19h07 - Portugal já recebeu 6178 pedidos de estatuto de proteção temporária

Desde o início da guerra, Portugal já recebeu 6178 pedidos de estatuto de proteção temporária, segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) avançados à RTP.

18h40 - A conta bancária do Chelsea foi temporariamente suspensa pelo Barclays, no advento das sanções ao oligarca russo-português Roman Abramovich, revela a Sky Sports News.

18h34 - Rússia vai restringir acesso ao Instagram a 14 de março

O regulador de comunicações da Rússia disse em comunicado que vai impor restrições ao acesso ao Instagram da Meta a partir de 14 de março.

18h03 - Autarca de Melitopol foi raptado por soldados russos

O presidente da câmara de Melitopol terá sido raptado esta sexta-feira por soldados russos que ocupavam a cidade do sul da Ucrânia, de acordo com responsáveis ucranianos: "Um grupo de dez ocupantes raptou Ivan Fedorov", denunciou o Parlamento ucraniano na sua conta do Twitter, acrescentando que Fedorov se "recusou a cooperar com o inimigo".

O vice-chefe da administração presidencial da Ucrânia, Kirillo Tymoshenko, publicou um vídeo que mostra soldados a sair de um edifício com um homem vestido de preto, com a cabeça aparentemente coberta com um saco preto.

17h50 - Site de notícas Meduza bloqueado pela Rússia já está a funcionar

A Repórteres Sem Fronteiras disse hoje que desbloqueou o site de notícias independente russo Meduza, censurado desde o início do mês por Moscovo, instando os meios de comunicação bloqueados a identificarem-se para que possam também ser reativados.

"Para combater a censura de sites noticiosos independentes na Rússia, a RSF desbloqueou o Meduza.io, o meio de comunicação mais popular do país, com sede em Riga, na Letónia", informou a ONG em comunicado, citado pela agência APF.

17h44 - UE vai proibir exportações de bens de luxo para a Rússia e importações de aço e metal

Ursula von der Leyen anunciou hoje que a União Europeia vai proibir as exportações de bens de luxo para a Rússia. Outra medida será a suspensão do tratamento privilegiado de Moscovo no comércio e economia, assim como o fim das importações e metal e aço russos.

“Amanhã vamos iniciar um quarto pacote de sanções contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia, em coordenação com os Estados Unidos e outros aliados do G7”, afirmou a presidente da Comissão Europeia.

17h21 - França acusa Rússia de abusar do uso das ferramentas da Interpol para ajudar no ataque à Ucrânia

A França denunciou esta sexta-feira várias tentativas, pela Rússia, de “abuso” da rede Interpol nos últimos dias.

Segundo Paris, este abuso por parte da Rússia pode levar à suspensão desse país do acesso às ferramentas da Organização Internacional de Polícia Criminal.

As autoridades francesas frisam que a Interpol não deve ser usada pela Rússia para ajudar à “agressão militar ilegal contra a Ucrânia”.

16h57 - Ucrânia alerta sobre possível plano de invasão bielorrusso ainda hoje

O Centro de Comunicações Estratégicas da Ucrânia alertou hoje para o risco de uma invasão bielorrussa. O aviso surge depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter reunido com o homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko.

"De acordo com dados preliminares, as tropas bielorrussas podem ser arrastadas para uma invasão a 11 de março às 21h00 (19h00 em Lisboa)", disse o centro, que foi criado pelo Ministério da Cultura e Política de Informação da Ucrânia.

16h50 - Primeiro-ministro israelita “sugeriu à Ucrânia a rendição perante Moscovo”

Um membro do governo ucraniano declarou que a mediação israelita do conflito é inútil. Afirma que o primeiro-ministro Naftali Bennett “está a usar a posição de negociador como desculpa para não transferir material de combate para a Ucrânia e para não se juntar às sanções contra a Rússia”.

O primeiro-ministro israelita limita-se a ser um serviço de correios entre Kiev e Moscovo, acrescentou esta fonte citada no jornal israelita Haaretz.

No último contacto telefónico com o presidente ucraniano, Bennett terá sugerido a Volodymyr Zelensky que aceitasse as condições de Putin, refere esta fonte: “Quando Bennett lhe propôs que aceitasse a oferta russa, Zelensky respondeu ‘Percebo-o, obrigado’”. Este representante do governo ucraniano lê a situação como uma sugestão a Kiev que se renda a Moscovo.

16h34 - ONU diz ter informação de que Rússia está a usar armas proibidas

O Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos recebeu "informação credível" de que a Rússia utilizou várias vezes nas mais de duas semanas desde que invadiu a Ucrânia um tipo de armamento proibido pelo seu impacto indiscriminado sobre civis.

O uso dessas bombas ocorreu "mesmo em zonas povoadas", disse hoje a porta-voz daquele organismo, Liz Throssell, precisando que, em 24 de fevereiro, uma bomba de fragmentação explodiu no hospital principal de Vuhledar, situado na parte da região separatista de Donetsk sob controlo governamental, matando quatro civis e ferindo outros dez.

"Houve outros ataques com bombas de fragmentação em vários distritos de Kharkiv, nos quais morreram nove civis e 37 ficaram feridos", prosseguiu a porta-voz.

"Devido aos seus efeitos numa área ampla, o uso de bombas de fragmentação em zonas povoadas é incompatível com o direito internacional humanitário", frisou.

16h26 - Stoltenberg diz que Rússia “está a falhar” nos seus objetivos

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, disse hoje que "o que quer que a Rússia pretenda obter através da violência, está a falhar".

"O presidente [Putin] quer ter menos NATO nas fronteiras com a Rússia, mas está a ter mais NATO. Quer dividir a América do Norte, mas nós estamos mais unidos. Quer fazer das nações reféns do seu gás e petróleo, e em vez disso as nações europeias vão diversificar as suas fontes de fornecimento", declarou o responsável.

16h24 - Erdogan diz que guerra evidenciou a "bancarrota" da ONU

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, considerou hoje que a invasão da Ucrânia pela Rússia evidenciou a "bancarrota" do sistema das Nações Unidas, que não evitou a guerra, e pediu uma reforma que anule o direito de veto no Conselho de Segurança da ONU.

"Pelo facto de uma das partes no conflito ser um membro permanente com direito de veto, anula-se a capacidade de imposição do Conselho de Segurança [das Nações Unidas] e o sistema declara-se em bancarrota", disse.

"Pelo facto de as decisões da Assembleia Geral das Nações Unidas não serem vinculativas, não foi adotada qualquer medida para pôr termo aos combates", indicou no seu discurso de inauguração do Fórum Diplomático de Antália.

16h11 - Volodymyr Zelensky dirigiu-se ao Parlamento polaco

Numa declaração sentida, após a qual foi recebido com aplausos pelo Parlamento polaco, Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia precisa "de alguém em quem possa confiar".

"Quando alguém nos ataca, precisamos de um amigo que nos ajude. E, na manhã do dia 24, não tive qualquer dúvida sobre quem seria esse amigo. Estou muito agradecido aos nossos irmãos e irmãs polacos", disse o presidente ucraniano.

"Estou convencido de que vamos defender a liberdade em conjunto", acrescentou.

16h05 - Presidente da Ucrânia discutiu sanções com Biden

Volodymyr Zelenskiy disse que em conversa esta quarta-feira com o presidente norte-americano, ambos acordaram na necessidade de mais apoio à defesa da Ucrânia e mais sanções contra a Rússia.

"Dei-lhe uma avaliação da situação no campo de batalha e informei-o sobre os crimes que a Rússia está a cometer contra a população civil. Acordámos em novas medidas para apoiar a defesa da Ucrânia e aumentar as sanções contra a Rússia", afirmou Zelenskiy.


16h02 - Mercenários a caminho do Donbass. Moscovo vai aceitar “voluntários” para combater ao lado das tropas russas

De acordo com um tweet de Max Seddon, correspondente do Financial Times em Moscovo, Vladimir Putin está aberto a aceitar “voluntários” para combater nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk ao lado das forças russas.

O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, afirmou que grande parte destes militares são do Médio Oriente. Um número a rondar os 16 mil operacionais terá já manifestado o desejo de combater em Donetsk e Lugansk.

15h42 - EUA proíbem importações de álcool e marisco russos e impõem sanções a mais oligarcas

O presidente Joe Biden acaba de anunciar que vai assinar uma lei que revoga o estatuto de nação favorecida da Rússia e que os Estados Unidos vão “eliminar a importação de diversos setores da economia russa, como é o caso do marisco e do álcool”.

“Temos de confrontar Putin”, declarou o líder norte-americano. “Vamos impedir também os russos de pedirem dinheiro emprestado às instituições mais conhecidas, como é o caso do Banco Mundial. Putin é um agressor e, por isso, tem de pagar o preço das suas ações. Ele agrediu os alicerces da paz e da estabilidade”.

“Também vamos adicionar nomes de mais oligarcas russos à nossa lista de pessoas que têm apoiado Putin, roubando o povo russo e escondendo o seu dinheiro nos nossos países. Também eles têm de partilhar a dor provocada pelas nossas sanções, à medida que apreendemos as suas casas luxuosas e os seus iates”, continuou o presidente.

Para além disso, os Estados Unidos vão tornar mais difícil a esses oligarcas “comprarem bens nos nossos países”, afirmou.

Segundo Joe Biden, “estes são os mais recentes passos tomados, mas não serão os últimos”. “Vamos tentar atingir Putin o máximo possível e estamos, neste momento, através das sanções, a esmagar a economia russa”, acrescentou.

15h30 - Líderes europeus acordam em "aumentar substancialmente" despesa em Defesa

Os líderes europeus concordaram hoje em "aumentar substancialmente as despesas de defesa", com um reforço das capacidades e investimento em tecnologias inovadoras, uma necessidade enfatizada pela operação militar russa em curso na Ucrânia.

A "Declaração de Versalhes", adotada pelos 27 após uma cimeira de dois dias, inclui também uma referência ao compromisso de defesa mútua, contemplado no artigo 42.7 do Tratado da UE, particularmente importante para Finlândia e Suécia, dois Estados-membros que não pertencem à NATO e que recentemente foram alvo de ameaças de Moscovo.

"Face aos desafios que enfrentamos e a fim de melhor proteger os nossos cidadãos, e embora reconhecendo o caráter específico da política de segurança e defesa de certos Estados-membros, temos que investir mais e melhor nas capacidades de defesa e nas tecnologias inovadoras", lê-se na declaração, que enumera de seguida as medidas acordadas.

Os 27 concordaram em "aumentar substancialmente as despesas de defesa, com uma parte significativa para investimento, concentrando-se nas deficiências estratégicas identificadas, e com capacidades de defesa desenvolvidas de forma colaborativa no seio da União Europeia".

15h20 - EUA deverão proibir importação de álcool e marisco russos

Uma fonte do Governo norte-americano avançou à agência Reuters que os Estados Unidos deverão estar prestes a proibir as importações de álcool e marisco russos, naquela que é mais uma medida para prejudicar a economia de Moscovo.

O presidente Joe Biden deverá anunciar a proibição esta sexta-feira, podendo ser avançadas ainda outras medidas de retaliação contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia.

15h05 - Europa preparada para mais sanções. “Todas as opções estão em cima da mesa”, diz Macron

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse esta sexta-feira que os líderes europeus agiram com rapidez na adoção de uma primeira ronda de sanções contra Moscovo devido à invasão da Ucrânia, estando prontos para fazer mais caso seja necessário.

“Estamos prontos para adotar mais sanções, todas as opções estão em cima da mesa”, assegurou o chefe de Estado de França.

Macron acrescentou que os líderes europeus enviaram uma mensagem clara à Ucrânia: “o caminho para a nossa Europa está aberto”.

O presidente adiantou ainda que a Europa ajudará a Ucrânia a reconstruir o que a Rússia destruir durante esta guerra.

14h51 - Presidente romeno diz que forças militares da NATO no país devem estar operacionais em breve

Klaus Iohannis, presidente da Roménia, alertou esta sexta-feira que as forças militares da Aliança Atlântica devem estar operacionais no país “o mais rapidamente possível”.

As declarações ocorreram durante a visita da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, ao país.

“Durante as conversações, sublinhei a necessidade de ter as forças militares da NATO operacionais o mais rapidamente possível”, afirmou.

14h49 - Ucrânia diz que aeronaves russas dispararam contra a Bielorrússia

A Força Aérea da Ucrânia disse esta sexta-feira que aeronaves russas dispararam contra uma região bielorrussa perto da fronteira com a Ucrânia, a partir do espaço aéreo ucraniano, para tentarem arrastar a Bielorrússia para a guerra.

"Isto é uma provocação! O objetivo é envolver as Forças Armadas da República da Bielorrússia na guerra com a Ucrânia!", acusou um comando da Força Aérea de Kiev em comunicado.

14h45 - Rússia restringe acesso ao Instagram

A Rússia anunciou na sexta-feira que vai restringir o acesso à rede social Instagram, avança a agência France Presse. Acusa a rede social de espalhar apelos à violência contra os russos, no contexto do conflito em curso na Ucrânia.

"Atendendo ao pedido do Ministério Público, o acesso à rede social Instagram (...) será restringido na Rússia", disse o regulador russo de telecomunicações Roskomnadzor, em comunicado.

14h43 – Portugal apresentou proposta para que Estados-membros possam reduzir IVA dos combustíveis

No final da cimeira de Versalhes, o primeiro-ministro português anunciou que Portugal apresentou uma proposta para que o preço da eletricidade deixe de estar indexado ao preço do gás e que cada Estado-membro possa proceder à redução do IVA.

“No caso português, estamos a pagar injustamente um preço excessivo”, afirmou António Costa, acrescentando que a Comissão Europeia deverá apresentar diversas modalidades de intervenção sobre os preços de energia em resposta à situação na Ucrânia.

Na visão de António Costa, há margem para uma redução do IVA para além das medidas que já foram adotadas pelo Governo português.

Outro tema abordado foi o das interconexões elétricas e de gás. Segundo o chefe de Governo português, o Conselho Europeu deu respaldo à comunicação da Comissão para a necessidade de interconexão de redes entre Portugal, Espanha e França.

Essa interligação terá “impacto significativo na redução de preços” da energia em Portugal, e irá aumentar a capacidade de produção, receção e exportação.

Foi ainda mencionado o impacto da atual crise noutros bens, nomeadamente os agroalimentares. De acordo com o primeiro-ministro, a Comissão Europeia irá apresentar propostas para que os 27 façam face à escassez de bens alimentares.

14h30 – Ursula von der Leyen apresenta pacote de medidas para enfrentar crise

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou um pacote de medidas para fazer face à atual crise que ameaça a estabilidade da União Europeia.
“A agressão de Putin contra a Ucrânia é uma agressão contra todos os princípios que nos são queridos, é um ataque contra a democracia e contra a soberania dos Estados e contra a liberdade de um povo que está privado de escolher o seu destino e moldar o seu futuro. A nossa resposta vai definir o destino da Ucrânia, da União e do Continente Europeu”, frisou.

A responsável disse que “temos de permanecer fiéis aos princípios da nossa resposta comum: unidade, solidariedade e determinação”.

“Esta crise fez com que nós respondêssemos a esta nova realidade. Temos de garantir o fornecimento constante de energia aos consumidores europeus e temos de nos libertar da dependência do gás da Rússia. Temos de criar empregos na Europa e é necessário investimento estratégico na nossa segurança”, explicou.

“É por isso que a segurança europeia sublinhou a importância do plano para diversificar os fornecedores e mudar para as energias renováveis. Em meados de maio teremos uma proposta para eliminar a dependência da Rússia no que diz respeito ao carvão e ao gás até 2027”.

“É necessário ainda apoiar as empresas que têm dificuldades”, declarou von der Leyen no encerramento da Cimeira de Versalhes, que reuniu os líderes dos 27 em França com a guerra e a energia como pontos principais da agenda.

14h15 - Presidente do Conselho Europeu quer plano para a energia já para o próximo inverno

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defendeu esta sexta-feira a necessidade de um plano para a energia para o próximo inverno.

As declarações foram feitas no final da Cimeira de Versalhes, que reuniu os líderes europeus.

“Debatemos bastante sobre a forma como a Europa vai afirmar a sua soberania e a sua estratégia”, com três pilares a partir de hoje para dar um “impulso forte” à ação europeia.

O primeiro é o da libertação da dependência europeia da energia russa, evitando assim o aumento dos preços e o impacto para as famílias em toda a Europa.

Nesse sentido, Charles Michel defendeu a elaboração de um plano já para o próximo inverno.

O segundo pilar tem que ver com a defesa e a segurança, para a qual vai ser usado um fundo europeu, uma vez que “há duas semanas acordámos numa Europa diferente”.

O terceiro é o da consolidação da base económica, que deverá ser “mais sólida, mais robusta e mais resiliente”.

14h10 - Embaixada ucraniana na Turquia diz que há 86 turcos abrigados na mesquita de Mariupol

A Embaixada da Ucrânia em Ancara adiantou esta sexta-feira que há 86 cidadãos turcos abrigados numa mesquita da cidade sitiada de Mairupol, numa altura em que as forças russas continuam a bombardear a cidade.

Destes cidadãos turcos, 34 são crianças. A representação diplomática turca refere que os bombardeamentos prosseguem naquela cidade, e já atingiram inclusive a mesquita que está a abrigar estes civis.

13h53 - Politraumatizada ucraniana chegou ao S. João para um longo processo de "várias cirurgias"

Viiktoria tem 37 anos e é ucraniana. Chegou quinta-feira, politraumatizada, ao Hospital de São João, no Porto. Responsáveis da unidade dizem que "está estável" mas que precisará de "várias cirurgias".

"A doente está clinicamente estável. Estão a ser feitos alguns exames para percebermos a gravidade das lesões e programarmos as próximas intervenções. Está, acima de tudo, feliz. Quando chegou e foi recebida pelo pai, a cara de felicidade dos dois é a imagem que retemos para o futuro", disse o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de São João (CHUSJ), Fernando Araújo.

Numa conferência de imprensa, na qual também participaram os diretores de serviço de Ortopedia, António Sousa, e de Urologia, Carlos Silva, foi revelado que a doente, que viajou com a mãe e com a filha, necessitará de várias cirurgias: "Esta senhora tem uma ferida em quase exposição e por isso prevê-se a necessidade de várias cirurgias e de uma abordagem multidisciplinar: Ortopedia, Urologia, Cirurgia Plástica, num processo que vai ser longo seguramente", disse António Sousa.

Viiktoria sofreu um atropelamento no dia 22 de dezembro de 2021, do qual resultaram "múltiplas lesões graves". Foi transferida de Lviv, na Ucrânia, para a Polónia, numa operação acompanhada pelas equipas clínicas da ONG Médicos do Mundo. Esta quinta-feira, na chegada ao Hospital de São João, a doente foi acolhida pela equipa de urgência e pelo médico Oleg Borysyak, seu compatriota e médico deste centro hospitalar.

13h41 - OMS confirma ataque a hospital psiquiátrico

Tarik Jasarevic, porta-voz da Organização Mundial da Saúde, confirmou esta sexta-feira o ataque contra um hospital psiquiátrico perto de Kharkiv.

"Trata-se de outro ataque à saúde na Ucrânia", disse o porta-voz numa comunicação feita através de videoconferência a partir de Lviv.

O porta-voz da Organização Mundial de Saúde indicou ainda que estavam no hospital mais de 300 pessoas, das quais 50 não podiam mover-se.

"Condenamos todos os ataques a instalações de saúde, a profissionais de saúde ou a doentes, [já que] constituem uma violação flagrante do direito internacional humanitário, privando as pessoas de cuidados médicos e pondo em risco a vida de pacientes e trabalhadores", acrescentou.

Até ao momento, este bombardeamento não provocou vítimas mortais, mas destruiu o segundo e terceiro andares do edifício, referiram os serviços de emergência locais.

A OMS contabilizou 26 ataques a instalações de saúde na Ucrânia desde o início da invasão russa.

13h34 - Mais de 560 civis já morreram, incluindo 41 crianças

O último balanço das Nações Unidas confirma a morte de 564 civis na Ucrânia, dos quais 41 eram crianças.

A maioria dos civis morreu na sequência do uso de armas explosivas, incluindo artilharia pesada, mísseis e ataques aéreos.

No entanto, a ONU estima que o número de vítimas seja ainda mais elevado, uma vez que não os dados não foram ainda confirmados junto de locais com combates ainda em curso.

13h27 - Zelensky acusa Rússia de contratar “assassinos sírios” para destruir Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje Moscovo de destacar mercenários sírios na Ucrânia para “destruir” o território.

A acusação chega no mesmo dia em que o Kremlin disse ser a favor do envio de combatentes sírios à Ucrânia, considerando esta uma reposta adequada ao “apoio de mercenários do Ocidente a Kiev”.

13h20 - Rússia disparou 328 mísseis de cruzeiro sobre comunidades ucranianas, denuncia Kiev

O comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia disse esta sexta-feira que a Rússia lançou 328 mísseis de cruzeiro em cidades e vilas ucranianas desde o início da invasão, a 24 de fevereiro.

"Este crime sangrento do regime de Putin é uma violação flagrante do direito internacional humanitário", denunciou o general Valeriy Zaluzhny.

A Rússia tem sempre negado os ataques a civis durante o que chama de “operação especial” na Ucrânia.

13h16 - Portugal já recebeu quase seis mil pedidos de proteção temporária

De acordo com informação do SEF à RTP, desde o início da guerra Portugal já recebeu 5.775 pedidos de estatuto de proteção temporária por cidadãos de várias nacionalidades que viviam na Ucrânia.

13h09 – Rússia pode cercar cidade de Odessa nas três frentes

O presidente da Câmara de Odessa alertou hoje que as forças russas podem muito em breve cercar as três frentes desta cidade portuária ucraniana.

Gennadiy Trukhanov sugeriu que as forças russas vão tentar avançar a partir dos territórios já ocupados na região de Mykolaiv em direção à região separatista moldava de Transdniestria, onde estão sediadas tropas russas.

Caso esta estratégia militar se concretiza, a cidade de Odessa poderá ficar isolada do resto da Ucrânia.

“Além disso, acreditamos que enquanto isto acontece, os navios russos poderão cercar-nos a partir do mar”, acrescentou o autarca.

13h03 – Suécia espera 76 mil refugiados ucranianos nos próximos meses

O país está à espera de receber 76.000 refugiados ucranianos nos próximos meses na sequência da invasão da Rússia, assinalou a agência sueca para as migrações, explicando que se trata de uma previsão incerta.

Esta agência sueca apresenta três cenários que variam entre 27.000 e 212.000 refugiados a entrar no país até junho. A Suécia deverá agora adaptar parques desportivos, armazéns e centros de exposições para albergar novos migrantes.

"O pior dos cenários tem em conta um conflito prolongado e a aumentar em intensidade e a deslocar-se para a parte Ocidental da Ucrânia. Infelizmente, estas são as coisas que estamos a ver neste momento", referiu numa conferência de imprensa o chefe da Agência de Migração, Mikael Ribbenvik.

12h39 - Marcelo promulga medidas excecionais de proteção temporária e aumento do “AUTOvoucher”

O presidente da República promulgou esta sexta-feira dois diplomas do Governo: um que pretende dar maior apoio aos refugiados ucranianos, e outro que vem aumentar o apoio aos cidadãos portugueses face à subida do preço dos combustíveis.

O primeiro diploma promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa é o que estabelece medidas excecionais no âmbito da concessão de proteção temporária a pessoas deslocadas a Ucrânia.

O outro diploma permite o aumento do subsídio financeiro aplicável a consumos em postos de abastecimento de combustíveis, para efeitos de apoio transitório e excecional aos cidadãos nos seus consumos no setor dos combustíveis (o chamado “AUTOvoucher”).

12h32 - Zelensky admite “avanço estratégico” e diz que a Ucrânia está "a caminho da vitória"

Numa mensagem de vídeo, partilhada no Facebook, Volodymyr Zelensky afirma que a Ucrânia está "a caminho da vitória".

"Já alcançámos um avanço estratégico. Já estamos a caminho da vitória", lê-se na publicação.

No vídeo, o presidente ucraniano declara que "é preciso tempo e paciência até que a vitória seja alcançada", considerando que a Ucrânia "atingiu um ponto de viragem estratégico " na guerra. Contudo, Zelensky repetiu que são precisos “passos mais fortes” da União Europeia e “mais sanções” contra a Rússia.



12h26 - Marcelo Rebelo de Sousa expressou ao PR polaco disponibilidade portuguesa em acolher refugiados

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa falou ao telefone com o homólogo polaco, Andrzej Duda, a quem expressou a disponibilidade portuguesa para receber refugiados que se queiram instalar em Portugal.

Numa nota publicada esta sexta-feira na página da Presidência da República, informa-se que Marcelo sublinhou "a abertura polaca e ajuda aos refugiados da Ucrânia, vítimas da invasão russa, não só ucranianos, mas também outros residentes, de outras nacionalidades e origens".

"O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a solidariedade e unidade dos Estados membros da UE neste momento difícil é essencial para manter a Rússia à mesa das negociações, tendo em vista assegurar um rápido cessar-fogo e contribuir para reconstruir a Paz", lê-se ainda na nota.

12h18 - Procuradores russos pedem a tribunal que nomeie Meta como "organização extremista"

A agência Interfax diz esta sexta-feira que um grupo de procuradores russos está a conduzir ações sobre a empresa dona de redes sociais com o Facebook e Instagram. Um dos procuradores pede mesmo à justiça russa que a Meta seja nomeada como "organização extremista".

Apelam a que o acesso à rede social Instagram fique também restrito.

Na quinta-feira, a Meta anunciou que passaria a permitir a utilizadores de alguns países que apelem à violência contra Vladimir Putin e as tropas russas.

12h14 - Reino Unido vai sancionar 386 deputados russos que apoiaram invasão da Ucrânia

A ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido anunciou, esta sexta-feira, sanções contra 386 deputados eleitos para a Duma e que apoiaram a invasão da Ucrânia.

Num comunicado, Liz Truss especificou que os deputados em questão votaram a favor do reconhecimento da independência das regiões separatistas “pró-Rússia” de Donetsk e Lugansk. As 386 pessoas desta lista passam a estar proibidas de viajar e os seus bens no Reino Unido estão congelados, ficando impedidos de mantes negócios em território britânico.

O Downing Street também informou que poderá ser apreendido, nos próximos dias, um apartamento de uma pessoa associada ao ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.

11h52 - Vladimir Putin admite “certas mudanças positivas” nas negociações com a Ucrânia

Em conversações com o presidente bielorrusso, o presidente russo admitiu que houve alguns progressos nas negociações entre Moscovo e Kiev, mas não adiantou quaisquer detalhes.

"Há certas mudanças positivas, segundo os negociadores do nosso lado me dizem", disse Putin numa reunião com o seu homólogo bielorrusso Alexander Lukashenko, acrescentando que as negociações continuam "praticamente diariamente".

11h38 - Conflito pode provocar aumento até 20 por cento no preço de alimentos, avisa a FAO

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (Food and Agriculture Organization - FAO) alertou esta sexta-feira que o preço da alimentação pode aumentar entre 8 a 20 por cento na sequência da guerra na Ucrânia.

O conflito poderá ter impacto em várias geografias e poderá levar à desnutrição de pessoas em diversos países.

Numa avaliação preliminar sobre a invasão da Ucrânia, a FAO sublinha que não é ainda possível esclarecer se o país irá conseguir fazer colheitas num contexto de conflito mais prolongado. Em causa estão também várias incertezas quanto às exportações russas de alimentos.

A FAO destaca que a Rússia e a Ucrânia são, respetivamente o maior e o 5.º maior exportador mundial de trigo. Em conjunto,  representam 19 por cento da oferta mundial de cevada, 14 por cento do trigo e 4 por cento do milho. Os dois países representam mais de um terço das exportações globais de cereais.

Para além disso, a Rússia também é líder mundial na exportação de fertilizantes. De acordo com a FAO, há 50 países, incluíndo países em desenvolvimento, que dependem da Rússia e da Ucrânia para cerca de um terço do fornecimento de trigo.

A organização prevê que o aumento de preços seja mais acentuado nas regiões da Ásia Pacífico e África Subsariana e que o número global de pessoas subnutridas "poderá aumentar de 8 a 13 milhões de pessoas" em 2022 e 2023.

"As interrupções nos sistemas agroalimentares devido ao conflito em curso na Ucrânbia podem aumentar ainda mais a insegurança alimentar a nivel global. Isto acontece num momento em que os preços internacionais dos alimentos já estão elevados e voláteis", alerta o diretor-geral da FAO, QU Dongyu.

11h32 - Portugal vai acolher atletas ucranianos que pretendem continuar a treinar e representar o seu país

O ministro português da Educação esteve em Caminha, esta manhã, e falou aos jornalistas sobre a receção das crianças ucranianas em Portugal, assim como de jovens atletas.

“Até esta manhã, já tínhamos cinco atletas que tinham solicitado aos nossos centros de Alto Rendimento (…) para poderem ficar alojados e para poderem treinar, porque a declaração dos ministros do Desporto [da União Europeia] diz inequivocamente que estes países e a comunidade internacional devem ajudar a Ucrânia e as seleções nacionais e todos os atletas que representam a Ucrânia”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues

Segundo o ministro da Educação, “na maior parte dos conflitos desta natureza” os países envolvidos “acabam por ter um vazio muito grande no que toca à representação nacional através do desporto”.

Além disso, a “diplomacia desportiva” também se faz com a “resposta inequívoca à Rússia e à Bielorrússia que as suas seleções não cabem no Desporto” enquanto durar a invasão à Ucrânia.

11h27 - Ataque a hospital psiquiátrico de Izyum. Não há feridos a registar

Os serviços de emergência ucranianos adiantam que ninguém ficou ferido na sequência do ataque a um hospital psiquiátrico perto de Izyum.

"Todos os 30 funcionários e 330 pacientes estavam no abrigo antiaéreo no momento do ataque", adiantam em comunicado.

11h21 - Pelo menos 78 crianças morreram desde o início da invasão

Lyudmyla Denisova, responsável de Direitos Humanos do Parlamento ucraniano, adianta esta sexta-feira que morreram pelo menos 78 crianças desde o início da guerra na Ucrânia.

Admite, no entanto, que as autoridades não estão a par de todos os números de mortos e feridos, uma vez que os combates continuam em várias cidades, como Mariupol ou Irpin.

11h19 – NATO diz que corredores humanitários são necessidade “mínima”

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou esta sexta-feira que o estabelecimento de corredores humanitários é, neste momento, a necessidade “mínima” a ser cumprida.

“O mínimo é estabelecer corredores humanitários onde as pessoas possam sair e a ajuda humanitária possa entrar” disse o secretário-geral da Aliança Atlântica em declarações à agência Reuters.

Stoltenberg salientou ainda que a retórica nuclear do presidente russo é “perigosa” e voltou a descartar a ideia de uma zona de exclusão aérea, um cenário que “escalaria para uma guerra plena entre a NATO e a Rússia”.

11h13 - ONU recebeu “relatos confiáveis” sobre o uso de bombas russas de fragmentação na Ucrânia

O gabinete para os Direitos Humanos das Nações Unidas afirmaram que receberam “relatos confiáveis” de vários casos em que as forças russas usaram bombas de fragmentação em regiões populacionais da Ucrânia. Segundo a organização, o uso indiscriminado deste tipo de artilharia pode constituir crime de guerra.

"Devido aos seus efeitos de larga escala, o uso desta bombas em áreas povoadas é incompatível com os princípios dos Direitos Humanos Internacionais que regem a condução das hostilidades", disse a porta-voz Liz Throssell numa conferência de imprensa, esta sexta-feira, em Genebra.

"Recordámos às autoridades russas que direcionar ataques contra civis e bens civis, bem como os chamados bombardeamentos de área em cidades e vilas e outras formas de ataques indiscriminados, são proibidos pela lei internacional e podem constituir crimes de guerra".

11h01 - Facebook abre a porta a conteúdos violentos contra o Kremlin. Leia aqui

A Meta, proprietária das redes sociais Facebook e Instagram, vai permitir a utilizadores de alguns países que apelem à violência contra Vladimir Putin e as tropas russas. No entanto, frisa que não permitirá violência contra civis russos.

“À luz da invasão russa em curso na Ucrânia, fizemos uma exceção temporária para as pessoas afetadas pela guerra, expressarem sentimentos violentos contra as Forças Armadas invasoras”, afirmou um porta-voz da Meta à BBC.

Ao abrigo da nova política, utilizadores das redes sociais de países como a Ucrânia, Rússia e Polónia poderão também apelar à morte de Vladimir Putin e do presidente Alexander Lukashenko, da Bielorrússia.

10h55 - Espanha vai enviar novas armas para a Ucrânia

O governo espanhol anunciou o próximo carregamento de novas armas com destino à Ucrânia. Contudo, não foi especificado que tipo de armamento será enviado.

Numa entrevista ao canal espanhol TVE, o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, assegurou que este Espanha vai enviar armamento, de acordo “com a decisão tomada pelos 27 Estados da União Europeia para ajudar o exército ucraniano”.

O chefe da diplomacia espanhola, no entanto, recusou-se a dar detalhes quanto ao armamento.

"Se realmente queremos ajudar a Ucrânia (...), quanto menos falarmos sobre esse armamento, a sua natureza, a forma como entra" na Ucrânia, "melhor", justificou.

A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, já tinha anunciado na quinta-feira à noite um carregamento adicional de armas "nos próximos dias", garantindo que essa entrega seria feita "dependendo de como as circunstâncias evoluam" no terreno.

"A vontade do governo espanhol é apoiar os cidadãos ucranianos na sua autodefesa contra o massacre de que são vítimas" e "diante da terrível invasão da Rússia", justificou a Robles no canal de televisão Telecinco.

10h48 - Contingente dinamarquês integra exercícios da NATO na Estónia

Os enviados especiais da RTP estiveram esta sexta-feira de manhã na base aérea de Amari, na Estónia, que recebeu nas últimas horas o contingente militar da Dinamarca.
10h29 - Invasão russa da Ucrânia. Sirenes ecoam em Lviv

Os enviados especiais da RTP deram conta da expectativa, em Lviv, de que as forças russas venham a poupar a cidade mais ocidental da Ucrânia.

10h15 - Bruxelas propõe duplicar financiamento de armas para a Ucrânia

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, propôs em Versalhes adicionar mais 500 milhões de euros para o financiamento de armas para a Ucrânia. A ser aceite, Bruxelas estaria a duplicar o financiamento para 1.000 milhões de euros.

Na chegada à reunião entre chefes de Estado e Governo, em França, Josep Borrell comunicou que propôs "mais 500 milhões de euros de contribuição para o apoio militar à Ucrânia”, através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.

Nos primeiros dias após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a 27 de fevereiro, a União Europeia aprovou pela primeira vez na sua história o financiamento de armamento a um país terceiro: um total de 500 milhões de euros, entre 450 milhões para armamento letal e 50 milhões de euros para material não letal.

Agora, Borell quer duplicar o valor em resposta ao "bombardeamento indiscriminado" das cidades ucranianas.

"A Rússia está a fazer a guerra da forma que a pratica, tal como o fizeram na Síria e na Chechénia: a bombardear e destruir um país”, afirmou.

10h01 - Balanço da ONU. Mais de 2,5 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia

O último balanço das Nações Unidas avança que pelo menos 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, das quais 116 mil são cidadãos de países terceiros.

Para além destes refugiados, a ONU estima que haja "cerca de dois milhões de deslocados internos", adianta o chefe da agência da refugiados da ONU, Filippo Grandi.

9h56 - Autarca de Kharkiv denuncia 48 escolas destruídas na cidade

O presidente da Câmara de Kharkiv, Ihor Terekhov, disse esta sexta-feira que já foram destruídas 48 escolas na cidade desde o início da invasão russa. 

9h44 - Centrais nucleares estáveis mas funcionários estão "sob pressão psicológica"

A agência estatal nuclear ucraniana Energoatom adiantou esta sexta-feira que as centrais nucleares do país estão a operar de forma estável. Refere, no entanto, que os funcionários da central de Zaporizhizhia - capturada pelas forças russas - estão sob forte pressão psicológica.

"Os funcionários da estação estão sob forte pressão psicológica dos ocupantes, todos os funcionários são cuidadosamente verificados por terroristas armados na chegada à central. Tudo isso afeta negativamente o trabalho e põe em risco a segurança", disse, salienta a Energoatom em comunicado, citado pela agência Reuters.

9h38 - Separatistas de Donetsk tomaram cidade de Volnovaja, diz Moscovo

O Governo russo afirma esta sexta-feira que as forças afetas à autoproclamada República Popular de Donetsk assumiram o controlo da cidade de Volnovaja.

"Um grupo de tropas da República Popular de Donetsk libertou a cidade de Volnova", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov. "Olginka, Veliko-Anadoy e Zeleny Gay também estão sob controlo", acrescentou.

Konashenkov adiantou ainda que as milícias da República Popular de Donetsk continuam a apertar o cerco a Mariupol.

O porta-voz da milícia de Donetsk, Eduard Basurin, salientou que "a tomada de Volnovaja" foi um importante avanço. "É uma pequena vitória que conduzirá a uma grande: a captura de Mariupol", afirmou.

"O espírito do exército ucraniano será quebrado. Estavam convencidos de que ninguém viria para os ajudar. As pessoas ainda estão nas caves, é necessário fazer uma passagem final, limpar a cidade e depois regressar à vida normal", sublinhou Basurin, citado pela agência de notícias russa TASS.

9h30 - Procuradoria russa ordena "controlo estrito" de empresas estrangeiras que suspendam atividades

A procuradoria russa ordenou hoje um "controlo estrito" de empresas estrangeiras que anunciaram a suspensão de suas atividades no país devido à intervenção militar russa na Ucrânia.

"Os procuradores estabelecerão um controle estrito sobre o cumprimento da legislação laboral, condições dos contratos de trabalho, pagamento de salários, cumprimento das obrigações contratuais para com os contratados e para com a Federação Russa", anunciou o procurador-geral, em comunicado.

A informação refere ainda que a Rússia “reprimirá firmemente” qualquer tentativa das empresas que deixem o país “de não cumprir unilateralmente as suas obrigações”.

A procuradoria promete ainda ações criminais contra empresas que enveredarem pelo caminho da falência "fictícia ou premeditada".

Centenas de empresas já anunciaram que vão suspender ou interromper as suas atividades na Rússia, entre as quais a Coca-Cola, H&M, McDonald's, Ikea, Shell e BP.

Sem pronunciar a palavra "nacionalização", o presidente russo, Vladimir Putin, admitiu na quinta-feira a possibilidade de a Rússia passar a gerir os ativos das empresas estrangeiras que deixam o país, nomeando administradores "externos", como forma de superar as consequências das sanções internacionais impostas após a invasão da Ucrânia.

Centenas de milhares de empregos estão ameaçados, numa altura em que as sanções ocidentais que atingem o sistema financeiro russo, mas também a indústria, correm o risco de mergulhar a Rússia numa profunda crise económica.

Até ao momento, já provocaram a queda do rublo e um novo aumento da inflação.

(agência Lusa)

9h24 - Sirenes de ataque aéreo voltam a soar em Lviv

O enviado especial da RTP, Hélder Silva, testemunha que as sirenes de ataque aéreo voltaram a soar em Lviv. É a segunda vez que acontece esta sexta-feira.

9h02 - Forças russas bombardearam hospital psiquiátrico de Izyum, diz governador regional

As autoridades regionais de Izyum, no leste da Ucrânia, adiantam que as forças russas atingiram esta sexta-feira um hospital psiquiátrico perto da cidade.

Oleh Synegubov, governador da região de Kharkiv, adiantou que 330 pessoas estavam no hospital e que 73 já foram retiradas. O número de vítimas ainda é desconhecido.

8h52 - Putin diz que voluntários na luta contra forças ucranianas são bem-vindos

O presidente russo afirmou esta sexta-feira que pretende permitir que voluntários lutem contra as forças ucranianas. De acordo com o ministro russo da Defesa, há "16 mil voluntários do Médio Oriente" que estão prontos a lutar ao lado das forças russas na Ucrânia.

Aprovou também a entrega de sistemas de mísseis ocidentais capturados aos combatentes rebeldes apoiados por Moscovo.

O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, tinha proposto a entrega sistemas antitanques de fabrico norte-americano, como os Javelin ou os Stinger, para os combatentes das regiões rebeldes de Luhansk e Donetsk.

8h32 - Ucrânia. Danos das primeiras semanas de guerra chegam aos 119 mil milhões de dólares

A invasão russa provocou perdas no valor de 119 mil milhões de dólares em danos à economia ucraniana. O vice-ministro da Economia adianta que 75 por cento das empresas que operam em zonas atingidas pela guerra pararam de operar e a maioria das fábricas metalúrgicas no leste do país não estão a funcionar.

As exportações de metais representam uma "fatia significativa" das exportações totais da Ucrânia, sublinhou Denys Kudin.

8h24 - Oligarca russo critica nacionalizações: "Isto irá levar-nos de volta a 1917"

O oligarca Vladimir Potanin criticou duramente a nacionalização de empresas estrangeiras que anunciaram a retirada do país desde a ofensiva militar russa na Ucrânia.

Vladimir Potanin, que surge habitualmente no topo da lista dos homens mais ricos da Rússia, é próximo do presidente russo e até já foi visto a jogar hóquei no gelo com Putin, destaca a agência France Presse.

"Gostaria de apelar a uma abordagem muito cautelosa sobre (...) a nacionalização de empresas que anunciaram a sua retirada do mercado russo. Isso irá levar-nos cem anos para trás, de volta a 1917", alerta o oligarca, numa referência ao ano da revolução bolchevique.

"As consequências desse passo - a desconfiança global da Rússia por parte dos investidores - será sentida por muitas décadas", acrescentou.

Nas últimas horas, Vladimir Putin admitiu nacionalizar as empresas que deixem a Rússia.

8h06 - Sirenes voltaram a tocar em Lviv durante a noite

As sirenes de alerta de ataque aéreo voltaram a tocar na cidade de Lviv, onde estão quase três milhões de pessoas, a maioria deslocados.

O enviado especial da RTP, Hélder Silva, testemunha que os alarmes soaram às 4h30 locais (2h30 em Lisboa).

A equipa de reportagem da RTP ainda esteve algum tempo no abrigo do hotel.

7h44 - Yara International suspende compras de fertilizantes de russos alvo de sanções

A norueguesa Yara, gigante na produção e distribuição de fertilizantes, anunciou esta sexta-feira que suspendeu todas as compras de empresas e indivíduos russos afetados por sanções adicionais, implementadas pela União Europeia a 9 de março. 

"A Yara está atualmente a rever detalhadamente o âmbito e o impacto das sanções", adiantou a empresa em comunicado.

"A Yara irá continuar a utilizar o seu sistema de produção global com o objetivo de continuar o abastecimento aos clientes e garantir a continuidade nas cadeias de abastecimento de alimentos. No entanto, a Yara reitera sua preocupação com a segurança alimentar global e pede ações governamentais para a proteção de cadeias de abastecimento de alimentos e para a diminuição da dependência da Rússia", acrescenta a empresa.

7h15 - Europeus prometem apoiar integração da Ucrânia

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia prometeram apoiar "sem demora" a Ucrânia na integração europeia, num comunicado hoje divulgado.

Num comunicado publicado após horas de debate numa cimeira do Conselho Europeu no Palácio de Versalhes, os dirigentes “reconheceram as aspirações europeias e a escolha europeia da Ucrânia” e referiram que o seu pedido de adesão foi “rapidamente” transmitido à Comissão Europeia para “opinião”.

O comunicado lembra a legitimidade do pedido de Kiev "para se tornar membro da União Europeia".

"O Conselho [Europeu] agiu rapidamente e convidou a Comissão [Europeia] a apresentar o parecer sobre este pedido, em conformidade com as disposições pertinentes dos tratados. Até lá e sem demora, reforçaremos ainda mais os nossos laços e aprofundaremos a nossa parceria para apoiar a Ucrânia na prossecução do seu caminho europeu. A Ucrânia pertence à nossa família europeia", de acordo com o comunicado.

Este é o primeiro passso de um longo processo para ser declarado país candidato e iniciar as negociações de adesão.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou uma das conclusões do encontro em Versalhes, França: "sem demora, reforçaremos ainda mais os nossos laços e aprofundaremos a nossa parceria para apoiar a Ucrânia na prossecução do caminho europeu".

Já o Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, escreveu, na rede social Twitter, que a cimeira da UE foi "uma noite histórica em Versalhes".

"Depois de cinco horas de discussões acaloradas, os líderes da UE disseram 'sim' à euro-integração ucraniana. O processo começou. Agora cabe a nós e aos ucranianos concretizá-la rapidamente. A nação ucraniana heroica merece saber que é bem-vinda à UE", afirmou.Ponto da situação

- Em mais um dia de conflito, o Ministério russo da Defesa anunciou que irá declarar cessar-fogo em várias cidades esta sexta-feira, de forma a permitir o estabelecimento de corredores humanitários. As cidades em causa são Kiev, Sumy, Kharkiv, Mariupol e Chernihiv.

- Durante a semana, outras tentativas de cessar-fogo falharam, nomeadamente na cidade sitiada de Mariupol.

- De acordo com com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, cerca de 40 mil pessoas foram retiradas de cinco cidades por via dos corredores humanitários, mas nenhum civil foi ainda retirado de Mariupol.

- Em Kharkiv, um instituto que alberga um reator nuclear experimental foi bombardeado nas últimas horas.

- Novos ataques aéreos na cidade de Dnipro mataram pelo menos um civil, adiantam os serviços de emergência ucranianos.

- Imagens de satélite mostram que a coluna militar estacionada às portas de Kiev se dispersou em novas posições, adianta a empresa Maxar Technologies, possivelmente em preparação para um ataque à capital.

 - Mais de 2,3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão, adianta o último balanço da ONU. Cerca de metade destes refugiados são crianças.