Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
O primeiro voo da operação de repatriamento de portugueses, luso-ucranianos e familiares aterrou no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Segundo o ministro português dos Negócios Estrangeiros, devido ao encerramento do espaço aéreo na Ucrânia, “a primeira parte da viagem teve de ser feita por terra”.
“Neste voo vêm 38 pessoas”, sendo que “alguns precisarão de apoio”, alertou Santos Silva. Ainda estão 40 pessoas a tentar regressar a Portugal. Os dois estudantes portugueses que estavam há três dias a tentar entrar na Polónia já conseguiram "passar a parte ucraniana da fronteira".
- Presidente da Ucrânia acusa a Rússia de crimes de guerra
O presidente da Ucrânia acusa a Rússia de cometer crimes de guerra e de ter bombardeado cidades ucranianas, enquanto decorreu a primeira ronda de negociações de paz, esta segunda-feira.
Em declarações que fez durante a noite, Volodymir Zelensky disse não ter dúvidas de que se tratou de uma forma de pressão, por parte de Moscovo.
- Pelo menos 11 mortos em bombardeamentos em Kharkiv, diz o governador da cidade
Pelo menos onze pessoas morreram em bombardeamentos russos a áreas residenciais de Kharkiv esta segunda-feira. O governador regional Oleg Sinegoubov refere, no entanto, que o número de vítimas deverá ser bastante superior.
- Nova ronda de negociações acontecerá “em breve”
"As partes estabeleceram uma série de prioridades e questões que requerem determinadas decisões" antes de uma segunda ronda de conversações, disse Mikhailo Podoliak, um dos negociadores ucranianos, citado pela agência AFP. O seu homólogo russo, Vladimir Medinsky, disse que o novo encontro terá lugar "em breve" na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia.
- Putin diz que neutralidade ucraniana e o reconhecimento da Crimeia são fundamentais para qualquer acordo
Em conversa com o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente russo disse que um acordo com a Ucrânia só seria possível se Kiev fosse neutra, “desnazificada” e “desmilitarizada” e se o controlo russo sobre a Crimeia anexada fosse formalmente reconhecido. "A Rússia está aberta ao diálogo com representantes da Ucrânia e espera que as (conversas) levem aos resultados desejados", afirmou Putin a Macron.
- Presidente da Ucrânia assina pedido formal de adesão à União Europeia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou hoje o pedido formal de adesão do país à União Europeia. O Parlamento da Ucrânia fala num “momento histórico”. Ursula Von der Leyen defende a entrada da Ucrânia na União Europeia. Em entrevista à Euronews, a presidente da Comissão Europeia diz que, depois de anos de cooperação, é altura de a Ucrânia fazer parte da UE.
- TPI investiga alegados crimes de guerra e contra a humanidade da Rússia
O Tribunal Penal Internacional vai abrir uma investigação sobre alegados crimes de guerra por parte da Rússia em território ucraniano. O período a ser investigado remonta à ocupação russa da Crimeia em 2014.
Com este processo, a Ucrânia pede ao TPI que ordene à Rússia o fim imediato das operações militares na Ucrânia.
- Estrangeiros que quiserem lutar pela Ucrânia não precisam de visto
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou um decreto temporário que dispensa de visto todos os estrangeiros que estejam dispostos a juntar-se a Legião de Defesa Internacional da Ucrânia e a lutar contra as forças russas.
O Ministro da Defesa ucraniano apelou diretamente aos soldados russos que lutam na Ucrânia para deporem as armas, garantindo-lhes amnistia total e compensação monetária.
Por razões de segurança, os Estados Unidos expulsaram 12 diplomatas russos em território norte-americano. Têm de sair dos Estados Unidos até à próxima segunda-feira.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
"Usaram a bomba de vácuo hoje, o que na verdade é proibido pela convenção de Genebra", disse Markarova após informar membros do Congresso norte-americano. "A devastação que a Rússia está a tentar infligir à Ucrânia é grande", sublinhou a diplomata.
Zelensky apelou que se "considere um encerramento total do céu para mísseis, aviões e helicópteros russos".
"Este mal, armado com mísseis, bombas e artilharia, deve ser detido imediatamente e destruído economicamente, para mostrar que a humanidade é capaz de se defender", realçou.
Na mesma mensagem de vídeo, o Presidente ucraniano pediu à Rússia para que "não perca tempo" na Ucrânia, assegurando que o bombardeamento dos russos não fará Kiev aceitar os termos de Moscovo para uma trégua.
Estás prestes a terminar a primeira operação de repatriamento de portugueses, luso-ucranianos e familiares.
Segundo o ministro português dos Negócios Estrangeiros, devido ao encerramento do espaço aéreo na Ucrânia, “a primeira parte da viagem teve de ser feita por terra”.
“Os dois grupos [de portugueses] atravessaram a fronteira da Ucrânia com a Moldova e depois dirigiram-se à Roménia, onde convergiram. A partir da Roménia, de Bucareste, foi possível organizar uma ligação aérea, e é esse voo que agora termina”, adiantou Augusto Santos Silva aos jornalistas.
O MNE precisou que “neste voo vêm 38 pessoas”, sendo que “alguns precisarão de apoio”. Por essa razão, no aeroporto estão os serviços competentes, entre os quais o SEF, o Alto Comissariado para as Migrações e a Segurança Social.
Segundo Augusto Santos Silva, na Ucrânia continuam cerca de 40 pessoas portuguesas e luso-descendentes, entre os quais jornalistas, que em breve deverão precisar do apoio do Governo português para saírem do país.
A invasão russa está a provocar a saída de milhões de ucranianos, que se deslocam em direção às fronteiras. A RTP tem acompanhado a viagem de uma família dos arredores de Kiev, que há três dias tenta chegar à Polónia. Uma de muitas histórias dos que se cruzam nas estradas da Ucrânia.
Há jovens portugueses que, apesar de terem todos os documentos estão a ser barrados na fronteira da Ucrânia com a Polónia. Dois estudantes de medicina portugueses tentam há três dias sair. Disseram à RTP que estão a ser barrados porque, na fronteira, as autoridades fazem discriminação de africanos e asiáticos.
A Roménia está preparada para receber cinco milhões de refugiados ucranianos. Com uma fronteira de 600 quilómetros com a Ucrânia, os postos fronteiriços abrem as portas aos que fogem da guerra. Estima-se que perto de 67 mil pessoas já tenham cruzado as fronteiras mas a grande maioria segue viagem para outros destinos na Europa.
Bucareste está disponível para receber cerca de 500 mil ucranianos e só esta segunda-feira chegaram mais de 1.800 pessoas, mais 500 pessoas do que no domingo. O Governo romeno está a "mobilizar" e facilitar a entrada de refugiados vindos da Ucrânia.
Em Portugal gerou-se uma onda de solidariedade para com o povo ucraniano. Milhares de pessoas estão a doar alimentos, roupa e medicamentos. Vários camiões saem esta segunda-feira de Portugal, rumo a Lviv, junto à fronteira com a Polónia.
O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou hoje a abertura "o mais depressa possível" de uma investigação a alegados "crimes de guerra" e "crimes contra a humanidade" no conflito que assola a Ucrânia desde 2014.
"Estou convencido que existe uma base razoável para acreditar que presumíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade têm sido cometidos na Ucrânia" desde 2014, disse o procurador-geral da instância internacional com sede em Haia (Países Baixos), Karim Khan.
Alguns dos ucranianos que fugiram da guerra estão a chegar a Portugal. Esta segunda-feira, mais uma vez, no aeroporto de Lisboa famílias ucranianas comovidas reencontraram-se. Por outro lado, muitos jovens ucranianos querem agora regressar para defender o país onde nasceram.
O Governo esloveno manifestou hoje o seu total apoio à entrada da Ucrânia na União Europeia, seguindo um procedimento acelerado, conforme solicitado por Kiev no âmbito da invasão russa.
"Vocês têm todo o nosso apoio", escreveu o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, na rede social Twitter, em resposta a uma mensagem na qual o seu homólogo ucraniano, Denys Shmyhal, assegurou que "chegou a hora de carimbar no papel" que os ucranianos são uma "parte inalienável" da comunidade europeia.
Shmyhal indicou que o seu país solicitou a entrada na UE através de um "processo especial", enquanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, solicitou que a aprovação do processo seja "imediata".
O presidente Joe Biden procurou tranquilizar o povo norte-americano quanto à ameaça de utilização de armas nucleares por parte dos russos.
As negociações entre a Rússia e a Ucrânia não conheceram qualquer avanço neste primeiro encontro entre as partes.
Mais do que atenção ao que está a passar-se nas negociações com os russos, a preocupação dos ucranianos na cidade de Lviv é chegar à fronteira e deixar o país.
As sirenes voltaram a soar esta segunda-feira, mas durante o dia houve alguma acalmia em Kiev, o que levou muitos dos habitantes a tentar sair da cidade.
Após 38 horas de recolher obrigatório extremo, os habitantes de Kiev tentam agora sair da cidade. A estação de caminhos-de-ferro ficou numa situação caótica com o desespero de quem quer deixar a cidade. Mas há também os que estão de regresso para defender a capital.
Esta segunda-feira marca o quinto dia da ofensiva russa na Ucrânia. Três cidades foram alvo de ataques, incluindo os arredores da capital Kiev.
Em Karkiv, pelo menos 11 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. As autoridades ucranianas garantem ter morto até agora mais de cinco mil soldados russos.
Moscovo admite baixas mas continua sem revelar números.
O presidente russo diz que aceita parar os ataques contra civis e abrir corredores humanitários na Ucrânia. A promessa foi feita a Emmanuel Macron por Putin depois das primeiras negociações na Bielorrússia.
Ucranianos e russos não conseguiram, no entanto, chegar a qualquer acordo nas conversas de hoje. O presidente ucraniano aproveitou para formalizar o pedido de adesão à União Europeia.
Começam a ouvir-se vozes dissidentes entre os multimilionários russos contra a ofensiva de Vladimir Putin na Ucrânia, tanto dentro como fora do país. Nas últimas horas, quatro deles, um dos quais de origem ucraniana, exprimiram sem meias palavras a sua oposição à guerra ou ao caos económico que os ameaça.
Um deles, Evgeny Lebedev, o empresário russo-britânico filho de um ex-operacional do KGB e tornado lorde pelo primeiro-ministro Boris Johnson, escreveu uma carta aberta a Vladimir Putin publicada esta segunda-feira num dos jornais que possui.
Noutro jornal britânico, Lubov Chernikhin, casada com um ex-ministro das Finanças de Putin e ex-banqueiro, aplaudiu todos os esforços do Ocidente para resistir ao Kremlin e a Putin e apelou a sanções “tão pesadas quanto for possível” contra o regime russo e quem o apoia.
O preço do trigo de moagem para entrega em março atingiu um recorde de 322,5 euros por tonelada, um valor impulsionado pelo conflito entre a Ucrânia e a Rússia.
O bloqueio dos portos ucranianos, tendo em conta que Kiev é o quinto maior exportador mundial de trigo, é um dos motivos que explica a evolução registada, segundo apontou um especialista da Inter-Corte à Agência France Presse (AFP).
Doze membros da missão diplomática russa na ONU receberam hoje ordens para deixarem os Estados Unidos até ao final de março, anunciou o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia.
O ministro português do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse hoje que Portugal tem "reservas muito confortáveis" de gás, bem como "reservas públicas de 90 dias" de combustíveis, perante eventuais constrangimentos devido à invasão russa da Ucrânia.
"Portugal não depende em nada do gasoduto que vem da Rússia, tudo o que usa de gás é GNL, que chega a Sines e é re-gaseificado e utilizado no nosso país. Há três dias, tínhamos as reservas de gás a 80% e hoje o número é certamente superior", pelo que "temos reservas muito confortáveis", declarou João Pedro Matos Fernandes.
"Se avançarmos para o gasóleo, a gasolina e o crude, há reservas públicas de 90 dias de abastecimento, aos quais acresce o das empresas", afincou.
"É antes uma questão de preço [...], mas não é imediato" e de "instabilidade dos próprios preços", admitiu.
Os Estados Unidos disseram hoje não ter detetado qualquer alteração "concreta" na postura nuclear da Rússia desde que o presidente russo, Vladimir Putin, colocou as suas forças dissuasoras em alerta máximo, no contexto da invasão da Ucrânia.
"Estamos sempre a monitorizar e vigiar o mais de perto possível" e "não vimos nada de concreto [na postura nuclear mantida pela Rússia] como consequência da sua decisão. Pelo menos ainda não", disse um alto funcionário do Pentágono aos jornalistas.
Reafirmando que a Rússia "nunca" foi ameaçada pela NATO, o Pentágono admite que é "difícil saber o que está por detrás" da ordem de Putin, mas considera que "o mero facto de evocar" ou "ameaçar" com o "uso de forças nucleares", sendo "inútil", representa ao mesmo tempo "uma escalada significativa".
A mesma fonte assegurou ainda que, nesta fase, os militares bielorrussos não parecem ter entrado na Ucrânia como reforço das forças russas.
Os membros dos orgãos sociais da Ordem dos Enfermeiros estão disponíveis para integrar uma missão de ajuda "pro bono" na Ucrânia.
A bastonária, Ana Rita Cavaco, entrevistada pela Antena 1, explica que o objetivo é ajudar no resgate, prestar cuidados e trazer os refugiados para Portugal.
A bastonária diz que a Ordem dos Enfermeiros anunciou junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros esta disponibilidade para integrar uma eventual missão.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia avisou hoje que todos os que estão a fornecer armas letais à Ucrânia serão responsabilizados caso estas sejam usadas contra os militares russos nesse país.
Moscovo avisou ainda que as medidas tomadas pela União Europeia contra a Rússia vão merecer uma “dura resposta”.
Voltaram a soar os alarmes na cidade ucraniana de Lviv. Nos altifalantes, as autoridades ordenaram à população que recolhesse.
Lviv tem sido o epicentro da fuga em massa dos cidadãos ucranianos. Para que a situação nas estações de comboios fique mais controlada, equipas de voluntários estão a dar apoio aos deslocados de guerra, levando essencialmente comida.
O processo de transporte destas pessoas para a fronteira está a ser agilizado dentro dos possíveis, mas as enormes filas de automóveis estão a dificultar os esforços.
Há relatos de pessoas que estão a demorar 70 horas até conseguirem atravessar a fronteira, numa altura em que um forte nevão tornou ainda mais difícil o percurso.
O enviado especial da RTP a Lviv, José Rodrigues dos Santos, está a acompanhar os últimos desenvolvimentos.
A Alemanha está a enviar aviões de guerra e aeronaves de patrulha marítima para uma missão de reconhecimento na área do Mar Báltico, avançou hoje no Twitter a missão alemã da NATO.
Já ao início da manhã a Alemanha tinha enviado seis novos navios de guerra, quatro deles para o Mar Báltico.
A União Africana classificou hoje como "chocantemente racista" que cidadãos africanos sejam impedidos de fugir do conflito na Ucrânia, apelando a todos os países que respeitem a lei internacional e apoiem quem foge da guerra, independentemente da sua raça.
"Relatos de que africanos estão a ser escolhidos para tratamento desigual inaceitável seria chocantemente racista e em violação da lei internacional", dizem, em comunicado, o presidente do Senegal e presidente em exercício da União Africana (UA), Macky Sall, e o presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat.
Os dois dirigentes apelam por isso "a todos os países que respeitem a lei internacional e mostrem a mesma empatia e apoio a todas as pessoas que fogem da guerra, independentemente da sua identidade racial".
A Espanha decidiu enviar mais tropas para as fronteiras dos aliados da NATO com a Rússia, numa altura em que começou a aplicar as sanções acordadas pela UE, criticadas pelos parceiros de extrema-esquerda dos socialistas no Governo.
A ministra espanhola da Defesa, Margarita Robles, anunciou este reforço do destacamento espanhol na zona de conflito, embora sem detalhar o número de tropas ou material que será destacado para a fronteira russa.
"A posição da NATO é de reforçar as fronteiras dos países aliados, e a Espanha estará sem dúvida lá", assegurou a responsável governamental, citada pela agência de notícias Efe.
A primeira ronda de negociações entre Rússia e Ucrânia durou cerca de cinco horas. Nas conversas de hoje, as duas partes encontraram alguns pontos em que pode haver aproximação.
Não está, porém, garantido sucesso, dado que tanto Kiev como Moscovo têm exigências divergentes.
O correspondente da RTP na Rússia, Evgueni Mouravitch, está a acompanhar todos os desenvolvimentos.
Alex Hook é um soldado ucraniano que publica vídeos na plataforma TikTok para que a filha de quatro anos possa acompanhá-lo à distância. Os vídeos das suas coreografias já se tornaram virais nas redes sociais.
@alexhook2303 #🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦 #🇺🇦🇺🇦🇺🇦💙💛 #Топ #ЗСУ #Рек #украинатикток #славаукраїні #Армия #ООС #огонь ♬ πρωτότυπος ήχος - Giannis Karaolis
@alexhook2303 #🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦 #🇺🇦🇺🇦🇺🇦💙💛 #Топ #Рек #украинатикток #славаукраїні #Армия #ООС #война ♬ оригинальный звук - Ірина Грейцаровська
Ursula Von der Leyen defende a entrada da Ucrânia na União Europeia. Em entrevista à Euronews, a presidente da Comissão Europeia diz que, depois de anos de cooperação, é altura de a Ucrânia fazer parte da UE.
Os clubes e as seleções russas de futebol foram suspensos esta segunda-feira de todas as competições, por decisão conjunta da UEFA e da FIFA, devido à ofensiva militar do país na Ucrânia.
"Na sequência das decisões iniciais adotadas pelo Conselho da FIFA e pelo Comité Executivo da UEFA, que previa a adoção de medidas adicionais, a FIFA e a UEFA decidiram hoje em conjunto que todas as equipas russas, sejam seleções ou clubes, devem ser suspensas de participar nas competições da FIFA e da UEFA até nova ordem", lê-se no comunicado dos dois organismos que regem o futebol mundial e europeu.
"O futebol está totalmente unido e em total solidariedade com as pessoas afetadas na Ucrânia. Os dois presidentes esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente, para que o futebol possa voltar a ser um vetor de união e paz entre os povos", remata o comunicado das estruturas presididas por Gianni Infantino e Aleksander Ceferin.
A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) alertou hoje que Portugal deverá receber da Ucrânia um "número muitíssimo superior" de refugiados em comparação com os últimos programas de recolocação e instou o governo a esclarecer procedimentos para o acolhimento.
O Reino Unido vai aprovar novos poderes para impedir que bancos russos efetuem pagamentos em libras e congelar bens de três novas instituições, ao mesmo tempo que condenou os bombardeamentos "bárbaros" na Ucrânia.
Numa declaração no Parlamento, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, anunciou que os bancos Sovcombank, Otkritie FC Bank e VEB.RF serão abrangidas pelas sanções britânicas e que está a trabalhar num congelamento total de ativos de todos os bancos russos.
As restrições aos pagamentos, vincou, "vão prejudicar a capacidade da Rússia para negociar com o resto do mundo" pois mais de 50% do comércio russo é feito em dólares ou libras esterlinas.
O Governo, explicou, está a tentar "isolar todas as empresas russas do acesso aos mercados de capitais do Reino Unido" e "impedir que o Estado russo financie dívida soberana aqui".
Truss vincou também que as autoridades britânicas estão a identificar casas, iates e jatos privados de oligarcas russos no Reino Unido para serem apreendidos no âmbito da nova legislação de crime económico a ser apresentada no Parlamento.
"As partes estabeleceram uma série de prioridades e questões que requerem determinadas decisões" antes de uma segunda ronda de conversações, disse Mikhailo Podoliak, um dos negociadores ucranianos, citado pela agência AFP.
O seu homólogo russo, Vladimir Medinsky, disse que o novo encontro terá lugar "em breve" na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia.
Vasily Nebenzya discursou esta sexta-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas e considerou que as “provocações ucranianas ainda não pararam”.
Sergiy Kyslytsya compara a ofensiva russa ao sucedido na II Guerra Mundial. Para o embaixador, “um dos exemplos mais recentes de sofrimento humano e crimes de guerra” é o bombardeamento, ainda hoje, da cidade ucraniana de Kharkiv.
Rússia e Ucrânia estão a planear uma “segunda ronda” de negociações, avançou um negociador ucraniano à agência France Presse.
A TASS, agência de notícias russa, avançou entretanto que as conversações de hoje na fronteira bielorrussa entre as duas partes terão já terminado.
A FIFA suspendeu as equipas russas da participação em campeonatos internacionais de futebol até ordem contrária, avançou a agência Reuters.
A Rússia deveria defrontar a Polónia a 24 de março, o que já não deverá acontecer.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou hoje o pedido formal de adesão do país à União Europeia. O Parlamento da Ucrânia fala num “momento histórico”.
President @ZelenskyyUa has signed application for the membership of #Ukraine in the European Union.
— Verkhovna Rada of Ukraine (@ua_parliament) February 28, 2022
This is a historic moment! pic.twitter.com/rmzdgIwArc
O chefe da diplomacia europeia assegurou que a mobilização e entrega de armamento à Ucrânia, hoje debatida pelos ministros da Defesa da UE, está bem encaminhada, mas escusou-se a adiantar detalhes, pois "a Rússia gostaria muito" de os conhecer.
"A nível de mobilização de recursos, está tudo bem encaminhado. A entrega requer uma logística importante que os Estados-membros têm de organizar, e tem de ser feita rapidamente. Mas nós estamos numa guerra e não vou dar nenhuma informação que possa servir à parte que enfrentamos. Estou certo de que a Rússia ficaria muito contente ao saber por onde e como vai passar a ajuda que vamos dar" ao exército ucraniano para se defender, disse Josep Borrell.
Nas mesmas declarações, Borrell lembrou que Moscovo já avisou que atacará "qualquer pessoa ou entidade que transporte essa ajuda", pelo que se escusou a avançar com "qualquer detalhe que lhes possa ser útil".
Em conversa com o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente russo disse que um acordo com a Ucrânia só seria possível se Kiev fosse neutra, “desnazificada” e “desmilitarizada” e se o controlo russo sobre a Crimeia anexada fosse formalmente reconhecido.
"A Rússia está aberta ao diálogo com representantes da Ucrânia e espera que as (conversas) levem aos resultados desejados", afirmou Putin a Macron.
As delegações da Rússia e da Ucrânia continuam reunidas na cidade bielorrussa de Gomel, junto à fronteira com a Ucrânia. Kiev procura obter um "cessar-fogo imediato" e a retirada das forças russas.
António Guterres falou há minutos na sessão extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas, classificando de “desenvolvimento arrepiante” o facto de as forças nucleares russas estarem agora em alerta elevado.
O secretário-geral da ONU disse ainda ser “simplesmente inconcebível” a ideia de um conflito nuclear.
Para Guterres, enfrentamos neste momento “o que facilmente pode tornar-se na pior crise humanitária e de refugiados na Europa em décadas”.
Segundo o secretário-geral, a ONU tem já conhecimento de danos graves em edifícios residenciais, infraestruturas civis e noutros alvos não militares na Ucrânia.
António Guterres pede, por isso, a todas as partes envolvidas na crise na Ucrânia que assegure o acesso humanitário seguro e rápido a quem dele precise.
O responsável sublinhou “três ações muito concretas” aplicadas pela ONU, sendo a primeira delas a disponibilização de 20 milhões de dólares do fundo de emergência para as linhas de contacto em Donetsk, Luhansk e noutras partes do país, “o que nos permitirá ajudar os mais vulneráveis a ter abrigo, água e cuidados de saúde o mais rápido possível”.
Em segundo lugar, a ONU nomeou um mediador das crises que fará a ligação com o Governo e com todos os atores relevantes no terreno. “Ao mesmo tempo, estamos a unir parceiros dentro e fora do país para garantir que há pessoal suficiente”, indicou.
Outra resposta será a do apoio a quem procura refúgio fora da Ucrânia.
14h07 - Caos na estação ferroviária de Lviv
Esta é uma sanção de gravidade sem precedentes tomada em coordenação com vários aliados de Washington, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Esta decisão tem o efeito de imobilizar todos os ativos que o banco central da Rússia detém nos Estados Unidos, e também proíbe que qualquer instituição financeira ou empresa norte-americana efetue transações ou operações com o banco central, refere o comunicado divulgado antes da abertura dos mercados, o que limita a capacidade de Moscovo em defender a sua moeda e sustentar a economia.
"A visita do ministro dos Negócios Estrangeiros a Genebra para participar do Conselho de Direitos Humanos e da Conferência sobre Desarmamento foi cancelada", lê-se no tweet que cita as proibições de voos por parte da União Europeia.
‼️ 🇷🇺 FM #Lavrov's visit to #Geneva for the session of the @UN_HRC and the Conference on Disarmament has been 🚫 canceled due to an unprecedented ban on his flight in the airspace of a number of EU countries that have imposed anti-Russian sanctions pic.twitter.com/i8niWHqoy9
— Russian Mission in Geneva (@mission_russian) February 28, 2022
"Em resposta à proibição dos Estados europeus de voos de aeronaves civis operadas por transportadoras aéreas russas e/ou registadas na Rússia, foi introduzida uma restrição de voos de transportadoras aéreas de 36 estados", adiantou a agência russa dos transportes, Rosaviatsia, em comunicado citado pela agência TASS.
O voo de apoio ao regresso de cidadãos portugueses e lusoucranianos é operado pela TAP e parte de Lisboa às 13h30. Chega a Bucareste pelas 17h40 (hora de Lisboa) e deverá regressar a Portugal esta segunda-feira às 23h10.
"O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, comunicou ao responsável da pasta dos Negócios Estrangeiros que a autarquia a que preside está profundamente preocupada com os efeitos provocados pela intervenção militar da Rússia na Ucrânia, de que são vítimas muitas centenas de milhares de cidadãos deste país e da região que, para fugir do conflito armado em curso e proteger as suas famílias, são obrigados a abandonar as suas casas", acrescenta.
A Câmara de Setúbal, de maioria comunista, refere ainda que a preocupação do município "tem de se traduzir em ações concretas" e que, por essa razão, decidiu "disponibilizar instalações municipais para acolher eventuais refugiados desta guerra que cheguem ao país em busca de auxílio".
Contactada pela agência Lusa, fonte do Gabinete da Presidência da Câmara de Setúbal adiantou que o município também já iniciou contactos com uma associação de países de Leste - EDINSTVO, Associação de Imigrantes dos Países de Leste.
Numa conferência de imprensa conjunta com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, para apresentação de um conjunto de medidas destinadas a apoiar as famílias ucranianas na capital portuguesa, Inna Ohnivets pediu o apoio de Portugal à iniciativa anunciada pelo Presidente da Ucrânia de adesão do país à União Europeia.
A diplomata ucraniana agradeceu a ajuda de Portugal pela assistência militar e no fornecimento dos materiais militares, referindo que "isso é um sinal forte" para o povo ucraniano.
"Lutamos não só pela Ucrânia, mas também por toda a Europa", frisou Inna Ohnivets, adiantando que o exército ucraniano "luta muito bem", mas é preciso também ajuda da parte da União Europeia.
O presidente russo, Vladimir Putin, apelidou o Ocidente de “império das mentiras" ao discutir a economia com altos funcionários esta segunda-feira, após a imposição de sanções abrangentes contra Moscovo, disse o Kremlin.
"(O primeiro-ministro Mikhail Mishustin) e eu discutimos este tema, naturalmente tendo em mente as sanções que a chamada comunidade ocidental - como a chamei no meu discurso, o 'império das mentiras' - está agora a tentar implementar contra o nosso país", disse Putin.
Anton Herashchenko, conselheiro do ministro do Interior ucraniano, escreveu na sua página do Facebook que as tropas russas bombardearam áreas residenciais com mísseis na cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia.
"Kharkiv acaba de ser atacada massivamente por rockets. Dezenas de civis foram mortos e centenas ficaram feridos”, afirmou.
Estes 500 milhões de euros são destinados a disponibilizar armas defensivas mas também armas de grande calibre, anti-tanques, combustível e outro tipo de equipamentos que ajudem a repelir a agressão.
O empresário russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, aceitou um pedido ucraniano para ajudar a negociar o fim do conflito entre a Rússia e Ucrânia, participando nas negociações que decorrem neste momento na Bielorrússia, anunciou a sua porta-voz.
"Posso confirmar que Roman Abramovich foi contatado pelo lado ucraniano para ajudar a alcançar uma resolução pacífica e que ele tem tentado ajudar desde então", disse uma porta-voz, citada pela Reuters.
Numa segunda fase, Carlos Moedas indica que o centro de acolhimento temporário vai funcionar num pavilhão desportivo na sede da Polícia Municipal de Lisboa.
More than 500,000 refugees have now fled from Ukraine into neighbouring countries.
— Filippo Grandi (@FilippoGrandi) February 28, 2022
Volodymyr Zelensky mostra-se pouco confiante nestas negociações, mas diz que a Ucrânia participa nas mesmas para que nenhum cidadão duvide dos esforços em curso para terminar com a guerra.
As negociações entre a Ucrânia e a Rússia já começaram na cidade de Gomel, na Bielorrússia, declarou o assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, à agência Reuters.
O gabinete do presidente ucraniano disse esta segunda-feira que procura obter um "cessar-fogo imediato" e a retirada das forças russas da Ucrânia.
O encontro está a decorrer em Gomel, perto da fronteira com a Ucrânia. As comitivas dos dois países incluem membros dos gabinetes presidenciais e dos Ministérios da Defesa e Negócios Estrangeiros.
O pedido para as negociações foi feito no domingo pelo Kremlin. O presidente da Ucrânia aceitou as conversações, mas não acredita num resultado positivo.
O rublo russo caiu esta segunda-feira 40 por cento, após serem anunciadas as sanções internacionais sem precedentes contra o sistema financeiro de Moscovo pela invasão da Ucrânia por Vladimir Putin.
As bolsas de Paris, Frankfurt e Milão desciam 2,30%, 2,07% e 2,03%, bem como as de Madrid e Londres, que se desvalorizavam 1,27% e 0,95%, respetivamente.
Depois de abrir em baixa, a Bolsa de Lisboa mantinha a tendência, estando cerca das 8h25 o principal índice, o PSI20, a baixar 0,27% para 5.480,66 pontos.
- Militares ucranianos descreveram quarto dia de guerra como "difícil". A capital ucraniana permanece sob controlo das autoridades do país, mas o presidente da Câmara de Kiev diz que a cidade está "cercada" por forças russas. As imagens de satélite da empresa Maxar mostram um grande número de tropas terrestres russas em direção a Kiev;
- O Ministério da Saúde da Ucrânia confirmou a morte de 352 civis, incluindo 14 crianças, desde o início da invasão russa da Ucrânia;
- As Nações Unidas confirmaram que a ofensiva russa já provocou 368 mil refugiados. A Europa calcula que este número possa chegar aos sete milhões de pessoas;
- Mais de 17 países europeus, incluindo Portugal, decidiram vedar os respetivos espaços aéreos a voos russos.