Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

01h00 - Ponto da situação

- Primeira operação de repatriamento de portugueses aterrou em Lisboa
O primeiro voo da operação de repatriamento de portugueses, luso-ucranianos e familiares aterrou no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Segundo o ministro português dos Negócios Estrangeiros, devido ao encerramento do espaço aéreo na Ucrânia, “a primeira parte da viagem teve de ser feita por terra”.

“Os dois grupos [de portugueses] atravessaram a fronteira da Ucrânia com a Moldova e depois dirigiram-se à Roménia, onde convergiram. A partir da Roménia, de Bucareste, foi possível organizar uma ligação aérea, e é esse voo que agora termina”, adiantou Augusto Santos Silva aos jornalistas.

“Neste voo vêm 38 pessoas”, sendo que “alguns precisarão de apoio”, alertou Santos Silva. Ainda estão 40 pessoas a tentar regressar a Portugal. Os dois estudantes portugueses que estavam há três dias a tentar entrar na Polónia já conseguiram "passar a parte ucraniana da fronteira".


- Presidente da Ucrânia acusa a Rússia de crimes de guerra
O presidente da Ucrânia acusa a Rússia de cometer crimes de guerra e de ter bombardeado cidades ucranianas, enquanto decorreu a primeira ronda de negociações de paz, esta segunda-feira.

Em declarações que fez durante a noite, Volodymir Zelensky disse não ter dúvidas de que se tratou de uma forma de pressão, por parte de Moscovo.

- Pelo menos 11 mortos em bombardeamentos em Kharkiv, diz o governador da cidade
Pelo menos onze pessoas morreram em bombardeamentos russos a áreas residenciais de Kharkiv esta segunda-feira. O governador regional Oleg Sinegoubov refere, no entanto, que o número de vítimas deverá ser bastante superior.

- Nova ronda de negociações acontecerá “em breve”
"As partes estabeleceram uma série de prioridades e questões que requerem determinadas decisões" antes de uma segunda ronda de conversações, disse Mikhailo Podoliak, um dos negociadores ucranianos, citado pela agência AFP. O seu homólogo russo, Vladimir Medinsky, disse que o novo encontro terá lugar "em breve" na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia.

- Putin diz que neutralidade ucraniana e o reconhecimento da Crimeia são fundamentais para qualquer acordo
Em conversa com o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente russo disse que um acordo com a Ucrânia só seria possível se Kiev fosse neutra, “desnazificada” e “desmilitarizada” e se o controlo russo sobre a Crimeia anexada fosse formalmente reconhecido. "A Rússia está aberta ao diálogo com representantes da Ucrânia e espera que as (conversas) levem aos resultados desejados", afirmou Putin a Macron.

- Presidente da Ucrânia assina pedido formal de adesão à União Europeia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou hoje o pedido formal de adesão do país à União Europeia. O Parlamento da Ucrânia fala num “momento histórico”. Ursula Von der Leyen defende a entrada da Ucrânia na União Europeia. Em entrevista à Euronews, a presidente da Comissão Europeia diz que, depois de anos de cooperação, é altura de a Ucrânia fazer parte da UE.

- TPI investiga alegados crimes de guerra e contra a humanidade da Rússia
O Tribunal Penal Internacional vai abrir uma investigação sobre alegados crimes de guerra por parte da Rússia em território ucraniano. O período a ser investigado remonta à ocupação russa da Crimeia em 2014.

O presidente ucraniano confirmou ter dado início a um processo, no Tribunal Penal Internacional, em Haia, rejeitando a justificação de Moscovo para invadir a Ucrânia, há cinco dias, de forma a prevenir um genocídio na região de Donbass.

Com este processo, a Ucrânia pede ao TPI que ordene à Rússia o fim imediato das operações militares na Ucrânia.


- Estrangeiros que quiserem lutar pela Ucrânia não precisam de visto
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou um decreto temporário que dispensa de visto todos os estrangeiros que estejam dispostos a juntar-se a Legião de Defesa Internacional da Ucrânia e a lutar contra as forças russas.

O Ministro da Defesa ucraniano apelou diretamente aos soldados russos que lutam na Ucrânia para deporem as armas, garantindo-lhes amnistia total e compensação monetária.

Por razões de segurança, os Estados Unidos expulsaram 12 diplomatas russos em território norte-americano. Têm de sair dos Estados Unidos até à próxima segunda-feira.


A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

00h30 - Presidente ucraniano acusa Rússia de crimes de guerra

O presidente ucraniano acusa a Rússia de cometer crimes de guerra e de ter bombardeado cidades ucranianas, enquanto decorreu a primeira ronda de negociações de paz, esta segunda-feira. Em declarações que fez durante a noite, Volodymir Zelensky disse não ter dúvidas de que se tratou de uma forma de pressão de Moscovo.

00h15 - Paulo Fonseca elogia luta do povo ucraniano

O ex-treinador do Shaktar Donetsk e do FC Porto descreveu como foi a viagem de repatriamento, como viveu os primeiros dias do ataque e as emoções de ter deixado na Ucrânia amigos que estão a lutar contra o exército russo.

00H00 - Chegou ao aeroporto de Lisboa primeiro voo de repatriamento

Trinta e oito portugueses, lucro-ucranianos e ucranianos, aterraram no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, incluindo Paulo Fonseca e outros elementos da equipa do Shaktar Donetsk.

Mais 40 portugueses continuam a tentar abandonar a Ucrânia.

23h32 - Embaixadora ucraniana nos Estados Unidos denuncia utilização de bomba de vácuo

A Rússia usou uma bomba termobárica, também chamada bombate de vácuo, esta segunda-feira, alertou a embaixadora ucraniana nos EUA, Oksana Markarova.

"Usaram a bomba de vácuo hoje, o que na verdade é proibido pela convenção de Genebra", disse Markarova após informar membros do Congresso norte-americano. "A devastação que a Rússia está a tentar infligir à Ucrânia é grande", sublinhou a diplomata. 

23h23 - Zelensky pede fecho de portos e aeroportos à Rússia

Numa mensagem de vídeo, Volodimir Zelenskiy referiu que a Rússia lançou 56 ataques com foguetes e disparou 113 mísseis de cruzeiro contra a Ucrânia nos últimos cinco dias.

O presidente da Ucrânia também apelou ao fecho de "todos os portos" e "aeroportos do mundo" a embarcações e aeronaves russas. "A entrada para este Estado deve ser encerrada em todos os portos, todos os canais e todos os aeroportos do mundo", salientou o chefe de Estado ucraniano num vídeo publicado na rede social Facebook.

Zelensky apelou que se "considere um encerramento total do céu para mísseis, aviões e helicópteros russos".

"Este mal, armado com mísseis, bombas e artilharia, deve ser detido imediatamente e destruído economicamente, para mostrar que a humanidade é capaz de se defender", realçou.

Na mesma mensagem de vídeo, o Presidente ucraniano pediu à Rússia para que "não perca tempo" na Ucrânia, assegurando que o bombardeamento dos russos não fará Kiev aceitar os termos de Moscovo para uma trégua.

22h51 – Primeira operação de repatriamento de portugueses prestes a terminar

Estás prestes a terminar a primeira operação de repatriamento de portugueses, luso-ucranianos e familiares.

Segundo o ministro português dos Negócios Estrangeiros, devido ao encerramento do espaço aéreo na Ucrânia, “a primeira parte da viagem teve de ser feita por terra”.

“Os dois grupos [de portugueses] atravessaram a fronteira da Ucrânia com a Moldova e depois dirigiram-se à Roménia, onde convergiram. A partir da Roménia, de Bucareste, foi possível organizar uma ligação aérea, e é esse voo que agora termina”, adiantou Augusto Santos Silva aos jornalistas.

O MNE precisou que “neste voo vêm 38 pessoas”, sendo que “alguns precisarão de apoio”. Por essa razão, no aeroporto estão os serviços competentes, entre os quais o SEF, o Alto Comissariado para as Migrações e a Segurança Social.

Segundo Augusto Santos Silva, na Ucrânia continuam cerca de 40 pessoas portuguesas e luso-descendentes, entre os quais jornalistas, que em breve deverão precisar do apoio do Governo português para saírem do país.

22h38 - Há milhões de ucranianos a caminho das fronteiras a fugir da guerra

A invasão russa está a provocar a saída de milhões de ucranianos, que se deslocam em direção às fronteiras. A RTP tem acompanhado a viagem de uma família dos arredores de Kiev, que há três dias tenta chegar à Polónia. Uma de muitas histórias dos que se cruzam nas estradas da Ucrânia.

22h19 - Portugueses com origem africana continuam retidos na fronteira da Ucrânia com a Polónia

Há jovens portugueses que, apesar de terem todos os documentos estão a ser barrados na fronteira da Ucrânia com a Polónia. Dois estudantes de medicina portugueses tentam há três dias sair. Disseram à RTP que estão a ser barrados porque, na fronteira, as autoridades fazem discriminação de africanos e asiáticos.

22h14 - Roménia preparada para receber 5 milhões de ucranianos

A Roménia está preparada para receber cinco milhões de refugiados ucranianos. Com uma fronteira de 600 quilómetros com a Ucrânia, os postos fronteiriços abrem as portas aos que fogem da guerra. Estima-se que perto de 67 mil pessoas já tenham cruzado as fronteiras mas a grande maioria segue viagem para outros destinos na Europa.

22h00 - Roménia está a receber refugiados ucranianos

Bucareste está disponível para receber cerca de 500 mil ucranianos e só esta segunda-feira chegaram mais de 1.800 pessoas, mais 500 pessoas do que no domingo. O Governo romeno está a "mobilizar" e facilitar a entrada de refugiados vindos da Ucrânia.

21h36 - Portugueses estão a doar alimentos, roupa e medicamentos

Em Portugal gerou-se uma onda de solidariedade para com o povo ucraniano. Milhares de pessoas estão a doar alimentos, roupa e medicamentos. Vários camiões saem esta segunda-feira de Portugal, rumo a Lviv, junto à fronteira com a Polónia.

21h26 - TPI vai investigar alegados "crimes de guerra" e "crimes contra a humanidade"

O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou hoje a abertura "o mais depressa possível" de uma investigação a alegados "crimes de guerra" e "crimes contra a humanidade" no conflito que assola a Ucrânia desde 2014.

"Estou convencido que existe uma base razoável para acreditar que presumíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade têm sido cometidos na Ucrânia" desde 2014, disse o procurador-geral da instância internacional com sede em Haia (Países Baixos), Karim Khan.

21h14 - Ucranianos chegam a Lisboa e reencontram-se com familiares

Alguns dos ucranianos que fugiram da guerra estão a chegar a Portugal. Esta segunda-feira, mais uma vez, no aeroporto de Lisboa famílias ucranianas comovidas reencontraram-se. Por outro lado, muitos jovens ucranianos querem agora regressar para defender o país onde nasceram.

21h07 - Eslovénia apoia entrada acelerada de Kiev na UE

O Governo esloveno manifestou hoje o seu total apoio à entrada da Ucrânia na União Europeia, seguindo um procedimento acelerado, conforme solicitado por Kiev no âmbito da invasão russa.

"Vocês têm todo o nosso apoio", escreveu o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, na rede social Twitter, em resposta a uma mensagem na qual o seu homólogo ucraniano, Denys Shmyhal, assegurou que "chegou a hora de carimbar no papel" que os ucranianos são uma "parte inalienável" da comunidade europeia.

Shmyhal indicou que o seu país solicitou a entrada na UE através de um "processo especial", enquanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, solicitou que a aprovação do processo seja "imediata".

20h56 - Biden sossega norte-americanos quanto às ameaças nucleares de Moscovo

O presidente Joe Biden procurou tranquilizar o povo norte-americano quanto à ameaça de utilização de armas nucleares por parte dos russos.

20h52 - Correspondentes RTP. Negociações russo-ucranianas partiram com partes muito distanciadas

As negociações entre a Rússia e a Ucrânia não conheceram qualquer avanço neste primeiro encontro entre as partes.

20h44 - Enviados RTP. Prioridade dos habitantes é chegar à fronteira

Mais do que atenção ao que está a passar-se nas negociações com os russos, a preocupação dos ucranianos na cidade de Lviv é chegar à fronteira e deixar o país.

20h38 - Enviados RTP. Kiev continua sob ataque

As sirenes voltaram a soar esta segunda-feira, mas durante o dia houve alguma acalmia em Kiev, o que levou muitos dos habitantes a tentar sair da cidade.

20h34 - Habitantes de Kiev tentam sair da cidade

Após 38 horas de recolher obrigatório extremo, os habitantes de Kiev tentam agora sair da cidade. A estação de caminhos-de-ferro ficou numa situação caótica com o desespero de quem quer deixar a cidade. Mas há também os que estão de regresso para defender a capital.

20h25 - Três cidades foram alvo de ataques no quinto dia da ofensiva russa na Ucrânia

Esta segunda-feira marca o quinto dia da ofensiva russa na Ucrânia. Três cidades foram alvo de ataques, incluindo os arredores da capital Kiev.

Em Karkiv, pelo menos 11 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. As autoridades ucranianas garantem ter morto até agora mais de cinco mil soldados russos.

Moscovo admite baixas mas continua sem revelar números.

20h20 - Ucranianos e russos não chegaram a qualquer acordo

O presidente russo diz que aceita parar os ataques contra civis e abrir corredores humanitários na Ucrânia. A promessa foi feita a Emmanuel Macron por Putin depois das primeiras negociações na Bielorrússia.

Ucranianos e russos não conseguiram, no entanto, chegar a qualquer acordo nas conversas de hoje. O presidente ucraniano aproveitou para formalizar o pedido de adesão à União Europeia.

20h10 - Quatro oligarcas exprimem oposição à guerra na Ucrânia

Começam a ouvir-se vozes dissidentes entre os multimilionários russos contra a ofensiva de Vladimir Putin na Ucrânia, tanto dentro como fora do país. Nas últimas horas, quatro deles, um dos quais de origem ucraniana, exprimiram sem meias palavras a sua oposição à guerra ou ao caos económico que os ameaça.

Um deles, Evgeny Lebedev, o empresário russo-britânico filho de um ex-operacional do KGB e tornado lorde pelo primeiro-ministro Boris Johnson, escreveu uma carta aberta a Vladimir Putin publicada esta segunda-feira num dos jornais que possui.

Noutro jornal britânico, Lubov Chernikhin, casada com um ex-ministro das Finanças de Putin e ex-banqueiro, aplaudiu todos os esforços do Ocidente para resistir ao Kremlin e a Putin e apelou a sanções “tão pesadas quanto for possível” contra o regime russo e quem o apoia.

20h00 - Preço do trigo de moagem atinge recorde de 322,5 euros por tonelada

O preço do trigo de moagem para entrega em março atingiu um recorde de 322,5 euros por tonelada, um valor impulsionado pelo conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

O bloqueio dos portos ucranianos, tendo em conta que Kiev é o quinto maior exportador mundial de trigo, é um dos motivos que explica a evolução registada, segundo apontou um especialista da Inter-Corte à Agência France Presse (AFP).

19h55 – Doze membros da missão diplomática russa na ONU ordenados a abandonar EUA

Doze membros da missão diplomática russa na ONU receberam hoje ordens para deixarem os Estados Unidos até ao final de março, anunciou o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia.

19h43 - Governo português garante "reservas confortáveis" de gás e combustíveis para mais de 90 dias

O ministro português do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse hoje que Portugal tem "reservas muito confortáveis" de gás, bem como "reservas públicas de 90 dias" de combustíveis, perante eventuais constrangimentos devido à invasão russa da Ucrânia.

"Portugal não depende em nada do gasoduto que vem da Rússia, tudo o que usa de gás é GNL, que chega a Sines e é re-gaseificado e utilizado no nosso país. Há três dias, tínhamos as reservas de gás a 80% e hoje o número é certamente superior", pelo que "temos reservas muito confortáveis", declarou João Pedro Matos Fernandes.

"Se avançarmos para o gasóleo, a gasolina e o crude, há reservas públicas de 90 dias de abastecimento, aos quais acresce o das empresas", afincou.

"É antes uma questão de preço [...], mas não é imediato" e de "instabilidade dos próprios preços", admitiu.

19h40 - Pentágono diz que postura nuclear da Rússia se mantém apesar da ameaça

Os Estados Unidos disseram hoje não ter detetado qualquer alteração "concreta" na postura nuclear da Rússia desde que o presidente russo, Vladimir Putin, colocou as suas forças dissuasoras em alerta máximo, no contexto da invasão da Ucrânia.

"Estamos sempre a monitorizar e vigiar o mais de perto possível" e "não vimos nada de concreto [na postura nuclear mantida pela Rússia] como consequência da sua decisão. Pelo menos ainda não", disse um alto funcionário do Pentágono aos jornalistas.

Reafirmando que a Rússia "nunca" foi ameaçada pela NATO, o Pentágono admite que é "difícil saber o que está por detrás" da ordem de Putin, mas considera que "o mero facto de evocar" ou "ameaçar" com o "uso de forças nucleares", sendo "inútil", representa ao mesmo tempo "uma escalada significativa".

A mesma fonte assegurou ainda que, nesta fase, os militares bielorrussos não parecem ter entrado na Ucrânia como reforço das forças russas.

19h36 – Ordem dos Enfermeiros disponível para missão de ajuda "pro bono" na Ucrânia

Os membros dos orgãos sociais da Ordem dos Enfermeiros estão disponíveis para integrar uma missão de ajuda "pro bono" na Ucrânia.

A bastonária, Ana Rita Cavaco, entrevistada pela Antena 1, explica que o objetivo é ajudar no resgate, prestar cuidados e trazer os refugiados para Portugal.

A bastonária diz que a Ordem dos Enfermeiros anunciou junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros esta disponibilidade para integrar uma eventual missão.

19h28 – Rússia ameaça países que forneçam “armas letais” à Ucrânia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia avisou hoje que todos os que estão a fornecer armas letais à Ucrânia serão responsabilizados caso estas sejam usadas contra os militares russos nesse país.

Moscovo avisou ainda que as medidas tomadas pela União Europeia contra a Rússia vão merecer uma “dura resposta”.

19h20 – Alarmes voltam a soar na cidade de Lviv

Voltaram a soar os alarmes na cidade ucraniana de Lviv. Nos altifalantes, as autoridades ordenaram à população que recolhesse.

Lviv tem sido o epicentro da fuga em massa dos cidadãos ucranianos. Para que a situação nas estações de comboios fique mais controlada, equipas de voluntários estão a dar apoio aos deslocados de guerra, levando essencialmente comida.

O processo de transporte destas pessoas para a fronteira está a ser agilizado dentro dos possíveis, mas as enormes filas de automóveis estão a dificultar os esforços.

Há relatos de pessoas que estão a demorar 70 horas até conseguirem atravessar a fronteira, numa altura em que um forte nevão tornou ainda mais difícil o percurso.

O enviado especial da RTP a Lviv, José Rodrigues dos Santos, está a acompanhar os últimos desenvolvimentos.

19h12 – Alemanha envia aviões de guerra e controlo marítimo para área do Mar Báltico

A Alemanha está a enviar aviões de guerra e aeronaves de patrulha marítima para uma missão de reconhecimento na área do Mar Báltico, avançou hoje no Twitter a missão alemã da NATO.

Já ao início da manhã a Alemanha tinha enviado seis novos navios de guerra, quatro deles para o Mar Báltico.

19h06 – União Africana apela ao fim de discriminação "chocantemente racista" nas fronteiras

A União Africana classificou hoje como "chocantemente racista" que cidadãos africanos sejam impedidos de fugir do conflito na Ucrânia, apelando a todos os países que respeitem a lei internacional e apoiem quem foge da guerra, independentemente da sua raça.

"Relatos de que africanos estão a ser escolhidos para tratamento desigual inaceitável seria chocantemente racista e em violação da lei internacional", dizem, em comunicado, o presidente do Senegal e presidente em exercício da União Africana (UA), Macky Sall, e o presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat.

Os dois dirigentes apelam por isso "a todos os países que respeitem a lei internacional e mostrem a mesma empatia e apoio a todas as pessoas que fogem da guerra, independentemente da sua identidade racial".

18h51 – Espanha vai enviar mais tropas para fronteira com Rússia para proteger aliados

A Espanha decidiu enviar mais tropas para as fronteiras dos aliados da NATO com a Rússia, numa altura em que começou a aplicar as sanções acordadas pela UE, criticadas pelos parceiros de extrema-esquerda dos socialistas no Governo.

A ministra espanhola da Defesa, Margarita Robles, anunciou este reforço do destacamento espanhol na zona de conflito, embora sem detalhar o número de tropas ou material que será destacado para a fronteira russa.

"A posição da NATO é de reforçar as fronteiras dos países aliados, e a Espanha estará sem dúvida lá", assegurou a responsável governamental, citada pela agência de notícias Efe.

18h35 – Novas negociações sem sucesso garantido

A primeira ronda de negociações entre Rússia e Ucrânia durou cerca de cinco horas. Nas conversas de hoje, as duas partes encontraram alguns pontos em que pode haver aproximação.

Não está, porém, garantido sucesso, dado que tanto Kiev como Moscovo têm exigências divergentes.

O correspondente da RTP na Rússia, Evgueni Mouravitch, está a acompanhar todos os desenvolvimentos.

18h05 – Alex Hook, o soldado ucraniano que publica vídeos no TikTok para a filha

Alex Hook é um soldado ucraniano que publica vídeos na plataforma TikTok para que a filha de quatro anos possa acompanhá-lo à distância. Os vídeos das suas coreografias já se tornaram virais nas redes sociais.
@alexhook2303 #🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦 #🇺🇦🇺🇦🇺🇦💙💛 #Топ #ЗСУ #Рек #украинатикток #славаукраїні #Армия #ООС #огонь ♬ πρωτότυπος ήχος - Giannis Karaolis
17h59 – Ursula von der Leyen apoia adesão da Ucrânia à UE

Ursula Von der Leyen defende a entrada da Ucrânia na União Europeia. Em entrevista à Euronews, a presidente da Comissão Europeia diz que, depois de anos de cooperação, é altura de a Ucrânia fazer parte da UE.

17h55 - FIFA e UEFA suspendem clubes e seleções russas de todas as competições

Os clubes e as seleções russas de futebol foram suspensos esta segunda-feira de todas as competições, por decisão conjunta da UEFA e da FIFA, devido à ofensiva militar do país na Ucrânia.

"Na sequência das decisões iniciais adotadas pelo Conselho da FIFA e pelo Comité Executivo da UEFA, que previa a adoção de medidas adicionais, a FIFA e a UEFA decidiram hoje em conjunto que todas as equipas russas, sejam seleções ou clubes, devem ser suspensas de participar nas competições da FIFA e da UEFA até nova ordem", lê-se no comunicado dos dois organismos que regem o futebol mundial e europeu.

"O futebol está totalmente unido e em total solidariedade com as pessoas afetadas na Ucrânia. Os dois presidentes esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente, para que o futebol possa voltar a ser um vetor de união e paz entre os povos", remata o comunicado das estruturas presididas por Gianni Infantino e Aleksander Ceferin.

17h47 – PAR prevê grande número de refugiados devido a ligações familiares em Portugal

A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) alertou hoje que Portugal deverá receber da Ucrânia um "número muitíssimo superior" de refugiados em comparação com os últimos programas de recolocação e instou o governo a esclarecer procedimentos para o acolhimento.

17h40 – Reino Unido anuncia novas sanções e condena bombardeamentos "bárbaros"

O Reino Unido vai aprovar novos poderes para impedir que bancos russos efetuem pagamentos em libras e congelar bens de três novas instituições, ao mesmo tempo que condenou os bombardeamentos "bárbaros" na Ucrânia.

Numa declaração no Parlamento, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, anunciou que os bancos Sovcombank, Otkritie FC Bank e VEB.RF serão abrangidas pelas sanções britânicas e que está a trabalhar num congelamento total de ativos de todos os bancos russos.

As restrições aos pagamentos, vincou, "vão prejudicar a capacidade da Rússia para negociar com o resto do mundo" pois mais de 50% do comércio russo é feito em dólares ou libras esterlinas.

O Governo, explicou, está a tentar "isolar todas as empresas russas do acesso aos mercados de capitais do Reino Unido" e "impedir que o Estado russo financie dívida soberana aqui".

Truss vincou também que as autoridades britânicas estão a identificar casas, iates e jatos privados de oligarcas russos no Reino Unido para serem apreendidos no âmbito da nova legislação de crime económico a ser apresentada no Parlamento.

17h19 – Nova ronda de negociações acontecerá “em breve”

"As partes estabeleceram uma série de prioridades e questões que requerem determinadas decisões" antes de uma segunda ronda de conversações, disse Mikhailo Podoliak, um dos negociadores ucranianos, citado pela agência AFP.

O seu homólogo russo, Vladimir Medinsky, disse que o novo encontro terá lugar "em breve" na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia.

16h58 – Embaixador russo na ONU: “Provocações ucranianas ainda não pararam”

Vasily Nebenzya discursou esta sexta-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas e considerou que as “provocações ucranianas ainda não pararam”.

16h45 – “Salvar a Ucrânia é salvar a democracia”, diz embaixador da Ucrânia na ONU

Sergiy Kyslytsya compara a ofensiva russa ao sucedido na II Guerra Mundial. Para o embaixador, “um dos exemplos mais recentes de sofrimento humano e crimes de guerra” é o bombardeamento, ainda hoje, da cidade ucraniana de Kharkiv.

16h33 – Moscovo e Kiev preparam “segunda ronda” de negociações, avança Rússia

Rússia e Ucrânia estão a planear uma “segunda ronda” de negociações, avançou um negociador ucraniano à agência France Presse.

Não há ainda, porém, data marcada para o novo encontro.

A TASS, agência de notícias russa, avançou entretanto que as conversações de hoje na fronteira bielorrussa entre as duas partes terão já terminado.

16h25 – FIFA suspende Rússia dos campeonatos internacionais

A FIFA suspendeu as equipas russas da participação em campeonatos internacionais de futebol até ordem contrária, avançou a agência Reuters.

A Rússia deveria defrontar a Polónia a 24 de março, o que já não deverá acontecer.

16h21 – Presidente da Ucrânia assina pedido formal de adesão à União Europeia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou hoje o pedido formal de adesão do país à União Europeia. O Parlamento da Ucrânia fala num “momento histórico”.


16h16 – Fornecimento de armas pela UE bem encaminhado, mas sob segredo, diz Borrell

O chefe da diplomacia europeia assegurou que a mobilização e entrega de armamento à Ucrânia, hoje debatida pelos ministros da Defesa da UE, está bem encaminhada, mas escusou-se a adiantar detalhes, pois "a Rússia gostaria muito" de os conhecer.

"A nível de mobilização de recursos, está tudo bem encaminhado. A entrega requer uma logística importante que os Estados-membros têm de organizar, e tem de ser feita rapidamente. Mas nós estamos numa guerra e não vou dar nenhuma informação que possa servir à parte que enfrentamos. Estou certo de que a Rússia ficaria muito contente ao saber por onde e como vai passar a ajuda que vamos dar" ao exército ucraniano para se defender, disse Josep Borrell.

Nas mesmas declarações, Borrell lembrou que Moscovo já avisou que atacará "qualquer pessoa ou entidade que transporte essa ajuda", pelo que se escusou a avançar com "qualquer detalhe que lhes possa ser útil".

16h12 – A Rússia proibiu os seus residentes de transferir dinheiro para o estrangeiro

Além disso, o Kremlin decidiu que os exportadores russos serão obrigados a converter 80 por cento das suas receitas em rublos, a moeda russa.

16h01 - Putin diz que neutralidade ucraniana e o reconhecimento da Crimeia são fundamentais para qualquer acordo

Em conversa com o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente russo disse que um acordo com a Ucrânia só seria possível se Kiev fosse neutra, “desnazificada” e “desmilitarizada” e se o controlo russo sobre a Crimeia anexada fosse formalmente reconhecido.

"A Rússia está aberta ao diálogo com representantes da Ucrânia e espera que as (conversas) levem aos resultados desejados", afirmou Putin a Macron.

As delegações da Rússia e da Ucrânia continuam reunidas na cidade bielorrussa de Gomel, junto à fronteira com a Ucrânia. Kiev procura obter um "cessar-fogo imediato" e a retirada das forças russas.

15h43 – António Guterres diz na Assembleia Geral da ONU que ideia de conflito nuclear é “simplesmente inconcebível”

António Guterres falou há minutos na sessão extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas, classificando de “desenvolvimento arrepiante” o facto de as forças nucleares russas estarem agora em alerta elevado.

O secretário-geral da ONU disse ainda ser “simplesmente inconcebível” a ideia de um conflito nuclear.

Para Guterres, enfrentamos neste momento “o que facilmente pode tornar-se na pior crise humanitária e de refugiados na Europa em décadas”.

Segundo o secretário-geral, a ONU tem já conhecimento de danos graves em edifícios residenciais, infraestruturas civis e noutros alvos não militares na Ucrânia.

António Guterres pede, por isso, a todas as partes envolvidas na crise na Ucrânia que assegure o acesso humanitário seguro e rápido a quem dele precise.

O responsável sublinhou “três ações muito concretas” aplicadas pela ONU, sendo a primeira delas a disponibilização de 20 milhões de dólares do fundo de emergência para as linhas de contacto em Donetsk, Luhansk e noutras partes do país, “o que nos permitirá ajudar os mais vulneráveis a ter abrigo, água e cuidados de saúde o mais rápido possível”.

Em segundo lugar, a ONU nomeou um mediador das crises que fará a ligação com o Governo e com todos os atores relevantes no terreno. “Ao mesmo tempo, estamos a unir parceiros dentro e fora do país para garantir que há pessoal suficiente”, indicou.

Outra resposta será a do apoio a quem procura refúgio fora da Ucrânia.

15h05 - Em conversa com Macron, Putin promete não visar a população civil

De acordo com o Palácio do Eliseu, o presidente francês Emmanuel Macron falou por 1h30 com o homólogo russo, Vladimir Putin, a quem pediu que parasse os ataques contra civis e que protegesse as principais estradas na Ucrânia.

O presidente russo confirmou a vontade de cumprir com esses dois pedidos, diz a presidência francesa, que também se mantém em contacto constante com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Os dois líderes, francês e ucraniano, falaram "várias vezes nas últimas horas", adianta o Eliseu.

15h00 - Casal russo-ucraniano a viver em Portugal partilha dias de angústia

Andrey Ivanishchev e Maria Ivanishcheva conheceram-se em Mariupol há quase dez anos. Casaram em 2014 e ficaram a viver em Portugal. Nos últimos dias, têm tentado manter o contacto com a família que continua na Ucrânia.
14h56 - Pelo menos 11 mortos em bombardeamentos em Kharkiv, diz o governador da cidade

Pelo menos onze pessoas morreram em bombardeamentos russos a áreas residenciais de Kharkiv esta segunda-feira. O governador regional Oleg Sinegoubov refere, no entanto, que o número de vítimas deverá ser bastante superior.

14h20 - EUA recomendam a norte-americanos na Rússia que abandonem "imediatamente" o país

“Os cidadãos dos EUA devem considerar deixar a Rússia imediatamente através das opções de viagens comerciais ainda disponíveis”, aconselhou o Departamento de Estado em comunicado.

O Departamento de Estado adiantou que as ligações comerciais estão a diminuir rapidamente fruto das sanções internacionais, que incluem o encerramento do espaço aéreo de muitos países a aviões russos.

A decisão tem ainda em conta a retirada de funcionários não essencias da embaixada norte-americana em Moscovo, decisão anunciada esta segunda-feira.

“A capacidade da administração norte-americana para prestar serviços de rotina ou de emergência a cidadãos norte-americanos na Rússia é extremamente limitada”, sublinha o Departamento de Estado.

14h14 - Acusações de racismo às portas da Polónia e Roménia

Dois estudantes portugueses de origem africana estão retidos na Ucrânia desde sexta-feira na fronteira com a Polónia. Estão a ser impedidos de sair alegadamente por serem negros. Há relatos e videos nas redes sociais de mais casos de pessoas na mesma situação.
14h10 - Reportagem da RTP na fronteira romena de Sighetu

A Roménia está preparada para receber cinco milhões de refugiados ucranianos. Com uma fronteira de 600 quilómetros com a Ucrânia, os postos fronteiriços abrem as portas aos que fogem da guerra.

A equipa da RTP, Ana Romeu e Mário Raposo, acompanharam a saída dos ucranianos que chegam à fronteira romena de Sighetu.

14h07 - Caos na estação ferroviária de Lviv

A estação de comboios de Lviv é o epicentro da fuga em massa na Ucrânia. Os deslocados de guerra procuram um comboio que os leve para a fronteira de um país que pertença à NATO.

O caos na estação prolonga-se pela noite, como constataram os enviados-especiais da RTP, José Rodrigues dos Santos e Filipe Valente.

14h02 - MNE alemã: "A Ucrânia faz parte da casa da Europa"

Em resposta a Kiev, que hoje pediu a adesão imediata do país à União Europeia, a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, afirmou esta segunda-feira que uma adesão não é algo que possa ser feito "em poucos meses", mas que a Ucrânia faz parte da "casa da Europa" e por isso é bem-vinda à organização.

"E não é só porque agora acordamos num mundo diferente, a União Europeia tem sido uma casa com as portas sempre abertas", afirmou em conferência de imprensa.

A chefe da diplomacia alemã explicou que uma eventual adesão não tem por objetivo afastar a Ucrânia da Rússia, mas antes cumprir com o desejo de muitos ucranianos.

14h00 - EUA proíbem todas as transações com banco central russo

Os Estados Unidos proibiram todas as transações com o banco central da Rússia com efeito imediato, foi hoje anunciado pelo Departamento do Tesouro norte-americano.

Esta é uma sanção de gravidade sem precedentes tomada em coordenação com vários aliados de Washington, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Esta decisão tem o efeito de imobilizar todos os ativos que o banco central da Rússia detém nos Estados Unidos, e também proíbe que qualquer instituição financeira ou empresa norte-americana efetue transações ou operações com o banco central, refere o comunicado divulgado antes da abertura dos mercados, o que limita a capacidade de Moscovo em defender a sua moeda e sustentar a economia.

(agência Lusa)

13h53 - MNE russo cancela visita à ONU em Genebra

O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, cancelou a visita marcada para terça-feira à ONU, em Genebra, devido às "sanções anti-Rússia", anunciou no Twitter a Representação Permanente de Moscovo em Genebra.

"A visita do ministro dos Negócios Estrangeiros a Genebra para participar do Conselho de Direitos Humanos e da Conferência sobre Desarmamento foi cancelada", lê-se no tweet que cita as proibições de voos por parte da União Europeia.

 
13h36 - Suíça prepara sanções contra Moscovo

O Governo suíço decidiu romper com uma antiga tradição de posição neutral ao anunciar sanções contra os russos que estão envolvidos na invasão da Ucrânia, recorrendo sobretudo ao congelamento de ativos.

O presidente da confederação suíça, Ignazio Cassis, anunciou que o país vai impor as mesmas sanções económicas que a UE está a adotar.

13h24 - Rússia interdita espaço aéreo a companhias de 36 países, incluindo Portugal

A Rússia anunciou esta segunda-feira a restrição de voos de companhias aéreas de 36 países em resposta ao encerramento do espaço aéreo por parte de vários países a aviões russos.

"Em resposta à proibição dos Estados europeus de voos de aeronaves civis operadas por transportadoras aéreas russas e/ou registadas na Rússia, foi introduzida uma restrição de voos de transportadoras aéreas de 36 estados", adiantou a agência russa dos transportes, Rosaviatsia, em comunicado citado pela agência TASS.

A lista inclui, entre outros países, a Áustria, Bélgica, Hungria, Grécia, Dinamarca, Espanha, Canadá, Chipre, Luxemburgo, Malta, Holanda, Noruega, Finlândia, Croácia e Suécia.

13h18 - Voo de repatriamento de cidadãos nacionais chega ao Aeroporto Humberto Delgado pelas 23h10

Numa nota enviada à comunicação social, o Ministério dos Negócios Estrangeiros adianta os horários relativos ao voo de apoio ao regresso de cidadãos nacionais que saíram da Ucrânia pela Moldávia e Roménia

O voo de apoio ao regresso de cidadãos portugueses e lusoucranianos é operado pela TAP e parte de Lisboa às 13h30. Chega a Bucareste pelas 17h40 (hora de Lisboa) e deverá regressar a Portugal esta segunda-feira às 23h10.

13h17 - Setúbal disponível para acolher refugiados de guerra

A Câmara Municipal de Setúbal disponibilizou-se hoje para acolher refugiados da guerra na Ucrânia, em carta enviada ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, revelou a autarquia.

"A Câmara Municipal de Setúbal informou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros que tem disponibilidade e capacidade logística para acolher em instalações municipais, logo que tal seja necessário, refugiados da guerra em curso na Ucrânia", revela a autarquia sadina na página oficial do município no Facebook.

"O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, comunicou ao responsável da pasta dos Negócios Estrangeiros que a autarquia a que preside está profundamente preocupada com os efeitos provocados pela intervenção militar da Rússia na Ucrânia, de que são vítimas muitas centenas de milhares de cidadãos deste país e da região que, para fugir do conflito armado em curso e proteger as suas famílias, são obrigados a abandonar as suas casas", acrescenta.

A Câmara de Setúbal, de maioria comunista, refere ainda que a preocupação do município "tem de se traduzir em ações concretas" e que, por essa razão, decidiu "disponibilizar instalações municipais para acolher eventuais refugiados desta guerra que cheguem ao país em busca de auxílio".

Contactada pela agência Lusa, fonte do Gabinete da Presidência da Câmara de Setúbal adiantou que o município também já iniciou contactos com uma associação de países de Leste - EDINSTVO, Associação de Imigrantes dos Países de Leste.

(agência Lusa)

13h15 - Embaixadora pede apoio de Portugal na adesão à UE e corte diplomático com Rússia

A embaixadora da Ucrânia em Portugal pediu o apoio do Governo português na adesão do país à União Europeia e também que considere a possibilidade de romper relações com a Rússia, agradecendo as sanções e a assistência militar.

"As sanções introduzidas pela União Europeia, inclusive Portugal, são muito efetivas na área da economia", afirmou a embaixadora ucraniana em Portugal, Inna Ohnivets, realçando ainda a interdição de companhias russas no espaço aéreo europeu: "Estas medidas afetam a economia da Rússia e isso pode ajudar a Rússia a considerar que é necessário parar a guerra contra a Ucrânia".

Numa conferência de imprensa conjunta com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, para apresentação de um conjunto de medidas destinadas a apoiar as famílias ucranianas na capital portuguesa, Inna Ohnivets pediu o apoio de Portugal à iniciativa anunciada pelo Presidente da Ucrânia de adesão do país à União Europeia.

"Também gostaríamos de pedir, de considerar, a possibilidade de romper as relações entre Portugal e a Federação Russa. Esta medida é muito dura, mas é justa neste tempo, porque atualmente temos a situação quando os ocupantes russos matam. Estão a matar os ucranianos no nosso país, nomeadamente as crianças. Já morreram 16 crianças", declarou a embaixadora da Ucrânia.

A diplomata ucraniana agradeceu a ajuda de Portugal pela assistência militar e no fornecimento dos materiais militares, referindo que "isso é um sinal forte" para o povo ucraniano.

"Lutamos não só pela Ucrânia, mas também por toda a Europa", frisou Inna Ohnivets, adiantando que o exército ucraniano "luta muito bem", mas é preciso também ajuda da parte da União Europeia.

(agência Lusa)

13h00 - Putin apelida Ocidente de 'império das mentiras' após sanções impostas

O presidente russo, Vladimir Putin, apelidou o Ocidente de “império das mentiras" ao discutir a economia com altos funcionários esta segunda-feira, após a imposição de sanções abrangentes contra Moscovo, disse o Kremlin.

"(O primeiro-ministro Mikhail Mishustin) e eu discutimos este tema, naturalmente tendo em mente as sanções que a chamada comunidade ocidental - como a chamei no meu discurso, o 'império das mentiras' - está agora a tentar implementar contra o nosso país", disse Putin.

12h50 - Dezenas de mortos e centenas de feridos após bombardeamento em Kharkiv

Anton Herashchenko, conselheiro do ministro do Interior ucraniano, escreveu na sua página do Facebook que as tropas russas bombardearam áreas residenciais com mísseis na cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia.

"Kharkiv acaba de ser atacada massivamente por rockets. Dezenas de civis foram mortos e centenas ficaram feridos”, afirmou.

12h35 - Ministros da Defesa da UE reunidos para coordenar envio de armas

Os ministros da Defesa da UE reúnem-se hoje por vídeo conferência para decidir como aplicar os 500 milhões de euros anunciados no domingo para a comprar de material que será depois enviado para as tropas ucranianas

Estes 500 milhões de euros são destinados a disponibilizar armas defensivas mas também armas de grande calibre, anti-tanques, combustível e outro tipo de equipamentos que ajudem a repelir a agressão.

12h29 - Mais de 400 advogados portugueses oferecem ajuda "pro bono"

De acordo com a Ordem dos Advogados, mais de 400 advogados portugueses mostraram-se disponíveis para oferecer ajuda legal "pro bono" a cidadãos ucranianos. 

Em comunicado, o organismo liderado pelo bastonário Menezes Leitão adianta que os advogados vão trabalhar em conjunto com a Associação Nacional de Advogados da Ucrânia e a Embaixada da Ucrânia em Portugal.

Foi criada uma 'task-force' no sentido de garantir uma resposta às questões jurídicas que a guerra na Ucrânia possa suscitar.

12h07 - Amnistia Internacional em Portugal organiza vigília

A Amnistia Internacional promove esta segunda-feira uma vigília em várias cidades de norte a sul do país. Em Lisboa, o evento está marcado para as 19h00 no Jardim Roque Gameiro, no Cais do Sodré.

11h51 - Roman Abramovich está na Bielorrússia para ajudar nas negociações de paz

O empresário russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, aceitou um pedido ucraniano para ajudar a negociar o fim do conflito entre a Rússia e Ucrânia, participando nas negociações que decorrem neste momento na Bielorrússia, anunciou a sua porta-voz.

"Posso confirmar que Roman Abramovich foi contatado pelo lado ucraniano para ajudar a alcançar uma resolução pacífica e que ele tem tentado ajudar desde então", disse uma porta-voz, citada pela Reuters.

A informação foi também avançada pelo correspondente da RTP em Moscovo, Evgueni Mouravich.

11h41 - Site da agência russa de notícias TASS exibe mensagem anti-Putin após ataque informático

De acordo com a agência Reuters, o site da agência de notícias russa TASS foi alvo de um ataque esta segunda-feira. A página mostrava uma mensagem que apelava ao fim da invasão da Ucrânia.

"Pedimos que parem com esta loucura, não mandem os vossos filhos e maridos para uma morte certa. Putin está a forçar-nos a mentir e a colocar-nos em perigo", lia-se no site.

11h31 - Câmara de Lisboa anuncia medidas de apoio a ucranianos

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, anunciou esta segunda-feira quais serão os esforços da capital no sentido de ajudar refugiados que cheguem a Lisboa, mas também os ucranianos que estão em Portugal e não podem regressar ao país devido à guerra.

Aos cidadãos ucranianos que estão em Portugal e não podem regressar ao país, poderão recorrer a partir de hoje ao refeitório municipal de Monsanto.

Numa segunda fase, Carlos Moedas indica que o centro de acolhimento temporário vai funcionar num pavilhão desportivo na sede da Polícia Municipal de Lisboa.

Numa conferência de imprensa conjunta com a embaixadora da Ucrânia, Inna Ohnivets, o autarca afirma que Lisboa é "uma cidade aberta" e que deve liderar pelo exemplo.

Para todos os ucranianos que precisam de ajuda e para todos os que querem ajuda, o município tem disponível a partir de agora uma linha telefónica 800 910 111 e o endereço de email sosucrania@cm-lisboa.pt.

11h16 - Mais de meio milhão de pessoas fugiu da Ucrânia, diz a ONU

De acordo com as Nações Unidas, mais de 500 mil pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos desde o início da invasão russa, na semana passada. A informação é avançada por Filippo Grandi, alto comissário da ONU para os refugiados.


11h11 - Zelensky falou ao telefone com Lukashenko antes das negociações com a Rússia

O presidente ucraniano falou ao telefone com o líder bielorrusso e aceitou que as conversações entre Kiev e Moscovo decorressem na cidade de Gomel, na Bielorrússia.
Volodymyr Zelensky mostra-se pouco confiante nestas negociações, mas diz que a Ucrânia participa nas mesmas para que nenhum cidadão duvide dos esforços em curso para terminar com a guerra.

10h43 - Kremlin diz que fornecimento de armas da UE para a Ucrânia é "perigoso"

O Kremlin acusou esta segunda-feira a União Europeia de comportamento hostil em relação à Rússia, afirmando que o fornecimento de armas para a Ucrânia é "perigoso e desestabilizador". Este apoio vem comprovar que a Rússia estava certa nos esforços de desmilitarização do país vizinho, afirma o porta-voz Dmitry Peskov.

10h36 - Assessor presidencial da Ucrânia diz que conversações com a Rússia já começaram

As negociações entre a Ucrânia e a Rússia já começaram na cidade de Gomel, na Bielorrússia, declarou o assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, à agência Reuters.
O gabinete do presidente ucraniano disse esta segunda-feira que procura obter um "cessar-fogo imediato" e a retirada das forças russas da Ucrânia.

O encontro está a decorrer em Gomel, perto da fronteira com a Ucrânia. As comitivas dos dois países incluem membros dos gabinetes presidenciais e dos Ministérios da Defesa e Negócios Estrangeiros.

O pedido para as negociações foi feito no domingo pelo Kremlin. O presidente da Ucrânia aceitou as conversações, mas não acredita num resultado positivo.

10h13 - Portuguesa acusa guardas fronteiriços de racismo. Jovens portugueses impedidos de sair da Ucrânia

Ana Maria Costa tem um filho na Ucrânia que está a tentar sair do país desde a noite de sexta-feira. Em declarações à RTP, explica que o jovem cidadão português está com outros colegas que não estão a conseguir sair do país.
Acusa as autoridades de não os deixarem passar por serem afrodescendentes. A discriminação atinge também asiáticos, afirma à RTP.

Diz que várias pessoas estão a ser barradas devido à cor da pele e que alguns refugiados “foram corridos com bastões” para que os refugiados “brancos ucranianos” passassem

Esta mãe refere ainda que já contactou Luís Cabaço, embaixador português na Polónia. O representante português já confirmou junto das autoridades que os jovens são cidadãos portugueses e pediu que a passagem da fronteira lhes seja permitida. Mas os guardas fronteiriços “nem olham para a mensagem do embaixador”, afirma.

Nota: notícia originalmente publicada a 28 de fevereiro e retificada a 2 de março. Ao contrário do que afirmámos na altura, a acusação da mãe é feita aos guardas fronteiriços ucranianos e não polacos. Fica feita a retificação com o devido pedido de desculpas pelo lapso.

9h51 - Zelensky vai libertar presos com experiência militar que queiram combater

O presidente ucraniano anunciou esta segunda-feira que vai libertar presos que tenham experiência militar e que queiram unir-se ao combate contra as tropas russas. O anúncio foi feito através de um vídeo publicado nas redes sociais.

Volodymyr Zelensky falou também para os soldados russos, a quem pediu para que "deponham as suas armas e saiam daqui". 

"Não acredeitem nos vossos chefes, não acreditem na propaganda. Salvem as vossas vidas", afirmou.

9h42 - Rublo em queda vertiginosa

O rublo russo caiu esta segunda-feira 40 por cento, após serem anunciadas as sanções internacionais sem precedentes contra o sistema financeiro de Moscovo pela invasão da Ucrânia por Vladimir Putin.

Paralelamente, o Banco Central Europeu revelou que a filial europeia do Sberbank da Rússia estava "falida ou suscetível de ir à falência" devido a levantamentos de depósitos.



9h19 - Presidente ucraniano pede integração imediata do país na União Europeia

Volodymyr Zelensky pediu esta segunda-feira que a União Europeia permita à Ucrânia a adesão imediata, recorrendo para isso a um procedimento especial.

"O nosso objetivo é estar ao lado de todos os europeus e, mais importante, ser igual. Estou certo de que é justo. Estou certo de que o merecemos", afirmou o presidente ucraniano num vídeo publicado esta segunda-feira nas redes sociais.

9h13 - Bolsas europeias no vermelho

As principais bolsas europeias negociavam em baixa esta segunda-feira, com o petróleo a cotar-se acima de 100 dólares por barril.

Cerca das 8h25 em Lisboa, o EuroStoxx 600 descia 1,29% para 447,69 pontos, o petróleo Brent cotava-se a 101,42 dólares por barril e o euro caía para 1,1174 dólares.

As bolsas de Paris, Frankfurt e Milão desciam 2,30%, 2,07% e 2,03%, bem como as de Madrid e Londres, que se desvalorizavam 1,27% e 0,95%, respetivamente.

Depois de abrir em baixa, a Bolsa de Lisboa mantinha a tendência, estando cerca das 8h25 o principal índice, o PSI20, a baixar 0,27% para 5.480,66 pontos.

8h52 - Delegação ucraniana chegou à fronteira para as negociações com a Rússia

Uma delegação ucraniana acaba de chegar à fronteira com a Bielorrússia para as negociações desta segunda-feira com representantes russos. Kiev procura obter um "cessar-fogo imediato" e a retirada das forças russas, adianta a presidência ucraniana em comunicado. 

Esta delegação ucraniana inclui o ministro da Defesa, Oleksii Reznijov, e o conselheiro presidencial, Mykhailo Podolyak.


8h48 - Noite de combates intensos perto de Mariupol

O governador regional da cidade portuária de Mariupol, Pavlo Kyrylenko, adiantou esta segunda-feira que houve combates entre tropas russas e ucranianas naquela cidade. Não adiantou, no entanto, nenhum número de baixas ou que forças ficaram em vantagem.

8h41 - Conselho de Direitos Humanos agenda debate urgente sobre a invasão da Ucrânia

A invasão da Ucrânia pela Rússia será tema de debate urgente no Conselho de Direitos Humanos da ONU na quinta-feira. A Ucrânia e váris outros países exigem uma investigação sobre a violação dos Direitos Humanos por parte de Moscovo. 

A reunião foi marcada após votação e contou com 29 votos a favor, 13 abstenções e cinco contra (incluindo Rússia e China).

8h37 - Refugiados ucranianos continuam a chegar à fronteira da Polónia

Milhares de ucranianos que fogem dos conflitos armados continuam a chegar a Hrebenne junto à fronteira com a Polónia. O enviado especial da Antena 1, Luís Peixoto, encontra-se nesta localidade e relata o ambiente que ali se vive.

8h32 - Ministério russo da Defesa reivindica "supremacia aérea" sobre a Ucrânia

Os militares russos afirmam esta segunda-feira que assumiram o controlo sobre o espaço aéreo ucraniano.

"A aviação russa assumiu supremacia aérea sobre todo o território da Ucrânia", disse o major-general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério russo da Defesa em comunicado.

8h14 - Noite mais calma em Kiev à espera das negociações. Cidade enfrenta carências

Uma coluna de tropas russas continua a avançar para Kiev, mas as forças ucranianas têm conseguido travar os avanços. Ainda assim, a última noite foi mais calma em Kiev após o anúncio de negociações entre a Rússia e a Ucrânia.

A enviada especial da RTP, Cândida Pinto, salienta as diferenças na moral entre os soldados russos e ucranianos: os primeiros, desmotivados face à falta de apoio por parte da população, os segundos mobilizados na defesa do país.

Ainda assim, ao quinto dia de confrontos, a cidade de Kiev começa a sentir mais dificuldades. As carências de alimentação, combustível e medicamentos começam a asfixiar a capital do país.

7h58 - Parlamento da Letónia autoriza cidadãos a combaterem na Ucrânia
O Parlamento da Letónia aprovou esta segunda-feira uma lei que permite aos cidadãos letões combaterem ao lado dos ucranianos para defenderem o país.

O país báltico faz fronteira com a Rússia e fez parte da União Soviética, tendo o seu território sido ocupado desde 1940. Tornou-se independente em 1991 e é membro da UE e NATO desde 2004. 

7h50 - Rússia pretende chegar a acordo com a Ucrânia nas conversações, diz negociador russo

Vladimir Medinsky, interlocutor de Moscovo nas negociações desta segunda-feira, adianta que a Rússia está interessada em chegar a um acordo que seja do interesse de todas as partes. As negociações devem começar pelas 12h00 locais (9h00 em Lisboa).

7h45 - Voo de repatriamento de portugueses sai de Bucareste esta tarde

Os cerca de 50 portugueses que saíram da Ucrânia nos últimos dias em missões organizadas pela embaixada portuguesa em Kiev serão repatriados esta segunda-feira. O voo irá sair de Bucarestem, na Roménia, hoje às 17h00, apurou a RTP.

7h34 - Ucrânia desmente informação e garante que exército russo não controla central nuclear de Zaporizhzhya

A Energoatom, empresa estatal nuclear da Ucrânia, negou nesta segunda-feira os relatos de que a Rússia conrole a central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa.

7h30 - Exército russo afirma que civis podem abandonar Kiev "de livre vontade"

O exército russo adiantou esta segunda-feira que os civis na capital podem abandonar a cidade de livre vontade, acusando as autoridades ucranianas de usarem a população como "escudo humano".

"Todos os civis na cidade podem deixar a capita ucraniana de livre vontade a partir da estrada Kiev-Vassylkiv", adiantou o porta-voz do Ministério russo da Defesa.

7h23 - Rússia diz que suas tropas tomam duas cidades no sudeste da Ucrânia

As forças russas dizem controlar a partir de agora as cidades de Berdyansk e Enerhodar, na região de Zaporizhzhya. O ministério russo da Defesa adianta que controla também a área em volta da central nuclear de Zaporizhzhya.

7h11 - Vaticano diz-se pronto para "facilitar o diálogo"

O secretário de Estado do país, cardeal Pietro Parolin, que fica apenas atrás do papa na hierarquia do Vaticano, mostrou-se disponível para mediar o conflito e diz estar convencido de que "há sempre espaço para negociações".

"Nunca é demasiado tarde. Porque a única forma razoável e construtiva de dirimir as diferenças é através do diálogo, como não se cansa de repetir o Papa", afirmou o número dois do Vaticano em entrevista a vários jornais italianos. 
Ponto de situação

- Neste quinto dia de conflito, está marcado para esta segunda-feira um encontro negocial que irá decorrer na fronteira entre a Bielorrússia e a Ucrânia. O presidente ucraniano disse não acreditar num resultado positivo das negociações, mas prometeu que “vai tentar”;

- Numa conversa telefónica no domigno à noite com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o presidente ucraniano afirmou que as próximas 24 horas serão "decisivas" para o conflito.

- O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou ao comando militar do seu país a colocação das forças de dissuasão em alerta, o que engloba as capacidades balísticas;
- Bruxelas aprovou um novo pacote de sanções a Moscovo. A UE vai financiar a compra de armas para a Ucrânia e fechar o espaço aéreo a aviões russos. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE deram aval a um pacote de 450 milhões de euros para financiar o fornecimento de armas letais ao exército ucraniano;

- Militares ucranianos descreveram quarto dia de guerra como "difícil". A capital ucraniana permanece sob controlo das autoridades do país, mas o presidente da Câmara de Kiev diz que a cidade está "cercada" por forças russas. As imagens de satélite da empresa Maxar mostram um grande número de tropas terrestres russas em direção a Kiev;

- O Ministério da Saúde da Ucrânia confirmou a morte de 352 civis, incluindo 14 crianças, desde o início da invasão russa da Ucrânia;

- As Nações Unidas confirmaram que a ofensiva russa já provocou 368 mil refugiados. A Europa calcula que este número possa chegar aos sete milhões de pessoas;

- Mais de 17 países europeus, incluindo Portugal, decidiram vedar os respetivos espaços aéreos a voos russos.

- Realiza-se esta segunda-feira uma Assembleia Geral das Nações Unidas extraordinária para discutir o conflito na Ucrânia. A reunião foi aprovada e tenta contornar o veto russo no Conselho de Segurança.