A Organização para a Proibição de Armas Químicas, OPAQ, foi chamada para analisar a substância usada para envenenar Sergei e a sua filha no início de março, e os relatórios dos seus inspetores confirmam a análise do Reino Unido, anunciou a organização esta quinta-feira.
A OPAQ não menciona publicamente que químico foi utilizado, mas identifica a sua fórmula complexa num relatório que permanece confidencial.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Grã-Bretanha, Boris Johnson, comentou as conclusões da OPAQ, referindo que "não há quaisquer dúvidas daquilo que foi usado".
E sublinhou, "continua a não haver uma explicação alternativa sobre quem foi o responsável - só a Rússia tem os meios, o motivo e os registos", sobre a forma de fabricar o agente, mais poderoso do que o Sarin.
A Rússia "tem de dar explicações", insistiu Johnson.Quatro laboratórios afiliados com a OPAQ confirmaram as conclusões britânicas quanto ao agente de nervos utilizado.
Também o principal laboratório militar britânico confirmou que se tratava de uma vertente militar de Novichock, embora não pudesse referir com certezas a sua proveniência.
Moscovo tem negado sempre estar por trás do ataque a Sergei e à sua filha Yulia e recusa responder às exigências de Londres.
A recusa despoletou uma grave crise diplomática, com a expulsão de diplomatas de parte a parte, russos e de vários países que secundam as exigências do Reino Unido.
O ataque ocorreu a 4 de março de 2018 em Salisbury, sul de Inglaterra. Um agente da policia local foi igualmente hospitalizado.